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Sherlock Holmes: Os Filmes


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 Um dos detetives mais famosos da ficção esta prestes a ganhar um novo filme, "SHERLOCK HOLMES: O JOGO DAS SOMBRAS", sequencia do filme de 2009, dirigido por Guy Ritchie.

 

  Mas Holmes tem diversos filmes, e os filmes do grande detetive existem a quase tanto tempo quanto o proprio cinema. A questão é, quais os filmes preferidos de Holmes da galera aqui do forum?

 

 Pessoalmente, gosto da versão do Ritchie para o personagem, que retrata o universo criiado por Sir Arthur Conan Doyle de forma bem dinâmica.

 

  O ENIGMA DA PIRAMIDE, filme dirigido por Barry Levinson que mostra um jovem Holmes é super divertido. O filme É divertido pra caramba, e apesar de tomar muitas liberdades em relação ao material original, é uma aventura com bastante ação e carisma.

 

 ASSASSINATO POR DECRETO, filme da decada de 70, que traz Holmes interpretado por Christopher Plummer enfrentando o lendario Jack O Estripador é outra interessante produção. O filme não só humaniza o detetive de forma fantastica, como o envolve em uma interessante trama de conspiração, envolvendo a nobreza, o parlamento, e os maçons.

 

 Enfim, existe incontaveis produções protagonizadas por Holmes e Watson que vale a conferida. Alguem tem alguma preferida?
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 Revisto ASSASSINATO POR DECRETO

 

 jhq7uq.jpg

 

  Na trama, Londrês esta sendo assombrada pelos misteriosos crimes do serial killer conhecido como Jack O Estripador, que vem matando prostitutas da cidade. Estranhamente, a Scotland Yard ainda não procurou a ajuda de Sherlock Holmes (Christopher Plummer) para resolver o caso. Holmes e o Dr. Watson (James Mason) são envolvidos na investigação quando um grupo de comerciantes da região onde os crimes são cometidos procura o detetive para que ele detenha o assassino. Ao mesmo tempo, um misterioso informante começa a dar pistas a Holmes a respeito da identidade de Jack. A medida em que se aprofunda na investigação, o detetive descobre que pode haver muito mais por trás dos crimes do Estripador do que aparenta inicialmente. 

 

 Ví este filme pela primeira vez em um Corujão da Globo. Quando ví a chamada, achei que veria um crossover divertido onde Holmes mediria sua inteligencia com um dos primeiros serial killers da historia,o cruel (e verídico) Jack O Estripador. Mas o filme acabou sendo diferente do que eu esperava, e diferente pra melhor. ASSASSINATO POR DECRETO se mostrou um verdadeiro thriller de conspiração politica.

 

 O filme se desenvolve de forma bastante instigante, enquanto acompanhamos Holmes e Watson correrem contra o tempo para identificar Jack antes que ele faça outra vitima. O filme tem um clima politico delicioso desde a primeira cena, onde Holmes e Watson testemunham o principe da Inglaterra ser vaiado em uma casa de ópera. O envolvimento dos Maçons na trama aumenta ainda mais o clima de misterio em tordo das ações do estripador. Alem do mais, o misterioso informante que ajuda Holmes e Watson é claramente baseado no Garganta Profunda do Escândalo de Watergate. Alem de ser um thriller policial, ASSASSINATO POR DECRETO é claramente um filme politico.

 

 Alem de uma trama bem feita, os personagens são super bem desenvolvidos. Christopher Plummer, mais conhecido como o capitão Von Trapp de A NOVIÇÃ REBELDE, interpreta um Sherlock Holmes bstante fiel ao personagem imaginado por Conan Doyle. O Holmes de Plummer é irônico e sagaz, como Holmes deve ser. Mas ao mesmo tempo, é uma das encarnações mais humanas e faliveis do personagem. Há uma brilhante cena que retrata muito bem isso, em que Holmes avança furioso contra um homem após constatar a enorme crueldade feita contra uma moça, para em seguida nós, e um chocado Watson, ver uma unica lagrima escorrer pelo rosto do geralmente frio detetive.

 

 James Mason e seu Dr. Watson apresentam boa quimica com Plummer. O Watson de Mason consegue funcionar como alívio cômico da trama, mas sem nunca transformar o bom Doutor em um boboca ou em um piadista. É um humor sutil, mas muito bem empregado, tipico dos vistos na obra de Doyle.

 

 Completando o elenco temos Susan Clark e Genevieve Bujold, que conferem o grau certo de desespero e sofrimento a Mary Kelly(vitima real do assassino) e Annie Crock, enquanto David Hemmings dá o peso necessario ao Inspetor Roxburgh, policial encarregado do caso juntamente com o classico inspetor Lestrade(Frank Finlay)

 

 Rasguei bastante seda pro filme, mas ele tem seus defeitos. Há uma desnecessaria subtrama envolvendo um paranormal vivido por Donald Sutherland, que serve apenas para esticar o filme desnecessariamente(Embora renda uma divertida cena em que Holmes entra disfarçado como um mal educado limpador de chaminés na casa deste paranormal).

