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Forum Cinema em Cena

Sherlock


Alexander Bell
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 Visto o especial de Ano Novo THE ABOMINABLE BRIDE. Aviso de spoilers a frente.

 

  Com THE ABOMINABLE BRIDE, os produtores retiram Sherlock e John do contexto contemporâneo para nos reapresentar os personagens que acompanhamos por três temporadas no contexto do fim do século XIX, época em que foram criados por Sir Arthur Conan Doyle. As primeiras cenas do especial são interessantes e divertidas ao restabelecer a dinâmica de Sherlock e Watson na Inglaterra Vitoriana, ao mesmo tempo em que faz uma divertida crítica a obra de Doyle. Ri muito das reclamações da Sra. Hudson de que Watson nunca dava falas para ela em seus relatos dos casos de Sherlock. Mary ser apresentada como uma sufragista também foi uma ótima sacada. Alias, a luta pelo direito das mulheres é um assunto que vai ganhando importância ao longo do episódio, embora em alguns momentos a história leve isso um pouco longe demais, ao colocar Molly como uma mulher que se disfarça de homem para ganhar respeito por suas habilidades como patologista, disfarce que parece passar batido por Holmes, mas não por Watson.

 

  O caso que move o episódio (pelo menos em sua metade inicial) é bem intrigante também, ao apresentar um clássico mistério gótico apresentando o suposto fantasma vingativo da noiva do título, que embarca em uma onda de assassinatos. Quando se foca neste plot, este especial de Ano Novo tem momentos dignos de um filme da Hammer, como a sequência em que a noiva assombra uma vitima em potencial em um labirinto de heras sob uma forte névoa. A figura da noiva em si é bastante assustadora, com o véu encardido do vestido cobrindo o seu rosto pálido e lábios vermelhos, lembrando quase uma figura vampiresca.

 

  Esta primeira metade também guarda ótimas interações entre os personagens, com mais piadas com o cânone de Doyle, como a representação de Mycroft neste mundo vitoriano como um obeso mórbido, e o excelente diálogo de Sherlock e John em sua vigília para tentar salvar uma das vítimas da noiva, onde Watson confronta Sherlock sobre o fato de ele ser um ser humano de carne e osso que tem fraquezas e emoções, usando Irene Adler,cuja foto Holmes carrega como maior exemplo. É divertido ver John dominando uma conversa, já que quando o assunto são sentimentos e mulheres, Sherlock fica completamente desarmado ao ponto de clamar "Deus, nunca estive tão ansioso pra ser atacado por um fantasma assassino :D ".

 

 Mas ai vem a reviravolta que deixa este especial estranho, e onde reside sua fraquezas. Durante a primeira metade, a unica coisa que parecia ligar o episódio com os eventos finais da 3ª temporada era um elemento específico do caso da noiva. Ela se matou com um tiro na boca, tal qual Moriarty, e voltou dos mortos, como aparentemente Moriarty fez no fim da temporada passada. Entretanto, descobrimos ao longo do episódio que o "Moriarty vitoriano" morreu de forma semelhante. Mas eis que referências e pistas vão surgindo ao longo do episódio, até que o próprio Moriarty aparece para Holmes em Baker Street, e mete uma bala na cabeça, só pra continuar vivo diante de um perplexo Sherlock, enquanto o apartamento inteiro treme.

 

 Pois então, toda a primeira metade do episódio passado na Inglaterra vitoriana não passava de um delírio de Sherlock provocado por uso de drogas, e o detetive estava o tempo todo no avião em que o vimos no fim da temporada passada. O caso da Noiva teria de fato ocorrido no fim do século 19, e Holmes mergulhou em um mundo imaginário onde ele estaria lá para resolver este mistério, para assim tentar responder a pergunta que estamos nos fazendo desde 2014. Haveria a possibilidade de Moriarty ter sobrevivido ao fatídico confronto com Sherlock no terraço do hospital em THE REINCHEBACH FALLS?

 

 O velho truque do "Foi tudo um delírio" acaba por ser um pouco decepcionante e tirar bastante da força deste especial. A resolução do caso da noiva torna-se somente um trampolim para responder a uma única pergunta, "Moriarty pode mesmo estar vivo"? O fato de tudo ser uma alucinação enfraquece bastante todo o contexto envolvido por trás do caso da noiva, pois afinal, é tudo uma visão provocada por um palácio mental hiper estimulado por drogas. E o fundo do caso era bastante interessante, envolvendo uma sociedade secreta e o movimento sufragista que lutava pelo direito da mulher ao voto. A mensagem se alinha com tempos atuais em que o machismo ainda existe, mas soa perdida e mal encaixada.

