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Forum Cinema em Cena

Adaptações de HQ, o Festival_Pag. 18.


Nacka
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Estão todos exageradamente tensos, calma. :P

 

 

 

Enfim, sobre o Foras. Ficou claro que ele se enganou e pronto. Pensou que aqueles filmes se enquadrariam, mas como festival, não. Um erro. Mas a discussão, que tenho certeza é o motivo principal dele, é realmente bem válida. Mas ta bem óbvio que o climão aqui vai impossibilitar que iniciamos com ela. Que pena.

 

 

 

Sobre o Nacka. Não tem nada de dúbio. O Foras se enganou, claro, mas não pq tu deixou dúbio, e sim por um erro de interpretação dele que todos estamos sujeitos. Eu nem me importei na verdade com essa abordagem dele, acho que poderíamos continuar tranquilo discutindo o que ele propôs e quem achasse inconveniente que lhe desse uma nota baixa. Vida que segue. Mas as tuas regras não foram dúbias, Nacka.

 

 

 

"Quais filmes são fiéis à HQ que lhe deu origem? "

 

 

 

Eu sei que tu ta querendo fazer que todos nós acreditamos que tenha dubiedade nisso pq tu gostou da argumentação do Foras (eu adorei a argumentação do Foras), mas não há. Está claro e cristalino.

 

 

 

Mas de qualquer forma, bendita conveniência. Espero que todos possamos adotar a muleta da dubiedade quando em alguma eventualidade desrespeitarmos algo que está claro nas regras do fórum.

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Estão todos exageradamente tensos' date=' calma. :P

 

 

 

Enfim, sobre o Foras. Ficou claro que ele se enganou e pronto. Pensou que aqueles filmes se enquadrariam, mas como festival, não. Um erro. Mas a discussão, que tenho certeza é o motivo principal dele, é realmente bem válida. Mas ta bem óbvio que o climão aqui vai impossibilitar que iniciamos com ela. Que pena. [/quote']

 

Um dia eu fui inocente...

 

 

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Mas de qualquer forma' date=' bendita conveniência. Espero que todos possamos adotar a muleta da dubiedade quando em alguma eventualidade desrespeitarmos algo que está claro nas regras do fórum. [/quote']

 

 

 

Como diria o Dook: "touché". Acho que fechamos por aqui, né?

 

 

 

Nacka, se você gostou tanto da versão do Foras e quer tanto a promoção do debate, poderia dar continuidade, discutindo a visão dele. Eu, particularmente, acho que este festival não é o espaço para este tipo de discussão - exceto se ela surgisse involuntariamente, jamais como ponto de partida. Não porque nós só queiramos dar notas e ler os textos moldados, Foras (aliás, me desculpe, mas faltou humildade aqui; o seu último texto dá a entender que só a sua revolução pode provocar discussão e que o restante está fazendo figuração), mas porque pelo texto introdutório do Nacka a discussão proposta seria sobre as formas de adaptação em relação a uma obra de base.

 

 

 

E que venham outras listas.

 

 

 

P.S.: acho que o Questão também forçou a barra, não custava nada dar zero (ou simplesmente ignorar a lista, que já está desclassificado) e continuar com a sua participação. Neste aspecto, o Foras tem razão em reclamar: desnecessário se revoltar contra a sua tentativa (inocente ou pedante, como queiram julgar) de participação.

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Chegando aí pra ajudar o pessoal do júri, já que o Questão pediu para não julgar depois do Foras.

 

Bom, não li a discussão (e não lerei), mas vi alguns posts por alto , achei que o ímpeto de competitividade aqui tá muito elevado, hahah.

 

Ah, mas eu li os dois posts maiores do Foras (não li lista, comentário, resenhas, etc) e, independente do festival, tem muita coisa boa ali que serve no fórum, pqp.

 

 

 

 

Mr. Scofield2011-07-11 17:16:07

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5ª Resenha e Lista do Festival de Adaptações HQ, a lista é a da Scarlet Rose com o filme Constantine, postem as notas até dia 13/07, membros do júri já sabem o que fazer.

 

 

 

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Lista:

 

Quando comecei a fazer esta lista, confesso que não consegui pensar em muito mais do que 10 filmes para criar um top. Isso porque as HQs já nos trouxeram inspiração para filmes maravilhosos, mas também para muita porcaria. Pretendo, inclusive, fazer um top "ao contrário" em breve, listando as maiores bombas que já vieram dos quadrinhos.

