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Forum Cinema em Cena

O Grande Truque (The Prestige)


Nacka
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Indo mais longe ainda amigos:

SPOILER

Como podemos saber se o Angier-clone que apreceu no 1° teste' date=' era de fato clone? Como o Deadman disse acima, a máquina poderia transportar e clonar. Aí seria mais louco, porque se aconteceu isso, o Angier original morreu no primeiro teste. E bem lembrado Deadman, o medo revelado pelo Angier, demonstra que seria o clone a cair, mas nem ele tinha mais certeza disso.

FIM


E Serge, o filme merce uma revisitada, rever tudo, sobro outro prisma, dará uma nova perspectiva do filme.
[/quote']

 

 

SPOILER

 

 

Creio que era o clone sim porque o original permaneceu imóvel, ainda na máquina, e o clone sai da caixa. Quando o primeiro clone é morto, pelo tiro, dá pra ver a caixa aberta atrás dele, enquanto o Angier original continuou sob a máquina, tanto que pegou a arma que estava ali ao lado, onde havia colocado por segurança.

 

O "problema" é que, para a realização do truque, o original é que precisava ser morto (o que entrava da máquina, e nunca saía de lá). Os clones, porém, "nascem" com toda a consciência e bagagem do original, então quando Angier, ao final, diz que não sabia se seria ele a morrer ou a aparecer no Prestige, é o centésimo segundo (o primeiro morreu com o tiro; o segundo morreu quando Angier demonstrou ao negociador do teatro) clone falando, mas ainda se considerando o original.

 

 

SPOILERS!!!

 

Serge, temos um problema de fundo filosófico que compromete a lógica do que você acredita ter ocorrido. Imagine-se no lugar de Angier. Lembre-se que, como você mesmo concordou, o original fica dentro da máquina. Pergunta: você se arriscaria a confiar numa máquina (cujo princípio de funcionamento você desconhece totalmente), ser clonado para logo em seguida  morrer sem saber com certeza se sua cópia é exatamente idêntica à o você original? Difícil de acreditar que Angier fez isso, não acha? Será que ele estava tão obcecado em destruir Borden que se matou (o original) para que isso ocorresse? A fala de Angier no final do filme dá margem para entendermos que a sua teoria está correta, mas você há de convir comigo que também pode ter sido uma metáfora, um meio de exprimir um medo, um terror de morrer (o original) e sair o clone ileso no seu lugar. De qualquer forma que se pense, a cada revisitada (principalmente, no terço final do filme) podemos vislumbrar cenas e frases com sentidos que alargam as margens de interpretação do que foi efetivamente mostrado. Show!!16<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Outro detalhe desconcertante: na primeira conversa quase cifrada entre Angier e Tesla, note que <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em nenhum momento Angier menciona o nome de Borden ou de quem quer que seja, mas que sabe que Tesla já havia feito uma máquina igual para outra pessoa. Tesla não nega, desconversa e ao se despedir, diz que a máquina pretendida por Angier já estava em construção... Considerando a história bizarra de Tesla (o real) e seu envolvimento com governos e pessoas que viviam “nas sombras” essa passagem torna o personagem de Bowie mais interessante ainda. Putz!! Tenho que rever esse filme!           

 

 

Dead, acho que ele tinha peito pra se matar sim, tamanha sua obsessão, seja por vingança pessoal ou vingança de show mesmo (ser o melhor).

 

Além do mais, quando se clonou pela primeira vez, ele pode ter "sentido" que o clone era exatamente o mesmo, com tudo. Tanto é que o clone já aparece com a bagagem do raciocínio que Angier planejava matá-lo, então, assim que aparece, grita "Não, não! Espere!".

 

 

Porra, o filme é foda. E vou comprar o livro - importado mesmo.
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Alexander, talvez tenhamos exagerado em alguns pontos, mas...

 

SPOILERS

 

...não podemos ignorar a obsessão do Angier por descobrir o truque, sua inveja pelo Borden ter uma família e ódio por ter matado sua esposa. Tanto que no final Borden ainda fala pro Angier, "finalmente você sujou as mãos". Angier sabia que Borden iria ver seu show e que depois tentaria descobrir "seu truque", assim como fizeram toda a vida, um espionava o outro e depois sabotava.

