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Forum Cinema em Cena

True Detective


jujuba
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Concordo ctg, Graci.

Grande parte da primeira temporada ter sido estupenda se deveu a química entre os protagonistas e muito, mas muito tb ao talento de  McConaughey.

Não é pra qquer ator fazer ser bem sucedido em cenas longas, praticamente monólogos imensos como os  de McConaughey o que tornava  o ritmo da série bem lento e ainda assim,  sei lá,  tudo funcionou nessa série.

 

Tipo "Fargo", sabe-se lá como se sua segunda temporada será tão perfeita como a primeira, se bem que as chances são maiores, se tiverem os mesmo elenco.

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  • 3 weeks later...
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bem, visto os primeiros dois ep.

atores em excelentes atuações, cada um no seu quadrado de problemas gigantescos..

a história ta no começo ainda, então ainda tem muita coisa, que vai feder..

musica e cenários perfeitos..

se analisarmos cada temporada isolada, vamos gostar muito..

nada de comparações, por enquanto será melhor para acompanharmos com interesse!!

para mim foi 7/10

;)

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Concordo, vi os dois prontos e estou gostando bastante. Tem muita coisa acontecendo. Estão todos nem destaque pro Colin Farrel.

 

A Ana Maria Bahiana falou para nós ligar-nos nas musicas que tocam no bar onde o Farrel enche a cara. As letras ditam o que está acontecendo

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Adorei, masss deve ser pq não estou comparando as duas temporadas.

São tão diferentes que não consegui associá-las, não.
 

Gosto tremendamente de personagens torturados em conflito com eles mesmos e isso acontece com os 4 protagonistas.

 

SPOILER:

Meu! diz a lenda que tiro de 12 mata... dois tiros de 12 mata mesmo... e a queima roupa mata pra caramba!

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  • Members

Eu gostei dos dois primeiros episódios... Embora ainda tenha "filosofadas" dos personagens, elas não estão tão constantes, até o momento, como na temporada anterior...

 

Acho meio besta ficar falando que essa temporada está inferior a anterior, já que são histórias completamente diferentes que apenas envolvem uma coisa em comum, se tratarem de histórias sobre detetives...

 

Ficar batendo nessa tecla como alguns fazem, como justificativa de abandonar ou criticar... Abandona prq a temporada ta ruim, não prq a anterior foi melhor e perfeita e mimimi...

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  • Members

Eu nã me lembro, ams acho que não demorei tanto assim pra ser fisgada pela história na primeira temporada.

Os dramas de todos ali tá tão barulhento que o crime em si parece pano de fundo.

Não que isso seja ruim, só diferente e mais lento.

Lá vamos para o terceiro e ... sei lá...

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De fato.

Talvez essa missão de persona  estranha seja de Farrell... massss não acredito que o feito de Mcconaughey, algo do tipo de nos hipnotizar com longos monologos será repetido aqui.

Talvez (2), será dificil alguém se sobressair nessa temporada pq estão todos os atores muito bem.

 

Depois do terceiro eppy, meu personagem preferido é o impotente/potente Woodrugh.

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Caras, ouso dizer que o personagem dele é o mais complexo das duas temporadas. 

To achando demais essa temporada. O ritmo tá na medida certa de criar expectativas, e deixar a gente um pouco a frente dos protagonistas em todas as situações.

Atuações irrepreensivas do Farrel e do Kistch. Este segundo vivendo um dilema SINISTRO, entre assumir sua sexualidade além de todos os traumas da guerra.

Muito tesão.

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Pelo que vejo as críticas sobre a série são mais por conta do personagem do Vince Vaughn, o Frank...

Eu estou gostando da atuação dele, o personagem é interessante, mas se a série é "Detetives Reais" este personagem é dispensável como um dos "protagonistas"...

 

Não precisa aprofundar nas suas razões, nos seus dramas, nas suas filosofadas, relações etc...

 

Este personagem parece uma peça aparentemente igual que você acha que encaixa no quebra cabeça que está sendo montado, mas que no final faz parte de um outro quebra cabeça bem diferente...

 

Não digo que o personagem não deveria existir, apenas digo que deveria ser bem limitado o seu tempo de tela para momentos de interações com os verdadeiros detetives...

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Muito show esse quinto episódio! 

 

Só continue quem já assistiu...

 

,,,

 

,,,

 

 

Acredito que o Frank deu o nome de um Zé Ninguém pro Velcoro, dizendo que era o sujeito que estuprou a esposa dele.

 

Consequentemente o Velcoro matou o cara errado.

 

Ou seja, Velcoro cedeu para o dark side e virou capataz do Frank baseado numa mentira deste.

 

Agora ele tá put# da vida com o Frank!  :D

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  • 2 weeks later...
  • Administrators

Eu gostei..achei animal...também achei a trama complicada em alguns momentos. Mas nada que atrapasse a temporada. Personagens trágicos com fins trágicos. O Velcoro por exemplo. No único momento de um vislumbre de felicidade. ele nem conseguiu expor seus sentimentos para Bezzerides. Mas quem mandou bem no final foi Vince, ele ja vinha numa crescente e a cena do deserto fechou belissima. O ator Vicen Vahgan subiu bem no meu conceito. Destaque a a esposa dele, a Jordan, que mulher fiel, cara. O dialogo deles na despedida quando Vince disse que a econtraria em duas semanas foi belissimo.

 

O Pablo fez um puita review da série.

 

 


 

A máxima felicidade que um personagem que habite um universo noir pode esperar são alguns minutos segurando a mão de uma quase estranha que divide seus dilemas enquanto ambos se encontram em um quartinho escuro, claustrofóbico e triste. Um sorriso no noir antece a tragédia; um suspiro de esperança prenuncia o pior destino possível.

