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Forum Cinema em Cena

Manifestações pelo Brasil


Mr. Scofield
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Não compartilho a opinião. Quem acompanha os movimentos sociais vê que não foi um despertar, pois eles já existiam a muito tempo. E algo desta magnitude não é programa de juventude rebelde não, cara. Olha a dimensão. Nem com o fim da ditadura...

 

E não é desperdício não. O governo fez a gente de palhaço, agora o povo dá o troco e faz o governo de palhaço frente ao mundo inteiro. Só isso já vale a pena...

 

O discurso é bonito, mas inóquo em termos práticos... quero ver ate qdo ele dura. Ja fui bem militante, por anos a fio, pra apenas desanimar (a pto de frustração) cada vez mais com o conformismo da sociedade.  O ativismo deve ser diário e não apenas nestas ocasiões. Passo a bola. Realmente, temos os governantes q merecemos.

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A realidade mostra que sua influencia dessa vez não adiantou em nada. Afinal teve manifestações colossais em quase todas as cidades principais do país de norte a sul mesmo com o repúdio inicial da mídia conservadora.

 

E aconteceu no EUA com occupy wall street, os indignados na europa, a primavera árabe até aqui na América Latina anos antes com as tentativas de golpes na Venezuela, Equador em todos esses lugares adivinha de que lado estava a maioria dos meios de comunicação? Foxnews, CBS, BBC, a Murdocracia era lei. As pessoas viam uma coisa na tela da TV e viam outra no dia a dia e o meio de comunicação mais de acordo com real situação vinha, ou melhor, vazava informações contraditórias no computador.

 

Esses movimentos são muito maiores que nações.

 

 

 

Esse vídeo é para aqueles que ficam no discurso acomodado de não são manifestações legítimas e é sim vandalismo e depois reclama da inação do povo. Como diz o Pírulla25 e outros:

 

“Coerência mandou lembranças”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Até pessoal do Jovem Nerd que não exatamente um site de opinião se manifestou a respeito:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Aqui em curitiba, amanhã terá um novo protesto pacífico, que por sinal, estou pensando em ir dessa vez (não havia ido no primeiro por preocupação de estar vestindo uma camisa do que não acredito, ou estar como peão de massa de manobra). Mas está acontecendo algo legal aqui.

 

O PT marcou na mesma data uma manifestação, e o movimento daqui, esta querendo desmarcar o ato, pra não se envolver com partidos.

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20/06/2013

 às 4:27

Ameaças de agressão e de morte. Ou: Quem tem a simpatia da Globo precisa do apoio até do pequenino Reinaldo Azevedo? Por quê?

 

 

Na segunda-feira próxima, este blog completa sete anos. Nunca, como nesta última semana, recebi tantas ameaças de agressão e de morte. Nunca se enviou pra cá tanta baixaria. Resta-me, como é o normal nesses casos, tomar as devidas providências, o que já comecei a fazer. As mensagens dessa natureza serão enviadas à Polícia — também à Federal, que tem uma divisão que cuida de crimes ligados à Internet. E Por quê?

 

Porque decidi lembrar que o Brasil vive, por enquanto ao menos, num regime democrático, em que vigora o estado de direito. Porque decidi lembrar que ninguém, maioria ou minoria, tem licença para suspender prerrogativas constitucionais. Porque decidi lembrar que, numa democracia, governadores, prefeitos e o(a) presidente da República são autoridades do Executivo legitimamente eleitas.

 

“E então se deve concordar com tudo o que fazem?” Não! Existe um modo de contestar a ordem — que, nas democracias, também pertence ao universo da ordem. O contrário disso é a anarquia.

 

Basta ver o noticiário das TVs, inclusive e muito especialmente o da TV Globo. Não estou fazendo juízo de valor agora. Estou apenas registrando um fato. Se formos transcrever o noticiário da emissora — incluindo o da GloboNews (se alguém dispuser de meios, que o faça para constatar) — e submetê-lo à nuvem de palavras, o par “forma pacífica” vai aparecer enorme, gordão, em letras garrafais. Em segundo lugar, estou certo, aparecerá o advérbio “pacificamente”. Em terceiro, creio, virá “pequeno grupo” — referindo-se aos baderneiros — e, depois, “minoria”, para designar a mesma turma.

 

Isso caracteriza, parece, uma decisão editorial. Estabeleceu-se como linha justa do registro, segundo a qual as manifestações são pacíficas. Ponto final. Agora vai um juízo, sim: NÃO SÃO! Decidiu-se que os que partem para o quebra-quebra são forças que se infiltraram na maioria pacífica. Agora vai um outro juízo, sim: ISSO NÃO É VERDADE!

