Jump to content
Forum Cinema em Cena

Fonte da Vida


Nacka
 Share

Recommended Posts

  • Members

O filme é foda... mas saí extremamente frustrado do cinema pois jamais terei capacidade de conceber algo nesse sentido...

 

Quanto às dúvidas:

 

Spoillers (não vou esconder pois o filme já está em cartaz):

 

Seguinte, meu entendimento:

O sujeito na bolha é o Tom no futuro. O centro de pesquisas buscava um jeito de impedir a morte e aparentemente eles haviam conseguido. Tom no presente planta uma árvore sobre o túmulo de sua amada (conforme Izzy havia lhe dito de uma lenda de um sujeito que enterra o pai e ali nasce uma árvore e tal). Ele vive milhares de anos no futuro, juntamente coma árvore que cresceu ali no túmulo dela. Milhares de anos no futuro ele vai atrás da tal nebulosa. Isso ficou claro pra mim.

O que ficou meio obscuro foi o "Termine" que ele ouvia constantemente. Entendi que ele decide finalizar a história da mesma forma que ele entendeu os momentos finais de sua esposa. O Conquistador encontra a tal árvore, mas sua busca pela árvore e seu desejo por ela passou a ser maior que a vontade de estar ao lado de sua esposa. E o Conquistador é consumido pela sua ânsia. Tanto é que mostra um flashback onde Jackman vai atrás de sua esposa, numa cena que sabemos que ele a deixou para continuar seu trabalho.

E tudo acaba sendo em vão. Pois a esposa dele acaba morrendo antes dele encontrar a cura. Logo ele se conscientiza, no final, que deveria ter passado mais tempo com ela ao invés de continuar sua busca.

 

Alguém entendeu??

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Replies 159
  • Created
  • Last Reply

Top Posters In This Topic

  • Members

Entendi, mas pensei de outra maneira:

 

SPOILER

 

A história dele no passado e no futuro seriam partes do livro que Izzy estava escrevendo e que Tom teve que terminar (por isso o "termine"). Ou seja, entendi que escrevendo o último capítulo foi uma maneira de ele aceitar a morte da esposa e continuar vivendo.

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members
Eu estava pensando assim no início do filme' date=' mas depois entendi que a história da Izzy era só a do Conquistador, a que se passa no passado.[/quote']

 

Spoiler:

 

 

 

Creio que não, pois quando Izzy fala de seu livro pro Tommy ela diz que a história começava na espanha e terminava na nebulosa.

Inclusive tem a cena de Tom na Nebulosa que de fundo aparece Izzy na cama e tem tb a cena de quando Izzy começa a ter a parada cardiaca Tom escuta o bip da maquina e volta aparecer Tommy
Link to comment
Share on other sites

  • Members

FONTE DA VIDA (The Fountain)

 

Ao sair do cinema na primeira vez que vi, mal podia desenvolver uma análise clara a respeito di filme, muito menos dimensionar o impacto dele sobre mim. Até então o terceiro filme de Darren Aronofsky havia sido muito mais uma experiência sensorial que filosófica. Mas nada como uma revisitada e uma análise aprofundada a respeito dele.

Acho complexo dizer em poucas palavras o que esse filme representa, portanto deixo a interpretação da narrativa para cada um (mas claro que se alguém quiser falar a respeito, estou aberto para tal), já que julgo bastante pessoal e que advem de sua própria percepção da vida. Mas não posso deixar de pontuar o brilhantismo com que Aronofsky desenvolve suas narrativas, como costura sua história, suas rimas visuais, os elementos presentes nos tempos distintos...as questões mais sutis, como a importância de cada uma das doutrinas pontuadas no filme (o cristianismo, o budismo e até mesmo o espiritismo) e de certa forma como a história dessas religiões cabem perfeitamente no que propõe a análise principal.

FONTE DA VIDA tem apenas 90 minutos mas parece ter muito mais, devido a seu conteúdo riquíssimo. E analisando mais afundo essas questões, pode-se chegar num estudo notável a respeito do ciclo da morte e vida, do que são na verdade morte e vida e até que ponto a finitude é verdadeira. As metáforas que são feitas no filme, os tempos paralelos e a condução e resolução deles; os efeitos originais, a trilha sonora mais uma vez brilhante de Clint Mansell, a fotografia de Matthew Libatique que utiliza de rimas maravilhosas para ser elaborada (as estrelas, as velas e as luzes do consultório utilizadas em tempos diferentes mas sempre dando noção de similaridade), a câmera sempre elegante de Aronofsky (a fusão entre o momento que Tommy passa a mão em uma raíz da árvore e acaba na nuca de Izzy é um primor), cheia de plongées, rimas e um interessante travelling, quando ele isola o som de tudo ao redor e só se ouve os passos de Tommy...tudo em FONTE DA VIDA merece aplausos. E por fim, Rachel Weizs, numa construção rica de Izzy e Isabel, demonstrando seu pleno conhecimento de suas personagens, e Hugh Jackman, numa das mais extraordinárias performances do ano. Ponto.