 

Outra coisa, porque justamente no dia que o Borden estava no show e vai até o porão, é que é dada a morte do Angier? Ele já havia morrido várias vezes, mas ele, Angier, morreu justamente para incriminar o Borden, condená-lo pela morte por afogamento de uma pessoa. Seria até uma forma de exorcisar a morte da esposa.

 

 

 

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Angier sabia quem em dado momento Borden iria tentar se infiltrar... A questão é que Borden demorou para se infiltra' date=' isso é que aconteceu...

 

The Spartan

 

[/quote']

 

Na verdade, acho que o Angier sabia que o Borden ia tentar se infiltrar na última apresentação, quando visse que aquela seria sua última chance de ver o truque. Assim, fez questão em anunciar que seriam somente 100 apresentações para forçar o Borden a ir na centéssima, contando que seria nessa que o Borden invadiria o palco. O Angier sempre esperou que o Borden fosse na última, para realizar sua vingança e pelo que me lembro do filme, foi na centéssima e última que o Alfred de fato invadiu e foi incriminado.

 

 

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Pretendo rever novamente, e vou prestar atenção nesse ponto (mas não vou rever só pra isso), mas uma pergunta:

 

Alguém fala que aquela apresentação é a centésima? A última? Porque não me recordo de falarem. Afinal, durante qualquer uma das 100 apresentações que Borden invadisse, funcionaria para Angier.
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SPOILERS!!!!

 

 

 

A centésima apresentação é mencionada pelo dono do teatro ao agente do mesmo que retruca que já existe um outro show contratado para o espaço. O dono insiste categoricamente pedindo para que cancele e menciona o número de apresentações de Angier como tendo um limite máximo de 100.

 Agora, sobre Alfred ter sido pego na última apresentação eu sinceramente não me lembro disso... Aliás, acho que nada dá a entender nesse sentido. Mas, cá entre nós, não faz a menor diferença, pois em todas elas os clones morriam do mesmo modo.  
The Deadman2006-11-15 08:20:50
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Foram 100 apresentações, está no filme. Spartan, não vi nada de forçado, visto a obsessão deles.

 

O Pablo dissecou o filme em sua crítica, está ótima.

 

 

Spoilers

 

Ele ainda apontou aquilo que eu disse, que Angier talvez tenha morrida na primeiro truque do clone.

 

Ele ainda responde quem morreu enforcado, Fallon ou Borden?

 

 

 

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Gostei da crítica de Pablo, mas a princípio discordo sobre quem era Borden e Fallon. Vejam o que escrevi no tópico:

 

SPOILERS ABAIXO!!! - DESCULPA NÃO TER AVISADO ANTES! 02

 

Achei fantástica a sua 'dissecação' do filme, mas... até o momento... discordo dela em parte.

 

Ainda preciso rever o filme para tirar conclusões mais embasadas, mas pelo que vi e lembro do filme... Borden é o irmão casado e pai da criança... quem realmente ama a esposa. E  "Fallon" é o irmão (mais racional - o engenheiro) que se sente desconfortável na presença da cunhada (fazendo papel de marido) e que não consegue demonstrar amor sincero. Sendo este, apaixonado pela personagem da Scarlet Jonhanson.

 

Ou seja, Fallon, o "olheiro" da dupla, é quem estava no porão do espetáculo de Angier, e conseqüentemente foi preso e executado. Não consigo imaginar Borden desesperado pra salvar o seu rival do tanque.

 

Já Borden, "o original", o "herói"(ou anti-herói?) da história, ficou vivo para acertar as contas com o seu rival e ficar junto de sua filha. 

 

Não teria a mesma graça se não fosse Borden a matar Angier e criar a sua filha.

 

Mas como eu já disse, essa minha análise precisa ser revisada com mais uma sessão do filme. ;)

---------------------------------------------

 

