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Forum Cinema em Cena

O Código Da Vinci


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A não ser que a propaganda seja feita de forma coercitiva - e' date=' então, deixando de ser propaganda -, ela é o exercício da simples liberdade de expressão. Perceba que o único modo de se invadir a liberdade de outro é, ou obrigá-lo a fazer o que não quer, ou se retirando dele os meios para fazer algo que queira. Em nossa sociedade apenas o estado tem poderes para fazer qualquer um dos dois, na forma de censura e não de propaganda;[/quote']

A coerção/obrigação pode se dar por meios psicológicos e emocionais como 'vc vai pro inferno se ver esse filme', coisa que fizeram em A Última Tentação de Cristo em 1988...

Deu certo... o filme foi exibido mas NINGUÉM foi assistir. Acha que a escolha das pessoas que não foram vê-lo se deu isenta de quaisquer pressões emocionais e psicológicas de instituições religiosas?

aliás' date=' por qual motivo as aspas? [/quote']

Eu estou lidando com uma criança de 6 anos que precisa mastigar tudinho pra ela?

smiley2.gif

P.S.: acho que vc precisa controlar essa sua tendência de:

a) querer tudo explicadinho em situações que a coisa está auto explicativa... dá a terrível impressão de que vc faz questão de não querer entender o que estamos falando;

B) denegrir o ponto de vista do outro projetando neste ponto de vista um conceito do qual só vc partilha e que é subjetivo, como demonstra a situação abaixo:

Acho uma babaquice esse negócio de boicote.

Exercer a liberdade de expressão é babaquice por quê?


Dook2006-5-25 19:40:49
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Caro Serge,

 

 

 

Como disse, sou contra a censura pelo estado. Penso que o erro de Zimbaldi não foi se sentir ofendido, mas sim pensar que, por causa disso, o estado deveria fazer algo; aliás, como disse em algum outro post por aqui, é um traço característico brasileiro.

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Caro Dook,

 

 

 

A coerção/obrigação pode se dar por meios psicológicos e emocionais como 'vc vai pro inferno se ver esse filme'(...)

 

 

 

Quando uma pessoa aceita uma religião' date=' e tem consciência da responsablidade do que isso implica, ela o está fazendo de livre e expontânea vontade. Portanto, se ela deixou de ver o filme por acreditar que ia para o inferno, algo que duvido muito que um padre tenha dito, ela continua exercendo sua liberdade de escolha. Se os padres tivessem tanto poder sobre seus fiéis, o pecado já teria sido abolido da face da terra, não?

 

 

 

A liberdade é algo que vai diminuindo a medida que fazemos escolhas. Escolheu ser cristão tem que aceitar o céu e o inferno, simples.

 

 

 

P.S.: acho que vc precisa controlar essa sua tendência de:

 

a) querer tudo explicadinho em situações que a coisa está auto explicativa... dá a terrível impressão de que vc faz questão de não querer entender o que estamos falando;

 

b)denegrir o ponto de vista do outro projetando neste ponto de vista um conceito do qual só vc partilha e que é subjetivo, como demonstra a situação abaixo(...)

 

 

 

Tu nem percebes que me acusa de duas coisas, contraditórias, ao mesmo tempo? Ou, como posso ter a tendencia a querer tudo explicadinho e, ao mesmo tempo, a de jogar meu ponto de vista subjetivo em um conceito e ai o denegrir?

 

 

 

No caso que cistaste eu já havia deixado claro meu conceito de boicote, então, portanto, o que Jailcante deveria fazer era: ou quesitonar meu conceito, ou me explicar por qual motivo, dentro do meu conceito, boicote não é liberdade de expressão.

 

 

 

A razão pela qual pergunto as coisas é exatamente para não perder meu tempo discutindo duas coisas diferentes ao mesmo tempo, ou seja, quero saber se quando digo laranja o outro entende que falo da fruta e não da cor.

 

 

 

Eu me esforço sim para entender. Tanto que entendi as implicações do teu conceito de fé melhor do que vc mesmo. Veja, em qualquer debate, é preciso ter certos critérios comuns e eles geralmente são os conceitos das coisas. Se tu queres afirmar que o céu é azul, precisas saber o que é ceu e o que é azul.