A lista é controversa, sim. Procurei deixar claro o critério das escolhas para fundamentar melhor a posição dos filmes no ranking. Haverá discordâncias dramáticas e elas já são esperadas, mas este é um ranking pessoal, baseado nas experiências que tive com cada filme.

Comentários de aprovação (ou desaprovação, claro) serão muito bem vindos.

Esta é a lista  dos 10+, com algumas menções honrosas dos que ficaram de fora dela:

 

10 - Constantine (Dir. Francis Lawrence, 2005)


constantine


Gosto bastante desse filme e sei que não é um dos preferidos da galera. Acho que Keanu Reeves consegue convencer pela primeira vez e justamente com um personagem que só precisa de suas expressões faciais congeladas para dar certo. A composição do personagem ficou perfeita. Keanu tem toda a presença arrogante e mal-humorada de John Constantine, comparável às deliciosas interpretações de Humprey Bogart. Acho o filme divertido, visualmente agradável e exagerado quando necessário. Longe de ser um filmão, mas uma adaptação correta da HQ ajudada pela performance satisfatória de Keanu.

9 - Homem de Ferro (Dir. Jon Favreau, 2008)

iron-man

 

E se Tony Stark não fosse Robert Downey Jr.? Muito difícil saber se o filme daria certo sem Robert ou não, mas uma coisa é inegável: ele faz do personagem algo muito mais interessante do que estamos acostumados a ver em filmes assim. Tony é arrogante, metido, piadista, ishperrrtinho, sacana, enfim...um tipo meio estranho para super-herói. Só que funciona. Graças a esse papel, Robert Donwney Jr. voltou com louros ao estrelato, mostrando que grandes atores, a parte do fuzuê que pode ser sua vida pessoal, continuam valendo o ingresso. O tema da Guerra no Afeganistão ajuda a criar um clima mais realista (de que ficaram refém os filmes de super-herói na era Nolan), mas nunca fica pesado, insistente ou fora do universo fantasioso do personagem. Falta a esse filme, no entanto, um vilão de grande calibre. Não falo de um melhor ator, pois Jeff Bridges é talentosíssimo, mas de um anatagonista mais vivaz e interessante do que o chato Obadiah. Bridges, em certo ponto do filme, se entrega aos clichês, vivendo um vilãozinho comum, com voz ameaçadora e risadas maléficas no pior estilo desenho animado. É muito pouco para o background que o filme criou. Faltou inspiração aqui para o vilão e é por isso que Homem de Ferro fica com a 9ª posição.

8 - Batman Begins (Dir. Christopher Nolan, 2005)

batman


Esse é um caso controverso. O Batman de Christopher Nolan sintetiza com muita competência as histórias em quadrinhos do personagem, mostrando Gotham como uma cidade corrupta, arrasada pela bandidagem bancada por mafiosos ricos e influentes. Já Bruce Wayne é um milionário órfã excêntrico que resolve criar uma armadura especial para combater o crime nessa cidade que seus pais ajudaram a construir. Um Batman mais obscuro é uma grande idéia e funciona a maior parte do tempo nos filmes de Nolan (nesse aqui e em O Cavaleiro das Trevas). Acontece que adotar a verossimilhança é um caminho de trevas (sic) para um material como esse. As provações são inúmeras e o tom da linguagem precisa ser muito bem filtrado para que a história não se perca e acabe caindo no ridículo (caso do confuso Watchmen). O filme tem cenas de ação rápidas demais, pouco eficientes para um filme de super-herói, além da franzina trilha sonora de Hans Zimmer (cada vez mais no automático) e a horrorosa frase "Fique calma. Você foi envenenada", dita pelo próprio Homem Morcego à recém dopada Rachel Dawes (Katie Holmes). Isso tudo acaba transformando Batman Begins em um interessante drama,o que lhe garante a 8ª posição, mas em um apenas regular filme de super-heróis. Why so serious, Chris Nolan?

