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Por Que Ninguém Pára?


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Descreverei aqui uma história particular que servirá de base para uma discussão geral.

 

Bairro residencial de classe média / Fortaleza-ce / 13:00 [atentem para o horário] / Hoje, 25/05/06, terça-feira.

 

Estava eu na rua onde moro quando me aparecem 2 jovens em uma bicicleta [um de 18 e o outro de uns 14 anos]. O mais novo salta anunciando um assalto, exigindo que eu lhe passe o celular. Sorte minha, ou feliz destino, meu celular descançava, descarregado, sobre a cômoda do meu quarto.

 

"Não ando com celular não..."
"Deixa eu ver, mostra a bolsa!!!"
"Não tem nada..."
"Pois passa os brincos e o relógio!!!"

 

O relógio fora 15 reais numa lojinha de bijouteria... de modo que não explica de forma alguma minha reação.

 

"Não!"
"Como é?!"
"Não vou dar meu relógio."

"..."

A partir daí, densenrolou-se uma briga, corpo-a-corpo, entre o rapaz mais novo e eu. Não me perguntem de onde surgiu a coragem, nem a força. Mas o fato é que eu estava lá, [uma menina de 20 anos, de 1,60m e 50kg] brigando aos empurrões e arranhões com um mirim de rua, enquanto ouvia o outro gritar na bicicleta: "ela não quer entregar não? Pois sai da frente para eu dar um tiro nela."

Realmente duvidei que eles estivessem armados, o que, de fato, não estavam. Não me intimidei.

Foi então que, em um dos momentos no qual fui atirada contra o muro, ergui instintivamente a perna direita para frente e, por uma grande e feliz coincidência, atingi o órgão mais frágil do corpo masculino.

 

Curvando sobre si, o mais novo afastou-se, dando espaço para o mais velho agarrar-se ao meu punho numa tentativa violenta de arrancar o relógio, sem muito valor, e assim fazer o assalto falar a pena.

 

Tentei repetir a mesma defesa anterior. Joguei ao chão meus pesados livros de Arquitetura Moderna (que ainda os matinha seguros em meus braços... não sei por que) e chutei o ar numa tentativa, creio eu, frustrada, de obter o mesmo sucesso de antes. Tento acertado ou não, o rapaz mais velho voltou a montar sua bicicleta a mando da voz de seu amigo que dizia: "Bora, macho, bora" [traduzindo do Cearês para o Português : "Vamos embora, rapaz, vamos embora!"

 

Delinqüentes fugidos, livros ao chão. Abaixei-me para apanhá-los e comecei a chorar copiosamente. Não por meu braço - pulso, principalmente - estar completamente ferido pelos arranhões das tentativas de arrancar-me o relógio, mas por todo meu pedido de socorro ter sido em vão.

 

Enquanto lutava como rapaz mais jovem, 3 homens passaram pela rua. Gritei várias vezes por ajuda. Um deles olhou nos meus olhos e não expressou nenhuma reação, continuou seu curso, mudando de calçada, como se ali estivesse um cão raivoso e não uma moça pedindo ajuda.

 

Não esperei, realmente, que alguém entrasse na briga física para ajudar uma desconhecida, mas só o fato de um homem gritar algo já os teria intimidado. Mas não, ninguém parou.

 

Enquanto recolhia os meus livros, o porteiro de um dos prédios da rua foi ao meu encontro.

 

"Eles roubaram tua bolsa? Ouvi teus gritos de longe..."

 

E então por que? Por que não tentou ajudar? Por que tratar um assalto à luz do dia numa esquina movimentada, contraditoriamente, como algo trágico, mas natural. Algo no qual ninguém mais deve se envolver e, ao invês disso, deve agradecer por não ser sua irmã, ou você mesmo, em similar situação.

 

Não. Não chorei por dor, por medo ou por vergonha. Chorei de indignação. Chorei pela condição feminina de natural fragilidade. Chorei por toda humilhação, por todo estupro e por todo assassinato. Chorei por cada mulher que, em algum lugar, se defende como pode e que, com pode, luta por um mundo de iguais.

 

Chorei também por cada pessoa conformada que não hesita em comentar e lamentar uma desgraça, mas que, no sofá da sala, simplesmente ergue o controle remoto e muda para o canal de esportes.

