Jump to content
Forum Cinema em Cena

Oscar 2013: Previsões


Nightcrawler
 Share

Recommended Posts

  • Members

Premiar um filme como melhor filme do ano sem ter seu diretor indicado é um absurdo ilógico e incoerente. Conheço todos os argumentos favoráveis à Argo (ganhou TODOS os guilds, é fácil, é sobre Hollywood, todo mundo gosta, estará entre as primeiras posições de quase todos os votos), mas um fato é ineguável: sua vitória seria ilógica se considerarmos a premiação como um todo. 

 

O problema é que Lincoln é "chato" e político demais. Então é difícil premiar ele. Logo, sobra quem? Vai o Argo mesmo...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

O problema é que Lincoln é "chato" demais.

 

Esse é um problema para quem não é americano e não se interessa pelos personagens e pelos eventos abordados pelo filme. Caso Lincoln fosse tão insuportável, ele jamais teria tido uma bilheteria tão colossal. Filmes chatos não se tornam populares com o público em geral. E se o público médio aprovou o filme, eu não sei por que pessoas entendidas e profissionais gostariam menos.

 

O problema com Lincoln é que ele não se destacou num ano com filmes mais amados, como Argo. Acontece.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 O que é "Argo" perto de "Django"? Pó. O que é "Argo" perto de "Amour"? 1/3 do pó. E olha que eu não vi "Zerto Dark Thirty". É revoltante!

 

 Se "Argo" sobrepujar um gênio como Tony Kushner , em Roteiro Adaptado, será, como bem observou Nathaniel Rogers, por causa de um meme: "Argo Fuck yourself", uma fórmula que amarra tudo. E de pensar que o cinema já teve frases-símbolos como "Jamais sentirei fome novamente"...Para, Mundo, que eu quero descer!!!!   :angry:  

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Amigos, meu problema com Lincoln não é o fato dele ser "chato" mas sim o fato dele se prestar a ser um filme histórico e omitir diversas informações importantes pra tornar o tal presidente um Deus e esse foi meu problema com o filme.

Argo não é NADA perto de AMour, Django e A Hora Mais Escura, mas como é o mais forte ao prêmio é pra quem torcerei, se algum dos três que citei vencer ai o coração não aguenta.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não, Lincoln é chato sim. hehehehe.

Me irrita esse argumento "Ah, seja americano e entenda o filme". Eu acho que um filme tem q ter vida própria, tem que se fazer entender e ser interessante por si só, não dependendo de um prévio conhecimento do espectador para que ele seja interessante.

 

Claaaaro, que se vc souber a história antes e babar ovo pro Lincoln como os americanos, a chance de vc gostar do filme é maior. Mas, eu , imparcial por não ser devoto de Lincoln e da história dele, achei o filme chato sim. Eu gostei, mas é chato. (Tipo AMour...hauha).

 

Ps: O PIOR de tudo é que eu ADORO filme políticos e personagens históricos (vide minha escolha de avatar do filme há meses).

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Sync, o ilógico já aconteceu, Affleck fora e Zeitlin dentro. Premiar Argo é coerente com a forma que a Academia funciona, deixar de indicar Affleck, não.

 

No fim, Argo provavelmente será o consenso entre o que consideram melhor, embora ainda ache que Lincoln vá vencer de forma "surpreendente".

 

Também já estou convicto que ninguém vence a Jennifer Lawrence. Acho um caso parecido com Reese Witherspoon/Felicity Huffman em 2006, a campanha de Witherspoon foi impecável, nem adiantava torcer pelo que considerávamos mais digno. 

 

E decidi vencer a preguiça e fui ver Barbara hoje. Filme redondo, simples, elegante, com uma atuação "bárbara" da Nina Hoss. Nos mostra que existem coisas mais preciosas que a liberdade, sem nunca desrespeitar a inteligência do espectador, e conta com algumas cenas lindas, como a protagonista andando de bicicleta sob um vento nada discreto. E com apenas 1h45, define todo o panorama de uma era, algo que adoraria ter visto em Lincoln, que precisou de 2h30 para se dar auto-importância mas quem se preocupa com dinâmica nesta onda de cinebios? 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Me irrita esse argumento "Ah, seja americano e entenda o filme".