 

FONTE DA VIDA é uma experiência magistral, de imagens, de idéias, de resoluções...compreendê-lo foi um dos pontos mais fascinantes em meu percurso cinematográfico até então. Ouso dizer que é, desde já, o melhor filme do ano.

 

Nota: 10 (essa é a primeira vez que eu dou 10 para um filme. Não quer dizer que seja o melhor filme que eu vi na vida; possivelmente daria 10 para outros grandes em revisitadas. A questão é que esse merece um 10 com louvor, pelo brilhantismo da transposição de suas idéias através de uma narrativa perfeita, amarrada de forma impecável)

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Sobre o que os usuários estão colocando aí, vamos ao que eu imagino:

Spolier

Izzy começa a escrever o livro e ele retrata, nos primeiros capítulos, a esperança da própria para com a cura de seu câncer. Essa esperança é compartilhada pelo marido, que trabalha no centro de pesquisas justamente tentando desenvolver algum tipo de método capaz de curar a doença. Nisso o filme é brilhante, já que ele é capaz de nos fazer entender o processo de descoberta através das analogias ditas por Isabel enquanto explica o que acontece com a Espanha na época; ela se diz acuada e o Inquisidor se prepara para um golpe final. Matá-lo seria um suicídio, assim como retirar um tumor (que possivelmente já teria se espalhado, assim como o domínio do Inquisidor) avançado. E ela se diz não preparada para morrer ainda, o que prova a esperança dela. Só que Izzy alcança o sublime em determinado momento, leitura que Aronofsky tenta dar sobre a dimensão da morte (onde eu voltarei daqui a pouco), e tenta fazer Tommy aceitar o mesmo. Por isso ela pede a ele para que escreva o último capítulo do livro mas sabe bem que ele ainda não está preparado para tanto, para a aceitação. Só que ela o diz, "você saberá". O que se passa na Espanha é a simples forma que ele viu de fazer o marido aceitar a "separação".

Quanto ao "futuro"...eu cheguei a pensar que aquele fosse realmente Tommy no futuro, assim como o Renato disse. Só que uma coisa muito simples no final faz essa hipótese vir por terra. Na cena final ele deposita a semente da árvore no túmulo de Izzy. Ok, isso poderia implicar que ali nasceu a árvore que representaria o renascimento dela. Mas ele se despede dela...ali ele já aceitou a morte dela. Não haveria motivos para que ele quisesse continuar a pesquisa, ser eterno e um dia conseguí-la de volta. Seria uma espécia de regressão. Naquele momento, a cena final, ele compreende isso e também atinge o estado do sublime (voltarei a isso também). Portanto, a parte da bolha seria uma metáfora, uma espécie de consciência de Tommy quanto á morte de Izzy. O tempo todo ele é atormentado pelo pensamento dela pedindo para que terminasse e ele se negando. Ele se sente de certa forma culpado por não poder ter feito mais e sente a separação eminente, representada ainda mais pela perda da aliança, que ele tenta reconstruir na própria pele assim que a marca vai desaparecendo. Ela é a marca da união dos dois e também o simbolismo da separação. Só que em determinado momento Tommy, ao ler no livro a intenção de Izzy, percebe que ele precisa deixá-la ir, no caso dele no futuro, morrer em função da vida. E assim essa morte é representada, da mesma maneira da lenda que Izzy relata, a lenda maia do primeiro homeme, que se sacrificou em nome da vida. A morte desse Tommy do futuro é o renascimento da árvore, o que se revela o ponto chave da narrativa e proposta de Aronofsky. É tudo um ciclo (implícito em todo o filme) e não existe vida e morte como elementos distintos. Eles são um só.

Tommy descobre isso e mata Tomaz no ivro de Izzy. E ainda assim ele morre através de uma nova vida.

O momento em que ele compreende isso tudo é explicado quando ele desiste de retornar para o operação do macaco (o que impossibilita também que ele tenha feito maiores descobertas e tenha vivido eternamente) e segue Izzy, quando ela lhe entrega o fruto da árvore, o mesmo que ele deposita no túmulo. É, novamente, a representação da morte/vida, já que o fruto que Izzy o entrega está vivo e o que ele deposita, "morto". Mas é essa linha que Aronofsky defende não existir, através do discurso mais pertinente que eu tenho notícia nos últimos tempos.