E qto ao funcionamento da máquina de Tesla, ainda acho mais "lógico" o original cair no alçapão e o clone surgir em outro lugar do que o inverso.
Alexander_Bell2006-11-17 00:07:43
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Discordo do Pablo em alguns pontos, mas o principal é que não acredito que algum deles sabia quem era o verdadeiro pai da garota. Acredito que algumas vezes, quando a esposa estivesse achando estranho a falta de química (e de verdade nas falas) de seu "marido" , este tentaria mostrar que gosta dela e que é tudo piração dela tentando ser mais romântico com ela e em alguns casos transando com ela. Na minha interpretação, duvido que algum deles soubesse se era o pai ou tio da garota. Um exemplo a favor disso era que no caso do parque o que subiu, mesmo não sendo o amante de Scarlett, deveria saber que acabaria tendo que dormir com ela e mesmo tendo brigados, acredito que estaria preparado para dormir com ela caso fosse necessário(não, não acredito que tenha começado a briga de propósito para poder escapar dela mais rapidamente. Isto teria sido desleixo do disfarce da sua parte). Afinal, se eles estavam dispostos a tudo para manter o truque, transar com a mulher do irmão não é nada mais do que um simples fato. Principalmente pelo fato de ambas serem gatas. 06

 

E na minha interpretação, Lord Caldlow poderia ser sim um disfarce. Apesar da teoria do Pablo ser MUITO superior a minha, acredito que quando Jackman manda (na cena em que aluga o teatro) cobrar aquele preço pros ingressos, ele poderia estar aumentando os preços progressivamente fazendo com que ao final tivesse muito dinheiro. O bastante para comprar a mansão(e Michael Caine acharia que o dinheiro que sumiu teria apenas sido tomado pelo governo). O dinheiro que prometeu a Tesla poderia ser o dinheiro acumulado das primeiras apresentações. Sei que é meio forçado, mas acredito que existe sim a possibilidade de ser assim. Agora... que a do Pablo é muito mais lógica, isso é um fato.

 

-----------------------------------------

 

Sobre as 100 apresentações, realmente, que foi na centéssima, foi só suposição minha, mas acredito que seja porque invadir o palco foi ato de desespero e acredito que Alfred (seja qual dos dois) não faria isso se não estivesse extremamente desesperado, fato que chegaria ao seu extremo na última apresentação, já que saberia que nunca mais veria o truque. Desse jeito, não teríamos como saber quem invadiu (o que odiava mais Jackman? Ou o engenheiro que deveria estar mais fascinado pelo truque?) e isso seria mais uma inteligente dúvida levantada pelo roteiro.

Preciso rever o filme, mas acredito tb que Jackman não poderia ver quando Alfred invadisse os fundos(fiquei com a impressão que ele não viu, mas foi impressão, não certeza). Assim, ele teria de supor em qual noite ele invadiria. Para ele ter acertado, faz mais lógica ser na noite que ele supunha a invasão. E qual noite seria essa? A última.

Pelo menos é nisso que eu acredito. Se bem que quando eu rever o filme e se achar que Jackman tinha como ver Alfred invadindo o palco, aí a teoria perde muito de sua força, pois poderia ser em qualquer noite que ele poderia decidir não aparecer, bastava apenas ser a noite que ele visse Alfred invadindo o palco. Mas no presente momento, acredito que a minha teoria é bastante razoável e plausível.

Resta ver se ela resistirá a uma revisão do filme. Acredito que a minha teoria do Lord Caldwell deve ser destroçada na revisão e passarei a aceitar a do Pablo, mas acredito que essa teoria da última noite pode sobreviver sim a uma revisão. 

Realmente, comparando as minhas interpretações com a do Pablo está me fazendo pensar como esse filme é fascinante. Ele interpretou várias coisas diferentes de mim e mesmo assim nenhuma está totalmente certa nem totalmente errada (apesar da opinião dele sobre o Caldwell ser um zilhão de vezes melhor que a minha e eu acreditar mais na minha opinião sobre a paternidade do que na dele). Fascinante.

 

Gostaria que o Pablo fizesse mais críticas como essa. Desse tipo ele só fez a de Magnólia, Cidade dos Sonhos e agora de O Grande Truque. Ele tem outras que tb comenta o final do filme (Psicopata Americano, A Vila e mais uminhas), mas não são super dissecações como essa. O ruim é que temos de esperar ele ver e rever o filme para isso. O bom é que vale MUITO a pena esperar por isso. O ideal seria ele fazer críticas de filmes clássicos como as obras primas do Kubrick nesse estilo. O problema é que demoraria muito tempo para fazer e seriam extremamente raras. Mesmo assim, seriam fenomenais e valeriam muito a tempo. Hoje eu já considero o Pablo o melhor crítico de cinema brasileiro. Com essas críticas então... mereceria entrar no patamar dos melhores do mundo (ignorem o fato de ter um site fraquinho com este nome).