 

 E se o personagem de Holmes e todo seu universo são muito bem retratados, e os aspectos politicos da historia, que critica tanto o governo, como aqueles que o combatem são bem trabalhados, Jack O Estripador nunca surge realmente ameaçador como deveria. Estamos falando afinal de um dos(quiça o mais) famoso serial killer da historia. Sinto que o "personagem" não foi muito bem tratado, e o misterio da conspiração politica que o envolve desperta muito mais interesse do que a real identidade do assassino. O unico momento em que o Estripador ganha força de fato é quando ele e Holmes finalmente ficam cara a cara, em uma cena até bastante forte e sanguinolenta.

 

 Mas no geral, ASSASSINATO POR DECRETO é uma grande filme de Sherlock Holmes. Quem é fã do detetive com certeza vai adorar.
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 Lembro desse filme LEOSPIDER. Se chama SHERLOCK E EU. Faz tempo que assisti tambem. Lembro de ser uma produção até divertida.

 

 Mas pelo que lembro, nesse filme o Holmes nem existe. O Watson é o grande detetive como você disse, mas era um cara timido e dava os créditos de detetive em suas historias a um Sherlock Holmes(que não existia). Então ele contrata um ator para se passar pelo Holmes(Ator esse vivido pelo Michae Caine).
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De filmes conheço são poucos do Holmes. No mais conheço o Enigma Da Pirâmide e versão com o Robert Downey JR como a maioria. E um ou outro das versões antigas, que na época quando pirralho não me animava ver completo. Dormia. Quem sabe hoje com outra mentalidade eu reveja com outros olhos. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Plutão Orco2011-11-27 22:19:22
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 Visto SHERLOCK HOLMES: A GARRA ESCARLATE

 

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  Na trama, Sherlock Holmes(Basil Rathbone) e o Dr. Watson(Nigel Bruce) estão na pequena cidade canadense La Mort Rouge, participando de um congresso que discute os elementos sobrenaturais na criminologia. Quando uma mulher é assassinada, o crime é atribuido a uma lenda local a respeito do monstro da garra escarlate. Decidido a provar que não há nada de sobrenatural no caso, Holmes decide investigar, ao mesmo tempo em que novas mortes ocorrem.

 

 Durante toda a decada de 40, a Universal produziu doze filmes estrelados pelo detetive ingles, sempre com Basil Rathbone no papel principal. Não cheguei a ver todos os filmes, mas percebe-se que alguns deles tem um forte carater nacionalista(algo comum nessa epoca) chegando ao ponto de retirar Holmes da Inglaterra vitoriana para coloca-lo na decada de 40 enfrentando nazistas. Estes filmes de carater mais panfletario são justamente os mais fracos desta serie. Os melhores filmes estão justamente quando os produtores voltavam ao básico. Ou seja, Holmes e uma boa trama de misterio e suspense.

 

 E é justamente por essa linha que segue A GARRA ESCARLATE, o melhor da serie que ví até aqui. O filme não é baseado em nenhuma obra de Doyle, apesar de lembrar em alguns aspectos o romance O CÃO DOS BASKERVILLE, onde assim como neste filme, Holmes e Watson investigam mortes supostamente ligadas a uma criatura sobrenatural.

 

 A GARRA ESCARLATE tem um clima muito semelhante ao de outros filmes de suspense da Universal deste periodo, como os filmes de Frankenstein estrelados por Boris Karloff ou O LOBISOMEN. Estão lá os bosques enevoados, os aldeões apavorados que sabem mais do que aparentam, as casas abandonadas cheias de rangidos e teias de aranha, enfim.

 

 Creio que Rathbone é o ator que mais se aproximou fisicamente do personagem descrito por Conan Doyle em seus livros. E apesar das patriotadas que é obrigado a dizer em alguns filmes da serie, Basil Rathbone personifica Holmes com suas virtudes e manias de forma perfeita. Tanto é que muitos ilustradores cada vez que tem que representar Holmes baseiam-se na figura de Rathbone.

 

 O mesmo vale para o Dr. Watson de Nigel Bruce. Você pode nunca ter visto um filme da serie estrelada por Rathbone e Bruce, mas já viu uma figura baseada nesses dois, pois grande parte dos produtos visuais baseados no detetive que vieram depois destes filmes inspiravam-se fortemente nas figuras de Basil Rathbone e Nigel Bruce. Acho que não é exagero dizer que a dupla definiu as figuras de Holmes e Watson dentro da cultura pop.

 

  Mas enquanto  o Holmes de Rathbone é bem fiel ao dos livros, o Watson de Bruce foge bastante da figura imaginada por Doyle. Nos filmes da Universal, Watson é gordinho e atrapalhado, servindo como alivio cômico do filme.

 

 Mas voltando ao filme, apesar de estar datado em alguns pontos, A GARRA ESCARLATE ainda tem muitos bons momentos, como o climax passado no pantano, e uma cena envolvendo o "monstro" e o juiz da cidade, cena essa que Martin Scorscese parece ter reproduzido em CABO DO MEDO.

 

 A GARRA ESCARLATE é um filme que vale a pena. Tem o charme dos velhos filmes de horror da Universal, um Rathbone muito afiado como Holmes, e uma trama que consegue manter o expectador envolvido até o final. Vale a conferida. 