Ele usa a religião como metáfora (várias delas) e conclui da maneira mais pura a respeito da finitude do ser quanto matéria...simplesmente genial!

 

Bem, essa é minha visão da história; espero que o pessoal continue discutindo!
Link to comment
Share on other sites

  • Members

fountain46t.jpg

 

Interview: Darren Aronofsky

 

"The Fountain"

Posted:   Monday, November 27th 2006 12:03AM

Author:   Paul Fischer

Location: Los Angeles, CAFor Darren Aronofsky, The Fountain has been a labour of love for

several years. This highly complex and original romantic drama explores

the fountain of youth, the power and intensity of love, and the nature

of obsession. Originally set to star Brad Pitt and Cate Blanchett, the film

stars Hugh Jackman as three period incarnations of a character in love

with Rachel Weisz, in the middle ages, present day and future. It's

been five years since the director last spoke to the media. He spoke to

PAUL FISCHER.

 

Question: Can you talk about the process of finally getting this made, and how frustrating it has been for you?

 

 

 

Aronofsky: It was a very long process, and I

think all of my projects have been really challenging. No one really

wanted to make a black and white movie

about God and math. And then, after 'Pi,' everyone was like, "What do

you want to do? What do you want to do next?," and I sent them a copy

of 'Requiem for a Dream,' and they was just silence, and barely anyone

called me back. For some reason, we just chose films

that we think are interesting and cool, and they're just a little bit

outside the box, so it's always a big challenge. Brad [Pitt] got really

interested at the beginning, and that gave it a lot of fuel. I always

wanted a big movie star for it because I knew, when I started this

film, I was really inspired by science fiction novels and graphic

novels, in the sense that you'll be reading a science fiction novel

and, for the first 100 pages, you really don't know what the hell's

going on, and then, suddenly, a few words show up and all these clues,

and the world opens up and you're smack in the middle of Neal

Stephenson's world and it suddenly all makes sense. I wanted to give

that similar experience with 'The Fountain,' so the first 20 minutes of

the film, you're afloat, and then, suddenly, you meet Rachel and the

world starts to come together, and you realize that all those scenes

actually do mean something and it does add up to something.

 

My

hope was that, by putting a movie star into it, it could hook the

audience and help them get through that 20 minutes. So, when Brad

expressed interest, it was great. It started it all going. And then, we

got really close, and then there was the much publicized shaving of the

beard, and then it basically fell apart. There was $18 million against

it and a lot of spilled blood. There was really no chance that anything

would ever happen. I tried really hard to clean my palette and start

something new. All the stuff we actually started new is probably what

we're going to do next, so that time didn't go to waste. But then, one

night, I just couldn't get it out of my system and I just started to

write again. Not having to write for a studio or for an actor freed me

up to return to what was really important.

 

Question: Did you trade that beard look that Brad had for the film for the shaved head?

 

 

Aronofsky: That look is in the film. He was

growing the beard for the Conquistador sequences. It took a long time

to get to set. I don't know how much longer it was than Hugh's beard in

the battle scene. I think it was probably pretty similar. Hugh had a

big thing. Brad had a big issue about prosthetic beards. He wanted to

grow it.

 

Question: Every element of every timeline is

in every other timeline. It's a very fractal picture. Everything is

related. How did you build that in? Did that come in the script stage?

Did you edit that in as you were shooting?

 

 

Aronofsky: It's all pre-planned. With the

budget that we had, which was extremely low, and the limited amount of

time, which was extremely short, to do something like this, it was all

about homework. So, all those connections were made beforehand. Of

course, things came up where we realized, "Hey, we could stick that

here." Things happened on set, but I'd say 95% of all decisions are

beforehand. When you get to set, no matter how much two-dimensional

work you do -- meaning storyboards, shot lists, script work -- as soon

as you get into a three-dimensional space with real live actors and

real physical equipment, nothing ever works out, so you have to be able

to adapt.

 

 

But, having done all that homework allows you to know what you

absolutely need, so you can get pretty close to getting everything you

want. But, all the shots were pre-planned. All the star fields that are

going on throughout the film -- in space, of course, and then the

candles all hanging down, once you throw them out of focus, they're a

star field, the Christmas lights behind Rachel on the rooftop are star

fields. We worked with darkness and light in the same way, where Hugh's

character is in the black and Rachel's character is in the light.

Hugh's never really fully lit until the end of the film, and Rachel's

lit all the time. That was always planned, 10 months before we ever got

to set.

 

Question: Was it Hugh that actually suggested Rachel for this?