 

Digam-me uma só democracia do mundo em que levar uma cidade, como aconteceu em São Paulo, à virtual paralisia seja “forma pacífica” de manifestação. A palavra de ordem que convocava o ato falava por si: “Vamos parar São Paulo”. Quem viola um direito fundamental, garantido pela Constituição, de milhões de pessoas não é pacífico. Por que não pediram ao poder público que se isolasse o Vale do Anhangabaú, por exemplo, para que pudesse abrigar os manifestantes?

 

A resposta é simples e óbvia: porque isso não geraria transtornos. Ao causar danos efetivos a milhões de pessoas, pressiona-se o poder público, que é, então, sequestrado pela causa. Assim, paralisar a cidade se insere numa escalada de agressões de que a depredação e o saque são graus mais elevados, mas ainda não o ponto extremo, que corresponde à eliminação do inimigo, à sua morte. Chegou-se perto em São Paulo e no Rio, com a tentativa de linchar policiais. E é esse o teor das ameaças que me fazem.

 

Assim, é evidente que os manifestantes tiveram uma cobertura mais do que simpática da TV Globo e da maioria dos meios de comunicação. Essas são palavras literais da jornalista e apresentadora do Jornal Nacional, Patrícia Poeta, ao se referir à suspensão do reajuste das tarifas em São Paulo e Rio: “Foi uma vitória dos manifestantes que pacificamente foram às ruas nos últimos dias”.

 

Em nenhum momento os representantes do Passe Livre criticaram explicitamente a violência. Ao contrário: um de seus líderes se disse contrário, claro!, ao quebra-quebra, mas classificou os atos de vandalismo de “revolta popular”. E acabou! Ontem, Mayara Vivian pôde anunciar em rede nacional que a luta continua, agora pelo passe livre mesmo e também contra o latifúndio urbano e rural. Hoje, haverá a festa da celebração da irracionalidade. Mas já comecei a tratar de questões que são de outro post.

 

É bem verdade que este blog passou, ontem, das 300 mil visitas e que posts são reproduzidos por centenas, talvez milhares, de outros blogs. Mas sou pequenino perto da Globo e das demais emissoras de TV, certo? Então esse valentes, que lutam por um mundo melhor — embora os jornalistas precisem se esconder deles, mesmo lhes dando apoio —, não podem conviver com uma ou duas opiniões contrárias? Assim como se negam a negociar (ou levam tudo ou param a cidade), não aceitam que alguém discorde de sua causa e métodos? Pois é. Parece que, no mundo desses patriotas, a liberdade será sempre a liberdade de quem concorda. “O movimento não pode ser responsabilizado pelas ameaças.” Não? Que sentimento e que moral estão sendo mobilizados?

 

Considero uma espécie de mimo da inocência achar que estamos diante de uma “virada interessante” no clima do país. Trato disso em outro post, também desta manhã-madrugada. Não estamos, não! Não do jeito como se estão fazendo as coisas.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que viola um direito fundamental da Constituição.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que torna o país mais intolerante com a divergência.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que obriga o poder público a tomar uma decisão irracional.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que tem como horizonte tornar o individuo ainda mais dependente do estado.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que agride severamente investimentos, que poderiam gerar mais emprego, renda e benefícios para a população.

 

Eu jamais apoiarei um movimento que não reconhece a existência das instâncias institucionais.

 

“Ah, mas o PT também está se dando mal”, dirá alguém. Que se consolide aqui e para sempre uma coisa importante: AS ESCOLHAS DOS PETISTAS NÃO CONDICIONAM AS MINHAS ESCOLHAS. Eles não servem nem para definir o que eu NÃO PENSO, entenderam? Ah, sim: acabei não respondendo a pergunta. Por que precisariam da opinião favorável até do Reinaldo Azevedo? Porque são incapazes de ouvir um “não” e de conviver com o contraditório.

 

Por Reinaldo Azevedo

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Democracia não é ir lá só votar na urna. Também é questionar em quem você votou nas últimas eleições. Logo o protesto é válido sim.

 

COPA DAS CONFEDERAÇÕES Intolerância da polícia e a tolerância da imprensa

Por Dioclécio Luz em 18/06/2013 na edição 751

 

No sábado (14/6), na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, a Polícia Militar caiu batendo sobre um grupo que protestava contra os custos da Copa. Uma boa parte eram estudantes universitários. Não houve negociação. A PM determinou que o grupo não poderia se aproximar do estádio, fechou um círculo sobre eles e, não satisfeita, lançou gás lacrimogêneo e atirou com balas de borracha. Por fim, deteve duas dúzias de jovens. Qual a acusação? Bem, pode se inventar algo como “tentativa de atrapalhar as festas dos ricos”. Ou, então, “tentativa de fazer algo que a polícia de Brasília não gosta, manifestar-se contra o poder instalado”. Talvez se apele para o velho e mofado bordão que protege os que abusam do poder: “Teje preso por desacato à autoridade”.

