Jump to content
Forum Cinema em Cena

Você dá Esmola?


JeFFs
 Share

Você dá esmola?  

28 members have voted

  1. 1. Você dá esmola?

    • Sim
      13
    • Não
      38


Recommended Posts

  • Replies 377
  • Created
  • Last Reply

Top Posters In This Topic

  • Members

 

A sua última definição é mais boçal ainda. Logo' date=' tiro a conclusão que quem dá esmola é tão culpado para a sociedade quanto quem não dá. Bem. Acho pior os imbecis que pagam impostos para o governo, para que depois este torre seu dinheiro em grupos como a Gerdau e outros latifundiários salafrários por ai. Ou mesmo na corrupção de séculos desta república dos bananas.14

 

E olha que não dou meu dinheiro para mendigos, pedintes e ninguém. Mas acabo pagando freqüentemente, altas taxas tributarias que são mal aproveitadas.
[/quote']

 

Isso simplesmente não tem nada a ver, Plutão.

 

1 - Faz parte de nosso dever como cidadão pagar os impostos, por maiores que sejam.

 

2 - Você não pode exigir ética na política se você não tem ética na hora de pagar ou não o imposto de renda.

 

3 - Quem põe o corrupto lá em cima é o povo. Se a república é dos bananas, é porque o povo é banana.

 

Estou começando a achar que você é gótico ou EMO, Plutão. De qualquer forma, é sua opção06
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Exato Shy!

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Mais minha avareza infelizmente é mais latente. Por isto meu fim é este aqui' date=' como de todo egoísta:

 

[/quote']

 

Só não entendi uma coisa... Como alguém pode fazer uma coisa que considera errada, sofrer por isso e lamentar pela própria existência? E outra: 17

 

Primeiro você afirmou que ainda estamos no século XIX.

Depois escreveu que no século XIX, a tecnologia em massa (!?) não evolui conforme a mentalidade de nossa época, ou seja, segundo você mesmo falou, o século XIX.
-THX-2007-06-26 18:18:31
Link to comment
Share on other sites

  • Members
 

Só não entendi uma coisa... Como alguém pode fazer uma coisa que considera errada' date=' sofrer por isso e lamentar pela própria existência? E outra: 17

 

Primeiro você afirmou que ainda estamos no século XIX.

Depois escreveu que no século XIX, a tecnologia em massa (!?) não evolui conforme a mentalidade de nossa época, ou seja, segundo você mesmo falou, o século XIX.
[/quote']

 

Sim vivemos em uma época avançada, mas as mentalidades não pertencem ao seu tempo. Seria como alguns falam de alguns libertários, que estavam à frente de seu tempo o mesmo ocorre de forma oposta. Alguns conservadores ficam atrás de seu tempo.

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Aproveitando seria também como Albert Einstein definiu perfeitamente a nossa época:

 

“É espantosamente óbvio que nossa tecnologia excede nossa humanidade.” Albert Einstein

Plutão Orco2007-06-27 09:24:20
Link to comment
Share on other sites

  • Members
 

Isso simplesmente não tem nada a ver' date=' Plutão.

 

1 - Faz parte de nosso dever como cidadão pagar os impostos, por maiores que sejam.

 

2 - Você não pode exigir ética na política se você não tem ética na hora de pagar ou não o imposto de renda.

 

3 - Quem põe o corrupto lá em cima é o povo. Se a república é dos bananas, é porque o povo é banana.

 

Estou começando a achar que você é gótico ou EMO, Plutão. De qualquer forma, é sua opção06
[/quote']

 

 

Sei que postar ou tentar responder um post para você seria igual, postar para uma porta. Já ouviu falar de desobediência civil?

Desobediência civil é um método de oposição e resistência pacífica a um poder político (seja o Estado ou não), geralmente visto como opressor pelos desobedientes. É um conceito formulado originalmente por Henry David Thoreau e aplicado com sucesso por Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia e do Paquistão.