 
Questão2011-11-28 19:53:59
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 Quem diria que até mesmo no cinema nacional Holmes estrelou um filme. Trata-se de O XANGÔ DE BAKER STREET

 

 xango-de-baker-street-poster01.jpg

 

  Na trama, o valioso violino Stradivarius que Dom Pedro II(Claudio Marzo) daria a sua amante, a Baronesa Maria Luisa(Claudia Abreu) é roubado. Seguindo um conselho da diva Sarah Bernhardt(Maria De Medeiros) o imperador convoca ninguem menos que Sherlock Holmes(Joaquim De Almeida) para solucionar o misterioso roubo. Assim, o detetive vem ao Brasil, acompanhado é claro de seu amigo, o Dr. Watson(Anthony O'Donnel)

 

  Baseado no romance de Jô Soares (que faz uma ponta no filme) O XANGÔ DE BAKER STREET´até que é um filme divertido, retratando uma aventura do brilhante detetive em terras tupiniquins, sendo um misto de suspense e paródia. A historia transita bem entre o suspense e a comédia. A parte do suspense se deve aos misteriosos assassinatos de mulheres que passam a ocorrer no Rio De Janeiro (na epoca capital do país) logo que Holmes desembarca por aqui. Assassinatos esses que parecem estar ligados ao roubo do violino. A narrativa é fluida o bastante para nos manter interessados no misterio da historia.

 

 Já a parte cômica é um pouco oscilante. Se alguma das piadas surgem interessantes (Como Holmes inventando a caipinha e Watson vestindo-se de sertanejo) em outros o humor não funciona tão bem, principalmente quando se mistura com a parte "séria" do filme (Como a diarreia de Holmes causada por uma feijoada e a pomba gira que baixa em Watson)

 

 O filme tambem tem outros problemas. O Romance de Holmes com a ex escrava Ana Candelaria (Thalma De Freitas) não convence muito, sendo que este tem importancia na trama. O desfecho do misterio tambem é decepcionante, e faz força para parecer inteligente.

 

 Tecnicamente, o filme manda muito bem. A reconstituição do Rio De Janeiro imperial parece impecavel, tal como os figurinos usados na epoca. As sequencias de assassinato são muito bem decupadas, e mostram certa visceralidade. Vendo as sequencias de morte tão bem feitas neste filme, me pergunto por que o cinema de horror no Brasil é praticamente inexistente.

 

 Quanto as atuações, até que são bem interessantes. O ator portugues Joaquim De Almeida consegue manter a dignidade de seu Sherlock Holmes em uma historia em que ele poderia perder isso facilmente. O Holmes de Almeida fala com sotaque lusitano (Holmes teria aprendido o portugues lusitano em suas viagens) e mantem um olhar sempre atento, mas fascinado a tudo que lhe parece estranho em nosso país. Anthony O'Donnel interpreta seu Watson claramente baseado na classica encarnação de Nigel Bruce, mas não consegue divertir muito não. Já Marco Nanini se diverte(e nos diverte) bastante como o Delegado Mello Pimenta, que investiga os assassinatos cometidos nas ruas cariocas, e acaba funcionando como uma especie de Lestrade para Holmes por aqui.

 

 Já no elenco feminino, a normalmente competente Claudia Abreu parece não ter conseguido achar o tom certo para compor a sedutora Baronesa Maria Luisa, enquanto Thalma De Freitas não faz da sua personagem uma mulher interessante o bastante para atrair a atenção de Holmes (fora o fato de ser uma bela mulata06

 

 Enfim, O XANGO DE BAKER STREET é um filme divertido, que tira sarro do detetive, mas mantendo um certo respeito mesmo assim. Nitidamente, perde a chance de ser melhor por algumas questões de roteiro, mas pra ruim não serve.    

 
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  Guy Ritchie não foi o primeiro a tentar atualizar as aventuras do detetive para para uma nova geração. Em 2002, foi produzido um filme para TV que tinha a intenção de ser o pontapé inicial par uma serie, que acabou não rolando. Este filme foi chamado de SHERLOCK HOLMES: CASE OF EVIL.

 

 sherlockmoviecover.jpg

 

  Na trama, Sherlock Holmes (James D'Arcy) começou recentemente sua carreira como detetive particular. Em um de seus primeiros casos, ele entra em confronto com o chefão do crime conhecido como o Professor Moriary (Vincent D'Onofrio), confronto este que termina com o corpo de Moriarty desaparendo em uma vala londrina após ser baleado por Holmes. Entretanto, quando varios traficantes de ópio passam a ser assassinados,Holmes passa a desconfiar que seu arqui inimigo ainda esteja vivo.

 

  Como eu disse no inicio deste post, CASE OF EVIL tem a intenção de atualizar Holmes, e deixa-lo mais acessivel ao publico. O personagem retratado aqui é um cara sociavel, que curte uma boa festa. É um cara mulherengo, que até mesmo se deixa distrair por uma bela mulher. Percebe-se uma forte influencia dos filmes de James Bond, não só pelos fatores citados acima, mas por agora Holmes contar com algumas gadgets fabricadas pelo Dr. Watson (Roger Morlidge) aqui um médico legista que Holmes conhece enquanto investiga o caso dos traficantes mortos.