 

 

Aronofsky: Yeah. I wasn't into the idea

because I had a personal relationship with Rachel and it's a gamble.

Either the relationship was going to be over or the relationship would

be fine, so why risk something like that. Hugh suggested the idea. I

wasn't open to it. He said, "Well, let's at least meet." And so, we had

dinner at a vegan restaurant. Actually, it wasn't vegan, it was

macrobiotic, but I don't know the difference. And, they just completely

connected and it was electric. It was one of those things, as a

director, you hope happens in a casting room, which rarely ever

happens, where you see two actors look at each other and understand

each other. And, the thing about Hugh and Rachel was that they were

both extremely hungry actors, at the time. Now, they're big time movie

stars. Now, I don't know about working with them. They're stage actors

and they're incredibly well trained, and they both hadn't had the

opportunity to really show what they could do. That, to me, is the most

exciting. Ellen Burstyn has done great stuff, but it had been a long

time. Jennifer Connelly and Marlon Wayans had a reason to show up.

 

Question: Did directing Rachel exceed your expectations?

 

 

Aronofsky: She's amazing. I describe her as a

cauldron of emotions. You just turn up the heat and things start

boiling over. She's one of those actors that you can get four or five

different emotions from, in one choice. To me, that's amazing. When she

talks about Moses Morales -- the guy who was buried, and grew up into

the tree -- that's one take. Very, very few actors out there can hold

an extreme close-up for 40 seconds. Originally, I cut it up like crazy.

The first time we cut the film together, it was in pieces. I took the

best from here and the best from there, and it worked, but then, I

said, "We should go through the material once again," and then we

stumbled on that piece, which just worked all the way through. You've

got to let an actor shine when they do something like that.

 

Question: What was changed from 'The Last Man' to 'The Fountain 1.0' to 'The Fountain 2.0'?

 

 

Aronofsky: 'The Last Man' was always 'The

Fountain 1.0.' That was just a secret title. I'm a pretty paranoid guy,

so we just called it 'The Last Man.' It was always called 'The

Fountain.' That was just a false title. Somehow the script got out

there and it got leaked, and it became 'The Last Man,' but it was never

'The Last Man.' It was, actually, a working title for us, at the very

beginning. One of the big inspirations for the film was this short story

about a prisoner who was in this brand new prison in a town in Latin

America, and there was a volcano and everyone in the town was wiped out

except for the guy who survived in the new prison cell. There was

something about immortality and being alone that captured what we were

going for. That's basically what morphed into what we made, which is

interesting how a little seed of an idea can become something else.

 

 

So, 'The Fountain 1.0' is available. You can see it in the graphic

novel, out in hardcover and soft cover by DC Vertigo, available now.

It's very, very similar. There's a few differences. There was a huge

battle scene at the beginning of 'The Fountain 1.0,' but it was in a

post-'Gladiator,' pre-Peter Jackson landscape. I was very excited by

what Ridley [scott] had done in 'Gladiator.' I was like, "Wow, this is

exciting. We could make a really exciting battle scene." But then, I

went through my trials and tribulations, and 'The Lord of the Rings'

came out, and I was like, "Well, our Mayan Conquistador battle will

never go to that level of fantasy and extremity, so why even do it."

 

 

And then, of course, 'Troy' came out and 'King Arthur.' All these huge

battle scenes had happened. Hollywood had done it. I realized that

audiences were yawning when they saw it, so I was like, "This scene is

written for Izzi by Tommy. What's the story?" The story is one man

overcoming incredible odds, so it very, very much got down to,

eventually, Hugh Jackman against the Mayan army, and that's all I

really needed. The simplicity of that liberated me 'cause then I

suddenly realized I didn't need $20 million to shoot it. I could do it

for a lot less. That was a budget thing.

 

Question: Had you seen Hugh Jackman in something that led you to believe he could do such an emotional role?

 

 

Aronofsky: How many male actors have you

actually seen do emotional work like that? I've been in 15 cities in

the last two or three weeks, and a lot of women have said to me, "I've

never seen a man that vulnerable, on or off screen." I didn't really

know what he could do. When I first started this, he wasn't on my list

because he had just done Wolverine, which he was fantastic as and

became a star off of, which is an amazing, difficult thing to do, if

you're a fan. Just to step into that role, out of nowhere, and actually

pull it off was a big accomplishment. But, I had seen nothing else.

Then, when I saw 'The Boy From Oz,' I just saw an incredible amount of

talent. It was undeniable. Outside of what he did in 'The Fountain,'

the guy can sing and dance. [Laughs] It's really kind of upsetting.

It's just remarkable, what he did in this movie, and it's overlooked

somewhat.