 

 

Outra coisa irritante é distorcer as palavras do outro. Ninguém está mandando ninguém ser americano para entender o filme. O que me parece evidente é que se um filme trata de um assunto regional, com personagens e eventos restritos à história e à cultura de um país em particular, é natural que os espectadores desse país tenham um investimento, um interesse maior do que estrangeiros - ainda mais num país onde o antiamericanismo ainda é modinha, como no Brasil.

 

 

 

 

Eu acho que um filme tem q ter vida própria, tem que se fazer entender e ser interessante por si só, não dependendo de um prévio conhecimento do espectador para que ele seja interessante.

 

Então você não entendeu o filme? Achei que o problema era ele ser "chato".

 

 

 

 

Claaaaro, que se vc souber a história antes e babar ovo pro Lincoln como os americanos, a chance de vc gostar do filme é maior.

 

 

O inverso também é válido: a pessoa que não souber nada e odiar figuras americanas estará predisposta a não gostar...

 

 

 

Mas, eu , imparcial por não ser devoto de Lincoln e da história dele, achei o filme chato sim. Eu gostei, mas é chato. (Tipo AMour...hauha).

 

 

Não me importa se você achou chato ou não! O que acho ridículo é usar essa opinião pessoal como se fosse algo refletido pela maioria do povo capaz de influenciar a votação do Oscar. Lincoln não é chato para os americanos, e são eles que votam no Oscar. Não é difícil entender isso.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

O Paciente Inglês é um filme chatíssimo para os americanos. Até em Seinfeld teve piada sobre o filme. Acho que o fator chave pra explicar o sucesso de público de Lincoln é a soma entre respaldo da crítica, Spielberg e Lincoln (o homem).

 

E como disse a Ana Maria Bahiana, os Globos de Ouro vem ganhando mais prestígio a cada ano, justamente porque a carreira internacional de um filme pode mudar sua história, e até sustentar carreiras (como Tom Cruise). Portanto, o fracasso fora dos EUA não seria bom pra Lincoln ou qualquer filme, mas não é o caso pq acho que teve um retorno razoável nas bilheterias. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Quem vcs acham q levará o Oscar de direção? Num ano normal o Ben Affleck seria aposta certa, mas com a sua esnobada, pode dar Spielberg, Lee ou Haneke. Será q o O. Russell tem alguma chance? (os Weinsten estão por trás de sua nomeação, lembremos.) O único q não tem chance é mesmo o Zeitlin.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Meu caro, esse é um fórum de previsões do Oscar. E eu tenho todo o direito de achar que o fato do filme ser chato (e, evidentemente, essa é a minha opinião) pode atrapalhar sua carreira na premiação. 

 

Mas que nervosinho que vc fica só pq eu "critiquei" um filme do Spielberg. 

 

E, sim, apesar de chato, o filme fez 170 milhões de dólares nos EUA, pois justamente lá é a terra de Lincoln. Aposto que no exterior ele não fará tanto sucesso assim! Afinal, ele dialoga melhor com o público americano. 

 

Eu não odeio figuras americanas e nem sou anti-americano, só não babo ovo para o Lincoln, como os americanos. (Olhe meu avatar e pense)

 

E sabe qual é o pior de tudo? Eu sou o único que levantei aqui, nas últimas páginas, que eu ainda acredito na vitória de LIncoln.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

Também já estou convicto que ninguém vence a Jennifer Lawrence. Acho um caso parecido com Reese Witherspoon/Felicity Huffman em 2006, a campanha de Witherspoon foi impecável, nem adiantava torcer pelo que considerávamos mais digno. 