7 - Scott Pilgrim Contra o Mundo (Dir. Edgar Wright, 2009)

scott_pilgrim

Já vou logo avisando que não conheço a história que inspirou o filme. Não estou fazendo um julgamento baseado em fidelidade ao material, mas em eficiência da trama mesmo. Esse filme é uma das coisas mais bestas e engraçadas que já vi nos últimos tempos. Scott Pilgrim (Michael Cera) toca em uma banda de rock, vira o queridinho de uma garota japonesa grudenta, mas se apaixona mesmo é pela complicada Ramona Flowers. Para ficar com a garota, Scott tem que passar pelos ex-namorados dela, caras bizarros e com poderes aniquiliadores, o que gera algumas batalhas bem engraçadas, com efeitos sonoros e visuais de video game. Tudo muito dentro do universo do personagem. Cada vez mais me convenço de que adaptação é um questão de tom. O de Edgar Wright funcionou perfeitamente comigo. Ficou divertido, diferente e , ao mesmo tempo, uma metáfora interessante sobre relacionamentos. Bem de leve, mas está lá.

6 - X-Men (Dir. Brian Singer, 2000)

x-men

Embora o centro das atenções seja Wolverine (Hugh jackman), o filme consegue convencer como uma metáfora óbvia, mas muito bem explorada, da rejeição a minorias. Os personagens são bem desenvolvidos, embora a caracterização fique por vezes presa a seus conflitos com a mutação. Mostrou-se uma adaptação acima da média, conferindo novamente respeito aos quadrinhos e dando um tratamento no mínimo digno a um dos times mais famosos das HQs.

5 - X-Men 2 (Dir. Brian Singer, 2003)

x-2

X-Men 2 resgata o que deu certo no primeiro X-Men e ainda consegue surpreender com novas abordagens dos personagens antigos e apresentaçõos satisfatórias de outros membros da trupe que não deram as caras no primeiro filme. O drama mutante ganha mais traços humanos, à medida que o conflito com a sociedade ganha ainda mais emoção. Impossível não relacionar a história a coisas que vemos todos os dias por ai. Brian Synger acertou em cheio. De novo.

4 - Oldboy (Dir. Chan Wook Park, 2003)

oldboy


Oldboy conta a história de Oh Dae-Su, que foi sequestrado e mantido em cárcere privado por 15 anos. Quando é libertado, o personagem tem pela frente o desafio de encontrar em 5 dias o mandante de seu sequestro, bem como descobrir o motivo, antes que algo ainda pior lhe aconteça. O filme é sádico, cruel até dizer chega (hello, Chan Wook Park) e feito para estômagos resistentes, pois as frequentes cenas de tortura (física e psicológica) a que o personagem é submetido deixam um nó duplo na garganta. Não conheço o material da HQ, mas dizem que a adaptação foi bem coerente. Filmão de qualquer jeito.

3 - Marcas da Violência (Dir. David Cronemberg, 2005)

history_violence

Tom Stall vivia em uma cidadezinha pacata com sua família, levando o que se pode chamar de vidinha típica de uma família americana. No entanto, um ato de heroísmo é suficiente para resgatar todo seu passado de crimes encomendados e envolvimento com o gângster Carl Fogarty (Ed Harris). O maior mérito do filme, escondido no título original, é a história de violência motivada pelo revanchismo, a vingança sangrenta que vocifera contra a razão. Não é só Tom quem experimenta o sabor amargo da violência (e as marcas que ela deixa). Toda sua família é tragada pela revelação de seu passado, exceto a filha mais nova, que em uma cena emocionante coloca o prato do pai sobre a mesa, o único que faltava, oferecendo talvez a inconsciente misericórdia que os outros membros lhe negaram.

2 - Batman: O Cavaleiro das Trevas (Dir. Christopher Nolan, 2008)

the dark knight

Esse aqui é polêmico. Há quem diga que o grande (algun dizem o único) mérito do filme é a atuação de Ledger, estando todo o resto relegado à mediocridade. Confesso que Christopher Nolan não empolga nas cenas de ação e tem um estilo de filmagem meio morno, sem grandes ousadias. Ele faz o feijão-com-arroz, mas penso eu, faz bem o bastante para ser reconhecido por isso. Talvez para os mais apaixonados por cinema falte tempero à mistura de Nolan, mas para a parte menos exigente do público, O Cavaleiro das Trevas é um filme competente em divertir e sábio ao não desviar o foco do seu maior trunfo: a atuação inesquecível de Heath como Coringa. A caracterização se tornou icônica em parte pelo trabalho brilhante de Ledger, mas muito em função das circunstâncais misterisoas de sua morte e a possível ligação de seu mau estado psicológico à construção da psiqué do Coringa. Considero essa afirmação de "Ledger leva o filme nas costas" completamente equivocada, já que o mesmo poderia ser dito de Marlon Brando em O Poderoso Chefão ou Jack Nicholson em O Iluminado. As escolhas do diretor contribuem para o produto final, sendo também mérito seu, portanto, aquilo que deu certo e impactou o público. Nolan escolheu Ledger (escolha polêmica na  época) e deu a ele o escopo do personagem, conduzindo-o através de sua direção para um último grande espetáculo. Palmas para ele e para o filme.