 

 

I met Hugh randomly at a bar, or something, with some of his friends.

We just said hello. And then, we were staying at the same hotel and I

was sitting there doing my 20-pound curls, and this guy is moving a

machine across the room. He was pulling this thing and the machine was

jumping, and I was like, "What the hell? Who is that freak?" And, it

was Hugh Jackman, training for 'X-Men 2,'

and I went over and said, "Hey, how are you doin'?" Then, Hugh went

from that type of size to, in 12 months, being able to get into full

Lotus position. I've been doing yoga for seven or eight years and I

can't get into Lotus position. But, he got into full Lotus and

performed all those scenes, where he's in Lotus, underwater to make

himself float, attached to a barbecue rig, so that when he flips over

and goes upside down, the rig basically spun him around, held him

upside down for 10 seconds, and then brought him back up, where he

would land, for that big revealing shot of the bubble. That was one of

the shots he did underwater, and in character. Physically, you won't

find a specimen on the planet like him. This is the type of guy that

could have been an Olympic gold medal athlete in so many different

sports. So, that was amazing.

 

 

We had a stunt double -- and I know it's kind of cliché that he did all

of his stunts -- but he was better than the stunt double, in

everything. So, that's him climbing the tree, doing the fights,

everything. Outside of that, emotionally, he just unleashed. The

traditional way to shoot a scene is to start off wide because it

establishes the lighting, and then you go in for close-ups. We got the

camera and, suddenly, these faucets started to open and we were like,

"Okay, cut! Get the camera in as quick as you can!" We flew the camera

in and we just went, and he would go until he was dry. And then, we

would take a 10-minute break and we would go again until he was dry. It

was a bit abusive, but he loved it. [Laughs] We enjoyed it. That was

why the editing took so long. He and Rachel, both, played every scene

on every note imaginable. Usually, the actor will give you just one

kind of take on it, but then I was like, "You know what? Play it as

Tomas, play it as Tom, play it sad, play it angry, play it a little

angrier, play it really happy." We just bounced around and tried

different things, and it was a joy.

 

Question: So far, all three of your films have been somewhat open to interpretation. At one point, you were attached to do a 'Batman' . .

 

 

Aronofsky: I wasn't ever attached to do

'Batman.' 'Batman' was a writing gig. It was about coming off of

'Requiem for a Dream,' dreaming about doing 'The Fountain,' realizing

that was going to cost a decent amount of dime and, seeing how the

studio probably perceived me as the guy who just did a $4 million drug

movie, when they offered me the chance to do something on 'Batman' and

I realized that I could work with one of my heroes, Frank Miller, I was

like, "If I develop this, it might actually open up their perception of

me to do 'The Fountain.'" But, I was really trying to make 'The

Fountain' for the last six years.

 

Question: Would you do something more linear like that, or will you continue to have this sort of vision for your films?

 

 

Aronofsky: I'm just going to make them weirder

and weirder and weirder. We've always been trying to push the envelope

of what you can do in cinema. Matty, my DP, always says we're Wild

Style filmmakers. Wild Style was that crazy, graffiti writing style,

but you could recognize who wrote what all the time, by the style of

the letters. And, I think we're always trying to put a visual language

into a film that helps tell the story that you're doing, but is

incredibly unique and, hopefully, interesting for people.

 

Question: When 'The Fountain' was put on

hold, you said you worked on other things that formed the germ of what

will probably be your next project. Can you talk about what that is?

 

 

Aronofsky: No. [Laughs]

 

 

 

Question: You said that your next film was

going to be something Biblical, your first film was about God and math,

and this film is spiritual, in an agnostic way. What's your take on

God? Are you religious? Do you believe in God?

 

 

Aronofsky: I think the themes of 'The

Fountain,' about this endless cycle of energy and matter, tracing back

to the Big Bang . . . The Big Bang happened, and all this star matter

turned into stars, and stars turned into planets, and planets turned

into life. We're all just borrowing this matter and energy for a little

bit, while we're here, until it goes back into everything else, and

that connects us all. The cynics out there laugh at this crap, but it's

true. [Laughs] The messed up thing is how distracted we are and

disconnected from that connection, and the result of it is what we're

doing to this planet and to ourselves. We're just completely killing

each other and killing the planet, and it's a state of emergency right

now, I think. All of my charity work has always been about the

environment. There are 15,000 species on the endangered species list.

Mercury poisoning is my new thing. [Laughs] We're doing it to

ourselves. The fact that there's mercury poisoning in the breast milk

of indigenous people in the North Arctic is all coming from us, and

Alzheimer's is on the rise. What are we doing to ourselves? It's a

complete disconnect. To me, that's where the spirituality is. Whatever

you want to call that connection -- some people would use that term

God. That, to me, is what I think is holy.