 

 O filme tem alguns problemas. O misterio principal do filme nunca consegue prender a atenção do expectador de fato. A amizade que surge entre Holmes e Watson não soa verossimil, já que inicialmente, os dois homens parecem nutrir certa antipatia um pelo outro. E do nada, mesmo se conhecendo há pouco tempo, passam a confiar incondicionalmente um no outro sem grandes explicações. O passado de Holmes e Moriary é ligado de formadesnecessaria, e que não acrescenta muito filme. O maior problema reside mesmo no protagonista, já que James D'Arcy não consegue convencer como Holmes de jeito nenhum. O ator não consegue dar credibilidade a perspicacia quase sobre humana de Sherlock Holmes, e sua representação do personagem é simplesmente emotiva demais.

 

 O filme entretanto tem coisas que valem a pena. Apesar de não ser particularmente interessante, o romance do protagonista com a atriz fracassada Rebecca(Gabrielle Anwar) convence, e mesmo a importancia que este relacionamento ganha no 3º ato soa natural. É dado uma origem curiosa para o vício de Holmes em Heroina, ligando este vícío as ações de Moriarty.

 

 Falando nele, Vincent D'Onofrio parece se divertir bastante interpretando o Professor. Seu Moriarty é irônico e sinistro, e parece estar sempre um passo a frente de seu inimigo. 

 

  Já o ator Richard E. Grant interpreta uma versão bem distinta de Mycroft Holmes, irmão de Sherlock, e ouso dizer, talvez até mais interessante que a versão original de Doyle. Como nos livros, Mycroft é ainda mais brilhante que Sherlock, o que é mostrado em uma bonita cena em que os dois disputam um "velho jogo" tirado diretamente das paginas de O CASO DO INTERPRETE GREGO, conto que introduziu o personagem. Mas aqui Mycroft nãó é um bem sucedido funcionario do govero, mas sim um homem invalido, destruido pelo vicio em ópio, e que acaba representando um possivel futuro para Holmes.

 

  CASE OF EVIL não é um desperdicio completo. Como eu disse, tem coisas que valem a pena. O que derruba mesmo o filme é seu protagonista. Um filme de Sherlock Holmes em que você não acredita no heroi é um filme praticamente condenado ao fracasso. Felizmente o Moriarty de D'Onofrio esta lá para salvar o filme

 

 

 
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 Revisto O ENIGMA DA PIRAMIDE

 

 O_enigma_da_piramide_poster.jpg

 

  Na trama, o jovem John Watson (Alan Cox) chega a um colegio interno londrino onde conhece um garoto chamado Sherlock Holmes (Nicholas Rowe). Apesar de inicialmente estranhar as excentricidades de Holmes, os dois logo se tornam amigos. Quando Waxflater (Nigel Stock), zelador da escola, e amigo de Holmes, se torna a ultima vitima de um assassino que usa uma droga alucinógena para cometer seus crimes, Holmes e Watson começam a investigar estas mortes por conta propria. Eles contaram com a ajuda de Elizabeth Hardy (Sophie Ward) a jovem sobrinha de Waxflater.

 

  Dirigido por Barry Levinson, escrito por Chris Columbus e produzido por Steven Spielberg, O ENIGMA DA PIRAMIDE é um filme super divertido, e um dos filmes mais populares de Sherlock Holmes (quiça o mais). A idéia de contas as aventuras de um jovem Holmes não é exatamente nova, o proprio Conan Doyle dedicou dois contos ao assunto. Mas enquanto aqueles contos estavam entre os mais fracos trabalhos de Doyle. Um dos motivos era que não havia diferença nenhuma entre o jovem Holmes e o adulto. Não é o que acontece aqui.

 

 Apesar de tomar muitas liberdades em relação a obra original, o roteiro de Chris Columbus é muito bem sucedido em captar o espirito das aventuras de Sherlock Holmes, mesclando-o de forma perfeita com um clima juvenil, já que afinal, é uma historia protagonizada por adolescentes. Ao mesmo tempo, Barry Levinson cria um atmosfera inicialmente simpatica ao filme, que vai ficando cada vez mais sombria a medida que o filme avança. O cineasta cria sequencias visualmente fantasticas, como a perseguição no cemitério, o excelente climax, isso sem falar nas otimas sequencias de alucinação, que trazem o melhor que o cinema hollywoodiano oitentista pode oferecer.

 

  Não é de se surpreender que Columbus tenha sido escolhido para dirigir os primeiros filmes da serie HARRY POTTER. O contexto da narrativa lembra muito o clima dos primeiros trabalhos de J.K Rowling, excetuando a magia, é claro. Como na obra de Rowling, grande parte da historia se passa em um castelo que serve como escola. Holmes tem até um rival loiro na escola, que lembra muito Draco Malfoy. Não duvido que este tenha sido um dos filmes preferidos da criadora do bruxo da cicatriz.

 

 Apesar de todo desconhecido, o elenco é muito bem dirigido. Nicholas Rowe torna seu Sherlock Holmes reconhecivel. Estão lá grande parte das caracteristicas que os fãs de Holmes conhecem. Estão lá o poder de observação, o racíocinio rapido, o talento para qumica e esgrima. Enfim, este Holmes é indiscutivelmente Sherlock Holmes. Ao mesmo tempo, ele não é tão frio e focado quanto o Holmes adulto(o que só vem com a experiencia), e tem os sentimentos de um adolescente normal.