 

Índice

[esconder]

1 Aspectos gerais

2 Aspectos jurídicos

3 Referências Bibliográficas

4 Ver também

 

//

if (.showTocToggle) { var tocShowText = "mostrar"; var tocHideText = "esconder"; showTocToggle(); }

//]]>

 

 

Aspectos gerais

O autor americano Henry David Thoreau foi o pioneiro a estabelecer a teoria relativa dessa prática em seu ensaio de 1849, originalmente intitulado "Resistência ao Governo Civil", que mais tarde reintitulou "Desobediência Civil". A idéia predominante abrangida pelo ensaio era de auto-aprovação e de como alguém pode estar em boas condições morais enquanto "escraviza ou faz sofrer um outro homem"; então não precisamos lutar fisicamente contra o governo, mas sim não apoiá-lo nem deixar que ele o apóie estando você contra ele. Este ensaio exerceu uma grande influência sobre muitos praticantes da desobediência civil. No ensaio, Thoreau explicitou suas razões porque se recusara a pagar seus impostos, como um ato de protesto contra a escravidão e contra a Guerra Mexicana.uuu

Vale ressaltar, no entanto, que antes de Thoreau, existiram outros que, através de teorias próprias mas acessórias a outras teses principais, também esposaram atos que demonstram atos de desobediência civil, como faz Antígona, na peça Grega de Sófocles. Também outros teóricos, em especial do Iluminismo trataram de possibilidades de desobediência quando apresentavam suas obras de cunho político e jurídico acerca da formação do Estado e da submissão do povo a este, como Hobbes, Rousseau, Locke e Kant. Contudo, vale o crédito dado a Thoreau, por ter sido o primeiro a tratar especificamente da Desobediência à ordem instituída, e quando tal seria aplicável, sem utilizar tal teoria para ilustrar outras teses.

A desobediência civil serviu como uma tática principal aos movimentos nacionalistas em antigas colonias da África e Ásia, antes de adquirirem a liberdade. O mais notável, Mahatma Gandhi, usou a desobediência civil como uma ferramenta anti colonialista. Martin Luther King, líder do movimento dos direitos civis dos Estados Unidos nos anos da década de 1960, também adotou as técnicas da desobediência civil e ativistas anti-guerra, tanto durante quanto depois da Guerra do Vietnã, também agiram igualmente.

Paradas de demonstração de opinião e protestos, como as campanhas anti-guerra que ocorreram contra a invasão ao Iraque não são necessariamente desobediência civil, pois muitos cidadãos que dessas campanhas participam continuam apoiando o governo de outras formas.

A desobediência civil serviu também como uma tática da oposição polonesa contra os comunistas. (ver "solidariedade").

Muitos dos que praticam a desobediência civil o fazem desprovidos de crença religiosa e o clero frequentemente participa ou lidera ações de desobediência civil. Por exemplo: os irmãos Berrigan nos Estados unidos, são padres que já foram diversas vezes presos em atos de desobediência civil em manifestações contra a guerra.

Buscando uma forma ativa de resistência, aqueles que praticam a desobediência civil escolhem deliberadamente por quebrar certas leis, seja formando piquetes pacíficos ou ocupando ilegalmente algum prédio. Fazem isso na expectativa de que serão presos, ou até mesmo atacados pela autoridade. Existem métodos já estudados de como reagir a ataques e tentativas de prisão, de maneira que possam fazê-lo sem resistência, passivamente, sem problemas para as autoridades.

Aspectos jurídicos

A Desobediência Civil, de acordo com alguns teóricos juristas brasileiros e estrangeiros, como Maria Garcia, Machado Paupério e Nelson Nery da Costa, é uma das formas de expressão do Direito de Resistência, sendo esta uma espécie de Direito de Exceção que, embora tenha cunho jurídico, não necessita de leis para garanti-lo, uma vez que se trata de um meio de garantir outros direitos básicos. Ele tem lugar quando as instituições públicas não estão cumprindo seu fiel papel e quando não existem outros remédios legais possíveis que garantam o exercício de direitos naturais, como a vida, a liberdade e a integridade física.