 

Question: Did you change anything for the PG-13?

 

 

Aronofsky: There's an added line that was in

the trailer, but wasn't in the movie, which is the "Death is a disease

and there's a cure, and I will find it." That was a line that Hugh

wanted in, that I couldn't figure out a place for, and I had to tinker

with it.

 

Question: You didn't cut any of the violence?

 

 

Aronofsky: No, no. The violence is all the same.

 

 

 

Question: Then how did you change it from R to PG-13?

 

 

Aronofsky: Negotiation.

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

 

Quanto ao "futuro"...eu cheguei a pensar que aquele fosse realmente Tommy no futuro' date=' assim como o Renato disse. Só que uma coisa muito simples no final faz essa hipótese vir por terra. Na cena final ele deposita a semente da árvore no túmulo de Izzy. Ok, isso poderia implicar que ali nasceu a árvore que representaria o renascimento dela. Mas ele se despede dela...ali ele já aceitou a morte dela. Não haveria motivos para que ele quisesse continuar a pesquisa, ser eterno e um dia conseguí-la de volta. Seria uma espécia de regressão. Naquele momento, a cena final, ele compreende isso e também atinge o estado do sublime (voltarei a isso também).
[/quote']

 

SPOILERS

 

Uma coisa... acho que na cena que Tommy deposita a semente tb pode ser visto a estrela morta explodindo ao fundo (pelo menos que eu me lembre eu vi isso ou algo parecido - é piração da minha cabeça ou alguém mais viu isso?) fazendo um paralelo entre a explosão no mundo de Tommy e a explosão no mundo real tb, quando ele aceita a morte. Isso seria uma parte mais concreta contra a teoria de que a parte da bolha seria o futuro real.

 

---------------

 

Ah, sobre o filme... cansativo, mas gostei muito. O tipo de filme que te deixa exausto depois de assistí-lo, fazendo com que vc sinta uma necessidade absurda de descobrir suas próprias respostas para as indagações do filme. Não devo revê-lo nos cinemas ($$$), mas com certeza devo rever no DVD ou na tv. Espero que a Rede Telecine o compre, pois este é mesmo um daqueles filmes que podem ser vistos mais de 700 vezes.

 

--------------------

 

Não gostei dessa idéia de vender o filme como um romance. Para mim, o filme é mais um drama sobre a aceitação do inevitável (a morte) do que um romance através dos tempos. Acho que essa venda errada pode ter prejudicado muito o filme, já que apesar de ter um certo romance, ele está longe de ser o centro das inteligentes discussões desta película.

 

Bem, é isso.

Yoh2006-11-29 18:45:49

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ainda fico com a hipótese dele no futuro. Acho que o livro era realmente só do passado... tanto é que sempre quando começava a parte do livro, o diretor faz aquela transição das páginas do caderno para a história em si.

Por isso, ele só termina o livro no futuro, quando ele se coloca no lugar do Conquistador.

 

Yoh, a nebulosa apaga sim naquela cena. Mas como disse, aquela cena, na verdade não existiu em outro lugar senão na imaginação do Tom. Pois sabemos que naquele momento ele não foi ao encontro de Izzy e sim, voltou até o macaco.

 

Quanto a semente, ela poderia ter dado um outro momento. Ou poderia nem ter dado... essa sim pode ter sido a parte simbólica.

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

Ainda fico com a hipótese dele no futuro. Acho que o livro era realmente só do passado... tanto é que sempre quando começava a parte do livro' date=' o diretor faz aquela transição das páginas do caderno para a história em si.

Por isso, ele só termina o livro no futuro, quando ele se coloca no lugar do Conquistador.

 

 

[/quote']

 

SPOILER

 

Eu ainda acho q a história é toda passada no presente. O passado foi a Izzi quem escreveu e o futuro ele...como disseram acima, ela entregou o livro para ele terminar pq ela havia aceitado a morte e ele não, e ela tinha a esperança de q ele, lendo e principalmente terminando, aceitaria a morte dela e se "libertaria".

 

Assim q puder verei novamente e prestarei mais atenção às partes de transição no tempo.

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ví ontem.Ainda estou "digerindo",mas já posso falar uma coisa.

SPOILER

Não há viagem no tempo neste filme,ele se passa no presente.

O passado e o futuro é o que está no livro de Izy/Tommy.

Tanto é,que ambos(passado e futuro) se encontram....