 

  O jovem Watson de Alan Cox tem as influencias da encarnação de Nigel Bruce, já que é um pouco atrapalhado, e tem problemas com peso. Mas tem carisma, e possui seus momentos de brilho durante o filme. E se a Elizabeth de Sophie Ward nunca consegue despertar interesse como personagem, ao menos seu romance com o futuro detetive é convincente, nos fazendo até torcer por eles. Já os coadjuvantes do nucleo adulto conseguem ser bastante interessantes, como o malucão Waxflater, e o misterioso Prof. Rathe (Anthony Higgins).

 

 Enfim, O ENIGMA DA PIRAMIDE é um filme delicioso. Tem aquele clima delicioso das produções juvenis oitentistas, com bastante ação, aventura, suspense, e um humor bem empregado. O filme foi um fracasso de publico na epoca de seu lançamento (apesar de ter sido bem recebido pela critica) mas hoje, o filme é um classico cult, e como já dizem um dos filmes mais populares estrelados pelo detetive inglês.
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  • 2 weeks later...
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   Revisto a versão 2002 de O CÃO DOS BASKERVILLE

 HOUN2002.jpg

 

 

   Na trama, Sherlock Holmes (Richard Roxburgh) é contratado pelo Dr. Mortmer(John Nettles), amigo da familia Baskerville para proteger a vida de Sir Henry Baskerville (Matt Day), ultimo membro vivo da familia Baskeville. Os temores do Doutor estão baseados na recente morte de Sir Charles Baskerville que teria sido a vitima mais recente  de uma velha maldição de familia que diz que todos os Baskerville serão caçados e mortos por um cão demôniaco.

 

 Embora não acredite na lenda, Holmes inicia suas investigações em Londres, e envia o Doutor Watson (Ian Hart) para acompanhar Sir Henry a pequena cidade de Dartmoor, onde se localiza o solar da familia, cujo jovem Baskerville pretende tomar posse. Mas fatos estranhos começam a ocorrer, o que pode apontar que a lenda do Cão Dos Baskerville pode ser mais real do que se imagina.

 

  O CÃO DOS BASKERVILLE é uma das obras mais populares de Sir Arthur Conan Doyle, quiça a mais. Pessoalmente, não tenho este carinho todo pelo romance. Sou muito mais O SIGNO DOS QUATRO do que BASKERVILLE. Mais com certeza. O CÃO... foi a obra de Doyle que teve mais adaptações.

 

 O objeto desta resenha é um filme feito diretamente para a TV em 2002. A historia é bastante fiel a obra de Doyle, apenas acrescentando um detalhe aqui, e outro ali. A participação de Holmes na trama é relativamente aumentada, já que o romance original é quase uma aventura solo de Watson, já que Holmes aparece bem pouco no livro. O climax é mil vezes melhor que o da obra original, que na minha opinião, sempre foi bastante decepcionante.

 

 Esta versão de O CÃO DOS BASKERVILLE é bastante competente na construção do clima de suspense. 90% da historia se passa no solar dos Baskerville, e nos terrenos pantanosos que cercam a propriedade. A fotografia, direção de arte, e desenho de som da produção conseguem criar a atmosfera certa para a trama, com suas noites enevoadas de luar, os sombrios corredores da propriedade dos baskerville, e os uivos que cortam a noite, que podem ou não pertencer ao cão sobrenatural.

 

  O elenco parece se encaixar bem nos personagens. Richard Roxburgh, que já deu vida ao Professor Moriarty no horrendo A LIGA EXTRAORDINARIA, interpreta Holmes de forma competente. O Holmes desta versão é um assumido viciado em heroina, e diferente da obra original, não recorre a droga somente quando sua mente não tem no que trabalhar. É interessante como construção de personagem, mas não parece acrescentar muita coisa a narrativa.

 

  Diferente de muitos atores, Ian Hart não dá qualquer tipo de veia cômica ao seu Dr. Watson. Seu Watson é um homem sério e honrado, e tem a postura quase de um soldado, natural quando lembramos que Watson foi um médico militar. Este Watson tambem não é um mero subalterno de Holmes, mostrando-se bastante sentido em alguns momentos tanto pela frieza com que Holmes age, como pelo fato de ser constantemente manipulado pelo detetive.

 

 Já Richard. E Grant, que havia interpretado anteriormente Mycroft Holmes em CASE OF EVIL, vive aqui o antropologista Stapleton, e mais uma vez, sua versão do personagem se mostra bastante superior ao personagem retratado no material original.

 

 Enfim, O CÃO DOS BASKERVILLE é um suspense vitoriano bem classudo. É fiel a obra original, e as alterações que faz apenas acrescentam ao filme. A figura do cão gerada por computador acaba indo contra o aspecto artesanal do resto da produção, mas não é nada que prejudique. O maior problema da produção na minha opinião é a falta de quimica entre Richard Roxburgh e Ian Hart, que apesar de desempenharem bem seus papéis individualmente, não conseguem transmitir a relação de respeito e amizade que existe entre Holmes e Watson. Apesar disso, O filme tem a minha recomendação. 
Questão2011-12-18 15:16:49
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  • 1 month later...
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Show de bola este tópico! =D Obrigado pela dica, Questão! :)

 

 

 

Hoje mesmo eu estava comentando sobre os filmes de Sherlock Holmes com um grupo de amigos. rs...

 

 

 

Então... nunca tinha ouvido falar de Assassinato por Decreto. Fiquei curiosíssimo. Vou ver se encontro de bobeira por aí. Se alguém souber de algum link, me envia por MP, please.