 

  Não que a ideia de situar um episódio todo dentro da mente do detetive fosse de todo ruim, pois se formos pensar, tudo o que ocorre no "mundo vitoriano" é um reflexo de como Sherlock vê o mundo e como vê a si mesmo. Desta forma, pode-se ver o episódio todo como um estudo de personagem, com Watson funcionando como a consciência do detetive durante o diálogo sobre as emoções e impulsos que Sherlock põe em segundo plano em relação a lógica, a resolução do caso da Noiva, onde Sherlock parece se sentir culpado pelas mulheres que negligenciou,Molly em especial, e finalmente o confronto com o seu demônio interior, o "vírus em seu HD Mental", que claro é representado por Moriarty e uma luta nas verdadeiras Reinchebach Falls, tal como descrito no conto O PROBLEMA FINAL.

 

 No final, este especial de ano novo responde uma das perguntas deixadas pelo fim da terceira temporada. Sim, Moriarty está definitivamente morto, mas o mesmo não se aplica a seus esquemas, que serão vistos na 4ª temporada, que estréia no ano que vem. THE ABOMINABLE BRIDE não foi um episódio ruim, mas o equilíbrio das narrativas, com resolução do caso da noiva e todo o seu contexto social, o estudo que Sherlock faz de si mesmo, e o mistério em torno da suposta ressurreição de Moriarty acabaram ficando mal equilibrados. É um bom episódio, mas bem abaixo do padrão altíssimo que a série estabeleceu no passado.

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Medo de dizer que gosto mais da série nas duas primeiras temporadas.
 

Nesse, (deve ser eu) em certos momentos não me sentia vendo "Sherlock", embora fosse bom, pq Cumberbach faz até b* parecer legal.
Engraçado que todos os elementos da série estavam ali, Moriat, a perrenha de Sherlock com o irmão, a perfeita simbiose com o Watson e tals... se bem que isso ocorreu nas duas épocas vividas no eppy...

Anyway, gostei do começo: adorei o humor sutil e qd ele fez a primeira leitura de Watson.
E o que curto mais na ´serie, essas deduções brilhantes baseadas apenas na observação, genial !

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 Eu gosto da 3ª temporada, acho ela no mesmo nível da 1ª (mas inferior a season 2). Mas entendo o que você quer dizer, JUJUBA. A season 3 é diferente das duas anteriores mesmo.

 

 Nas duas primeiras temporadas, parecia que o foco maior era nos casos, e havia pouco foco nas questões mais pessoais dos personagens, embora A SCANDAL IN BELGRAVIA (meu Ep. favorito) e THE REINCEHBACH FALLS já abriam as portas para uma humanização maior do Sherlock.

 

 Já na season 3 parecia que o foco maior era na relação do Sherlock com os outros personagens. Os casos se tornaram mais secundários, excetuando HIS LAST VOW, que também a certa altura assume um caráter mega pessoal. Além disso, na 3ª temporada, os roteiristas decidiram aprofundar o conceito do "Mind Palace", como se quisessem realmente nos fazer entender a velocidade com que a mente do Sherlock funciona. E acho que o conceito foi muito bem usado, rendendo sequências brilhantes na minha opinião, como aquela em THE SIGN OF THREE, em que Sherlock percebe que um crime esta prestes a ocorrer no casamento, e a luta de Sherlock pela vida após ser baleado em THE LAST VOW. 

 

 Mas acho que esgotaram o conceito em THE ABOMINABLE BRIDE, e espero que partam pra outras abordagens na 4ª temporada.

 

 Em tempo, meu top dos episódios de SHERLOCK

 

 1) A SCANDAL IN BELGRAVIA

 

 2) THE REINCHEBACH FALLS

 

 3) HIS LAST VOW

 

 4) THE SIGN OF THREE

 

 5) THE GREAT GAME

 

 6) A STUDY IN PINK

 

 7) THE ABOMINABLE BRIDE

 

 8) THE BLIND BANKER

 

 9) THE EMPTY HEARSE

 

 10) THE HOUNDS OF BASKERVILLE

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  • 3 weeks later...
  • 2 months later...
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Também ví o raio do episódio especial. Achei um tanto forçado a mensagem sufragista, martelaram na minha cabeça até falar chega.  Nota-se que o caso principal, a noiva abominável, já tinha uma revira-volta bastante apropriada ao tema - ainda que homicida. Não precisava de muito mais...

 

Legal mesmo foi Sherlock e Watson, e isso já valeu demais. Essse episódio me pareceu aquele "tapinha" para quem tá de abstinência, só para segurar as pontas até coisa mais farta e melhor surgir.

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  • 1 month later...
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Sherlock: ator é escalado como vilão na 4ª temporada

 

 O ator Toby Jones foi escalado no papel de vilão na quarta temporada de Sherlock, da BBC One.

Jones será visto no segundo episódio do quarto ano da série (que terá três novos episódios), ao lado de Benedict Cumberbatch e Martin Freeman. O ator tem em seu currículo participações em obras como Wayward PinesCapitão América: O Soldado Invernal Jogos Vorazes: Em Chamas.

content_pic.jpgFonte da imagem: Reprodução/IMDb

Não foram divulgados detalhes sobre o personagem que Toby Jones irá interpretar, mas o produtor Steven Moffat comentou, em comunicado que: “É um prazer ter Toby Jones a bordo, dando vida a um dos melhores vilões de Arthur Conan Doyle”.