Além da Desobediência Civil, também são exemplos de resistência o Direto de Greve (para proteger os direitos homogêneos dos trabalhadores) e o Direito de Revolução (para resguardar o direito do povo exercer a sua soberania quando a mesma é ofendida).

Referências Bibliográficas

COSTA, Nelson Nery da. Teoria e Realidade da Desobediência Civil

GARCIA, Maria. Desobediência Civil - Direito Fundamental

THOREAU, Henry D.. A Desobediência Civil

 Ver também

Ahimsa

Não-violência

Clandestinidade

Dissidência

Resistência

Link to comment
Share on other sites

  • Members
 

Só não entendi uma coisa... Como alguém pode fazer uma coisa que considera errada' date=' sofrer por isso e lamentar pela própria existência? E outra: 17

 

Primeiro você afirmou que ainda estamos no século XIX.

Depois escreveu que no século XIX, a tecnologia em massa (!?) não evolui conforme a mentalidade de nossa época, ou seja, segundo você mesmo falou, o século XIX.
[/quote']

 

Sim vivemos em uma época avançada, mas as mentalidades não pertencem ao seu tempo. Seria como alguns falam de alguns libertários, que estavam à frente de seu tempo o mesmo ocorre de forma oposta. Alguns conservadores ficam atrás de seu tempo.

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Aproveitando seria também como Albert Einstein definiu perfeitamente a nossa época:

 

“É espantosamente óbvio que nossa tecnologia excede nossa humanidade.” Albert Einstein

 

Mas isso não seria um paradoxo? Já que o dia em que a tecnologia passar o Homem, o mesmo será desnecessário na terra. E como pode o criador, Homem deus da tecnologia, ser ultrapassado por uma coisa que ele mesmo cria a desenvolve constantemente, em meio a tantos zeros e ums que por si só não seriam nada sem a ciência humana? Você considera a inteligência artificial uma ameaça à raça humana?

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members
 

Isso simplesmente não tem nada a ver' date=' Plutão.

 

1 - Faz parte de nosso dever como cidadão pagar os impostos, por maiores que sejam.

 

2 - Você não pode exigir ética na política se você não tem ética na hora de pagar ou não o imposto de renda.

 

3 - Quem põe o corrupto lá em cima é o povo. Se a república é dos bananas, é porque o povo é banana.

 

Estou começando a achar que você é gótico ou EMO, Plutão. De qualquer forma, é sua opção06
[/quote']

 

 

Sei que postar ou tentar responder um post para você seria igual, postar para uma porta. Já ouviu falar de desobediência civil?

Desobediência civil é um método de oposição e resistência pacífica a um poder político (seja o Estado ou não), geralmente visto como opressor pelos desobedientes. É um conceito formulado originalmente por Henry David Thoreau e aplicado com sucesso por Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia e do Paquistão.

 

Índice

[esconder]

1 Aspectos gerais

2 Aspectos jurídicos

3 Referências Bibliográficas

4 Ver também//

Aspectos gerais

O autor americano Henry David Thoreau foi o pioneiro a estabelecer a teoria relativa dessa prática em seu ensaio de 1849, originalmente intitulado "Resistência ao Governo Civil", que mais tarde reintitulou "Desobediência Civil". A idéia predominante abrangida pelo ensaio era de auto-aprovação e de como alguém pode estar em boas condições morais enquanto "escraviza ou faz sofrer um outro homem"; então não precisamos lutar fisicamente contra o governo, mas sim não apoiá-lo nem deixar que ele o apóie estando você contra ele. Este ensaio exerceu uma grande influência sobre muitos praticantes da desobediência civil. No ensaio, Thoreau explicitou suas razões porque se recusara a pagar seus impostos, como um ato de protesto contra a escravidão e contra a Guerra Mexicana.uuu

Vale ressaltar, no entanto, que antes de Thoreau, existiram outros que, através de teorias próprias mas acessórias a outras teses principais, também esposaram atos que demonstram atos de desobediência civil, como faz Antígona, na peça Grega de Sófocles. Também outros teóricos, em especial do Iluminismo trataram de possibilidades de desobediência quando apresentavam suas obras de cunho político e jurídico acerca da formação do Estado e da submissão do povo a este, como Hobbes, Rousseau, Locke e Kant. Contudo, vale o crédito dado a Thoreau, por ter sido o primeiro a tratar especificamente da Desobediência à ordem instituída, e quando tal seria aplicável, sem utilizar tal teoria para ilustrar outras teses.