 

Fascinante. Só espero que essas dissecações não se restrinjam somente a esta trilogia. Seria um desperdício. Dos Grandes.

 

Yoh2006-11-15 23:36:01

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CONTÉM SPOILERS!! 

 

Putz!! Uma das melhores críticas jamais escritas pelo Pablo!!! Muito boa! Considerações perspicazes numa análise que deixa claro não só o quanto foi tocado pelo filme e seu engenhoso roteiro, como seu cuidado em vê-lo com esmero. Sua análise da dinâmica entre Borden/Fallon é excelente. Só não concordo com a interpretação do Pablo de que Sarah não sabia sobre o irmão gêmeo. Para mim fica demonstrado justamente o contrário: na conversa “definitiva” com Alfred, ela demonstra verdadeira infelicidade por viver uma situação limite: saber-se casada com alguém que tem uma vida, literalmente, “dupla”. Tanto que ameaça Borden de modo enfático que contaria para Olivia sobre o “segredo” dele.

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Ora, se quisesse “jogar verde pra colher maduro” numa simples tentativa “vazia” de afastar Olívia do marido, seu personagem perderia quase absurdamente toda a densidade dramática que sempre carregou. Vejam bem: obviamente ela não sabia desse segredo desde sempre. E é justamente quando, finalmente, encaixa as peças (as nuances de personalidades, as verdadeiras/falsas juras de amor, o fato de seu marido estar com outra mulher e, obviamente, vê-lo fazer uma mágica IMPOSSÍVEL – isso sem contar que estava ao lado do garotinho quando esse exclama sobre o “irmão” do passarinho...) além de ter se tornado viciada em álcool, estar desgastada emocionalmente e se ver num dilema (toda a vida de Borden, e dela consequentemente, é sustentada por esse “segredo) é que se suicida num gesto extremo. Não é à toa que se mata em meio às gaiolas de pássaros no laboratório de Borden/Fallon... Seu recado mórbido é claro pra mim.

 

Entretanto, gostaria de fazer algumas considerações:

 

- Concordo que, no frigir dos ovos, não importa realmente se o Angier original morre. Entretanto, como o próprio Pablo sugere, podemos (e no caso específico desse filme DEVEMOS) extrapolar. Logo, nas minhas elucubrações, vejo como sendo uma boa saída a que apresentei alguns posts acima (inversão de “polaridade” da máquina de clones). Afinal, considero que o confronto de Borden (Fallon) com o Angier “original” no fim do filme deixa-o mais trágico ainda (o diálogo sobre as mãos sujas é perturbador).

 

PS: Pablo deixou passar batido uma rima narrativa foda: quase todos os lances dramáticos <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em relação à Borden/Fallon se relacionam com o elemento corda... Abracadabra!! 16  

The Deadman2006-11-16 11:13:28
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PS: Pablo deixou passar batido uma rima narrativa foda: TODOS os lances dramáticos em relação à Borden/Fallon se relacionam com cordas...

 

Bem, a hora em que ele mata o Angier não tem uso de cordas, tem? Acho que a parte no meio do filme em que ele atira no Angier tb não. Mas que na maioria tem, isso é verdade.

Yoh2006-11-16 10:49:59

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PS: Pablo deixou passar batido uma rima narrativa foda: TODOS os lances dramáticos em relação à Borden/Fallon se relacionam com cordas...



Bem' date=' a hora em que ele mata o Angier não tem uso de cordas, tem? Acho que a parte no meio do filme em que ele atira no Angier tb não. Mas que na maioria tem, isso é verdade.
[/quote']

 

 Você quis dizer no final do filme, certo?! 17

 Mas tem razão. Não são todos. Mas, a constância do elemento é muito interessante... Post editado.05
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SPOILERS:

 

Acho que o nosso amigo quis dizer: "na hora em que Angier atira em Borden (no truque da bala)".

 

 

Mas realmente... vejamos:

 

- o nó nos pulsos de júlia;

- o enforcamento da esposa de Borden (Pablo diz que era esposa de Fallon 02)

- o enforcamento do próprio (borden ou fallon 02)

 

hum.... alguém lembra de outra?
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SPOILERS

 

1) Sobre os clones:

 

Assumindo como verdadeiros 3 pressupostos (fatos que eu tomo como verdadeiro, sem ter certeza).