1 - Homem Aranha 2 (Dir. Sam Raimi, 2004)

homem aranha


Homem-Aranha 2 leva a medalha de ouro por muitos predicados, mas principalmente pelo equilíbrio com que trata o universo irreal do herói junto a angústias e fraquezas tipicamente humanas, como a ambição de Mary Jane, a insegurança de Harry e a sedução do poder representada pelo cientista Otto Octavius, mais tarde convertido no vilão Dr. Octopus. Spider 2 é divertido, denso, interessante até o último minuto sem que Raimi tenha que pesar a mão em absolutamente nada. O filme sabe de onde veio e não quer entrar demais em questões que destoem da história do herói. Peter Parker é um loser que consegue salvar a cidade e a mulher amada atrás de uma máscara, mas todos os perigos que seu alter ego enfrenta acabam ficando pequenos diante do desafio maior que o espera: o crescimento, as contas a pagar e uma simpática tia velhinha que ele também deve proteger, ainda mais depois da morte do tio e sua participação indireta nela.

Homem-Aranha atira em poucas direções, mas acerta em todas elas. É um filme simpático, leve, mas muito inteligente e empolgante e é por isso que se tornou a minha adaptação preferida de uma história em quadrinhos.

 

 

Constantine

 

constantine

Constantine (2005), de Francis Lawrence, é baseado no personagem dos quadrinhos de Alan Moore, mais especificamente em uma das sagas do personagem: a HQ Hellblazer de 1988, ambientada na Inglaterra. John Constantine, o protagonista, é um caçador de demônios forçado, já que transformou em profissão o dom indesejável de enxergar criaturas de outro mundo em seres humanos aparentemente comuns. Constantine é rodeado de toda uma curiosa mitologia envolvendo amuletos, armas contra cada "categoria" de demônio e uma série de artefatos bizarros que usa como ferramentas de exorcismo.

O filme de Lawrence tem todos esses elementos reunidos e boa parte deles funciona bem. Keanu Reeves, uma escolha improvável, surpreende como o protagonista, conservando a atitude niilista e debochada do personagem, ao mesmo tempo que confere certa dramaticidade ao tipo quando mostra a angústia do próprio Constantine buscando se redimir e evitar o inferno, o que parece impossível diante das palavras do anjo Gabriel (Tilda Swinton): "Você fuma 30 cigarros por dia desde os 15 anos. Você está fodido". A morte prematura e a vida tão esquisita e sombria tornam Constantine especial, pois a partir de sua "condenação" à morte, ele parece ser o menos temente aos demônios que persegue.

O roteiro acerta em cheio ao mostrar a familiaridade de John com as criaturas diabólicas, além de definir o personagem como uma espécie de enciclopédia ambulante de fenômenos sobrenaturais demoníacos. Reeves faz um tipo muito parecido com o Humphrey Bogart de Casablanca: Expert em piadinhas ácidas ("Somos uma fazendinha de formigas para Deus"), o cara parece não se importar com nada nem ninguém, mas toda essa indiferença é na verdade um escudo contra as desagradáveis lembranças de seu passado. Conformado com a inevitabilidade de uma morte iminente, Constantine parece fazer pouco da vida.

John redescobre seus próprios conflitos ao investigar a morte de Isabel, gêmea da policial Angela Dodson (Rachel Weisz) a fim de descobrir se a garota se matou ou se foi induzida por maus espíritos. O resultado acaba sendo  surpreendente para Angela e para o espectador. Ambientado em um submundo em que soldados do demônio batalham discretamente com enviados de Deus pelo controle das almas, o filme entrega mais do que uma adaptação de quadrinhos comum. O roteiro é inventivo o bastante para jogar com os dogmas religiosos tratando de maneira curiosa tanto agentes do bem quanto do mal. A fotografia de cores extravagantes ilustra de forma interessante o que seria o inferno. O CGI é satisfatório, muito embora os demônios tendam a parecer apenas gárgulas raquíticos em alguns momentos, retirando deles qualquer potencial de profundidade.

const2

Falando em sustos, se por um lado a adaptação falha em nos fazer temer pelos seres malignos que caminham entre os humanos (se é que havia essa intenção), Lawrence mostra competência ao utilizar o fator surpresa nos momentos corretos, causando um efeito similar ao utilizado em Arrasta-me Para o Inferno de Sam Raimi. Pouco impactante em si mesmo, o CGI consegue funcionar com mais êxito como alívio cômico em certas partes, especialmente nas lutas corporais entre John Constantine e os demônios.

