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Forum Cinema em Cena

Fonte da Vida


Nacka
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  • 1 month later...
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Realmente, acho que o Aronofsky é capaz de realizar filmes BEM melhores...

 

Achei The Fountain bom, mas só....a história é bastante rica, pode gerar várias reflexões bacanas e tudo mais, mas achei o filme mal executado.

A história é contada de maneira muito lenta e arrastada, não sei foi para contrastar com o ritmo frenético do Pi e do Requiem, mas mesmo assim, acho que ele errou um pouco a mão. Além disso, a Ellen Burstyn e a Rachel Weisz, que são duas excelentes atrizes, estão bem apagadas.

No final o filme acerta o ritmo e melhora. Acho que no final das contas o filme trata de aceitação, perceber que existe o inevitável; é essa a maravilha da morte.

 

Pretendo assistir novamente quando sair em dvd, mas acho que o filme está longe de ser a perfeição que a maioria das pessoas aqui está achando. Sou muito fã do Aronofsky mesmo, ainda acho que ele tem todo o potencial para ser um novo Kubrick. Mas que nesse filme ele ficou devendo um bocado, isso ficou.
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  • 6 months later...
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Acabei de assistir e não gostei. Por mais que possa haver boas idéias e combustível para ser discutido e filosofado ali dentro, os diálogos são realmente ruins e pausados demais. As cenas do século XVI em particular não me agradaram.

 

Creio que vou dar uma segunda chance depois, mas não acho que vai mudar muito a minha opinião.

 

 

 

 

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Ode ao Amor Eterno

 

Darren

Aronofsky é um caso de Amor ou Ódio, pois trata-se de um cineasta que

se colocou radicalmente aparte do ninho do Cinema convencional,

edificando mantras audiovisuais que resultam em jornadas de uma

elevada qualidade subjectiva. Redimensionando o uso de efeitos visuais,

gráficos e sonoros, o Cinema de Aronofsky alcança originalidade

estilística em experiências ultra-sensoriais que originam

desdobramentos da consciência. As convulsões que marcaram a

pré-produção de “The Fountain” revelam os desafios que

aguardam realizadores independentes quando enfrentam as normas dos

grandes estúdios. As pressões poderão atingir proporções abismais e o

equilíbrio entre intensidade e integridade é colocado à prova por

imperativos comerciais. Mas inserido num panorama contemporâneo que

submerge filmes de grande escala num asfixiante sistema de clichés, “The Fountain

triunfa como Obra visionária, intelectual, espiritual e emotiva,

proporcionando uma ascensão desta plataforma mundana para um zénite de

deslumbramento.

 

Pincelando “The Fountain

com uma extasiante, profunda e hipnótica beleza lírica, Aronofsky narra

três histórias paralelas envolvendo o Amor e a Devoção a uma mulher,

por uma causa: descobrir a forma de a manter viva. Destemido na forma

como endereça temas amplos, o cineasta revela intelectualidade na

disposição dos elementos que ofertam respostas, e sensibilidade no

trilho da jornada emocional das suas personagens. Ancorado numa

tangível realidade emotiva, sua Ficção Científica fica estruturada além

de conceitos tecnológicos, alinhavando igualmente áreas conceptuais e

ideológicas. Aronofsky emana paixão pela textura. A fotografia de

Matthew Libatique é rica em complexidade e minúcia, alternando entre

períodos temporais de forma fluida na acumulação de informação. A

composição etérea de Clint Mansell ostenta a tribulação, a angústia, o

medo, o padecimento, a esperança e o forte amor que enlaça as

personagens. Elevando progressivamente o tempo do acontecimento sonoro,

gera-se uma sensação de fervor e tensão que anunciam a proximidade do

clímax. Tal como Sergio Leone com Ennio Morricone ou David Lynch com

Angelo Badalamenti, Aronofsky e Mansell solidificaram um relacionamento

que excede meros conceitos de fusão audiovisual.

 

Tão profundamente sentido como imaginado, “The Fountain

representa uma meditação metafísica. Uma procissão de fé, conduzida

pelo Amor como combustão de uma ânsia por Eternidade. A fausta

composição imagética de Aronofsky chispa fascínio assente num princípio

de Luminosidade. A escuridão do Passado é dissipada pela alvura das

cenas entre a Rainha e o Conquistador, vaticinando com esperança o

banho de luz que nos reserva o Futuro. Futuro esse, que nos coloca no

Berço das Estrelas, esse ninho familiar que o cineasta foi guarnecendo

ao longo do filme, derramando Estrelas sob a forma de candeias

suspensas na sala do trono da Rainha, pontilhando os aposentos dos

soldados sob a forma de velas, cintilando nos brincos e pérolas do

vestido da Rainha, aureolando as minúsculas lâmpadas do laboratório e

até reluzindo nas lágrimas. Todos os elementos presentes no plano criam

formas geométricas que orientam o olhar para um ponto nevrálgico. Nesta

Obra de Arte flutuam símbolos e justaposições figurativas de um enigma

que pretende agitar o pensamento e acordar o espírito. Quando no

segmento do futuro se vislumbram tatuagens nos braços do explorador,

apercebemo-nos que os traçados evocam os anéis que se encontram no

interior da árvore que transporta na bolha. São inúmeros momentos de

simbiose como este, que arrepiam a alma ao longo de “The Fountain”.