 

a) as duas verões do Angier têm a

mesma memória e consiciência

 

B) o Angier não estaria disposto a se

suicidar pela sua profissão se soubesse que dado experimento causaria com certeza a morte dele e não do clone. O risco, porém, ele aceitava.

 

c) não havia nenhum cúmplice conscinentemente responsável pela colocação da caixa embaixo do alçapão, que pudesse ter enganado o Angier 'original'.  Assim não podia ser os cegos. Por conseguinte, o original saberia que aquele (o original ou o clone) que fosse cair no alçapão morreria. E a sua dúvida se limitaria a qual dos dois (o original ou a cópia) permaneceria na máquina.

 

Conlusão: LOGO, aquele Angier que estava máquina achava que seria transportado pra fora do palco. Muito provavelmente,  não comprendendo bem o funcionamento dessa. Isso porque ele surgiu do outro lado (uma vez  que fiocou na máquina foi morto).  Ele torcia pra ser o Angier original. Ele não tinha como saber se era o original ou o clone.   Portanto, conservava a fé de que o clone ficaria na água, enquanto que o original se teletransportaria p/ fora do palco.

 

2) O filme tem 3 forçadas de barra:

 

a) Irmão gêmeo é coisa pra novela mexicana...

 

B) Fazer clones a partir de descargas elétricas é coisa p/ filme C.

 

c) Não tem sentido o próprio Borden ter dado ao Angier a oportunidade de fazer mágica verdadeira patrocinando o Tesla, sob o pretexto de fazer seu adversário perder tempo e dinheiro. Pois, a invenção renderia  sucesso absoluto caso concretizada. O Borden não poderia arriscar dessa forma a conceder essa oportunidade ao seu grande rival.

 

    Logo, não dá pra dizer que o roteiro seja bom. O interessante é a psicologia, a narrativa, direção e interpratações que o filme traz.

 

 

 

Richard2006-11-17 13:38:31

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 Alguns comentários sobre o post acima:

 

 

1) Sobre os clones:

a) as duas verões do Angier têm a mesma memória e consiciência.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

- Não estaria querendo dizer em relação às várias versões de Angier? De fato, só podemos inferir que sejam exatamente idênticos, pelos seguintes motivos:

 

- reação demonstrada pelo 1º clone e...

- ... considerarmos como correta a teoria do Pablo (onde o Angier original, depois de fazer uma 2ª experiência, de algum modo, percebe ser seu clone ele mesmo). Daí temos que o Angier original morre e o clone sobrevivente (ele mesmo) continua com a apresentação.      

 

Se não, temos que buscar outras saídas. Cheguei a apresentar uma aqui...

B) o Angier não estaria disposto a se suicidar pela sua profissão sde soubesse que dado experimento causaria com certeza a morte dele e não do clone.

 

- Fato ou opinião? Particularmente, sou da OPINIÃO (não podemos afirmar nada nesse sentido, visto que estamos lidando com uma pessoa obcecada...) de que não quis se propor a ter essa certeza, daí minha teoria de “inversão de polaridade”.   

c) não havendo nenhum cúmplice responsável pela colocação da caixa embaixo do alçapão, o Angier saberia que aquele que caísse no alçapão morreria.

 

- Errado! Existiam cúmplices, sim! Entretanto, todos convenientemente cegos (a razão disso é óbvia...). E, ora bolas, claro que sabia! O estratagema foi concebido com a finalidade de eliminar uma das cópias de si mesmo com a nítida intenção de “pegar” Borden e ferrá-lo. Além é claro, de lambuja, ganhar muito dinheiro com a apresentação do Homem Trasportado.  

d) LOGO, aquele Angier que esitvesse na máquina não compreendia o funcionamento dessa. Pois, esperava ser transportado pro outro lado. Aparentemente isso seria ilógico. Porém, este "clone" tendo a mesma consiência que o original tinha a esperança de ser o próprio. Portanto, conservava a fé de que o clone ficaria na água, enquanto que se teletransportaria p/ fora do palco.