Competente é também o grupo de coadjuvantes. Tilda Swinton é o melhor apoio cômico do filme, já que sua persona encara com perfeição a criatura andrógina do Anjo Gabriel e suas falas são, de longe, as mais espirituosas (e ousadas). Djimon Hounsou vive o Papa Midnight, dono de uma casa noturna que funciona como zona neutra para anjos, demônios e mestiços. Gavin Rossdale, ex-vocalista do Bush, encarna o mestiço Baltazar em rapída participação e Peter Stormare, como Lúcifer, surge imponente fechando o grupo fantástico de atores que apoiam a história e engrandecem a figura blasé de Constantine.

Incapaz, talvez, de reproduzir com intensa fidelidade o cenário e a aparência física do personagem original (loiro, inglês e mais velho que Reeves nas HQs), o filme triunfa em divertir com boas sacadas filosóficas e uma dose cavalar de humor negro. Brincar com símbolos religiosos com tal sofisticação não pode significar tão pouco. É por isso que defendo a qualidade desta adaptação  Talvez ela não em interaja corretamente com todos os elementos presentes nos quadrinhos, mas para o espectador neutro (não conhecedor do material) o filme impressiona ao criar uma narrativa sólida, com diálogos e construções inteligentes, além de um time de atores muito bem escolhido, a começar por Keanu, com razão subestimado, mas que caiu como uma luva para o papel.

 

 
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Nota Scarlet Rose - 8,5/10

 

Lista 4/5 - Com certeza uma lista bem coerente e com bastaaante texto. Só ficou devendo as menções honrosas, que procurei, procurei e não achei. E acabei de ler aí em cima que em algum momento elas vão aparecer.

 

Resenha 4,5/5 - Sou parte do time dos que não são muito fãs de Constantine. O texto me deu vontade de rever e analisar alguns aspectos, que admito que podem ter passado batidos pra mim da primeira vez. Não achei o diálogo e as construções do filme tão inteligentes assim, mas o maior mérito do texto foi me mostrar que eu talvez esteja enganado.
leomaran2011-07-11 23:28:18
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 Infelizmente, por motivos de força maior não pude participar desse festival. Minha lista estava até pronta e os três filmes devidamente escolhidos para eventualmente serem resenhandos, mããs... Não deu. Até tentei entrar pro juri na última hora, mas fui "barrado" pelo Padrinho (o cômite já tava completo). Pena.

 

 Entretanto, tô acompanhando as listas e a discussão causada pela lista e pelas "escolhas" do Forasteiro e...  Hummm!!! Simplesmente, priceless!

 

 PS 1: Alguém aqui "realmente" acreditou nesse papinho do Forasteiro de que ele se equivocou, "...fez uma interpretação errada do que era o festival..." (sic), de que entendeu errado a proposta e blá-blá-blá?? Sério mesmo?!! oops

 

 PS 2: Admito que por trás dessa subversão involuntária (pfff...) do Forasteiro existe uma série de ideias interessantes a serem discutidas. Mas o FATO é que ele as abordou da maneira mais tapada do mundo: não seguindo regras cristalinas e expressas! Desse jeito só headbreak mesmo. Se as abordasse no transcorrer do festival e citando os filmes, em especial "Desperado" como exemplo; teria sido o grande destaque do festival! Quiça teria ganho um prêmio pelo insight!! Às vezes, mais do que saber o que falar, o importante é saber QUANDO falar...

 

 PS 3: Pérola do humor involuntário proporcionado pelo Forasteiro:

 

"É, eu não achei que o pessoal ficaria tão preso a essa coisa de adaptações = adaptações."