 

A bem da verdade, o crime de “desacato à autoridade”, estabelecido pelo Código Penal, costuma aparecer quando o poder público abusa ou quando surge uma reivindicação cidadã. Por exemplo, tudo que é repartição pública que presta um serviço de quinta categoria tem lá a sua placa ameaçando os possíveis críticos. Todo hospital público que atua mal e porcamente (e são muitos no Brasil) expõe cartazes com esta ameaça. Os jornalistas que atuam na linha de frente das investigações, os que questionam o poder, vez ou outra são detidos e indiciados por “desacato à autoridade” – é a panacéia para o poder se impor diante de quem ousa lhe questionar.

 

É claro que, conforme a Constituição brasileira, constitucionalmente todos têm direito a se reunir e se manifestar. Nenhum poder pode impedir isso. A não ser, claro, o poder da bala. E foi o que se usou. Questionar esse método é também desacato...

 

Força vs. inteligência

 

A PM de Brasília, a bem mais paga do país e, ao que parece, tão despreparada quanto as outras, tem um histórico de intolerância com os jovens. Há cerca de três anos um grupo tentou impedir a transformação de uma pequena área indígena num bairro de elite, o Noroeste. A PM foi para cima e saiu batendo nos garotos. A repercussão na imprensa foi pequena porque uma parte dessa imprensa já tinha negócios com as empreiteiras.

 

Em 2010, quando o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda estava prestes a ir para cadeia por conta de tramoias, essa mesma PM foi para cima dos manifestantes que pediam sua saída – a cavalaria lançou-se sobre a garotada deitada no chão. Se um cavalo pisoteia a coluna de uma pessoa ela podia morrer ou ficar paralítica para o resto da vida. As imagens do caos provocado pela polícia mostram que isxo poderia ter acontecido.

 

Há também o caso do “Galinho de Brasília”, um pequeno bloco de frevo inspirado no “Galo da Madrugada” do Recife, que ao encerrar seu desfile no carnaval de 2008 teve os foliões atacados por um arrastão policial. Na rua transitavam crianças, idosos, mulheres, mas como veio a ordem de limpar a via deu-se o caos: gás, tiros de festim, balas de borracha, correrias, espancamentos...

Na abertura da Copa das Confederações, como aconteceu em outras praças do país, mais uma vez houve enfrentamento da polícia com os manifestantes. Talvez em virtude do seu treinamento militar, a polícia não se pergunta sobre a real dimensão do problema – ao seu modo, ela foge do problema. Porque em Brasília certamente esses manifestantes que eram contra, principalmente, os gastos na Copa, não poderiam causar danos materiais ou às demais pessoas. Era, fundamentalmente, um ato simbólico. Eram senhoras, senhores, jovens estudantes. Ninguém estava armado com fuzis, metralhadoras, bazucas... Isto é, não era uma guerra.

 

Poderia ter alguém planejando um ato violento? Sim, é possível. Mas para isso existe os serviços de Inteligência. Basta alguém se infiltrar para identificar os possíveis “baderneiros”. Por que a polícia não usou a inteligência e apelou para força bruta é algo que merece ser avaliado pela imprensa. Aliás, por que a polícia de Brasília adotou como prática apelar para força bruta ao invés da inteligência?

 

Outra pauta

 

O ato simbólico da garotada era legal, justo e cidadão. Ao invés de bater em quem não tinha como se defender, a polícia deveria defender e apoiar esse grupo. O que o governador Agnelo Queiroz está fazendo, além de enterrar o Partido dos Trabalhadores, ainda não foi dito pela imprensa local que tem lá suas razões (financeiras?) para se associar a esse governo. Os manifestantes questionavam, por exemplo, o fato de o Governo do Distrito Federal (GDF) investir tanto na Copa, mas oferecer um dos piores serviços médicos do país. Questionavam o transporte público na capital do país: os ônibus são sujos, lotados, não cumprem horários e costumam quebrar. Se parte da imprensa local opta por defender o governador, muitos brasilienses sabem disso. E uns poucos foram à rua protestar. O problema é que esse protesto poderia atrapalhar a festa do governador Agnelo, da presidente Dilma Roussef, e do chefe deles todos, Joseph Blatter, presidente da Fifa. E isso eles não iriam tolerar. Por isso mandaram a polícia sobre a garotada.