 

- Depende de como está analisando esse fato. Angier realmente não compreendia o funcionamento da máquina. O único que talvez o soubesse era Tesla. Entretanto, se considerarmos a teoria do Pablo como correta, note que os clones SÃO tão Angier como o “original” (conceito que aqui perde totalmente o sentido). A questão que fica, porém, é: como ele poderia saber disso com certeza? Só existe uma possibilidade: repetiu a experiência e após uns testes (do tipo: “qual foi meu último pensamento antes de entrar na máquina?”) ter sabido disso e, com a ajuda do clone, ter bolado o show. Quem morria, como bem disse o Pablo, na realidade não importa. Logo, de um modo ou de outro, aquele que entrava na máquina e caia no tanque SABIA que seu destino era a morte certa. Óbvio que só Deus sabe o que se passava na cabeça do miserável nos instantes prévios ao afogamento (o que torna o filme mais sombrio e amargo) – será que fui copiado? Será que vou morrer <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em vão? Será que serei eu mesmo do outro lado? –, mas o resultado prático foi alcançado. Não é à toa que quando Fallon/Borden comenta sobre ter que “fazer sacrifícios”, Angier se mostra perplexo e diz que Borden nem faz idéia do tipo de sacrifícios (literalmente) que teve que fazer...       

2) O filme tem 3 forçadas de barra:

a) Irmão gêmeo é coisa pra novela mexicana...

- Humm... Adorei essa novela mexicana.

 
B) Fazer clones a partir de descargas elétricas é coisa p/ filme C.

- Peraí!! A aceitação do elemento fantástico do filme é fundamental pra apreciação do mesmo. Usando um termo do Dook, sem a “supressão temporária da incredulidade” o filme é um LIXO! Entretanto, note que na realidade vemos “parte do funcionamento da máquina” (arcos elétricos), mas o real princípio de funcionamento da mesma é um mistério (entre outros) no filme. Ou seja, você (nós) somos levados a achar que vimos e sabemos de algo. Só que isso não é real. Aliás, aqui vejo mais uma sacada genial do autor e do diretor: o que vemos e julgamos IMPOSSÍVEL de acontecer num espetáculo de mágica, envolve, na realidade, ciência, engenharia, truques baseados em conceitos físicos que só os envolvidos na feitura da mágica conhecem. Ficamos crédulos, queremos ser enganados (e somos, com prazer...). Não obstante, o uso de uma máquina criada por um cientista para fazer “magia” soa como uma alegoria sobre a própria ciência e sua natureza: realizar façanhas antes imaginadas impossíveis. Abracadabra!    

 

Além disso, como disse antes, pra mim que conheço um pouco da biografia de Tesla e sua genialidade, o modo como o escritor do livro bolou essa idéia da “Máquina de Clones” usando “de quebra” esse personagem real e enigmático que foi Tesla foi SENSACIONAL!

 

c) Não tem sentido o próprio Borden ter dado ao Angier a oportunidade de fazer mágica verdadeira patrocinando o Tesla, sob o pretexto de fazer seu adversário perder tempo e dinheiro.

- Por que não?


Logo, não dá pra dizer que o roteiro seja bom. O interessante é a psicologia, a narrativa, direção e interpratações que o filme traz.

 

- Desculpe, mas ao contrário do que você acha, principalmente depois de rever o filme, achei o roteiro tão redondo e inteligente que chegou a me assustar...

 

PS: O único senão é: como Angier e Cutter sabiam que Fallon subiria aquela escada e não tomaria outro caminho? Sinceramente, apesar de ter revisto o filme, não percebi nada que justifique aquela cena...
The Deadman2006-11-17 10:48:40
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O roteiro é primoroso.

 

 

SPOILERS

 

 

 

 

 

E não é "novela mexicana" serem irmãos gêmeos. É a essência da mágica, o que o personagem do Michael Caine adverte desde o começo: quando descoberto o segredo, geralmente é algo muito simples e decepcionante. Exatamente o que o truque de Borden é, assim como qualquer mágica.
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Além do truque dos pássaros, o que de certa forma resume a obra é o mágico chinês, cuja biografia, se acreditarmos no Sérgio Dávila, inspirou profundamente o autor do livro em que se baseia o filme.

 

Spoiler:

 

Da mesma forma que o mágico chinês fingia ser aleijado, inclusive fora dos palcos, a fim de justificar o andar trôpego que lhe permitia ocultar o aquário que era o seu grande truque de mágica, assim agiram os gêmeos Fallon/Borden durante décadas. A magia avançava para fora dos teatros, ou antes, o teatro se estendia de tal maneira em suas vidas que estas não eram mais do que um prolongamento de sua arte performática, e, como ela, plenas de ilusão e truques.

 

Também achei o roteiro do filme engenhosíssimo.

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