Só não entendí qual a conexão da árvore ficar numa bolha dentro de uma nebulosa......
Rafal2006-11-30 08:35:32
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

 

SPOILERS

 

Ok, aqui vai a minha interpretação:

 

- Primeiramente, acho que não existe uma interpretação mais certa ou errada desse filme. Ocorrer nas três épocas ou somente no presente, isso varia de teoria para teoria e acredito não haver uma interpretação definitiva.

 

O que eu acredito é que tudo ocorra no presente. Os acontecimentos no passado seriam os que ocorreram no livro de Izzie e que foi esta a sua maneira de ir lidando com a morte, contando uma grande história de heroismo e salvação. Isso na época que ainda tinha medo da morte. Quando finalmente superou o medo e aceitou que ia morrer, ela largou o livro e quis que Tom terminasse a história e que ele próprio também aceitasse sua morte.

Para mim, a história do futuro se passa na cabeça de Tom. É uma forma de vermos como se sente. A bolha seria uma metáfora para sua prisão no mundo da ciência, buscando a cura para Izzie, estando deslocado de todo o resto. As aparições de Izzie seriam um paralelo com as vezes que Izzie no presente tentou faze-lo passar o tempo com ela em fez de ficar no laboratório.

As palavras "termine, termine" não se refeririam apenas ao livro, mas sim a cura. Seria a voz da cabeça de Tom gritando com ele mesmo para terminar a cura.

 

Com a morte de Izzie...

as histórias colidem porque agora é Tom que está escrevendo o livro, ao mesmo tempo que continua sendo ele que é o responsável pela história do futuro (através da sua mente). Sua chegada a estrela simboliza a descoberta da cura, mesmo sendo tarde demais.

Tom acaba ficando  originalmente obsessivo por tentar ressuscitar Izzie, mas de uma forma que não nos é mostrado diretamente, ela acaba mudando de opinião. Eu pessoalmente acredito que teria sido através da fé (não necessariamente a católica) que ele conseguiu aceitar a morte de sua esposa. Talvez tenha passado a aceitar que quando morrer ele irá reencontrar Izzie. Assim, ele transcendeu. Isso "no futuro" se mostra através da pose de meditação e da grande explosão, que são o simbolismo em sua mente da aceitação e da morte.

Assim, ele consegue terminar o livro, que termina com a "morte" do conquistador. O fato de ter sido reconhecido como um maia como Deus é uma prova de que ele passoiu a acreditar em alguma fé e quando ele encontra a árvore da vida, a sua morte em vez da vida eterna seria a maneira do Tom do presente dizer que em sua busca pela árvore (salvação da sua esposa) ele acabou descobrindo uma forma de salvar outras vidas (o caso da cura do cancer no macaco). Assim, sua sede pela vida (quando bebe o líquido) pode ter acabado destruindo-o (sua transformação em flores), mas permitiu o nascimento e sobrevivência de muitas outras formas de vida (as flores).

Quando se despede de Izzie e planta uma semente em seu túmulo, ele já teria aceitado a morte dela e aquela semente seria apenas uma forma de respeitar a crença da sua esposa naquela história maia de que a alma mudaria de corpo.

O fato do Tom do presente ter usado uma árvore para fazer a cura do macaco seria apenas uma coincidência, não tendo que necessariamente provar que a história do passado teria ocorrido. Pelo prisma da religião, o fato de haver uma árvore que curou o macaco junto do composto científico  seria uma forma de simbolismo de que Deus junto dos humanos teria criado grandes coisas, mas que em alguns casos os seres humanos apenas teriam de aceitar que Deus faz algumas coisas que não estão abertas a discussão, como a morte de Izzie neste caso e que os humanos teriam de aceitar, pois aceitar a morte e aceitar que existe algo mais seria a forma correta de viver a vida (neste ponto, o filme estaria aceitando que ambas a ciência e a fé tem forças importantes e que ambas são extremamente importantes para o ser humano, nunca uma podendo eclipsar totalmente a outra). Quando uma pessoa aceitasse a morte (sendo que considero essa aceitação o verdadeiro tema do filme, não aquela história do amor através dos tempos) ela teria alcançado esse balanço entre fé e ciência, assim transcedendo, como o personagem de Tom o faz nos minutos finais do filme, quando se transforma.

 

Essa seria a minha interpretação do filme.

Não acredito que esteja mais certa ou errada do que a de ninguém. Só penso que talvez algumas partes (ou ela como um todo) possam mudar quando rever o filme, pois só o vi somente uma vez. Não sei se o reverei nos cinemas ou no DVD. Bem, é isso.

Yoh2006-11-30 14:06:07

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ter?06

Valeu Yoh.....tu me trouxe uma luz sobre o Tom na bolha...realmente,aquilo seria a prisão que ele acabou ficando(seu trabalho) e as vezes que ela aparecia lá era quando um coisa muito forte no "mundo real" acontecia,interferindo naquele mundo da bolha dele.....

