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Forum Cinema em Cena

Intocáveis


The Deadman
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Intocáveis - 4,5/5,0

 

Simples e inspirado filme francês que foca a dinâmica da relação entre Philippe, um milionário tetraplégico, e seu cuidador "largado", Driss.

 

Leve, sensível sem ser piegas e abordando uma situação dramática e pesada de forma direta e com bom humor (claro, devido as personalidades de ambos os personagens), falha um pouquinho por não aprofundar um pouco mais que fosse a relação de ambos com seus respectivos núcleos familiares e passados. Ainda assim, de lambuja, dá uma pincelada crítica no aspecto social das minorias (principalmente africanas) que (sobre)vivem amontoadas em "prédios-favelas" nos subúrbios, sub-empregados ou simplesmente perambulando em busca do quê fazer enquanto recebem auxílio social do governo...

 

À despeito disso, fica claro desde o primeiro frame que o foco do roteiro e do diretor é para a relação entre os dois protagonistas e a evolução, o impacto desse encontro na vida de ambos. E isso é filmado e interpretado com maestria.

 

PS 1: a dupla de atores mata a pau e está super à vontade nos papeis, mostrando, inclusive, uma química fantástica!!

 

PS 2: atente para os olhares nesse filme...Eles querem dizer muito. Philippe mesmo que aparente relativa tranquilidade perante comentários e ações de Driss, em muitos momentos, entrega com o olhar sentimentos que vão da genuína reprovação ao medo. E Driss, mesmo sendo "marrento", cheio de si e bem humorado, em certos momentos mostra no olhar um mar de dúvidas e uma certa melancolia quando confrontado com coisas da sua vida particular e até mesmo para com Philippe.

 

Resumindo: fazia tempo que não assistia a um filme tão gostoso!! Recomendo!

 

 

intocaveis03.jpg

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A cena do negao dancando Booguie Wonderland (earth , wind & fire) , em meio a apresentacao da orquestra na casa do phillipe, é de longe a melhor sequencia q traduz a essencia geral do filme...

 

http://www.youtube.com/watch?v=l2tEcTT0BlE

 

fico pensando se a refilmagem ianque programada (com o Colin Farrel no lugar do ricaco tetraplegico) vai sequer chegar ao dedo mindinho no humor deliciosa e politicametne incorreto q o original mostrou.

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Gosto do Farrel, mas muito, muito pouco provável... Aliás, o filme é recheado de cenas inspiradas. A dele fazendo "experiências" com a falta de sensibilidade de Philippe é hilária. Driss é um cretino irressistível e de bom coração, um moleque cujo "pragmatismo" e simplicidade chega as raias da genialidade.

 

A tirada dele pra classificar uma obra prima da música clássica como trilha pra "Tom & Jerry" prova isso já que Philippe se apercebe da sacada e mesmo achando uma heresia, não consegue deixar de rir...

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A sequencia inicial do filme, bem como o citado comentário das cenas da "musica de Tom e Jerry " e da ópera sao geniais!Sem contar as cenas da primeira vez em que driss pega o maserati do veio e os flertes com a governanta... hahahah

 

tbm acho que uma versao remake americana, tentaria deixar o filme mais "quadrado", forçando um drama melancolico muito meloso...vamos aguardar!

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Assisti ao filme e realmente gostei muito!

 

...Mas temo por uma refilmagem desnecessária.

 

Pois, para mim

 

“Intocáveis”, definitivamente, é um filme onde tudo é bem feito, nada realmente soa exagerado, os pequenos defeitos passam despercebidos, a direção é mais do que competente, as atuações dos dois atores principais são simplesmente incríveis, a moral é fascinante e, o mais importante, tudo isso é imensamente agradável de assistir. Ou seja, o êxito do drama (muito bem humorado, por sinal – mais detalhes na sequência) é inquestionável, pois, mesmo que não se comprometa em ir além e tampouco chocar ou polemizar o público, se dedica a todo o tempo em narrar sua história, por si só, fascinante.

 

A trama baseada em fatos reais (vale dizer que os créditos mostram as verdadeiras pessoas) gira em torno de Philippe (François Cluzet), um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy)- que se interessara pela vaga simplesmente para conseguir mais uma assinatura em seu processo de “seguro desemprego”- um jovem problemático e humilde. De início, eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro.