 

Conforme a rádio BandNews, na manhã do dia 14/6 os dois grupos – polícia e manifestantes – haviam se desentendido. Diz o repórter que, quando tudo parecia em paz, um dos manifestantes ofereceu uma flor ao policial. O militar não tolerou aquilo que, para ele, era uma provocação. Na verdade, receber uma flor não pode ser entendido como provocação. A princípio é um gesto de paz em qualquer lugar do mundo. E mesmo que, no extremo, fosse um deboche, um policial não deveria se descontrolar. A tropa ainda precisa ser treinada naquilo que é fundamental para um agrupamento militar: tolerar e saber como agir, se provocada. O policial, no caso, mostrou que não sabe como reagir nesses momentos de tensão. Na verdade, é uma péssima lição para a sociedade – se o policial não sabe como agir em momentos de tensão, que dirá o cidadão comum? Se o relato do repórter exprime a realidade, certamente a PM não está preparada para lidar com manifestações contrárias ao poder.

Mas, e quanto às críticas dos manifestantes. Têm fundamento? E se tem fundamento o que a imprensa apurou e denunciou?

 

Conforme o noticiado, o Ministério dos Esportes gastou R$ 26 milhões somente na preparação dos voluntários da Copa das Confederações da Fifa. Voluntárias são aquelas pessoas que toparam trabalhar de graça para a Fifa, a empresa bilionária que está promovendo o evento no Brasil. Mas isso é outra história. Outra pauta...

 

O Brasil, com dinheiro público, construiu uma dezena de estádios de futebol para os eventos da Fifa. Somente no Estádio Nacional de Brasília, o país investiu R$ 1,2 bilhão, segundo as fontes oficiais, ou R$ 1,6 bilhão segundo fontes reais. E não está pronto ainda. Consta que ainda é preciso fazer um túnel entre o Centro de Convenções – onde será instalado um comitê de imprensa – e o estádio, para que os jornalistas não se exponham ao sol e ao vento na caminhada de 100 metros entre os dois espaços. Também falta construir o estacionamento, fazer o paisagismo... O que vai custar mais R$ 350 milhões, ou algo assim. Aposte no “algo assim”, porque esse estádio deveria custar R$ 750 milhões, mas recebeu aditivos financeiros e chegou ao bilhão anunciado. É o estádio mais caro do Brasil.

Talvez depois de alguns meses ele tenha o mesmo destino inglório do Maracanã. Construído na década de 1950 para abrigar a Copa do Mundo, graças ao esforço do pernambucano Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues, o Maracanã não é mais nosso. Depois de ter recebido algo em torno de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ele foi cedido ao nosso grande ícone capitalista, o nosso Tio Patinhas, Eike Batista. Mas isso é outra história. Ou outra pauta...

 

Vaias certeiras

 

No Estádio Nacional Mané Garrincha os gastos não se encerram. A cada evento mais recursos públicos são injetados. Por exemplo, para o jogo do Brasil contra o Japão, havia um contingente de, pelo menos, 2.500 policiais militares. Qual o custo disso? Considerando que se trata da força policial mais cara do Brasil, com salário médio de R$ 4mil...

 

Há outras contas. Considere-se que trabalhou a Polícia Militar, o Detran, os Bombeiros, a Polícia Federal e até o Exército. Adicionem-se os gastos com combustíveis das viaturas, deslocamentos, e até a manutenção de um ou dois helicópteros sobrevoando - por mais de 4 horas - as imediações do estádio. Esta conta (gastos públicos) ainda não foi feita. E não se encerra aí. Como a Fifa receia atos terroristas, mandou o governo federal adotar medidas para que isso não aconteça. Obediente, o Brasil teve que comprar uma série de artefatos ultrassofisticados de controle de segurança e, consta, até dispositivos antimísseis. Esses equipamentos, dentro do mercado da morte, digo, mercado de armas, mede-se em milhões e bilhões de dólares. Considere-se também que, há meses, muitos funcionários do governo federal e distrital dedicaram-se exclusivamente à Copa.

 

Sim, são duas Copas: há essa agora, a “das Confederações” e a outra, a “do Mundo”. A duas são da Fifa. Isto é, a bilheteria é dela. O Brasil entra com os estádios, infraestrutura, pessoal... enfim, com tudo. O Estado dá o circo e eles faturam com o espetáculo.

 

O que o país ganha com isso? Os grandes negociantes vão faturar bastante; os pequenos ficam com as sobras do banquete. A população ganha o espetáculo do circo, o efêmero, um carnaval sem marchinha. Selecionado. Quem quiser entrar no circo – construído com recursos públicos – vai ter que pagar caro pelo abadá, muito caro. Pobre que vá engolir pela TV o discurso míope e moralista de Galvão Bueno, narrando um jogo que não é aquele que passa à sua frente.