A desobediência civil serviu como uma tática principal aos movimentos nacionalistas em antigas colonias da África e Ásia, antes de adquirirem a liberdade. O mais notável, Mahatma Gandhi, usou a desobediência civil como uma ferramenta anti colonialista. Martin Luther King, líder do movimento dos direitos civis dos Estados Unidos nos anos da década de 1960, também adotou as técnicas da desobediência civil e ativistas anti-guerra, tanto durante quanto depois da Guerra do Vietnã, também agiram igualmente.

Paradas de demonstração de opinião e protestos, como as campanhas anti-guerra que ocorreram contra a invasão ao Iraque não são necessariamente desobediência civil, pois muitos cidadãos que dessas campanhas participam continuam apoiando o governo de outras formas.

A desobediência civil serviu também como uma tática da oposição polonesa contra os comunistas. (ver "solidariedade").

Muitos dos que praticam a desobediência civil o fazem desprovidos de crença religiosa e o clero frequentemente participa ou lidera ações de desobediência civil. Por exemplo: os irmãos Berrigan nos Estados unidos, são padres que já foram diversas vezes presos em atos de desobediência civil em manifestações contra a guerra.

Buscando uma forma ativa de resistência, aqueles que praticam a desobediência civil escolhem deliberadamente por quebrar certas leis, seja formando piquetes pacíficos ou ocupando ilegalmente algum prédio. Fazem isso na expectativa de que serão presos, ou até mesmo atacados pela autoridade. Existem métodos já estudados de como reagir a ataques e tentativas de prisão, de maneira que possam fazê-lo sem resistência, passivamente, sem problemas para as autoridades.

Aspectos jurídicos

A Desobediência Civil, de acordo com alguns teóricos juristas brasileiros e estrangeiros, como Maria Garcia, Machado Paupério e Nelson Nery da Costa, é uma das formas de expressão do Direito de Resistência, sendo esta uma espécie de Direito de Exceção que, embora tenha cunho jurídico, não necessita de leis para garanti-lo, uma vez que se trata de um meio de garantir outros direitos básicos. Ele tem lugar quando as instituições públicas não estão cumprindo seu fiel papel e quando não existem outros remédios legais possíveis que garantam o exercício de direitos naturais, como a vida, a liberdade e a integridade física.

Além da Desobediência Civil, também são exemplos de resistência o Direto de Greve (para proteger os direitos homogêneos dos trabalhadores) e o Direito de Revolução (para resguardar o direito do povo exercer a sua soberania quando a mesma é ofendida).

Referências Bibliográficas

COSTA, Nelson Nery da. Teoria e Realidade da Desobediência Civil

GARCIA, Maria. Desobediência Civil - Direito Fundamental

THOREAU, Henry D.. A Desobediência Civil

 Ver também

Ahimsa

Não-violência

Clandestinidade

Dissidência

Resistência

 

Seus links wiki sempre dizem tudo e ao mesmo tempo não dizem nada... Mas vou dar trela pra você. Quero ver onde vai chegar isso. E aí? Ao que você quer chegar com essa desobediência civil? Os governantes vão ficam mais bonzinhos quando eu deixo de pagar meus tributos ao estado?
Link to comment
Share on other sites

  • Members
 

 

 

Seus links wiki sempre dizem tudo e ao mesmo tempo não dizem nada... Mas vou dar trela pra você. Quero ver onde vai chegar isso. E aí? Ao que você quer chegar com essa desobediência civil? Os governantes vão ficam mais bonzinhos quando eu deixo de pagar meus tributos ao estado?