 

 

 

Tu estavas a vociferar que o único motivo pela qual alguém poderia se sentir insultado com o filme era porque teve sua fé abalada, ora, nada mais justo do que eu perguntar teu conceito de fé. E tu falhaste miseravelmente em mostrar um conceito que pelo menos abarcasse tuas próprias afirmações.

 

 

 

E isso ocorre exatamente porquê eu ajo como uma criança de 6 anos, sei que não sou dono de todos os conceitos e que eles precisam ser entendidos antes que eu possa opiniar sobre eles, já tu, homem experiente, domina-os todos a ponto de usá-los até para fazer afirmações onde eles falham.

 

 

 

Não te preocupes; já sei: tu discordas e o motivo é auto-explicativo.

 

smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

 

 

 

E sigo rindo...

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Tá. E... ?

Cauchies, não quero saber se você é contra censura pelo Estado ou não. Quero mostrar que, tanto no caso de "O Código Da Vinci" como em outros casos, existiram, existem e existirão babacas que tentarão, algumas vezes com êxito, alcançar a proibição de uma expressão artística, no caso por causa da forma estúpida com que encaram crença e religião, acreditando ser possível, com isso, apelar para um censura.

Patético e desprezível.

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Caro Serge,

 

 

 

(...) existiram' date=' existem e existirão babacas (...)[/quote']

 

 

 

Não disse que eles não existem, quando questionei o Pablo, queria saber quem eram para comprovar se eles, realmente, fizeram o livro ganhar mais mídia e se realmente tinha agido contra a liberdade de expresão, como ele afirmou, de forma muito vaga, na crítica.

 

 

 

Ainda afirmo que se a pessoa se sentiu ofendida e chamou o boicote, estava em seu direito e não pode por isso ser chamada, nem de fundamentalista (termo totalmente ignorante), e nem de imbecil.

 

 

 

alcançar a proibição de uma expressão artística (...)

 

 

 

No caso da Ultima Tentação de Cristo' date=' sim, mas chamar o Código de arte já é ofensa a Beethoven.

 

 

 

(...) no caso por causa da forma estúpida com que encaram crença e religião, acreditando ser possível, com isso, apelar para um censura.

 

 

 

Sim, certamente. Mas isso não acontece apenas com a religião. Por exemplo, o novo filme de Andy Garcia, foi rejeitado em diversos festivais porque mostrava Che Guevara como um assassíno frio e cruel, portanto, há "fundamentalistas imbecis" na política também, mas duvido muito que alguém vá chamá-los assim, pq a religião é vista como lavagem cerebral por definição.

 

 

 

Isso sim é patético e desprezível.

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Caro Serge' date='

(...) existiram, existem e existirão babacas (...)


1) Não disse que eles não existem, quando questionei o Pablo, queria saber quem eram para comprovar se eles, realmente, fizeram o livro ganhar mais mídia e se realmente tinha agido contra a liberdade de expresão, como ele afirmou, de forma muito vaga, na crítica.

Ainda afirmo que se a pessoa se sentiu ofendida e chamou o boicote, estava em seu direito e não pode por isso ser chamada, nem de fundamentalista (termo totalmente ignorante), e nem de imbecil.

alcançar a proibição de uma expressão artística (...)


2) No caso da Ultima Tentação de Cristo' date=' sim, mas chamar o Código de arte já é ofensa a Beethoven.

(...) no caso por causa da forma estúpida com que encaram crença e religião, acreditando ser possível, com isso, apelar para um censura.


Sim, certamente. Mas isso não acontece apenas com a religião. Por exemplo, o novo filme de Andy Garcia, foi rejeitado em diversos festivais porque mostrava Che Guevara como um assassíno frio e cruel, portanto, há "fundamentalistas imbecis" na política também, mas duvido muito que alguém vá chamá-los assim, pq a religião é vista como lavagem cerebral por definição.

Isso sim é patético e desprezível.

1) Ué, e o Zimbaldi? Taí um nome.

2) Isso é relativo. A princípio, o fato de "O Código Da Vinci" ser cinema já o credencia como arte. Agora, se é arte boa ou ruim, cabe ao espectador responder, e vai de cada. Pra mim é péssima, mas há quem adore. Quem sou eu pra dizer que estão erradas?