 

Não há dúvidas que o grande mérito de “Intocáveis” consiste no fato do ótimo roteiro, de Olivier Nakache e Eric Toledano (também diretores do longa), “amenizar”, de certa forma, a difícil situação ao inserir várias sacadas de humor nos diálogos, assim o filme foge bem do melodrama, e quando as situações tocantes surgem, as mesmas se desenvolvem com naturalidade acerca de tudo aquilo que vinha sendo construído desde o primeiro plano da projeção, não apelando para a “compaixão” do público e tampouco dos personagens. Então, todo o amável clima do filme aliado a um ótimo trabalho da dupla (vale a pena ressaltar a hábil montagem que constrói uma deliciosa narrativa) resulta em algo brilhante e difícil de se ver todo dia (e, merecidamente, o filme se tornou a maior bilheteria na história do cinema francês, ultrapassando a casa dos 400 milhões!). Merece méritos também a fotografia de Mathieu Vadepied, que contrasta cores casando muito bem com a realidade da fita, sem contar que na maior parte das cenas de diálogo os planos são bem fechados nos rostos dos personagens, evidenciando os conturbados estados de espíritos dos mesmos juntamente com uma ótima direção de arte.

 

As subtramas, porém, às vezes prejudicam o ritmo do drama, pois certos elementos (principalmente envolvendo a família de Driss e a filha de Philippe) são mal desenvolvidos e soam desnecessários à narrativa, mas antes que o filme possa ter seus méritos diminuídos, não há como deixar de mencionar a trama envolvendo a relação entre Philippe através de cartas com uma mulher, no entanto o medo do homem deficiente é tão grande que o impossibilita de marcar um encontro com a moça aparentemente “normal”.

 

E à medida que o filme se desenvolve nos emocionamos com vários momentos que permeiam o roteiro, como, por exemplo, as profundas conversas entre Driss e Philippe, cujas vidas, apesar de tudo, são vividas com esperança e felicidade. As diferenças entre eles, todavia, são somente superficiais, pois no fundo do mar sem fim da alma são sujeitos iguais em realidades diferentes.

 

Por outro lado, damos risadas em muitos momentos durante a narrativa de “Intocáveis”, principalmente quando Driss brinca com o fato de Philippe tecnicamente não poder ter relações sexuais e seu “maior ponto de prazer” é a orelha, algo que desencadeia uma ótima descontração ao contexto naturalmente nostálgico e triste. Como esquecer, também, as várias ocasiões quando Philippe dá fortes tragadas nos cigarros de Driss (este último que possui um hilário desejo para com a "assistente" de Philippe), ou quando o rapaz se diverte com o fato de seu patrão venerar a arte a ponto de comprar obras abstratas – que aos olhos de Driss nada mais são do que quadros com “gotas de sangue de nariz” – por altas quantias?... Enfim, já deu para perceber que “Intocáveis” suaviza seu clima dramático o suficiente para divertir, mas em momento algum deixa de transmitir sua verdadeira mensagem e muito menos de atingir seu objetivo como drama.

 

Infelizmente, o roteiro de Olivier Nakache e Eric Toledano força um pouco a barra no terceiro ato do filme, quando Driss, sem reais motivos para ir embora, deixa Philippe desolado em profunda depressão. Porém rapidamente somos compensados por ótimas cenas belíssimas, como, por exemplo, o tocante momento em que Philippe, com a ajuda de seu fiel amigo, encontra a suposta mulher com quem mantinha contato há meses (lembra-se dela?), e que com ela prosperaria o restante de sua vida, inclusive com mais dois filhos, e viveria com felicidade apesar de todas as complicações (e a principio até parece dificio de acreditar que tal fato realmente ocorrera na realidade, mas, após refletir por alguns segundos, compreendemos que uma cadeira de rodas é definitivamente incapaz de impedir que um amor verdadeiro floresça...).

 

Portanto, “Intocáveis” é inegavelmente um filme belíssimo e perfeitamente acessível para todas as idades, pois, apesar dos pequenos erros naturais, comove e diverte com genuinidade, mas serve principalmente como uma esplêndida lição de amor e vida, ou melhor, como aula de humanidade.

 

Nota: 9 de 10.

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credo....ja cagaram um otimo filme..

 

 

 

Tom Shadyac pode assumir remake de INTOCÁVEIS
28/02 - 16h28
 
por Luísa Teixeira de Paula

img512fb04ad7d78.jpgDiretor de comédias como Todo Poderoso, Ace Ventura e O Professor Aloprado, Tom Shadyac (foto) está cotado para assumir a adaptação americana do drama cômico francês Intocáveis. De acordo com o site Deadline, as negociações entre ele e a Weinstein Company já estão em curso.

Rumores davam conta que Paul Feig (Missão Madrinha de Casamento) estaria à frente do projeto, mas ele decidiu se afastar após assinar o roteiro, que será reescrito por Dylan Sellers (O Agente Teen 2). Collin Firth (O Discurso do Rei) continua cotado para protagonizar o longa, mas o cachê ainda não foi fechado.

Baseado em uma história real, Intocáveis acompanha um aristocrata branco que fica tetraplégico em um acidente de parapente. Ele acaba fazendo uma amizade improvável com um jovem imigrante problemático.

Ainda não há previsão para a estreia da refilmagem.

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