 

Não meu caro. Os governantes perdem uma parte do seu imenso poder. Por isto que ficam tão furiosos com a sonegação dos impostos. De onde você acha que eles garantem sua soberania se não através dos impostos do povo?

 
Link to comment
Share on other sites

  • 2 months later...
  • Members

Vou retomar o tópico. Alguém já ouviu falar disso aqui?

 

"Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!", afirma economista do Quênia
Especialista explica que a ajuda internacional alimenta a corrupção e impede que a economia se desenvolva, o que destrói a produção agrícola e causa desemprego, mais miséria e mais dependência

Thilo Thielke
Em Hamburgo

O especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids.

DER SPIEGEL - Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África...

James Shikwati - Pelo amor de Deus, parem com isso!

DS - Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza.

Shikwati - Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.

DS - O senhor tem uma explicação para esse paradoxo?

Shikwati - Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.

DS - Mesmo em um país como o Quênia pessoas morrem de fome todos os anos. Alguém precisa ajudá-las.

Shikwati - Mas são os próprios quenianos quem deveria ajudar essas pessoas. Quando há uma seca em uma região do Quênia, nossos políticos corruptos imediatamente pedem mais ajuda. O pedido chega ao Programa Mundial de Alimentação da ONU --que é uma agência maciça de "apparatchiks" que estão na situação absurda de, por um lado, dedicar-se à luta contra a fome, e por outro enfrentar o desemprego onde a fome é eliminada. É muito natural que eles aceitem de bom grado o pedido de mais ajuda. E não é raro que peçam um pouco mais de dinheiro do que o governo africano solicitou originalmente. Então eles enviam esse pedido a seu quartel-general, e em pouco tempo milhares de toneladas de milho são embarcadas para a África...

DS - Milho que vem predominantemente de agricultores europeus e americanos altamente subsidiados...

Shikwati - ... e em algum momento esse milho acaba no porto de Mombasa. Uma parte do milho em geral vai diretamente para as mãos de políticos inescrupulosos, que então o distribuem em sua própria tribo para ajudar sua próxima campanha eleitoral. Outra parte da carga termina no mercado negro, onde o milho é vendido a preços extremamente baixos. Os agricultores locais também podem guardar seus arados; ninguém consegue concorrer com o programa de alimentação da ONU. E como os agricultores cedem diante dessa pressão o Quênia não terá reservas a que recorrer se houver uma fome no próximo ano. É um ciclo simples mas fatal.

DS - Se o Programa Mundial de Alimentação não fizesse nada, as pessoas morreriam de fome.

Shikwati - Eu não acredito nisso. Nesse caso, os quenianos, para variar, seriam obrigados a iniciar relações comerciais com Uganda ou Tanzânia, e comprar alimento deles. Esse tipo de comércio é vital para a África. Ele nos obrigaria a melhorar nossa infra-estrutura, enquanto tornaria mais permeáveis as fronteiras nacionais --traçadas pelos europeus, aliás. Também nos obrigaria a estabelecer leis favorecendo a economia de mercado.

DS - A África seria realmente capaz de solucionar esses problemas por conta própria?

Shikwati - É claro. A fome não deveria ser um problema na maioria dos países ao sul do Saara. Além disso, existem vastos recursos naturais: petróleo, ouro, diamantes. A África é sempre retratada como um continente de sofrimento, mas a maior parte dos números é enormemente exagerada. Nos países industrializados existe a sensação de que a África naufragaria sem a ajuda ao desenvolvimento. Mas, acredite-me, a África já existia antes de vocês europeus aparecerem. E não fizemos tudo isso com pobreza.

DS - Mas naquela época não existia a Aids.