 

 WHATA???????!!!!! 0906

 

 PS 4: Só pra constar... cheguei a colocar "Darkman" na lista, mas por respeito às regras, desisti. Óbvio que iria mencionar minhas ideias e minhas considerações acerca do desenvolvimento do projeto desse filme pelo Raimi, suas influência para o desenvolvimento do HA etc, mas isso ao longo do festival. Poxa, custava ler e simplesmente, fazer o que estava proposto? A postura do Forasteiro é indefensável na minha opinião.

 

 PS 5: acho que o Questão exagerou. Ele não precisava ter saído do júri. Bastava ter dado uma nota negativa pro Forasteiro (rsrs), levantado a lebre (nem precisava...) e pronto. Pena. O festival perdeu um cara que parece conhecer muito do universo de HQ e poderia dar boas contribuições...   

 

 

 

       

 

 

     

 

 

Deadman2011-07-11 23:32:56

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 Primeiramente, creio que devo pedir desculpas aos meus "afilhados" por não poder julgar suas resenhas no juri oficial. Os motivos de minha saida são conhecidos por todos aqui. Não me parecia certo dar qualquer nota para o Foras, e permanecer no jurí e não dar nota não me parecia coerente. Por essas diferenças de opinião com a coordenação do festival(mas tudo tratado na camaradagem) me retirei do jurí oficial.

 

 Mas isso não significa que abandonei o festival, pois permaneço no juri popular. Um lugar que até dá mais liberdade de movimentação.

 

 Vamos a resenha da SCARLET ROSE então.

 

 Gostei bastante da resenha. Você defendeu muito bem a sua posição sobre a atuação de Keanu Reeves como o personagem titulo. E pessoalmente, devo dizer que concordo. Reeves tem as suas limitações como ator, mas tem uma grande virtude, sabe escolher papéis que transformam o seu ponto fraco em ponto forte.

 

 Lembro que na epoca do lançamento, todos viam com desconfiança a adaptação, vista como o proximo VAN HELSING. Fãs reclamavam desde mudanças bobas(cor do cabelo do personagem) a umas mais pesadas(apetrechos a lá 007 sobrenatural). Mesmo assim, o filme surpreendeu, embora não seja mesmo querido por muita gente. Eu entretanto, gosto do filme, e acho no minimo bastante divertido.

 

 Lía as historias do personagem quando eram publicadas aqui pela Abril. Há bastante tempo não leio. E devo dizer que mesmo com as varias mudanças propostas pelo filme (inclusive puramente comerciais, como a mudança de nacionalidade/cidade base do personagem) o filme consegue manter o espirito da obra original, sendo a primeira adaptação de Alan Moore que se aproveita(anteriormente haviam sido feito os pavorosos DO INFERNO e A LIGA EXTRAORDINARIA). Mesmo a decisão altruista tomada por Constantine no climax do filme(e que eu inicialmente não conseguia ver a contraparte da HQ tomando) é bem desenvolvida pelo roteiro, de modo a não "deformar" o personagem titulo.

 

 A comparação com o cinema de Sam Raimi foi bem interessante tambem. Nunca havia pensado por este lado, mas de fato se pode traçar paralelos entre CONSTANTINE e filmes como a trilogia EVIL DEAD e ARRASTE-ME PARA O INFERNO. Alias, sempre achei(não sei se estou sendo obvio) que a cena de introdução do personagem titulo era uma especie de tributo/satira ao classico de historias de demônio, O EXORCISTA.

 

 Em resumo, otima resenha. Analisou muito bem a narrativa, sem esquecer de analisar os aspectos tecnicos do filme, e a atuação dos atores.

 

 Nota: 9/10= 09
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Discordo substancialmente do pouco caso feito ao Nolan e o que ele fez com o Batman no cinema (foi o primeiro e único até agora a dar algum conteúdo relevante ao homem-morcego), mas fui surpreendido pela citação à Constantine, filme que curto bastante mas que não entrou na minha lista. Concordo sobre isso do Keanu ser inexpressivo, mas saber escolher papéis onde essa inexpressividade se torne orgânica.

 

 

 

Enfim, discordâncias à parte, gostei bastante da lista e da resenha. Nota 9/10.

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Gostei de tudo. Gosto muito da forma limpa que a Lolla escreve sobre filmes. Bem direto ao ponto mas pegando aspectos interessantes e tudo mais. Realmente da vontade de rever Constantine, até pq na única vez que o assisti não lembro de ter achado mais do que bom. O texto te da um empurrão legal pra tentar de novo.

 

 

 

Mas confesso que gostei mais dos comentários da lista, até pq nela têm filmes que eu realmente gosto.