 

 

 

Adorei o Enigma da Pirâmide e acho que me tornei fã do personagem ao ver esse filme pela primeira vez na Tela Quente. Lembro que na mesma época ganhei o jogo Scotland Yard e garimpei nos sebos alguns livros do detetive (em 1993, eu tinha 15 anos de idade).

 

 

 

Gosto dos filmes atuais com o Downey Jr. porque apesar da ação inexistente nos livros (e bem vinda nas telas), a essência do personagem continua a mesma.

 

 

 

Assim como curto o Sherlock da série da BBC, que apesar de contextualizado nos dias atuais, é extremamente fiel ao Holmes de Conan Doyle.

 

 

 

Mencionaram aí o filme Sherlock e Eu (Clueless), realmente divertidíssimo. O Watson (Ben Kingsley) não podia assumir seu lado detetive porque sua família não aprovaria ele abandonar a carreira de médico. Então ele contrata o ator Reginald Kincaid (Michael Caine) para ser Sherlock Holmes e atrair todos os holofotes.

 

 

 

Fiquei curioso também em ver essa versão de 2002 de O Cão dos Baskervilles (link por MP, please), mas já desaprovo o ator (Roxburgh). Nunca fui com a cara dele e seu Drácula em Van Helsing não convence. Curiosamente ele interpreta o Moriarty em A Liga Extraordinária.

 

 

 

Já O Xangô de Baker Street é um lixo completo e deve ser evitado a todo custo. =p

 

 

 

Enfim... achei muito bom o Jogo de Sombras, principalmente por remeter ao duelo com Moriarty e estou ansioso pela terceira temporada de Sherlock e a nova série que levará Holmes à Nova Iorque (Elementary). ;)Alexander_Bell2012-01-23 01:55:49

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Assisti na semana passada o Jogo das sombras e achei bacana.

 

A química entre o Holmes e Watson está bem melhor que no primeiro longa, e seus diálogos estão muito bons.

 

Já o roteiro eu não gostei muito. Na verdade é complicado por que se não for algo mirabolante, nada parece um desafio pro detetive.

 

Mas ainda assim, vemos um filme inteiro para nos instantes finais percebermos que o estava tudo sob controle. E isso me incomoda um pouco.

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 Ainda não ví JOGO DE SOMBRAS. Mas devo corrigir isso em breve. A grande maioria esta dizendo que é melhor que o primeiro filme. Com exceção da Boscov, mas ninguem dá muita bola pra o que ela diz, né?06

 

 BELL, se puder confira mesmo ASSASSINATO POR DECRETO. Na minha opinião, um dos melhores filmes feitos com o detetive.

 

 Ainda não conferi a série SHERLOCK, mas ela esta sendo bastante elogiada. Já estou providenciando a 1ª temporada pra conferir.

 

 BELL, quanto ao Roxburgh, vamos combinar que nada convence em VAN HELSING, né06. Quanto a sua atuação como Holmes, ele não esta entre os melhores a interpretar o detetive, mas convence. O que faltou foi quimica com o Ian Hart (O Prof Quirrel do Harry Potter06) que diga-se de passagem, esta muito melhor que ele como Watson. Mas gosto da versão 2002 de O CÃO DOS BASKERVILLE, especialmente pela melhora de 100% que deram no vilão da historia na minha opinião.
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 Visto Sherlock Holmes: O Jogo De Sombras

 

 sherlock_holmes_a_game_of_shadows_ver12.jpg

 

 Baseado especialmente no conto "O Problema Final", esta sequencia do filme de 2009 acompanha Sherlock Holmes (Robert Downey JR) investigando as ações do Professor Moriarty (Jared Harris), um brilhante criminoso que estaria por trás de uma serie de assassinatos e atos terroristas por toda a Europa. Quando tudo indica que os planos de Moriarty podem provocar uma guerra mundial, Holmes e um relutante Dr. Watson (Jude Law) unem forças com a cigana Simza (Noomi Rapace) cujo irmão desaparecido pode ter importancia vital no esquema arquitetado pelo vilão.

 

 SHERLOCK HOLMES: O JOGO DE SOMBRAS é levemente inferior ao seu antecessor (pois é BELL, queimei a lingua06) mas ainda é um bom divertimento, e uma boa adaptação de Sherlock Holmes.

 

 A trama é frenética, e quase não dá pausas para o expectador respirar. Há uma interessante contextualização histórica, já que os planos de Moriarty estão diretamente ligados as tensões na Europa do começo do século, que desenbocaram na 1ª Guerra Mundial. Entretanto, as subtramas envolvendo os ciganos é apenas um mal McGuffin, o que é simbolizado pela cigana vivida por Noomi Rapace, que não funciona como personagem. As piadas que questionavam a sexualidade de Holmes e Watson eram engraçadas no 1º filme, mas aqui soam excessivas, pois são repetidas a exaustão.

 

 Alías, o conflito do ciumes que Holmes tinha da noiva com o amigo já havia sido resolvido no 1º filme, mas esta presente aqui de novo, o que nos dá a impressão que os personagens não evoluiram dentro da franquia. Alem do mais, uma personagem importante dentro da franquia e da mitologia do personagem é retirada da trama de maneira rápida, para ser literalmente esquecida por um ventinho. Bola fora do roteiro.