 

Chorei por inconformação.

E por momentos significativos tive ojeriza do mundo.

 

Por que ninguém pára?

 

 

 

 

 

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Veras,

O seu caso não é excessão! Aki na minha cidade, Niterói no Rio de Janeiro, no horário de maior movimento nos pontos de ônibus, entre 18 e 19 horas quando o povo sai do trabalho e quer ir pra casa, é o horario que os moleques mais assaltam nos pontos de onibus cheios ou na saída das barcas.

Eles vêem alguem parado lá, correm e assaltam, geralmente são 3 ou mais garotos e a vítima, que está cercada tb de pessoas esperando o ônibus. Não é socorrida por ninguem.

Uma vez eu estava dentro do onibus, um rapaz de uns 20 anos de boa aparência parecendo vir da universidade, levantou-se e assaltou todo onibus com uma das mãos dentro da camisa que insinuava ser uma arma. Se era arma ou não ninguem sabe mas ele levou o dinheiro de todo mundo. Quando ele desceu os passageiros reclamaram com o motorista q poderia ter parado perto de uma viatura, buzinado, freado, enfim, feito qualquer coisa, então o motorista disse que se nós entregamos o dinheiro não era problema dele e que ele não viu arma nenhuma, perguntou se alguem viu, como a resposta foi negativa ele só faltou nos chamar de otários!

Acho q as pessoas não se envolvem pq: 1-tem medo, 2- tem medo de q o ladrão marque a kra deles e se vingue no dia seguinte, 3- pq a violencia se banalizou tanto q se perdeu a sensibilidade. As pessoas assistem essas cenas como se assistissem alguem indo a padaria comprar pão, só sentem alguma coisa quando é com sigo próprio. Sensibilidade é algo em extinção, hoje se mata pai, mãe, filho, se usa as pessoas, se rouba ou furta direta ou indiretamente as pessoas e tudo acaba em pizza. Infelizmente não vejo como o ser humano pode retomar seus sentimentos de solidariedade e indignação novamente.

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pois é, abelha...

 

certa vez, quando ainda era estudante de 2º grau, vi uma menina sendo levada por um cara numa biclicleta... Como o cara era muito suspeito e a menina muito arrumadinha, eu e meu amigo corremos lah e chamamos ela... o cara saiu correndo e ela veio até nós chorando ... dizendo que o cara tava lenvando ela para um beco qualquer... e agradecia de um jeito penoso...

 

meu deus.. não parei pra pensar duas vezes em ir ajudá-la...

não é nem fazer algo mesmo físico não... é simplesmente fazer alguma coisa... qualquer coisa pde ajudar...

o estranho é ver um igual sendo levado ou agredido e não fazer nada.

 

 

 

 

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Eu não acho que a reação seja o caminho ideal,mas dependendo do momento fica quase impossível não reagir...em situações bem menos perigosas,como num atropelamento por exemplo,poucas pessoas param pra ajudar,junta muitos pra olhar...

E não se deve "menosprezar" o inimigo,pois os "menores" podem matar e ter uma Febem como hotel...velha estória da nossa segurança (ou insegurança)...

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veras,

Em primeiro, tenho que te elogiar porque você escreve muito bem.

Em segundo lugar, isso que você descreveu, o fato de que ninguém intervém para ajudar, é simplesmente a reação natural do ser humano e de qualquer animal. Quando percebemos perigo, instintivamente procuramos nos afastar dele. Somos geneticamente programados para isso, como forma de auto-preservação.

 

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Veras, ninguém pára pq o brasileiro:

a) é COVARDE, só virando macho quando seu time perde na final do campeonato ou quando mexem no seu bolso;

B) é individualista o suficiente para 'não se meter onde não é chamado'...

De qq forma, achei arriscado vc reagir. Nessas horas dê tudo (quer dizer, não tudo, hehehehe)... Mas de qq forma, a reação foi bem sucedida e aqueles moleques tomaram uma surra... tomara que o que tomou o chute jamais consiga ter uma ereção de novo na vida...

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Em primeiro lugar, gostaria de exaltar que realmente sinto muito pelo que aconteceu a você, Veras. Além de vítima de um assalto, você é mais uma vítima da indiferença humana.