 

Se esses são fatos, por que a maioria da imprensa é tão tolerante com a farta distribuição de dinheiro público para um evento de caráter privado? Por que tolerou compras sem licitação, quebrando uma regra de transparência (constitucional) na administração pública? Por que aceita que o Estado se humilhe às condições impostas pela Fifa? A imprensa não deveria ser tolerante com esse tipo de coisa. E a polícia deveria ser tolerante de quem se organiza e questiona tudo isso. Os manifestantes estavam do lado da lei, da transparência, na defesa do bem público. A polícia deveria – sempre – estar ao lado de quem faz isso.

 

Quanto à seleção brasileira. Por conta da TV Globo, dos negócios e dos negociantes, dessa política e de alguns empresários, o futebol enquanto paixão está em plena decadência. O povo não é bobo. Daí as vaias para Joseph Blatter, Dilma Roussef e a polícia de Brasília. O que fazem os manifestantes em todo país é alertar sobre isso.

***

Dioclécio Luz é jornalista, mestre em comunicação pela UnB, autor de A arte de pensar e fazer rádios comunitárias

 

Link.: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed751intolerancia_da_policia_e_a_tolerancia_da_imprensa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Coisas notadas por mim:

 

1) Pessoas tentam desesperadamente explicar o movimento. Falam que tem político infiltrado, falam que tem manobra de massas, fala que os estudantes não sabem o que querem, falam que os anti-dilmistas estão coordenando a festa, que os vândalos já dominaram o movimento etc, etc.

 

Opinião: provavelmente todos estão um bocado certos. O movimento é complexo demais para a compreensão, mas existem algumas inferências lógicas. Por exemplo, é LÓGICO que vândalos e oposicionistas tentarão ou se aproveitarão do caso. Uma bactéria vai crescer se o ambiente for favorável.

 

2) O "Fora Dilma".

 

Opinião: A figura da Dilma ou do PT não dariam NUNCA conta de explicar as problemáticas crônicas a que as pessoas fazem referências a todo o momento. Até porque ela tinha outro dia um índice assombroso de aprovação. Falam em saúde, segurança, educação, que indicam a falência da instituição governo e não de partidos políticos ou figuras públicas específicas. Outra condição óbvia é que as tarifas de transporte coletivo estão mais ligadas ao governo local, que é por natureza multifacetado e plural quando considerado no país inteiro.

 

3) "vou criar uma teoria da conspiração para explicar"

 

Essa ninguém merece. É propagada aos montes por aqueles que surgem do anonimato para iluminar todo mundo com uma visão xuperishperta do fenômeno. Todo mundo é burro e massa manipulada inocentemente pela globo, pelo PSDB (cujo nome É a oposição e personifica todos os que não gostam do governo) e pelo PT (sim, o próprio PT por um mecanismo grotesco de inteligência que ninguém entendeu como funciona). Não não que nego a existência de pessoas que servem a esse propósito, mas claramente não são as únicas no movimento.

 

4) Vou fazer a maior manifestação nacional

 

Botar para quebrar e dar de revoltadinho porque minha cidade vai mostrar para o mundo que somos foda. Sim, eles existem.

 

5) Quero casa, comida, roupa lavada e um programa na TV patrocinado pelo governo.

 

Afinal, ele pode, né. Muitos não têm a MENOR ideia do papel do governo na sociedade, para que serve e como age, bem como a menor ideia da limitação de recursos com o qual lida. Acredita que é fonte de recursos inesgotável e acha que se a corrupção acabasse TODAS as demandas infinitas da sociedade seriam atendidas instantaneamente. Costumam ser os mesmos que adoram distribuição de renda desde que não mexam com seus bolsos.

 

Ao meu ver...é extremamente prematuro tentar entender como o movimento foi formado, por quem, o que busca e o que vai conseguir. As demandas são extremamente difusas, podem ou não vir a ser polarizadas por grupos e obter resultados concretos ou se esvair pelo cansaço. PODE ser mais fácil analisar depois dos resultados daqui a um tempo, como ocorreu com o impeachment do Collor cujos papéis dos diversos atores foram (conforme muitos especialistas), no mínimo, bastante distintos do que era comentado na época.

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Só uma coisa, o movimento inicialmente foi formado pelo MPL e pelos partidos de extrema esquerda, como o PSTU... Tanto que é só ver que desde sempre que ocorreram manifestações em prol de qualquer coisa social e que contava apenas com a adesão de meia duzia de pessoas esses partidos estavam envolvidos...