Shikwati - Se acreditássemos em todos os relatórios horripilantes, todos os quenianos deveriam estar mortos hoje. Mas agora os testes estão sendo realizados em toda parte, e acontece que os números foram enormemente exagerados. Não são 3 milhões de quenianos que estão infectados. De repente eram apenas cerca de um milhão. A malária é um problema equivalente, mas as pessoas raramente falam disso.

DS - E por quê?

Shikwati - A Aids é um grande negócio, talvez o maior negócio da África. Não há nada capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids. A Aids é uma doença política aqui, e deveríamos ser muito céticos.

DS - Os americanos e europeus têm fundos congelados já prometidos para o Quênia. O país é corrupto demais, segundo eles.

Shikwati - Temo, porém, que esse dinheiro ainda será transferido em breve. Afinal, ele tem de ir para algum lugar. Infelizmente, a necessidade devastadora dos europeus de fazer o bem não pode mais ser contida pela razão. Não faz qualquer sentido que logo depois da eleição do novo governo queniano --uma mudança de liderança que pôs fim à ditadura de Daniel Arap Mois--, de repente as torneiras se abriram e o dinheiro verteu para o país.

DS - Mas essa ajuda geralmente se destina a objetivos específicos.

Shikwati - Isso não muda nada. Milhões de dólares destinados ao combate à Aids ainda estão guardados em contas bancárias no Quênia e não foram gastos. Nossos políticos ficaram repletos de dinheiro, e tentam desviar o máximo possível. O falecido tirano da República Centro Africana, Jean Bedel Bokassa, resumiu cinicamente tudo isso dizendo: "O governo francês paga por tudo em nosso país. Nós pedimos dinheiro aos franceses, o recebemos e então o gastamos".

DS - No Ocidente há muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África. Todo ano eles doam dinheiro e mandam roupas usadas em sacolas...

Shikwati - ... e então inundam nossos mercados com essas coisas. Nós podemos comprar barato essas roupas doadas nos chamados mercados Mitumba. Há alemães que gastam alguns dólares para comprar agasalhos usados do Bayern Munich ou do Werder Bremen. Em outras palavras, roupas que algum garoto alemão mandou para a África por uma boa causa. Depois de comprar esses agasalhos, eles os leiloam na eBay e os mandam de volta à Alemanha -- pelo triplo do preço. Isso é loucura!

DS - ... e esperamos que seja uma exceção.

Shikwati - Por que recebemos essas montanhas de roupas? Ninguém passa frio aqui. Em vez disso, nossos costureiros perdem seu ganha-pão. Eles estão na mesma situação que nossos agricultores. Ninguém no mundo de baixos salários da África pode ser eficiente o bastante para acompanhar o ritmo de produtos doados. Em 1997 havia 137 mil trabalhadores empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003 o número tinha caído para 57 mil. Os resultados são iguais em todas as outras regiões onde o excesso de ajuda e os frágeis mercados africanos entram em colisão.

DS - Depois da Segunda Guerra Mundial a Alemanha só conseguiu se reerguer porque os americanos despejaram dinheiro no país através do Plano Marshall. Isso não se qualificaria como uma ajuda ao desenvolvimento bem-sucedida?

Shikwati - No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria. Deve haver uma mudança de mentalidade. Temos de parar de nos considerar mendigos. Hoje em dia os africanos só se vêem como vítimas. Por outro lado, ninguém pode realmente imaginar um africano como um homem de negócios. Para mudar a situação atual, seria útil se as organizações de ajuda saíssem.

DS - Se fizessem isso, muitos empregos seriam perdidos imediatamente.

Shikwati - Empregos que foram criados artificialmente, para começar, e que distorcem a realidade. Os empregos nas organizações estrangeiras de ajuda são muito apreciados, é claro, e elas podem ser muito seletivas na escolha das melhores pessoas. Quando uma organização de ajuda precisa de um motorista, dezenas de pessoas se candidatam. E como é inaceitável que o motorista só fale sua língua tribal, o candidato também deve falar inglês fluentemente --e, de preferência, ter boas maneiras. Então você acaba com um bioquímico africano dirigindo o carro de um funcionário da ajuda, distribuindo comida européia e forçando os agricultores locais a deixar seu trabalho. É simplesmente loucura!

