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Os Candidatos


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Este filme estreou em: 19 de Outubro de 2012

 

Sinopse: Quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

 

 

FICHA TÉCNICA

Diretor: Jay Roach

Elenco: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Jason Sudeikis, Dylan McDermott, Brian Cox, John Lithgow, Dan Aykroyd, P. J. Byrne, Katherine LaNasa, Josh Lawson, Amelia Jackson-Gray, Late Lang Johnson

Produção: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Adam McKay, Jay Roach

Roteiro: Shawn Harwell, Chris Henchy

Fotografia: Jim Denault

Duração: 115 min.

Ano: 2012

País: EUA

Gênero: Comédia

Cor: Colorido

Distribuidora: Warner Bros.

Estúdio: Everyman Pictures / Gary Sanchez Productions

Classificação: 14 anos

 

 

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Para mim,

 

 

Em algum momento do filme alguém diz: "[...] Nas eleições americanas, quando se tem a grana, nada é imprevisível". A frase citada ilustra totalmente aquilo que “Os Candidatos” tenta abordar: os bastidores das eleições com maior credibilidade do mundo, ironizando seus absurdos e satirizando as realidades antiéticas. Bom, se na sinopse tudo é “interessante” e ousado, na prática não é bem assim. A comédia de Jay Roach (de “Entrando numa Fria”), após apresentar sua envolvente e hilária premissa, peca por não ir além naquilo que se propôs; assim as chanchadas (algumas delas totalmente discutíveis) rapidamente tomam conta da narrativa, prejudicando a funcionalidade da mensagem a ser transmitida e deixando-a em segundo plano.

 

Quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o “inocente” (e patético) Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

 

Se por um lado o roteiro mediano de Shawn Harwell e Chris Henchy se apresenta covarde e simples demais; por outro, Will Ferrell é perfeitamente capaz de assegurar o êxito do filme e protagonizar os melhores momentos do mesmo. Afinal, seu “jeito” de fazer humor é quase que único atualmente. E, claro, não estou esquecendo-me de Zach Galifianakis, que, apesar de ser um bom ator, aqui desempenha um trabalho robotizado e, por vezes, forçado mesmo que seu personagem seja, tecnicamente, o “mocinho” da trama.

 

Em meio a cenas hilárias que de tão estúpidas chegam a ser engraçadas e outras fora de contexto, apelativas e desnecessárias, “Os Candidatos” oscila entre bons e maus momentos em seu desenvolvimento, sem contar, claro, a construção narrativa do personagem de Galifianakis (Huggins), que, radicalmente, tem sua personalidade transformada de maneira inconvincente, pois fica difícil enxergar o bobão, que nos é apresentado nos primeiros minutos de filme, virando um político com rigor e despojado. Mas, felizmente, os pontos negativos não tornam a comédia em um filme necessariamente ruim, e sim a impede de poder almejar maior grandeza.

 

Os demais personagens, porém, não acrescentam nada ao enredo, embora sejam simpáticos especialmente o assessor de Cam interpretado por Jason Sudeikis. Desta forma, fica clara a dependência dos dois protagonistas que, durante todos os 90 minutos, trabalham em lados opostos em uma campanha ácida, ligeira e irônica, porém continuam sendo “farinha do mesmo saco”. Contudo, o terceiro ato do filme é totalmente atrapalhado pelos clichês e, principalmente, pelas bizarrices que deixam de ser engraçadas (a propósito, o momento do discurso de Cam é, no mínimo, ridículo) [...].

 

Enfim, “Os Candidatos” é uma comédia simples e funcional às vezes, até demais que, volto a dizer, não se compromete a polemizar e tampouco ir além em seu plano de fundo diferentemente do recente “O Ditador”, que, apesar dos deméritos, escancara a mensagem que deseja passar, não se preocupando, em momento algum, em ser “agradável”. Ou seja, em suma, o novo filme de Will Ferrell não deixa de ser válido e divertido, mas, em contrapartida, resulta em uma comédia um tanto quanto superficial. A política, do jeito que é, merece uma abordagem mais maliciosa. Se é que me entendem...

 

OBS*: A data de estreia poderia ser bem melhor estudada, pois, afinal de contas, o filme foi lançado bem longe das eleições americanas e semanas após as eleições nacionais. Vai entender...

 

Nota: 5 de 10.

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