 

Neste sentido, a segunda temporada de True Detective faz infinitamente mais jus ao gênero no qual se insere do que a primeira.

 

Não que seja melhor: a anterior, protagonizada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, era mais coesa e permitia um envolvimento maior por parte do público por se concentrar em um número menor de personagens, por ter uma trama (bem) mais simples e por sugerir elementos sobrenaturais que, em certos momentos, pareciam aproximá-la mais de Coração Satânico do que de Pacto de Sangue.

 

Em contrapartida, a história contada pelo criador Nic Pizzolatto em sua nova temporada parecia determinada a levar o próprio Raymond Chandler a balançar a cabeça e perguntar o que diabos estava acontecendo – Chandler que, vale lembrar, não soube responder quem havia matado determinado personagem em seu livro que inspirou À Beira do Abismo quando os roteiristas que o adaptaram (e um deles era William Faulkner!) ligaram para esclarecer a questão que também os confundia. Tramas complexas, portanto, fazem parte da alma do noir – e, mais do que isso, tramas que começam a partir de um incidente simples, mas que levam a repercussões cada vez maiores até que atingem um ponto no qual nem mesmo os personagens sabem dizer de que lado estão.

 

Como, por exemplo, o assassinato de um sujeito que, ligado ao prefeito de uma cidade corrompida, a especuladores imobiliários e a um ex-mafioso local, vira um cadáver com os olhos derretidos por ácido, o pênis estraçalhado por um tiro e sentado num banco no meio do nada. Para investigar o crime, um policial da cidade, uma de Los Angeles e um patrulheiro rodoviário são escalados em uma força-tarefa que aos poucos descobre ramificações que envolvem festas luxuosas frequentadas por milionários e prostitutas, a poluição proposital de terras antes produtivas para fins de especulação (uma subtrama com ecos de Chinatown), 5 milhões de dólares roubados de um bandido, um antigo roubo de diamantes que resultou na execução de um casal, o desaparecimento de uma bela imigrante, um antigo estupro e disputas entre mafiosos armênios, russos e mexicanos.

 

Complexo? Sim. Confuso? Por vezes. Mas nada que não tenha se tornado perfeitamente claro nos dois episódios finais.

 

A trama, no entanto, é o menos importante aqui; o essencial no noir é e sempre foi a atmosfera de desesperança, corrupção moral e tensão – e, também neste aspecto, True Detective volta a se destacar: frequentemente, os rostos dos personagens vividos por Colin Farrell, Vince Vaughn, Rachel McAdams e Taylor Kitsch pareciam sair do meio da escuridão que insistia em ocultar o resto de seus corpos. Suas vozes, saídas em sussurros que evocavam precaução e tristeza, recitavam diálogos que sugeriam a mesma construção clássica adotada no passado por personagens de Humphrey Bogart, James Cagney, Barbara Stanwyck, Fred MacMurray, William Holden, Lauren Bacall ou Robert Mitchum, que abandonavam qualquer pretensão de naturalismo em prol de figuras de linguagem sugestivas, elegantes e sempre impactantes.

 

Aliás, o quarteto principal desta temporada trazia o peso do mundo sobre os ombros: Colin Farrell, um ator cada vez mais fascinante, transformou seu Ray Velcoro em um homem incapaz de conviver com a constatação da própria podridão moral, conversando numa voz rouca que constantemente soava a cigarro, bebida e desilusão, ao passo que Vince Vaughn, presenteado com as melhores falas da temporada, superou um início problemático para se estabelecer como um dos pontos altos do projeto, criando um indivíduo que despertava nossa simpatia mesmo sendo (ou talvez por isso) o único a se assumir como criminoso desde o princípio. Enquanto isso, Rachel McAdams concebeu a policial Ani Bezzerides (uma referência clara a A.I. Bezzerides, roteirista de A Morte num Beijo) como uma mulher introspectiva, sempre reticente diante de qualquer homem e perfeitamente capaz de se defender em qualquer situação – o que conferiu aos seus momentos de fragilidade emocional um peso ainda maior. Para finalizar, Taylor Kitsch, preso à única subtrama que realmente parecia deslocada, se viu prejudicado por um personagem que, mesmo trágico do início ao fim, custou a se encaixar no restante da narrativa, o que prejudicou até mesmo sua saída da temporada, que deveria ter sido mais impactante do que foi.

 

Eficaz até mesmo ao trazer figuras aparentemente insignificantes que posteriormente se revelaram centrais à trama principal (outra tática recorrente dos bons policiais – não apenas do noir), esta nova temporada se diferenciou da anterior ao empregar o talento de vários diretores que, ainda assim, conseguiram manter a coesão do universo criado por Pizzolatto, resultando em cenas e sequências absolutamente memoráveis como a conversa entre Ray e Frank na cozinha, o fantástico tiroteio na rua, os encontros no restaurante embalados pela música da cantora solitária e, claro, aqueles que faziam referências orgânicas a clássicos do gênero como no plano abaixo, homenagem explícita a Crepúsculo dos Deuses:

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Com um desfecho infinitamente mais pessimista do que o da primeira temporada (que, temperamento de Rust Cohle à parte, foi até bastante positivo), a segunda temporada de True Detective enviou o espectador para fora daquele universo com a sensação de que o crime compensa, esperança é desperdício de energia e o amor só provoca dores e nada salva.

Com a sensação, portanto, de ter assistido a um noir impecável.

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PABLO VILLAÇA

 

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