 

 

 

Sobre TDK, eu gosto pra caramba do filme justamente pelo que o Ledger fez nele. Realmente acho que se não existisse essa atuação antológica o filme estaria bastante sujeito a ser "só" mais um Begins, e acho que até inferior (o que também não faria ele ser ruim, só o não consideraria inesquecível). Mas claro que ao lado do Ledger ta o Nolan, e se ele não foi o mais brilhante ali, pelo menos contribuiu para que o Ledger brilhasse mais. Decisão acertadíssima em girar todo o filme em volta do Coringa, e isso não quer dizer que ele necessitaria aparecer em cada cena do filme, mas que pelo menos o filme fosse todo construído em torno de sua aura, como aconteceu. O Ledger podia não estar em cena, mas o Nolan não nos fazia esquecer de que ele estava ali, em algum canto imundo da cidade soltando sua gargalhada sufocada e psicótica, podendo surgir a qualquer momento. Parece que existe uma espécie de maldição do Coringa em torno do filme, e isso pesa nos personagens, quase derruba eles. E é um puta acerto do diretor. Em saber que o que ele tinha em mãos com esse personagem era muito mais significativo que qualquer outro talento que ele próprio carrega.

 

 

 

E só lembrando, que atrás das atuações do Brando e do Nicholson, além disso, tinham duas putas direções, impecáveis eu diria. O que eu definitivamente não acho ser o caso de TDK.

 

 

 

Sobre Homem Aranha 2. Eu acho esse filme tri difícil de escrever. Porque ele não parece ter méritos tão gritantes, mas é como tu disse, ele é delicioso. Engraçado, empolgante... É como se tudo fosse perfeitamente encaixado, que não faltasse nada ali. Uma das experiências mais agradáveis que eu já tive no cinema.

 

 

 

Mas não vou comentar cada um.

 

 

 

Gostei pra caramba de tudo (e isso não quer dizer que eu tenha que concordar com tudo).

 

 

 

Nota 9,5.Tensor2011-07-12 11:57:19

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Olha Lolla, eu odeio com todas as minhas forças Constantine, odeio mesmo, mas achei foda sua resenha sobre ele... apesar de não concordar com uma coisa ou outra ali...

 

Sua lista está boa tb, mas vou tirar meio ponto por causa do Constantine :P

 

Lista: 4,5/5

Resenha: 5/5

 

Nota Total: 9,5/10

 

 

 

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Desde já peço desculpas à Lolla, porque diante das últimas mensagens me vi forçado a fazer um último adendo ao assunto anterior.

 

 

 

De tudo isto ficou apenas a crença de que quebrei as regras conscientemente, sabe-se lá com que intenção. Ok, vou copiar aqui os dois trechos-chave da regra nº1 do Festival:

 

 

 

- "Preparem uma lista com a quantidade de filmes que acharem representativos dentro do gênero adaptações HQ,"

 

 

 

- "Faça a lista de sua preferência com filmes que tenham representatividade para você"

 

 

 

"achar", "representativos", "gênero" (como ideia ampla e inespecífica), "de sua preferência" e "para você" são marcas de subjetividade. Ou seja, tanto não estava tão claro assim como a regra oficial do festival levava sim a crer numa noção mais maleável.

 

 

 

Talvez vocês achem pouco para uma justificativa, mas eu acho razoável. É claro que a partir disso você pode duvidar da minha intenção por N motivos, mas não porque a regra do festival era indubitável e não permitia a interpretação que infelizmente acabei tendo.

 

 

 

Desculpe de novo, Lolla. Com mais tempo vou ler o texto, a lista e as respostas que parecem estar muito boas.

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E só lembrando' date=' que atrás das atuações do Brando e do Nicholson, além disso, tinham duas putas direções, impecáveis eu diria. O que eu definitivamente não acho ser o caso de TDK.

 

[/quote']

 

 

 

Concordo no caso do Brando, mas não do Nicholson. Tim Burton transformou Batman em um mero exercício visual. Não há substância, não há conteúdo. Há somente o visual gótico-bizarro do Burton (aliás, essa é uma crítica recorrente a toda a carreira dele). Isso pode até ser interessante, mas é muito pouco pro que o Batman é nos quadrinhos (aproveitando aquele seu gancho sobre como a fidelidade ao material deve ser tratada).