 

 

 

Mais do que espadas japonesas, nunshakus, shurikens e engenhocas que dão descargas elétricas, as pessoas precisam ter um pouco mais de coerência. As pessoas que empregaram as ações dos três macacos da "sabedoria" ("não falo, não ouço, não vejo") são as mesmas pessoas hipócritas que bradam aos sete ventos que bandido a gente tem que tratar na paulada. Mas essas pessoas não são capazes de descer a paulada em bandido nem por elas mesmas, quiçá por um semelhante. É revoltante, sim, mas concordo com o Dook que, em situações de desvantagem como essa, você deveria ter dado o relógio. Mesmo que ele fosse um acessório caro, ele não vale os arranhões que você recebeu. A revolta seria praticamente a mesma, reconheço, mas não vale a pena brigar com pessoas das quais sentimos pena...

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Olha vera, aconteceu com meus pais uma situação quase parecida, meus pais estavam no carro estacionado quando de repente dois Rapazes com aparencia de 18 anos, abordaram e pediram tudo, tinha uma igreja da universal e uma praça bem perto do estacionamento, onde evangelicos, e pessoas passavam constatemente, eles viram o que estava acontecendo mais ninguem reagiu, felizmente levam o relogio de meu pai e alguns trocados na carteira....

todo mundo ao redor viu o assalto mais ninguem reagiu nem mesmo os que se dizem "escolhidos de Deus" poderam prestar socorro ou no minimo chamar a policia....

infelismente o Brasil é um pais de pessoas muito individualistas q que sempre pensam que nunca vai acontecer algo parecido com elas....é a realidade..ou melhor uma triste realidade de nosso pais...

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Tava uma noite numa pizzaria quando entra uma mulher na pizzaria chorando e gritando "socooorro!!!".A primeira reação dos homens que estavam na pizzaria foi se levantar para correr atrás do carro e o que aconteceu?a mulheres,que estavam acompanhando,não os deixaram sair(inclusive eu).

Então dou uma dica a vcs,ao invés de gritar "socorro" gritem "fogo"smiley2.gif

Mas veras,após sermos assaltados sentimos é raiva mesmo,quando fui assaltando,minha vontade era de vestir uma capa e sair combatendo o crimesmiley36.gif

Mas tá tada a dica...gritem "fogo!!" que TODO MUNDO vai ajudar,quando verem que se trata de um assalto,já assustaram o bandido suficiente para ele ir emborasmiley2.gif

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Só tem uma coisa que chama a atenção das pessoas ao ponto de fazê-las parar, acidente de trânsito. Aí todo mundo pára, ajuda a engarrafar mais ainda o trânsito, causa mais acidentes, chinga o Detran e estica a cabeça para fora do carro, para ver o tamanho do estrago e daí segue impávido com a sensação de dever cumnprido smiley11.gif...

 

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Veras, sua história realmente é comovente, mas o que acontece é que a violência está muito banalizada e ninguém quer arriscar o precioso pescoço numa situação dessas com o pensamento de que no dia seguinte irá encontrar outra situação igual. As pessoas olhando por essa perspectiva se sentem realmente desencorajadas por dar o braço a torcer por alguém desconhecido. Se ninguém quer perder o tempo ajudando as outras pessoas em coisas menos relevantes pra que perder com algo mais relevante e mais perigoso?

Essa história de "bom samaritano" é difícil, e se você encontrasse alguém que tivesse te ajudado nessa situação você estaria presente de uma pessoa BEM rara...

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Veras, vc teve muita sorte mesmo pq provavelmente nao era nem pra vc contar a historia.. Ate a policia recomenda nao reagir pq afinal ninguem vai pagar pra ver se os caras tao armados e tal..mas q é revoltante a sensacao de impotencia e indiferenca, é.. Ja fui assaltado trocentas vezes e sequestro-relampago outras duas..sei bem o q é isso.smiley7.gif Estuprado, felizmente, nao..smiley36.gif

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Por sorte, nunca fiu assaltado (e olha que eu moro no rio de janeiro...smiley36.gif).

Mas, realmente, essa é uma história triste, veras, para não dizer revoltante, porque mostra exatamente o que o Dook disse em relação a sociedade brasileira: covarde, individualista ao extremo, que quer exigir um governo melhor quando não percebe que antes disso a própria sociedade precisa melhorar socialmente e culturamente (ou, ainda pior, sabe disso mas não liga a mínima, pois a individualização a impede).