 

Morta com isso até hoje

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Acho Lincoln um belíssimo filme. Com cara de Oscar até. O negócio é que Argo está com tudo mesmo. Filme que também gosto.

 

Agora, criticar Lincoln porque ele "omite" a história é uma estultice. Desculpe, mas o filme deve ser "avaliado" pelo o que ele mostra e não pelo o que alguém acha que deveria mostrar. O filme não é um retrato fiel da história, é um filme. Fosse assim, a morte de Hitler em Bastardos seria o fim (o fato de ser uma "paródia" serve tanto de argumento no caso aqui, quanto o fato de não ser).

 

Em tempo, nem acho que Spielberg transforme o presidente em herói. Não existe isso de transformar em herói alguém que já é visto como um ser mitológico pelos americanos. Seria o mesmo que tentar transformar o Superman em herói em um filme... impossível, ele já é.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Amigos, meu problema com Lincoln não é o fato dele ser "chato" mas sim o fato dele se prestar a ser um filme histórico e omitir diversas informações importantes pra tornar o tal presidente um Deus e esse foi meu problema com o filme.

 

Lincoln é uma obra de ficção baseada em uma obra biográfica (Team of Rivals). Não é um documento histórico, nem sequer um documentário. É uma dramatização.

 

Spielberg e cia. não têm culpa se há tantas pessoas que preferem estudar História via Hollywood...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Para efeito de comparação, cito os filmes históricos de Ridley Scott. Conheço historiadores que elogiam seus filmes. Os descrevem como obras de arte + entretenimento + máquinas do tempo para as épocas abordadas. São pessoas inteligentes, que entendem que são FILMES, não biografias longas sobre figuras históricas (função dos documentários e livros de história/biografias). Reconhecem que o Colombo de 1492 é completamente fictício, mas defendem a visão histórica do filme. 1492 mostra como aquelas pessoas viviam na época, os temores de uma expedição e as tentativas desastrosas de estabelecer uma colônia. Quem assiste é praticamente transportado para a época, mesmo que o filme não seja fiel à história real.

 

Até mesmo o pensamento moderno dos personagens deve ser relevado. Imaginem a chatice que seria ver um filme sobre a Grécia antiga mostrando os protagonistas maltratando seus escravos com a mesma tranquilidade que dirigiriam um carro em 2013. Os filmes históricos seriam inacessíveis. Para aprender algo, veja um documentário. Para vivenciar a época, fique com a ficção. Aliás, os malvados cumprem o papel de expor o pior do comportamento da época, que também seria o do mocinho da época retratada, mas isso é algo que não funciona necessariamente no cinema de ficção.

 

Lincoln, de maneira brilhante, mostra (ainda que discretamente) o lado podre e racista do presidente, mas sem forçar a barra, e incluindo um certo pensamento moderno em seu protagonista (aproximando-o do público atual). Aliás, ainda suspeito do racismo atribuído a Lincoln (o histórico e o do filme), já que demonstrar racismo era crucial para angariar o apoio da bancada democrata ou republicana-conservadora da época. Um gênio político como ele não teria receio de se utilizar de tal artifício para atingir algo maravilhoso como o fim da escravidão (independente de sua motivação para tal). Vemos isso ser utilizado até hoje pelos políticos, bons ou ruins. *

 

Outro ponto: a obra não é inacessível ao público não-americano. É um filme sobre manobras políticas, não um Telecurso 2000 sobre a Secessão. Além dos mais, Spielberg tem foco, a emenda. Mesmo sem o letreiro introdutório (exclusivo dos mercados internacionais), somos suficientemente apresentados à Guerra Civil e seus oponentes. Com naturalidade, o diretor (e Kushner) nos apresenta, em seguida, às ideias e ideais de seus protagonistas. Com raciocínio lógico, sem jamais ser enfadonho, o roteiro de Kushner expõe a solução do presidente e seu gabinete para acabar com a guerra, atendendo, também, a seus anseios morais quanto à escravidão (a emenda). Dois coelhos em um só golpe. Tudo isso em apenas 30 minutos de filme (aproximadamente, claro; não fico cronometrando no cinema). Daqui em diante, com o tabuleiro posto e analisado, assistimos às manobras arriscadas dos políticos para atingir seus objetivos.