 

 Os "Flashfoward" que servem para mostrar a cadeia de raciocinio que levam o detetive a antecipar as ações de seus inímigos me incomodaram mais do que no primeiro filme, pois aqui estão muito mais excessivos e muitas vezes desnecessarios. Embora não posso negar que eles sejam bem utilizados as vezes.

 

 Agora que malhei bastante06 posso dar alguns elogios. Ritchie nos entrega cenas de ação bem interessantes, como o confronto de Holmes e Sinza com um assassino mongol, a cena do bombardeio na floresta se utiliza muito bem do slow motion para intensificar a dramaticidade da cena. E gostei muito da visão de Ritchie para o Coronel Sebastian Moran(Paul Anderson) retirado do conto "A Casa Vazia". Todas as sequencias de ação envolvendo o sniper vitoriano são interessantes e casaram muito bem com a montagem alucinada do Ritchie. Por fim, o roteiro trabalha bem a rivalidade Holmes/Moriarty. As cenas envolvendo os dois são as melhores do filme. Claro que a quimica de cena entre Harris e Downey Jr ajudou bastante.

 

 Downey JR e Law continuam muito confortaveis nos papéis de Holmes e Watson, e continuam tendo uma boa quimíca de cena. Noomi Rapace infelizmente tem seu talento disperdiçado, já que a cigana Simza não passa de um McGufin pra trama, e nunca estabelece uma relação de verdade com os outros personagens, e seus proprios conflitos não convencem. Stephen Fry parece se divertir como Mycroft Holmes, o irmão mais velho do protagonista. Mas o destaque vai mesmo para Jared Harris e seu Moriarty.

 

 Não sei dar uma opinião sobre qual ator mais me agradou na pele de Holmes. Mas com certeza Harris é o melhor Moriarty que eu ví até então . Frio, erudito e calculista, Moriarty trava um verdadeiro duelo intelectual com o Holmes de Downey JR, sendo que a cada "jogada" um ultrapassa o outro. O respeito que o criminoso tem por Holmes é palpavel. Reparem como na 1ª encontro dos dois, o sempre confiante olhar do vilão é abalado ao testemunhar as habilidades de dedução de seu inimigo.

 

 O climax em que Holmes e Moriarty se enfrentam em um jogo de xadrez metafórico e literal a beira das cataratas de Reichenbach é excelente. Alias, todo fã do personagem sabe como este duelo termina. No proximo paragrafo comentarei o final, então caso não queira saber, pode parar aqui.

 

 Bom, sobre o final. Era obvio que o roteiro tinha que dar uma indicação de que Holmes tivesse sobrevivido a queda, afinal, precisava haver um gancho para um 3º filme. Mas não gostei da forma como foi feito. Pois anulou bastante da força do sacrifício do Holmes ao final. Era melhor que houvesse apenas um indicio da sobrevivencia do Holmes, e não o proprio aparecer camuflado no escritório do Watson.

 

 Mas enfim JOGO DE SOMBRAS não é ruim. Gostei do filme. Mas perdeu a chance de ser muito melhor.
Questão2012-02-02 15:30:01
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Onde eu assino, meu caro Questão? ;)

 

 

 

Concordo ipsi literis com tudo o que você disse. Muito boa a sua resenha. Deveria postá-la no tópico "Em cartaz" para ganhar a merecida notoriedade. ;)

 

 

 

Também achei que no final deveria haver apenas um indício de que Holmes estaria vivo, mas algo melhor do que aquele objeto enviado pelo correio. Pq se alguém piscou na cena daquele objeto durante o filme, talvez até não tenha entendido.

 

 

 

Mas confesso que ri pacas com a cena final da camuflagem. rs...

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 Valeu pelo elogio, BELL05

 

 Concordo que muita gente pode ter viajado sobre o objeto enviado pelo correio no epilogo. Afinal, Holmes brinca com o respirador do Mycroft em praticamente um plano só. Com certeza, quem "piscou" pode não ter entendido.

 

 Mas devo dizer, que apesar do filme de 2009 ser melhor no "conjunto da obra", a melhor sequencia pertence a O JOGO DE SOMBRAS. Eu simplesmente adorei o climax. Holmes e Moriarty disputando um acirrado jogo de xadrez, enquanto Watson e Simza tentam desesperadamente encontrar o falso embaixador no salão foi de um crescendo de tensão muito bem conduzido.

 

 Toda a sequencia, desde o inicio do jogo, até o tragico desfecho do duelo, resumiu de forma perfeita os personagens de Holmes e Moriarty, assim como a relação de respeito/odio que eles tem um pelo outro. Downey JR e Harris mandaram muito bem ali. O melhor momento dos dois filmes na minha opinião. Pena que a força deste excelente climax seja enfraquecida por um epilogo meia boca.

 

 Eu só fiquei com uma duvida. Sebastian Moran morreu mesmo? Inicialmente tive a impressão que sim, depois que Watson o baleou na floresta da Alemanha (Ele ainda dá um ultimo tiro, matando um dos ciganos de Simza antes de aparentemente morrer). Mas quando envenenam o irmão da Simza no climax, tive a impressão que foi o Moran outra vez. Estou enganado?
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Intrigante pergunta. Inclusive, puxando pela memória, tenho a impressão de ter visto Moran na festa, no final do filme.