 

Aí começou à ganhar força nas redes sociais, combinou com uma série de insatisfações engolidas à seco durante anos e nos últimos anos e o o barril de pólvora se formou e está explodindo...

 

Se tornou a manifestação com o mote propagado: "Não são apenas os 0,20 centavos"

 

Começou-se então à misturar tudo, direita-fascismo-reacionários-esquerda-golpistas-etc-e-tal, com um monte de embates surgindo em que pessoas pedem impeachment da Dilma, Alckmin e por aí vai... Mesmo que à força...

 

É notório que é uma incógnita se essa manifestação será bem direcionada e se conseguirá ser direcionada, mas é fato que muitos estão indo pelo oba-oba e falando asneiras atrás de asneira e agindo como reacionários-fascistas...

 

Afinal, querer destituir um governo eleito democraticamente é golpe de estado, e não é solução.

 

Tem que haver troca, não destituição, e de 2 em 2 anos temos chance em esferas maiores e menores de fazer isso...

E o povo tem culpa nisso, já que fazem décadas que nas votações se resume à polarização PSDB-PT-PMDB ou votos "manifestos" em Tiririca, candidatos famosos ou não tão famosos ou corruptos, como família ACM e por aí vai...

 

Então o que eu acho que seria o caminho não é destituir governo, apenas forçá-los à reorganizar a política de forma que corrija erros existentes e evite que eles se repitam....

 

Uma reforma política no caso é o ideal, na minha opinião....

 

E reforma política não é destituir um governo eleito democraticamente, é reestruturar a política existente.

 

Nessa reforma acredito que alguns pontos devem ser: Fim do foro privilegiado, fim da reeleição, fim do quociente eleitoral (Voto no A que sendo mais votado, leva com ele o B e o C que eu nem sei quem são), proibição das votações em benefício próprio além da revisão dos existentes (auxílio palitó, moradia etc e tal), proibir mudanças de partido após eleito, enxugar o número de partidos políticos, permitir que qualquer um possa expor sua preferência política, inclusive mídia e pessoas públicas, permitir que qualquer um possa se candidatar, desde que preenchido alguns requisitos mínimos e por aí vai...

 

Esses são o que lembro de cabeça agora...

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E mais, começa pela reforma política, passa pela tributária, pela criminal etc e tal...

Visando minimizar todos os absurdos que se vê todo dia...
Se várias coisas precisam ser consertadas deve ser uma de cada vez, tudo ao mesmo tempo só atrapalha...

 

Pena que a principal coisa que ajudaria à consertar as demais é educação, e isso falta muito no Brasil...

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E essa história de que estamos repetindo 1964???? Sei que postei uma imagem sugerindo isso na outra página, mas parece que tem muita gente levando a sério...

 

 O Pablo é um deles:

 

203609_248620111909889_1439307657_q.jpg
Pablo Villaça
há 10 horas via celular
 
1a fase do movimento: demandas dos ativistas do MPL organizadas e manifestações envolvendo elementos com organização e ideologia.

 

2a fase: no QUINTO ato, ações brutais da PM e a liminar da justiça mineira provocam revolta e as manifestaçoes inflam em todo o país.

 

3a fase: as manifestações viram point, tornam-se moda, viram balada. Manifestantes que protestam embriagados e gritam slogans genéricos.

 

4a fase: a grande mídia e os reacionários "abraçam" o movimento e passam a influenciar a pauta. Surgem gritos para derrubar o governo.

 

5a fase: ativistas políticos de esquerda e MPL tentam retomar foco dos movimentos. São recebidos com hostilidade e gritos de "sem partido". 

 

6a fase: confrontos entre os grupos de manifestantes. A violencia tambem envolve a PM, que torna-se cada mais violenta.

 

7a fase: num ciclo de retroalimentação, a violencia se generaliza, se intensifica. 

 

8a fase: cria-se um cenario politico insustentável. Não há como acalmar manifestantes, já que estes não têm demandas específicas.

 

9a fase: golpe. 

 

Estamos entrando na 7a fase.

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Muita gente tem dito que não é apenas por 0,20, mas contra a corrupção, etc.

 

E esse é o problema.

 

Se manifestar contra a corrupção não adianta nada, mesmo se fossem 10 milhões. Isso é muito genérico.

 

Se os protestos fossem contra OS corruptos, dando nome aos bois e exigindo punição, aí sim poderia resultar em algo positivo.

 

Além da luta e "conquista" em relação as passagens (não ficou claro qual é o impacto disso no orçamento público), não tem foco.