 

Lembrem-se também que é uma narrativa in media res. Os eventos que levaram àquela situação são apresentados com tranquilidade no decorrer do primeiro ato, sem recorrer a flashbacks (ainda que abusando do vaivém da montagem deliciosa de Michael Kahn, como nas ações dos lobbystas comandados por James Spader).

 

 

* A não ser, claro, que você seja o Pablito, que acredita que o "Partido" deve governar sozinho com seus políticos puros, sem fazer alianças e troca de favores. Sua crítica de Lincoln denuncia sua ingenuidade política, apesar das tentativas pífias de ele próprio tentar transformar seu blog e twitter em uma referência na área (e, apesar de concordar com boa parte de sua opinião política, reconheço sua fraca retórica quando fala de política e sociedade).

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Quem vcs acham q levará o Oscar de direção? Num ano normal o Ben Affleck seria aposta certa, mas com a sua esnobada, pode dar Spielberg, Lee ou Haneke. Será q o O. Russell tem alguma chance? (os Weinsten estão por trás de sua nomeação, lembremos.) O único q não tem chance é mesmo o Zeitlin.

Acho que o favorito até agora ainda seria o Spielberg, mas conforme Lincoln enfraquece acho que o diretor também enfraquece cada vez mais. Será que isso pode abrir caminho pro Haneke?

Link to comment
Share on other sites

  • Members

"Lincoln" é que nem a seleção brasileira. No papel, é excelente. Em campo, perde da Inglaterra, da França, do México, da Holanda...

 

Já tá lá atrás no meu ranking de filmes do ano. Igual o Brasil no ranking da Fifa.

Bem isso mesmo hahahahahahahaha podem fechar o tópico kkkk

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Essa discussão de "obra de ficção" x realidade é bastante interessante.

 

Eu sou meio contra à essa história de que, munidos do argumento de que se trata de um filme, os roteiristas podem escrever o que quiserem, inventando fatos e omitindo informações. A partir do momento em que você pretende contar uma história, de forma séria, deve ser fiel, na medida do possível, a não ser, é claro, que seja em tom de sátida/gozação/humor/entretenimento como no caso de Bastados Inglórios e Gladiador.

 

SIm, são filmes, não documentários. No entanto, eu acho que um filme deve ser honesto com a platéia e mostrar a realidade da história que pretende contar. Senão fica com cara de "mentira" ou de falsidade, levando as pessoas a acharem que fatos aconteceram dessa ou daquela forma. E "falsos julgamentos" são criados justamente por esses filmes, que endeusam X e criticam Y.

 

Não senti tanto isso no Lincoln. O meu problema com Lincoln é que talvez ele tivesse que ser mais claro ao público que não seja norte americano. E prova maior disso é que lá, NOS ESTADOS UNIDOS, eles usaram um letreiro pare apresentar o contexto da história. Já aqui, somos jogados no meio do fogo cruzado de fatos e informações.Não estou pedindo que seja um Telecurso 2000 e nem estou dizendo que o filme seja inacessível a nós, mas, poderia sim ser mais claro. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não senti tanto isso no Lincoln. O meu problema com Lincoln é que talvez ele tivesse que ser mais claro ao público que não seja norte americano. E prova maior disso é que lá, NOS ESTADOS UNIDOS, eles usaram um letreiro pare apresentar o contexto da história. Já aqui, somos jogados no meio do fogo cruzado de fatos e informações.

 

http://www.hollywoodreporter.com/news/steven-spielbergs-lincoln-gets-tweaked-412843

 

Na verdade, a versão americana que começa direto com a cena da batalha.

Link to comment
Share on other sites

Guest
This topic is now closed to further replies.
 Share

×
×
  • Create New...