3) Sim, há em qualquer lugar. Mas no que estamos discutindo, o foco é a polêmica acerca da religião, que é onde livro e filme "O Código Da Vinci" toca e, por motivos diversos, mexe com esses babacas, que se julgam no direito de buscar proibição de circulação, impedindo, legalmente, aqueles que QUEREM ver a obra em questão.

O ponto é o seguinte: rolou. Tentaram impedir. Tentaram na justiça, por meios legais, impedir a exibição de um filme por causa de seu conteúdo religioso; por motivos religiosos.

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Quando uma pessoa aceita uma religião' date=' e tem consciência da responsablidade do que isso implica, ela o está fazendo de livre e expontânea vontade. Portanto, se ela deixou de ver o filme por acreditar que ia para o inferno, algo que duvido muito que um padre tenha dito, ela continua exercendo sua liberdade de escolha.[/quote']

Como vc pode afirmar isso com tanta certeza? E se ela achou que não iria pro inferno se visse o filme e acabou não indo pq o padre/pastor acabou fazendo uma propaganda negativa do mesmo, pregando o tal 'boicote' que estamos discutindo?

É seguro afirmar que todos que não foram assistir A Última Tentação o fizeram simplesmente pq tem para si mesmas que iriam para o inferno, INDEPENDENTEMENTE do que um padre/pastor viesse a dizer?

Se os padres tivessem tanto poder sobre seus fiéis' date=' o pecado já teria sido abolido da face da terra, não? [/quote']

Vc subestima o poder deles...

A liberdade é algo que vai diminuindo a medida que fazemos escolhas.

E isso vai chegar em que ponto?

Tu nem percebes que me acusa de duas coisas' date=' contraditórias, ao mesmo tempo? Ou, como posso ter a tendencia a querer tudo explicadinho e, ao mesmo tempo, a de jogar meu ponto de vista subjetivo em um conceito e ai o denegrir? [/quote']

Simples: mais uma vez vc não entendeu (ou não quis) o que eu disse...

Senão vejamos:

Vc disse e explanou que acha que boicote é uma liberdade de expressão. O Jailcante veio e falou que acha o boicote uma babaquice. Pergunta de um milhão: o que isso tem a ver com vc achar que boicote é uma liberdade de expressão? De onde vc auferiu que o Jailcante afirmou que a liberdade de expressão é uma babaquice?

Vc projetou no comentário do Jailcante - q provavelmente nem sequer era direcionado a vc - um ponto de vista seu e, nesse processo, fez uso da sua retórica rebuscada e de um jogo de palavras para colocar o ponto de vista dele em cheque, como se tal ponto de vista não tivesse valor ou então cujo valor necessitava ser diminuído para que vc passasse seu recado.

O correto seria vc perguntar pq ele acha que o boicote é uma babaquice. Parou pra pensar que, para o Jailcante, o boicote pode não ser uma liberdade de expressão?

No caso que cistaste eu já havia deixado claro meu conceito de boicote' date=' então, portanto, o que Jailcante deveria fazer era: ou quesitonar meu conceito, ou me explicar por qual motivo, dentro do meu conceito, boicote não é liberdade de expressão. [/quote']

Ele jogou um comentário a esmo na discussão, apenas para deixar registrado qual era o ponto dele sobre boicote. Não tinha nada a ver com o seu conceito de boicote.

A razão pela qual pergunto as coisas é exatamente para não perder meu tempo discutindo duas coisas diferentes ao mesmo tempo' date=' ou seja, quero saber se quando digo laranja o outro entende que falo da fruta e não da cor. [/quote']

Pergunte quando o outro der sinais de que não entendeu o que vc disse... Não é o caso aqui... Vc se adianta e pergunta, dando a entender que a pessoa não se expressou corretamente e, sinceramente, todo mundo se entende aqui. Vc é o único que precisa de tudo às claras. Há um problema aí e certamente não somos nós.

Eu me esforço sim para entender. Tanto que entendi as implicações do teu conceito de fé melhor do que vc mesmo.