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Aqui em RP, durante uma  manifestação de 3 horas na Fiusa, sem nenhum incidente, tudo lindo, um insano, mesmo sendo orientado por uma moça sobre qual rua estaria desocupada, lançou o carro sobre  ela e continuou, atropelando as pessoas deliberadamente.

 Não ficou com medo do revide das quase 22 mil pessoas, o carro era blindado. Pelo visto, nem medo da justiça, já que tem mais de 20 processos nas costa.

 

Que marchem contra a impunidade tb.

Antes que tais pessoas, queimadores de índio vire algo banal por aqui.

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A questão é que são muitos nomes, portanto apontar nomes não é bem o caminho...

Acredito que alguns até podem ser tirados do cargo, como Renan Calheiros, Genoíno e etc... Mas o foco continuo afirmando que deveria ser a reforma política que citei anteriormente, tirando alguns poderes que facilitam a manutenção de pessoas corruptas no poder e impunidade...

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Aqui em RP, durante uma  manifestação de 3 horas na Fiusa, sem nenhum incidente, tudo lindo, um insano, mesmo sendo orientado por uma moça sobre qual rua estaria desocupada, lançou o carro sobre  ela e continuou, atropelando as pessoas deliberadamente.

 Não ficou com medo do revide das quase 22 mil pessoas, o carro era blindado. Pelo visto, nem medo da justiça, já que tem mais de 20 processos nas costa.

 

Que marchem contra a impunidade tb.

Antes que tais pessoas, queimadores de índio vire algo banal por aqui.

 

 

Como disse, não adianta nada tirar os corruptos e continuar havendo impunidade e votando em outros tão corruptos quanto... Nem a esquerda nem a direita são salvação...

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Só uma coisa, o movimento inicialmente foi formado pelo MPL e pelos partidos de extrema esquerda, como o PSTU... Tanto que é só ver que desde sempre que ocorreram manifestações em prol de qualquer coisa social e que contava apenas com a adesão de meia duzia de pessoas esses partidos estavam envolvidos...

 

Aí começou à ganhar força nas redes sociais, combinou com uma série de insatisfações engolidas à seco durante anos e nos últimos anos e o o barril de pólvora se formou e está explodindo...

 

Se tornou a manifestação com o mote propagado: "Não são apenas os 0,20 centavos"

 

Começou-se então à misturar tudo, direita-fascismo-reacionários-esquerda-golpistas-etc-e-tal, com um monte de embates surgindo em que pessoas pedem impeachment da Dilma, Alckmin e por aí vai... Mesmo que à força...

 

É notório que é uma incógnita se essa manifestação será bem direcionada e se conseguirá ser direcionada, mas é fato que muitos estão indo pelo oba-oba e falando asneiras atrás de asneira e agindo como reacionários-fascistas...

 

Afinal, querer destituir um governo eleito democraticamente é golpe de estado, e não é solução.

 

Tem que haver troca, não destituição, e de 2 em 2 anos temos chance em esferas maiores e menores de fazer isso...

E o povo tem culpa nisso, já que fazem décadas que nas votações se resume à polarização PSDB-PT-PMDB ou votos "manifestos" em Tiririca, candidatos famosos ou não tão famosos ou corruptos, como família ACM e por aí vai...

 

Então o que eu acho que seria o caminho não é destituir governo, apenas forçá-los à reorganizar a política de forma que corrija erros existentes e evite que eles se repitam....

 

Uma reforma política no caso é o ideal, na minha opinião....

 

E reforma política não é destituir um governo eleito democraticamente, é reestruturar a política existente.

 

Nessa reforma acredito que alguns pontos devem ser: Fim do foro privilegiado, fim da reeleição, fim do quociente eleitoral (Voto no A que sendo mais votado, leva com ele o B e o C que eu nem sei quem são), proibição das votações em benefício próprio além da revisão dos existentes (auxílio palitó, moradia etc e tal), proibir mudanças de partido após eleito, enxugar o número de partidos políticos, permitir que qualquer um possa expor sua preferência política, inclusive mídia e pessoas públicas, permitir que qualquer um possa se candidatar, desde que preenchido alguns requisitos mínimos e por aí vai...

 

Esses são o que lembro de cabeça agora...

 

Só para não deixar fora da página atual. Isso tem que ser lido. Excelente comentário do Saga.

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Existe um tênue porem visível linha de intolerância entre apartidário e antipartidário.

O que eu quero dizer que tudo bem ser contra partido, mas usar isso como resposta de rasgar bandeiras e violência contra os mesmos? Isto é intolerância típica e previsível da extrema direita.

 

Cadê é contra violência?