Ah, e o que o Dook desejou para os meliantes mirins, desejo em dobro para eles....

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Eu estava zapeando pelos fóruns a esmo, até porque ando trabalhando tanto que não tenho mais tempo para nada, nem pra viver (desculpem o desabafo). Mas quando eu li o post inicial, eu tinha que entrar e comentar uma coisa.

Veras, eu não vou entrar agora em detalhes sobre o mérito da discussão, que dá um bom caldo e merece mais tempo. Mas queria registrar que seu post é um primor de narrativa, de construção de parágrafos e de uso adequado das palavras. Textos como esse fazem o meu dia mais feliz. Em arquitetura ou em qualquer outra profissão que você escolher, considere seriamente a possibilidade de continuar escrevendo, o que quer que seja.

Sim, o mundo causa repulsa muitas vezes e eu mesmo já tive momentos como esse. Mas o simples fato de causar essa repulsa já demonstra que alguém, ao contrário daqueles que te negaram ajuda, se indigna com a situação. Isto já é motivo de esperança, você não acha? O mundo não é só dos inertes e dos socialmente indiferentes.

Espero, sinseramente, que você esteja melhor e agradeço por você não ter sofrido nada fisicamente mais sério. As cicatrizes psicológicas doem mais, mas também passam.

Cuide-se, e boa sorte.

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 Faço minhas, as palavras do Alexei.

 PS: Ninguém pára por medo, por covardia, por indiferença, por... Existem vários motivos. E cá entre nós, é muito complicado julgar a reação (ou não reação, no caso...) das pessoas ao redor num caso desses.

 Só um conselho: NUNCA MAIS SE ARRISQUE REAGINDO!!! Já perdi um amigo com um tiro na cara por conta de uma mochila...

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Só tem uma coisa que chama a atenção das pessoas ao ponto de fazê-las parar' date=' acidente de trânsito. Aí todo mundo pára, ajuda a engarrafar mais ainda o trânsito, causa mais acidentes, chinga o Detran e estica a cabeça para fora do carro, para ver o tamanho do estrago e daí segue impávido com a sensação de dever cumnprido smiley11.gif...

[/quote']

Exatamente... é uma predileção por ver pára-choques entortados... Com assalto é a mesma coisa: vc berra pedindo ajuda e as pessoas ficam te olhando, catatônicas...

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Veras' date='tu viu arma?pq acho que eles não estavam armados não,setivessem, já teriam te dado um tiro.É triste mas é assimsmiley2.gif[/quote']

Bandido que tá armado, já mostra a arma quando anuncia o assalto... Se fica fazendo suspense é pq não tá armado coisa nenhuma. Claro, existem as exceções mas exagerando nas probabilidades, diria que, de cada 20 casos como o da Veras, 19 os caras não estavam armados.

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Veras' date='tu viu arma?pq acho que eles não estavam armados não,setivessem, já teriam te dado um tiro.É triste mas é assimsmiley2.gif[/quote']

Bandido que tá armado, já mostra a arma quando anuncia o assalto... Se fica fazendo suspense é pq não tá armado coisa nenhuma. Claro, existem as exceções mas exagerando nas probabilidades, diria que, de cada 20 casos como o da Veras, 19 os caras não estavam armados.

Bandido armado não apanha de ninguém não,dá logo um tiro e pronto.smiley2.gif

Mas atentem para minha diga,não digam "socorro!",digam "fogo!"smiley2.gif

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Primeiramente quero dizer que estou feliz em saber que tudo acabou bem e que você saiu vitoriosa desta violência urbana que assola a todos nós.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Eu já fui assaltado cinco vezes na locadora sendo que dois assaltos num único sábado, dois assaltos pela mesma pessoa (numa quinta-feira e na sexta-feira seguinte). Não reagi em nenhuma das vezes porque em todas elas eles estavam armados e a minha mulher estava comigo e foram experiências traumáticas psicologicamente. Felizmente não sofremos nenhuma violência física, mas de qualquer forma é uma situação dramática e assustadora ter dois revólveres apontado para a sua cabeça.