Não parece... aliás' date=' estou tentado a constatar que vc não entendeu bulhufas do que eu disse, já que fez uso de seu joguinho de palavras e de sua retórica prolixa e falou, falou, falou, falou que eu acabei sem entender onde vc queria chegar. Só me restou tirar com a sua cara pq essa postura é típica de quem não quer ser entendido na discussão.

Tu estavas a vociferar que o único motivo pela qual alguém poderia se sentir insultado com o filme era porque teve sua fé abalada, ora, nada mais justo do que eu perguntar teu conceito de fé. E tu falhaste miseravelmente em mostrar um conceito que pelo menos abarcasse tuas próprias afirmações.

Eu não falhei... sua insistência na retórica prolixa me broxou de tal forma que optei por não seguir adiante. Se vc discorda do meu conceito de fé, dê o seu e aí vamos discutir os pontos. Até agora estou esperando...

sei que não sou dono de todos os conceitos e que eles precisam ser entendidos antes que eu possa opiniar sobre eles' date=' já tu, homem experiente, domina-os todos a ponto de usá-los até para fazer afirmações onde eles falham.
[/quote']

Se é isso que vc conseguiu depreender, sou eu quem sigo rindo...

Dook2006-5-25 22:56:49
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(outra) boa critica...

 

Eduardo e Mônica estão namorando há dois anos. Ela é fã do cinema de arte, vive nas salas de cinema do centro da cidade e vai direto as prateleiras de cinema europeu quando está na locadora que o casal atende, quase que religiosamente, nas sextas-feiras de tarde ou nos sábados chuvosos. Ele não perde um filme de guerra e acredita que tudo que vem de Hollywood é melhor que qualquer clássico do cinema europeu. Este sábado, Mônica estava animada, pois, diferente de qualquer outro sábado, neste, o casal estava decidido que o programa era ir ao cinema e conferir o mais novo produto do cinema Hollywoodiano: O Código Da Vinci.

Mônica via a chance de mostrar a Eduardo, que um filme que envolva arte não é necessariamente ruim, e ainda, ambicionava que o namorada se interessasse por outros tipos de filme. Eduardo, não teve a chance de ler o livro e gostaria de saber o motivo pelo qual este criou tanta polêmica ao ponto de chamar a atenção dos produtores de Hollywood.

Logo, Mônica percebe que, em comum com os filmes Europeus, este só tem o local em que se passa e Eduardo, que apesar de não gostar de cinema europeu ama cinema e sabe reconhecer uma boa atuação, sente falta dos filmes de guerra pois, não há dúvida, que estes transmitem mais emoção as telas e maior identificação ou simpatia pelos personagens presentes nela. Mônica não entende como a boa atriz Audrey Tautou que fizera ela, e tantos outros, se apaixonar por Amélie, além de outras excelentes atuações, passe tão despercebido pela tela.

             Ao ver o passado dos personagens se passar <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em flashback Eduardo fica perdido como estas são apenas colocadas no filme para tentar suprir a falta de tempo que o diretor encontrou ao dar mais atenção as (fracas) seqüências de ação do filme. Ao constatar como as primeiras pistas deixadas por Jacques Sauniere são resolvidas na projeção Mônica só se assegura que está indo à prateleira certa na locadora.

             Se Dan Bronw escreveu o livro com a certeza de algumas teorias e incluiu estas em um suspense para que tivesse um maior alcance fazendo assim com que o leitor se envolva na trama e, deste modo, obteve sucesso. O diretor Ron Howard, não teve a mesma sorte(competência?) ao diminuir as discussões de arte para aumentar as seqüências de ações.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

             No final da sessão, o que resta é um desapontamento para Eduardos e Mônicas cada um com sua justificada insatisfação em relação ao longa. Azar do cinema hollywoodiano que poderia (re)conquistar mais admiradores, começando por Mônica; azar do cinema de arte que poderia converter mais um “Eduardo” em um fã. Sorte da literatura que ainda se mostra menos “vendida” e muito superior ao Cinema.

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Sorte da literatura que ainda se mostra menos “vendida” e muito superior ao Cinema.

Quem é o crítico? De onde ele tirou que literatura é necessariamente superior e 'menos vendida' do que o cinema?

Dook2006-5-29 9:45:3
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