 

 

 

Tampouco concordo que o TDK tenha só o Coringa. O filme funciona como um puta policial, com uma história densa, carregadíssima. É impossível não lamentar a tragédia de Harvey Dent, não reconhecer que Bruce está eternamente fadado a ser Batman e que provavelmente a corrupção de Gotham é insolúvel. É claro que a atuação icônica do Ledger eleva tudo mais ainda, mas é longe de ser a única qualidade do filme.

 

 

 

E eu acho que Begins é um senhor filme também.FelDias2011-07-12 15:35:21

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Mas eu tava me referindo ao O Iluminado' date=' cara, e não ao Batman do Tim Burton. :P[/quote']

 

 

 

Ahh.. então presumo que no caso do Brando esteja se referindo a Godfather, e não a Superman... 06.gif

 

 

 

E só uma coisa, eu não disse que a atuação do Ledger é a única coisa boa do filme. Eu disse que é a única coisa extraordinária.

 

 

 

Boa ou extraordinária, tanto faz. A frase ainda carrega uma puta injustiça pra mim.

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Concordo no caso do Brando' date=' mas não do Nicholson. Tim Burton transformou Batman em um mero exercício visual. Não há substância, não há conteúdo. Há somente o visual gótico-bizarro do Burton (aliás, essa é uma crítica recorrente a toda a carreira dele). Isso pode até ser interessante, mas é muito pouco pro que o Batman é nos quadrinhos (aproveitando aquele seu gancho sobre como a fidelidade ao material deve ser tratada).

 

 

 

Tampouco concordo que o TDK tenha só o Coringa. O filme funciona como um puta policial, com uma história densa, carregadíssima. É impossível não lamentar a tragédia de Harvey Dent, não reconhecer que Bruce está eternamente fadado a ser Batman e que provavelmente a corrupção de Gotham é insolúvel. É claro que a atuação icônica do Ledger eleva tudo mais ainda, mas é longe de ser a única qualidade do filme.

 

 

 

E eu acho que Begins é um senhor filme também.[/quote']

 

Ohhh my, alguém aqui ainda acha que TDK é mais do que um filme de super herói com uma puta atuação? Bom, na verdade está no direito, mas discordo.

 

E claro que o Batman Returns é mais, MUITO mais filme do que TDK. Aliás, De Palma também é puro "exercício de estilo". E é Deus!

 

 

 

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Concordo no caso do Brando' date=' mas não do Nicholson. Tim Burton transformou Batman em um mero exercício visual. Não há substância, não há conteúdo. Há somente o visual gótico-bizarro do Burton (aliás, essa é uma crítica recorrente a toda a carreira dele). Isso pode até ser interessante, mas é muito pouco pro que o Batman é nos quadrinhos (aproveitando aquele seu gancho sobre como a fidelidade ao material deve ser tratada).

 

 

 

Tampouco concordo que o TDK tenha só o Coringa. O filme funciona como um puta policial, com uma história densa, carregadíssima. É impossível não lamentar a tragédia de Harvey Dent, não reconhecer que Bruce está eternamente fadado a ser Batman e que provavelmente a corrupção de Gotham é insolúvel. É claro que a atuação icônica do Ledger eleva tudo mais ainda, mas é longe de ser a única qualidade do filme.

 

 

 

E eu acho que Begins é um senhor filme também.[/quote']Ohhh my, alguém aqui ainda acha que TDK é mais do que um filme de super herói com uma puta atuação? Bom, na verdade está no direito, mas discordo.E claro que o Batman Returns é mais, MUITO mais filme do que TDK. Aliás, De Palma também é puro "exercício de estilo". E é Deus!

 

 

 

Só para quem decide cultuá-lo. Argumentos?

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Sério, não tenho saco para argumentar sobre o porque um dos maiores diretores da história (De Palma) é melhor que o Nolan. Fique com seu Nolan que eu fico com meu De Palma.

 

Isso é a mesma coisa que eu ficar questionando se o nego que se diverte com pagode é mais feliz do que o que ouve ópera...

 

 

 

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Esquece o De Palma, to falando do Burton. Você disse que Returns é mais filme que TDK, mas não disse porquê.

 

 

 

Eu acredito no contrário, porque acho Returns um filme vazio, por assim dizer. É um filme oco, com visual arrebatador, mas com história rasa.

 

 

 

PS: Você se diverte com pagode?   06.gifFelDias2011-07-12 18:10:23

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