 

 

 

Curiosamente, eu não pensei na possibilidade de Holmes ter usado o respirador para sobreviver nas cataratas, coisa que um amigo comentou comigo recentemente. Você percebeu isso ou passou batido também? rs..

 

 

 

Ah... acabei de assistir O Cão dos Baskervilles nesse exato momento. Achei bem razoável. O Roxburg não ficou tão ruim quanto imaginei, mas o filme não soube explorar as deduções e revelações de forma empolgante. Em nenhum momento enxergamos Holmes com dons quase sobrenaturais de dedução, como ocorre nos filmes do Downey Jr.

 

 

 

E eu não lembro se no livro, Holmes se revela à Watson tão precocemente. A impressão que eu tinha é que Holmes só se revelava bem no finalzinho da história. Da mesma forma a identidade do vilão e seus motivos só eram expostos bem no final, coisa que o filme já foi soltando ao longo da trama. Mas enfim, é um filme que vale a pena ser conferido.

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 Tive a mesmissima impressão BELL. Por acaso não foi o Moran que matou o irmão da Simza com o dardo envenenado?

 

 Bom, se o Coronel sobreviveu, há grandes chances de um 3º filme abrir com a adaptação de "A Casa Vazia" onde Moran tenta vingar a morte de seu chefe. Falando nisso, me pergunto que caminho o 3º filme ira seguir. Isso se houver um 3º filme, pois apesar de já haver um roteiro encomendado, a Warner ainda não deu sinal verde, e o unico confirmado é o Downey JR. Nem o Ritchie confirmou sua volta.

 

 Eu só fui pensar na hipotese de Holmes ter usado o respirador para évitar um afogamento nas cataratas quando enviei o post anterior, BELL. Claro que isso não explica como ele sobreviveu a queda de dezenas de metros, mas tudo bem.06

 

  Isso que você falou é verdade, BELL. Apesar de conseguir se segurar bem no papel, o Roxburgh nunca consegue nos transmitir o brilhantismo hiperativo do Holmes. Se eu tivesse que montar uma lista com os melhores atores a viver Holmes, teria um bocado de gente na frente do Roxburgh, inclusive o Downey JR.

 

 De fato, a participação do Holmes na historia é aumentada em comparação ao livro. Mas pessoalmente achei isso bom. Quanto ao vilão, posso estar cometendo uma heresia como diz a SHY, mas acho ele 100% melhor do que o do livro.

 

 No romance, o Holmes diz ao Watson que Stapleton é provavelmente o inimigo mais cruel e inteligente que já enfrentaram (apesar de ter sido publicado depois, O CÃO se passa antes de O PROBLEMA FINAL). O problema é que o livro nunca da ao criminoso essa importancia. Ele tem um breve encontro com o Holmes após a morte do fugitivo, onde ele não tem idéia que esta prestes a ser descoberto, e só. Stapleton nunca parece tão perigoso ou esperto como Sherlock alega.

 

 Já nesta versão 2002, fizeram do Stapleton um cara bem cínico e um adversario a altura do detetive. Gosto dos dois confrontos que ele tem com o Holmes. Primeiro na festa de natal, e depois no climax. Alias, uma das melhores cenas do filme é aquela em que Holmes fica atirando na cara do vilão as provas de que ele é casado com a sua "irmã" e Stapleton fica respondendo friamente "I have No Wife" enquanto o Watson procura a moça desesperadamente pela casa.

 

 Esta longe de ser um filme excelente, mas como você bem disse, BELL, vale a conferida
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 Valeu pelo elogio' date=' BELL[img']http://200.170.174.159/forum/smileys/05.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="05" />

 

 

 

 Concordo que muita gente pode ter viajado sobre o objeto enviado pelo correio no epilogo. Afinal, Holmes brinca com o respirador do Mycroft em praticamente um plano só. Com certeza, quem "piscou" pode não ter entendido.

 

 

 

 Mas devo dizer, que apesar do filme de 2009 ser melhor no "conjunto da obra", a melhor sequencia pertence a O JOGO DE SOMBRAS. Eu simplesmente adorei o climax. Holmes e Moriarty disputando um acirrado jogo de xadrez, enquanto Watson e Simza tentam desesperadamente encontrar o falso embaixador no salão foi de um crescendo de tensão muito bem conduzido.

 

 

 

 Toda a sequencia, desde o inicio do jogo, até o tragico desfecho do duelo, resumiu de forma perfeita os personagens de Holmes e Moriarty, assim como a relação de respeito/odio que eles tem um pelo outro. Downey JR e Harris mandaram muito bem ali. O melhor momento dos dois filmes na minha opinião. Pena que a força deste excelente climax seja enfraquecida por um epilogo meia boca.

 

 

 

 Eu só fiquei com uma duvida. Sebastian Moran morreu mesmo? Inicialmente tive a impressão que sim, depois que Watson o baleou na floresta da Alemanha (Ele ainda dá um ultimo tiro, matando um dos ciganos de Simza antes de aparentemente morrer). Mas quando envenenam o irmão da Simza no climax, tive a impressão que foi o Moran outra vez. Estou enganado?

 

 

 

Questão, eu não acho que ele levou um tiro fatal do watson, só foi alvejado mesmo e eu o reconheci na hora no final do filme quando mata o irmão da cigana.

 

A não ser que eu tenha me enganado duplamente.

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