DS - O governo alemão se orgulha exatamente de monitorar os receptores de suas verbas.

Shikwati - E qual é o resultado? Um desastre. O governo alemão jogou dinheiro diretamente para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, um homem que tem na consciência a morte de um milhão de pessoas --que seu exército matou no país vizinho, o Congo.

DS - O que os alemães deveriam fazer?

Shikwati - Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 Anjo, seu mala! Que cor de letra é essa?? Afff!  Dói as vistas! 11

 

  Desvio de dinheiro nesse caso signifca a morte de muitos. Eles não são apenas ladrões, são assassinos por tabela.

 

 By the way, o problema da AIDS não é exagerado. 

 

 Vi um documentário de que cada 5 pessoas 3 têm AIDS... afff! 13

 Nesse mesmo documentário os gringos pagavam mais caro (tipo R$ 3,00) p/ transarem sem camisinhas com prostitutas 18 .

 

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members

O engraçado disto, que muitos vêem os países desenvolvidos que ajudam os países miseráveis como um exemplo. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Ou vêem certo exagero na ajuda. Mas eu não vejo ajuda alguma. Vejo exploração constante naquele continente, o mesmo país que ajuda é o mesmo que vende armas para grupos radicais ou explora as riquezas naturais como minas de diamantes, ouro e outros recursos do interesse de muitos países ricos. O tempo passa, mas a estrutura de exploração deste sistema humano não muda. Dá vontade de vomitar.14

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Shy, é que eu estou usando a tela escura. Por isso pus uma cor de letra que dá pra eu ver. Desculpe meu egoísmo.

 

Plutão, quem vende arma não está preocupado com o que o indivíduo vai fazer com ela. A culpa das guerras não é dos países que vendem armas, mas dos que compram. No caso da África, os motivos dessas guerras civis são parte do rastro deixado pelos europeus em seu congresso de Berlim, que dividiu a África como uma pizza, sem considerar as etnias que lá viviam.

 

Porque então eles não mudam de vez esse mapa africano, respeitando as etnias e tribos, já que a África não é mais pizza dos europeus?
Link to comment
Share on other sites

  • Members

comprar em sinais oui farois e onibus e trens e barcas e outra coisa completamente diferente o cara esta vendendo e nao pedindo. e uma forma de comercio - comercio informal.

 

já me aconteceu de um menor de rua me pedir dinheiro pra comprar um salgado .

 

eu dei ordem pra dar o salgado a o menor ele recusou queria o dinheiro!

 

ele queria o dinheiro pra comprar tinner e cheirar ficar doidao e assaltar alguma pessoa na onda do toxicó!!

 

 

comida sim esmola nao!!

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 Afff! Zummm!!! Não fala isso nem de brincadeira! 09 13

 

 Nesse ponto minha cidade é boa. Não há muitos mendigos, pq ele é minúscula e todos sabem quem precisa. 

 A maioria são bebados que têm família, mas preferem viver na rua pq em casa os proibiriam de beber.

 

 Anyway, sempre que vou à cidade mais próxima, que é bem maior há cartazes proibindo esmolas.

 Eu até tento não dar, passo reto, mas sempre volto, não consigo. 

 Alguns lojistas olham de cara feia p/ gente... afff! Nem ligo!

 

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members
Eu não dou e também não compro nada em ônibus' date=' metrôs ou faróis.

Sou contra essas práticas ilegais. 01
[/quote']

 

Práticas ilegais? Ser solidário é estar fora da lei? Put* que pariu. Cada um que aparece aqui, que fico imaginando de fato se tal individuo existe mesmo.  <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Shy' date=' é que eu estou usando a tela escura. Por isso pus uma cor de letra que dá pra eu ver. Desculpe meu egoísmo.