 

E o oportunismo não é da esquerda e sim de grupos radicais intolerância soltos ai. Vi à esquerda e os anarquistas sempre estiveram lá para dar sua cara à tapa por questões do povo, como passe livre. E o Movimento Passe Livre não foi diferente em SP e RJ Basta buscar no histórico dos movimentos.

 

Quem nunca estava lá e agora faz questão para anteder seus interesses mesquinhos como muitos conservadores do poder da direita reacionária e a extrema direita.

 

A mesma direita que lucra com empresas de ônibus, transporte, está muito mais envolvida com corrupção, grupos de intolerância contra índios, negros e homossexuais. É essa mesma muito bem apoiada pela mídia Globo, Band, Veja, Folha de SP entre outras. Veja o histórico de ambos e quem de fato está engajado pelos direitos de melhores condições de vida ou do povo. E veja bem não estou dizendo para votar na próxima eleição na esquerda e seus partidos. Mas é bom saber quem de fato começou isto e quem são os oportunistas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manifestações foram ocupadas por extrema-direita brasileira, diz professor da PUC

Jurista Pedro Serrano afirma que o caráter antipartidário da manifestação de ontem representa postura golpista de setores conservadores paulistanos
 
 
por Júlia Rabahie, da RBA publicado 21/06/2013 15:00, última modificação 21/06/2013 15:27
 

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Danilo Ramos/RBA

 

 

São Paulo – O jurista e professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Pedro Serrano disse hoje (21) que o movimento de manifestações que tomaram as ruas de São Paulo nas últimas semanas, deflagrados pelo aumento das passagens de ônibus, trens e metrô da cidade no último dia 2, foi ocupado pela extrema-direita do país. “As violências que ocorreram ontem demonstram que o movimento vem sendo ocupado por fascistas, neonazistas ou a extrema-direita brasileira, e o problema da direita brasileira, ao contrario da direita europeia e norte-americana é que ela é uma direita que não aceita o processo democrático.”

 

Na manifestação realizada ontem (20) na avenida Paulista, inicialmente organizada para comemorar a revogação, na véspera, da tarifa das passagens, anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT), bandeiras de partidos políticos foram queimadas e militantes de movimentos sociais foram hostilizados por manifestantes que gritavam frases como “sem partido” e “meu partido é meu país”. O movimento negro Uneafro teve uma de suas bandeiras rasgadas e militantes do movimento feminista Marcha Mundial da Mulheres (MMM) foram agredidos.

 

O discurso do apartidarismo, segundo o professor, na realidade esconde um caráter antipartidário e intolerante dos manifestantes. “A direita no Brasil não tem um partido claramente de direita, não participa da disputa social de ideias, não participa do processo democrático de maneira clara. Ela encontra subterfúgios discursivos para justificar atitudes golpistas.” Serrano também criticou o linchamento de partidos políticos e movimentos sociais organizados do ato e a depredação do Palácio do Iatmaraty, em Brasília, durante manifestação que também ocorreu ontem.

 

“São atitudes fascistas expulsar bandeiras de partidos políticos, que inclusive estavam desde o começo do movimento participando. Depredar órgãos públicos, inclusive um simbólico que é o Itamaraty, órgão que estabelece mecanismos pacíficos de relação entre os povos. Por trás do apartidarismo e do apoliticismo na realidade há uma postura antiga do Brasil, das nossas elites, que é uma postura golpista contra as conquistas sociais que o processo democrático trouxe ao país, e isso é muito perigoso”, comentou Serrano.

Novas demandas

O Movimento Passe Livre (MPL), responsável pela convocação dos atos pela revogação do aumento das passagens, foi elogiado por Serrano por trazer novas demandas à sociedade e aos governantes em geral. O MPL divulgou hoje em nota que não irá mais participar dos atos que estão sendo convocados pela internet, que levantam bandeiras genéricas como mais educação, mais saúde e o fim da corrupção, e estão trazendo à tona um discurso conservador. O professor da PUC aponta uma crise de legitimidade no modelo político representativo entre os jovens que inicialmente tomaram as ruas contra o aumento.

 

“O restante do movimento, o Passe Livre, a gente tem de refletir que eles têm uma demanda adequada. Há um problema de legitimidade da representação no sistemas democráticos do mundo. Quem recebe o mandato público, ao passar a exercê-lo, passa a atender mais a interesses particulares que os interesses de quem o elegeu. Essa meninada se revolta contra isso, e temos de absorver essas criticas , incorporá-las e ver como mudar isso, para poder sobreviver à ameaça à democracia.”

 

Link.: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2013/06/movimento-foi-ocupado-por-extrema-direta-brasileira-diz-professor-da-puc-6580.html

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