Ao manter o filme insularmente intimista, Aronofsky roga por

explorações individuais das emoções universais. Existe sempre um grande

plano da gloriosa expressividade do rosto humano ao lado de objectos de

incomensurável escala, equilibrando as abstracções surreais com o

crucial significado dramático da humanidade em questão.

 

Na épica formação imagética de “The Fountain

existe sempre a lembrança de um objecto singelo, repleto de

significado: a Aliança. Esse círculo sem princípio ou fim. Esse símbolo

de Eternidade que une de forma emblemática dois amantes, proclamando

que nem a vida nem a morte fazem sentido sem Amor. Amor… palavra que

nunca é pronunciada, porque acima de tudo, se trata de um sentimento

transcendental. O Amor compensa a fragilidade da alma humana perante a

solidão ancestral de cada um. Quando o Amor invade o espírito, nossos

recônditos aclaram, arejam, e as dores armazenadas fogem diante do

calor desconhecido. Contudo, essas dores regressam ao seu domicílio.

Amor também acarreta desespero. Desespero que se torna Alegria por cada

momento em que dois amados se tocam. Desespero que beira a janela do

nosso pensamento, pois a morte da cara-metade transporta sofrimento

directamente proporcional ao Amor que sentimos por esse alguém. O risco

de amar é a separação. Mergulhar numa relação pressupõe a possibilidade

de perda, pois a tragicidade do Amor reside na constatação da Morte

como experiência do limite físico da existência. O espírito sonha com

um plano de permanência e contemplação, mas como lidar com a Morte?

Representará mesmo o fim? Esquadrinhar respostas para sossegar o âmago,

apenas trará mais tribulações. Mas Aronofsky busca a Eternidade. Propõe

que nos libertemos do corpo para nos ocuparmos da Alma, deixando morrer

solicitações do pensamento terreno. Se buscamos o conhecimento puro, o

infinito, a imensidade, não deveríamos examinar a realidade com a Alma?

Deveríamos transpor ciclicamente da esfera do inteligível para a esfera

do sensível. Este sentido de transcendência representa o decifrar do

conceito Platónico, do Amor como princípio metafísico que sustenta

nossa existência, levando-nos a vencer a angústia da Morte e a

compreender o sentido da Vida.

 

The Fountain” é

um Poema divinamente existencialista, imerso em conjunturas meditativas

e contemplativas. Seu sistema de signos articula-se para compor um

discurso. Não é fundamental desvendar todas as suas verdades

camufladas, mas absorver o máximo da expedição que nos imerge pelos

níveis da subconsciência (princípio de qualquer contemplação

artística). “The Fountain” é Romance como Revelação e

Ficção Científica como Oração. Seu conteúdo é imortal. Mesmo quando os

violinos gemem e gritam estridentes num final arrebatadoramente

orgásmico, sente-se a pulsação de uma Obra Transcendental que

sobreviverá para além de uma sala de Cinema, alojando-se no âmago de

quem sorver toda a sua excelência. Darren Aronofsky entoa mantras

que abrem o coração, fazendo o Amor florescer. E se o Amor não

conseguir vencer as dolorosas adversidades deste mundo, pelo menos

poderá transcendê-las.

 

Francisco Mendes, Pasmos Filtrados

 

Sem mais.

 

 

 

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  • Members

Eu até gostei desse filme (compraria o DVD). Achei ele um filme bonito e tudo mais, e os atores estão muito bem, obrigado. Mas o que me incomodou é que ele é assumidamente um "filme malucão" e como tal a gente espera sair do cinema se perguntando "porque aconteceu isso?" ou "porque aconteceu aquilo?", ou seja, a gente espera sair do cinema cheio de dúvidas sobre o que o filme diz, ou pretende dizer. É um filme que tem necessita ter uma "masturbação mental" em cima pra funcionar bem, e não é isso que acontece. Cada cena cada, fala dos personagens, cada coisa maluca que acontece, a gente sabe porque aconteceu e porque está ali. Sem falar que o filme em si traz uma mensagem principal meio simplória (a vida continua depois da morte), e tenta enfeitar de todas as formas essa mensagem, com as maluquices e tudo mais, mas não consegue acrescentar muita coisa.

 

 

 

Mas é um filme assistível, e como disse muito bonito. Nada além disso, infelizmente.

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  • Members
 Exagerei? "O segredo" é melhor?

 

 Tá, meu comentário não conta pq confesso que dei uma ligeria cochilada enquanto assistia...afff!080618
[/quote']


Não, bem pelo o contrário o segredo é uma bosta 06

The Fountain eh top40 meu, 9/10.16

 

 Tá, agora quem exagerou foi vc... aff!