 

Plutão, quem vende arma não está preocupado com o que o indivíduo vai fazer com ela. A culpa das guerras não é dos países que vendem armas, mas dos que compram. No caso da África, os motivos dessas guerras civis são parte do rastro deixado pelos europeus em seu congresso de Berlim, que dividiu a África como uma pizza, sem considerar as etnias que lá viviam.

 

Porque então eles não mudam de vez esse mapa africano, respeitando as etnias e tribos, já que a África não é mais pizza dos europeus?
[/quote']

 

Deixa ver se entendi direito. Vender armas para nações até ditatoriais não é culpa dos países que vendem e sim de quem compra? 06<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Vamos reverter esta declaração para alguns crimes conhecidos. Vender drogas não é culpa do traficante e sim do viciado. Uauau! Depois eu que sou de outro planeta.06

Fazendo de novo. Dar cargos públicos para familiares não é culpa do político que faz isto, mas dos familiares que o usam.  Posso fazer isto com vários crimes e o resultado vai sempre ignorar um dos dois ou até ambos.

E o problema causado com a partilha da África ainda hoje é latente justamente porque países desenvolvidos ou países riquinhos usam aquele continente como deposito experimental da sua indústria bélica, ou usam seus recursos. Tudo isto ajuda e muito na degradação daquele continente inteiro.  Claro que os governos dos próprios países também têm sua cota de culpa, mas olhar só por este prisma é de uma estultice sem tamanho.

Plutão Orco2007-09-05 10:32:14
Link to comment
Share on other sites

  • Members
 Afff! Zummm!!! Não fala isso nem de brincadeira! 09 13

 

 Nesse ponto minha cidade é boa. Não há muitos mendigos, pq ele é minúscula e todos sabem quem precisa. 

 A maioria são bebados que têm família, mas preferem viver na rua pq em casa os proibiriam de beber.

 

 Anyway, sempre que vou à cidade mais próxima, que é bem maior há cartazes proibindo esmolas.

 Eu até tento não dar, passo reto, mas sempre volto, não consigo. 

 Alguns lojistas olham de cara feia p/ gente... afff! Nem ligo!

 

 
[/quote']

 

Sem sobra de duvidas muitos destes “íntegros” comerciantes muquiranas não dão esmolas, mas aceitam subornarem policiais e outros criminosos para proteger o seu ponto de vendas. Está é nossa bela sociedade.14    <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Isso de dar esmolas é muito relativo. Às vezes dou, mas só quando eu vejo que a pessoa está sendo sincera, o que é raríssimo.

Uma vez dentro do trem um senhor de uns 40 anos pediu ajuda, pois tinha ficado desempregado. Ele relatou uma série de acontecimentos que fez com que 90% das pesoas que estavam lá se identificassem e o ajudassem, e porquê? Porque ele simplesmente falou a verdade, ele não aumentou os problemas como 99,99% dos pedintes do trem.

A última vez que vi alguém pedindo no trem foi uma mulher que se se inspirou nas últimas tragédias de barracos incendiados e disse que perdeu tudo. Falou que os filhos tavam passando fome e que o bebê que ela carregava no colo estava há três dias só tomando água... Detalhe: ele tava gordinho e com as bochechas rosadas... 06 O pior é que teve gente que ainda deu. Isso pra mim é incentivar safadeza.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Incentivar não dar esmolas também não é uma das atitudes mais nobres? Ou você acha que é edificante incentivar o egoísmo? Vale lembrar que quem ajuda sem saber o que o outro venha fazer com o dinheiro não torna o bem feitor um cúmplice e sim uma vitima da má fé. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

O que faço ou deixo de fazer com meu dinheiro e problema unicamente meu. Mas criticar que aqueles que dão são responsáveis pela safadeza é uma avaliação tapada. Uma vez que a pessoa não olha para o próprio umbigo. Afinal, os impostos pagos para um governo corrupto não difere em nada para um trouxa que paga para um falso pedinte um dinheiro que será repassado para outros fins.

Plutão Orco2007-09-05 11:12:15
Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

Announcements


×
×
  • Create New...