A árvore seria a fonte da qual ele tenta fazer o remédio,quando vemos ele tirando um pedaço e comendo(ou se "usando como cobaia"?)....

E a bolha estava na nebulosa pois é lá que a Izzie falou que estava a fonte da vida,hoje em dia.....

Pronto,tenho uma interpretação formada do filme:

 

"Passado":Livro que a Izzie está escrevendo

"Futuro":Fruto da imaginação de Tom e um modo de interdermos o que ocorre em sua mente....

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Bom ... "Fonte da Vida" é uma experiência peculiar e exótica sobre a vida e a morte, a maneira como encaramos o tempo que nos resta. Tecnicamente soberbo, principalmente no que se refere a direção, o grande problema do filme é que em alguns momentos falta objetividade e profundidade na proposta que é oferecida ( em linhas gerais a trama não vai além daquilo que é dito pelos personagens, ou seja, é sobre a luta pela vida e o medo/aceitação da morte e as parábolas são muito auto-explicativas - a do Conquistador, por exemplo, se satisfaz em 3, 4 cenas ... ). Em geral é aquela velha questão de que "menos" seria "mais" ( o clímax soa em alguns momentos como clipe de música eletrônica ).

Em contrapartida, a atuação de Hugh Jackman, ou melhor, as atuações são ótimas ( especialmente a do presente ), a direção é impecável ... direção de arte e fotografia são trabalhos maravilhosos ... a trilha é eletrizante ... talvez o maior defeito seja esse dedicaram-se demais a parte técnica ... em como contar a história e deixaram a trama de lado. A propósito o meu entendimento é que o passado trata-se do livro e o futuro de uma metáfora sobre as angústias de Tom.

 

Gostei do filme, mas queria ter gostado mais ... 8/10
Link to comment
Share on other sites

  • Members

O futuro poderia ser de fato uma metáfora das angústias de Tom. No entanto, não nos esqueçamos que o laboratório onde ele trabalha não buscava a cura do câncer (isso era uma busca pessoal dele), e sim pesquisava uma maneira de deter o envelhecimento e assim a morte. E eles conseguem tal proeza, o que significa que não é estapafúrdio supor que o Tom do futuro de fato esteja no futuro... quem sabe ele não demorou mil anos para aceitar a morte da esposa??

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Renato,

Porém,aquele "futuro" é muito fantasioso(com a árvore,a bolha,ele voando,aparições da Izzie,a própria nabulosa)....sairía da proposta do filme.....Aliás,em nenhuma parte do filme diz se aquilo é futuro ou não,o que o fez achar que aquilo seria o "futuro"?

 

Thiago,

Concordo contigo,aquele final ficou parecendo mesmo clipe de música eletrônica,achei que ele arrastaram demais o final......
Link to comment
Share on other sites

  • Members

O lance de achar aquilo futuro (embora cheio de metáforas, como o lance da bolha) foi por causa da descoberta científica que Tom faz. O presente já é fantasioso quando assume que ele descobriu uma "cura" para a morte.

Mas a evidência mais forte é quando vemos o Tom do presente tatuando o anel com a "caneta" que Izzy lhe deu, para depois vermos no futuro seu braço todo tatuado. Isso sem falar, que a "caneta" que ele usa para se pintar é a mesma, porém envelhecida.

Acho que não foge da proposta de "seriedade" do filme, e nem é meos fantasioso que o presente ou o passado.

 

Quanto as aparições de Izzy, não são aparições, é óbvio, são lembranças dele.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ele não chega a descobrir a "cura" para a morte,ele apenas descobre a cura para o câncer(o que nem isso fica muito explícito,o tumor do macaco só estava recuando,em momento algum se falou em ter curado o tumor do macaco) e quando o faz,diz que agora iria "avançar" e descobrir a cura da morte,foi apenas um momento de empolgação....e,novamente,o filme não mostra  ele "curando" a morte......

E,mesmo se ele econtrasse a "cura" para a morte,explicando de uma forma plausível,não seria fantasioso,afinal,é o que o homem vêm tentanto encontrar.

 

Repare,que ele prepara um forma viscosa preta é começa e se tatuar,no "futuro".Então,no "futuro", ele não aparace tatuado "do nada",aparece ele SE TATUANDO..

 

Quanto a caneta,não posso afirmar,mas acho que era um galho....

 

Eu já acho,veja que o filme se baseia na realidade,aquele "futuro",mesmo sendo futuro,foge completamente da realidade....
Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

Announcements


×
×
  • Create New...