 Como foi dito é um filme assistível, pássavel, nada além.

 

 Tem isso de que qd a gente assiste um filme pela segunda vez, o vê de outra forma... ou não...

 

 By the way, eu não assisti "O Segredo" 0608

 

 
Maria shy2007-08-06 13:59:41
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 Exagerei? "O segredo" é melhor?

 

 Tá, meu comentário não conta pq confesso que dei uma ligeria cochilada enquanto assistia...afff!080618
[/quote']


Não, bem pelo o contrário o segredo é uma bosta 06

The Fountain eh top40 meu, 9/10.16

 

 Tá, agora quem exagerou foi vc... aff!

 Como foi dito é um filme assistível, pássavel, nada além.

 

 Tem isso de que qd a gente assiste um filme pela segunda vez, o vê de outra forma... ou não...

 

 By the way, eu não assisti "O Segredo" 0608

 

 

 

Nem perca seu tempo assistindo 06.
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Eu até gostei desse filme (compraria o DVD). Achei ele um filme bonito e tudo mais' date=' e os atores estão muito bem, obrigado. Mas o que me incomodou é que ele é assumidamente um "filme malucão" e como tal a gente espera sair do cinema se perguntando "porque aconteceu isso?" ou "porque aconteceu aquilo?", ou seja, a gente espera sair do cinema cheio de dúvidas sobre o que o filme diz, ou pretende dizer. É um filme que tem necessita ter uma "masturbação mental" em cima pra funcionar bem, e não é isso que acontece. Cada cena cada, fala dos personagens, cada coisa maluca que acontece, a gente sabe porque aconteceu e porque está ali. Sem falar que o filme em si traz uma mensagem principal meio simplória (a vida continua depois da morte), e tenta enfeitar de todas as formas essa mensagem, com as maluquices e tudo mais, mas não consegue acrescentar muita coisa.

Mas é um filme assistível, e como disse muito bonito. Nada além disso, infelizmente.[/quote']

 

Concordo com vc em relação ao q está em negrito, só não acho q a mensagem seja simplória, mas q pode se tornar simplória dependendo da forma como é trabalhada numa obra. Fonte de Vida não acrescenta muito ao tema, mas ainda assim é um filme bonito, e não apenas em termos visuais.

 
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 É, e ainda tem o Hackman e a Rachel Weiz (sei lá se é assim que se escreve, aff!)

 Virei fã dela depois de assistir "O jardineiro fiel" 10.

 

 Talvez o filme tenha uns simbolismos que faz comque tu precise assistir o filme mais de uma vez p/ digeri-los, assimilá-los... sei lá 17
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 É, e ainda tem o Hackman e a Rachel Weiz (sei lá se é assim que se escreve, aff!)

 Virei fã dela depois de assistir "O jardineiro fiel" 10.

 

 Talvez o filme tenha uns simbolismos que faz comque tu precise assistir o filme mais de uma vez p/ digeri-los, assimilá-los... sei lá 17
[/quote']

 

Eu tbm. Antes disso, eu não sabia q ela sabia interpretar.

 

E é Rachel Weisz e Hugh Jackman. 03

 

Qnd eu assisti, no cinema, um casal sentado atrás de mim ficou conversando o tempo todo, e algumas pessoas riram qnd Jackman começou a chorar.

 

Eu odeio esse povo! 11

 
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EU ri e muito quando vi o Jackman naquela posição budista ou comendo o "semen" da árvore.

Não era pra rir?06

 

Confesso q alguns momentos dessa parte do filme me causaram uma certa estranheza, e mentalmente eu dei uma risadinha. Mas o povo q riu é diferente... Tenho certeza q as risadas surgiram pq era um homem q estava chorando de uma forma nada contida, e não uma mulher. Não é todo mundo q aceita ver um homem numa situação dessas.
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 É, e ainda tem o Hackman e a Rachel Weiz (sei lá se é assim que se escreve, aff!)

 Virei fã dela depois de assistir "O jardineiro fiel" 10.

 

 Talvez o filme tenha uns simbolismos que faz comque tu precise assistir o filme mais de uma vez p/ digeri-los, assimilá-los... sei lá 17
[/quote']

 

Eu tbm. Antes disso, eu não sabia q ela sabia interpretar.

 

E é Rachel Weisz e Hugh Jackman. 03

 

Qnd eu assisti, no cinema, um casal sentado atrás de mim ficou conversando o tempo todo, e algumas pessoas riram qnd Jackman começou a chorar.

 

Eu odeio esse povo! 11

 

 

 Eu sei. Tenho mania de unir o primeiro e segundo nomes qd  não lembro...aff!080618

 

 Eu achei estranho qd flores começaram a brotar da barriga dele...aff!

 Na hora, não consegui imaginar nada filosófico p/ aquilo 17

 

 
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