Minha coragem se resume a ainda manter o negócio em funcionamento e levar minha vida da melhor forma possível. O que me consola nestas horas é saber que o futuro desta gente é viver fugindo da polícia; ser estrupado numa prisão imunda e dormir sempre com um revólver embaixo do travesseiro. Eles não possuem nada de valor neste mundo cão e para eles é viver ou morrer. O dia é incerto e pode não ser possível visualizar o pôr-do-sol.

Serei eu um covarde por não ter reagido? Como estaria minha família hoje caso tivesse levado um tiro acidentalmente e ficado tetraplégico dependente e inválido ou pior ainda, se minha mulher ou meu filho tivessem levado um tiro?

Eu tenho mais a perder do que eles, portanto a recomendação e o bom senso me indicam que a não reação é a melhor forma de vencê-los! É uma atitude covarde? Sinceramente não sei. Eu procuro acreditar que não. Hoje tenho muito melhores condições financeiras do que na época dos assaltos. Consegui superar este trauma e segui em frente. Onde estão aqueles bandidos hoje? Estão mortos. Como seres humanos, com certeza!

Veras, por favor, da próxima vez não reaja! Sua vida e as possibilidades de você ser muito mais feliz e aproveitar todas belezas desta vida são muito melhores e mais importante do que o relógio, o celular ou a sua bolsa. Foi uma atitude corajosa, com certeza. Mas imprudente! Até porque, ninguém vai ajudá-la mesmo!

 

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O problema de reagir ou não é que na hora do assalto a pessoa fica fora de si,não está mais pensando..os instintos tomam conta de nós(afinal somos todos animais).Como a própria Veras disse,ela não sabe porque,mas não entregou o celular...têm gente que entrega tudo(como eu fiz),têm gente que não entrega nada(como a Veras)...a pessoa não sabe como vai reagir...mas veras,sei que é difícil mas tente controlar seus instintos e não reagirsmiley2.gif

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Agradecendo a todos os conselhos, os desejos de melhoras e os elogios.

 

Tem mais uma coisa que eu não disse.

Nessa hora eu estava indo pra Faculdade. Numa rua perpendicular à minha tinha um cara caído no chão tendo um ataque de epilepsia. Umas 20 pessoas, no mínimo, estavam lá assistindo o cara caído, espumando pela boca...

 

os carros e os ônibus que passaram, TODOS pararam para ver o que era...

se fosse uma moça sendo estuprada... esles não parariam, certo?

no máximo alguém diria: "que absurdo... à luz do dia, né?"

 

...

 

 

 

 

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Infelizmente, essa é a realidade do país em que vivemos.Podem escrever, dialogar, mas na hora em que devemos escolher alguem que nos represente para tentar mudar essa situação, votamos simplesmente naquele em que "gostamos", sem saber se ele tem realmente capacidade de fazer um bom trabalho.Acho humilhante, para todos, que pessoas de boa indôle, tenham que passar por situações como essa, onde além de sofrer o atentado, teve que se virar sozinha, por que para criticar todos estão prontos, mas e na hora de ajudar, será que alguém estaria?
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Tem mais uma coisa que eu não disse.
Nessa hora eu estava indo pra Faculdade. Numa rua perpendicular à minha tinha um cara caído no chão tendo um ataque de epilepsia. Umas 20 pessoas' date=' no mínimo, estavam lá assistindo o cara caído, espumando pela boca...

os carros e os ônibus que passaram, TODOS pararam para ver o que era...
se fosse uma moça sendo estuprada... esles não parariam, certo?
no máximo alguém diria: "que absurdo... à luz do dia, né?"


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Eu não disse? Adoramos ver a desgraça... alheia.

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Agradecendo a todos os conselhos' date=' os desejos de melhoras e os elogios.

Tem mais uma coisa que eu não disse.
Nessa hora eu estava indo pra Faculdade. Numa rua perpendicular à minha tinha um cara caído no chão tendo um ataque de epilepsia. Umas 20 pessoas, no mínimo, estavam lá assistindo o cara caído, espumando pela boca...

os carros e os ônibus que passaram, TODOS pararam para ver o que era...
se fosse uma moça sendo estuprada... esles não parariam, certo?
no máximo alguém diria: "que absurdo... à luz do dia, né?"

...


[/quote']

E alguém se prontificou a ajudar o pobre homem?

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