 

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Na nova temporada, Watson e sua mulher Mary terão um novo desafio – de se tornarem pais!

A BBC One ainda não definiu uma data para a estreia da quarta temporada de Sherlock.

 

FONTE: MINHA SÉRIE

 

Baita aquisição! Jones manda muito bem.

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  • 2 months later...
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 Achei longe de ser empolgante, mas também não achei horrível.

 

 O que não gostou, MOZTS?

 

Não gostei de nada :P

 

Parece algo totalmente errado pra série, algo fan-made com recortes de outros filmes, filme do SciFi channel ou episódio do fraco Blindspot.

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 Ainda não saquei MOSTS. Não vi nada de errado na composição dos quadros ou na montagem.

 

 O que lhe incomodou então foi então o tom, que parece lembrar mais um thriller de espionagem do que o clássico detetivesco? O tom mais sombrio do trailer que vai contra o tom geralmente mais bem humorado da série?

 

 Em resumo, elabore por favor.

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O trailer ta mais para 007 do que para Sherlock. Mas não me incomodou muito, e seria interessante se o Benedict fosse o novo Bond.

 

Acho que é tendência das séries se tornarem mais densas no decorrer das temporadas, e vi bastante disso no trailer, pois o Sherlock parece estar cada vez mais além do limite da sanidade.

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Isso.

 

 Mas isso sempre meio que circundou o universo do Sherlock, muto pela presença do Mycroft. A SCANDAL IN BELGRAVIA e HIS LAST VOW, que pessoalmente estão no meu top 3 episódios da série bebem direto desta fonte, flertando bem mais com o thriller de espionagem do que com a clássica história de detetive. Pessoalmente não vejo isso como um problema, desde de que, como disse a JUJUBA, o cerne ainda sejam os conflitos mentais, e não físicos.

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  • Members

 Mas isso sempre meio que circundou o universo do Sherlock, muto pela presença do Mycroft. A SCANDAL IN BELGRAVIA e HIS LAST VOW, que pessoalmente estão no meu top 3 episódios da série bebem direto desta fonte, flertando bem mais com o thriller de espionagem do que com a clássica história de detetive. Pessoalmente não vejo isso como um problema, desde de que, como disse a JUJUBA, o cerne ainda sejam os conflitos mentais, e não físicos.

 

Mas foi apresentado ali de forma que não casou com a série, eu diria. Tem toda umas tomadas e uma vibe de agente secreto no trailer.

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E o helicóptero fazendo curva dramática, os soldados descendo de rapel... Tudo filmado com aquele cara de James Bond da televisão.

 

 Mas acho que tudo isso pode significar uma intervenção maior do Mycroft na vida do Sherlock, fora a influência da Mary em Baker Street. Repare por exemplo como a Molly diz que "Não é mais um jogo", ou a Sra. Hudson expulsando o Mycroft de Baker Street. Acho que talvez vejamos o mundo do Mycroft invadir a vida do irmão mais novo de vez, o que inclusive pode ser demais pro irmão suportar.

 

 Interpretei o trailer nesta vibe. Sei lá, não senti que isso fosse radicalmente fora do universo da série.

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  • 2 months later...
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Sherlock pode ser encerrada após a quinta temporada, segundo Benedict Cumberbatch
Ator que vive o detetive diz que a série está "bem completa" do jeito que está

03/10/2016 - 12:10 ARTHUR ELOI




















Sherlock_C7ag8TE.jpg


Sherlock pode chegar ao fim após a quinta temporada indicou Benedict Cumberbatch, que vive o protagonista Sherlock Holmes, em entrevista à revista GQ [via Metro].


"Eu adoraria continuar revisitando [o programa] mas, pelo futuro próximo, já abordamos o que queríamos e criamos algo bem completo da forma que está, então acho que só esperaremos para ver. A ideia de nunca mais interpretar Holmes é realmente ruim, honestamente pode ser o fim de uma era."


Vale ressaltar que não há confirmação oficial, mas o showrunner Steven Moffat (Doctor Who) já havia indicado que produzir o seriado está cada mais complicado em razão da alta demanda por Cumberbatch e Martin Freeman(John Watson): "Não sei por quanto tempo conseguiremos continuar, e não ficaria muito surpreso se [a quarta temporada] fosse a última. Temos duas estrelas de cinema que não precisam mais retornar ao seriado, mas que voltam porque querem", disse o produtor principal. O quarto ano do seriado está sendo rodado, mas Moffat disse anteriormente que planejou a trama até o ano cinco - saiba mais.


Sherlock retorna em 2017. No Reino Unido, a série é exibida pela BBC, enquanto no Brasil é transmitida no canal pago Arte1 e em rede aberta pela TV Cultura. As três temporadas completas estão disponíveis na Netflix.


 


FONTE: OMELETE







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