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Forum Cinema em Cena

O Diário de Tony Sark (1965)


DarkMarcos
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TALES OF SUSPENSE 61
(Janeiro de 1965)

A história "The Death of Tony Stark!" (A Morte de Tony Stark!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com arte final de Dick Ayers. A saga do Homem de Ferro toma contornos catastróficos. Enquanto outros personagens da Marvel tem seus problemas com dupla identidade baseada no princípio de que segredos protegem seus entes queridos (conclusão que até o Homem de Ferro chega nessa história), os fatores mentira, fofoca, exposição de pessoa pública e suposições descabidas começam a se tornar uma dor de cabeça em ritmo de bola de neve rolando a ribanceira. Ah, sim... e se mantém a regra de que Tales of Suspense é a revista onde a arte de Heck está boa.

Pepper Potts e Happy Hogan pedem demissão ao Homem de Ferro, já que o dono da empresa, Tony Stark, está sumido (na boa... Stark, tanto tempo naquela armadura, devia estar uma catinga só...). Mais que isso, a dupla de fiéis funcionários ainda denunciam o herói para a polícia, acusando-o de suspeito por ter feito algo a Stark. Um repórter na delegacia presencia a cena e logo a imprensa e o país está sabendo do caso. A mentira cresce a ponto do Homem de Ferro ser chamado a depor. Stark nada pode fazer, já que está cada vez mais dependente da armadura para fazer seu coração continuar batendo. E mesmo sem esse detalhe, a mentira que criou estava crescendo de tal forma que já fugia ao seu controle. Cada mentira, criada pra proteger sua identidade, o levava a um problema pior.

Happy Hogan invade a casa de Stark. O milionário, sem o capacete da armadura, só tem tempo de cobrir-se na cama (para não mostrar a armadura) e mostra a Happy que ele não havia desaparescido, mas sim ficado doente e incumbido o Homem de Ferro a representá-lo. A secretária Pepper, apesar de feliz por seu amado estar vivo, ainda desconfia que Stark está mentindo, com medo do Homem de Ferro que, segundo desconfiança dela, deve estar fazendo-o de refém.

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Como de regra, com essa nova mentira Stark cria um novo problema. Logo a imprensa cerca sua casa e sai noticiando que ele está vivo. Porém, agora, ele está preso na cama, de armadura (sem que os outros saibam) e sem poder sair, já que toda a imprensa e seus funcionários o cercaram de cuidados.

Nesse meio tempo, um satélite espião capta essas notícias. Não se trata de americano e nem mesmo dos russos (os "inimigos" daquela época). É um espião do vilão Mandarim. Como o intento era localizar e destruir Stark, o vilão dispara, através desse satélite, um potente raio que destrói a casa de Stark. Esse, claro, consegue escapar graças a armadura. Mas tem que sustentar outra mentira... Stark, provavelmente, foi morto na explosão. E o problema, que sempre vem seguido da nova mentira, é que o Homem de Ferro é a principal suspeita desse raio.

Stark descobre a origem do raio e parte, disfarçado, em um vôo atrás de seu inimigo. Ele salta do avião que tomou, para o desespero da tripulação, que não sabia quem ele era, e veste a armadura antes de atingir o chão. Mas o Mandarim, crente que já destruíra Stark e pronto para destruir o Homem de Ferro, ludibria o herói e o captura. Antes de matá-lo, no entanto, decide contar sua origem para que saiba a verdade sobre o homem que irá eliminá-lo. Essas coisas de vilão... ficar contando sua história ao invés de matar logo o inimigo... vocês sabem onde isso vai dar... Enfim, essa origem fica pra próxima edição.

 


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AVENGERS 12
(Janeiro de 1965)

A história "This Hostage Earth!" (algo como "A Terra como Refém!") foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck com artefinal de Dick Ayers. Nessa aventura com muita ação, a arte da dupla Heck/Ayers demonstra uma certa melhora, principalmente nos enquadramentos de ação.

Os Vingadores atendem a um chamado do Gigante, que havia sido alertado por suas formigas (o herói também era o Homem Formiga, lembram?) sobre alguma ameaça vindo das profundezas da Terra. O Homem de Ferro segue para o local, propulsionado pelos seus famigerados patins... famigerados a ponto do próprio herói os achar ridículos.

Reunidos na mansão, os heróis discutem o absurdo da situação, não acreditando que um pedido de socorro de formigas seja algo a se levar a sério. Ofendido, o Gigante decide investigar o problema sozinho. Nem mesmo sua parceira, a Vespa, lhe dá muita atenção.

Os outros Vingadores só vão levar a sério aquela situação, depois que o planeta começa a sentir estranhos tremores. O fato é que o vilão Toupeira (que acreditavam estar morto) era o causador daquela ameaça. Ele, inclusive, havia capturado o Gigante, quando este investigava seu reino subterrâneo. As formigas estavam certas, afinal.

Capitão América lembra de uma poderosa máquina, criada por Tony Stark, capaz de perfurar o solo e transportar pessoas até o centro da Terra. Antes que partam para pegar essa máquina, as criaturas subterrâneas do Toupeira (humanóides que o vilão escravizava) atacam o grupo munidos de alta tecnologia "toupeirística". Homem de Ferro salva a Vespa de inalar um gás disparado por uma das criaturas. E a Vespa o salva de ser derretido por um poderoso lança chamas, ficando quites com o companheiro.

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Após a fuga das criaturas do subterrâneo, Homem de Ferro pede que Capitão América e Rick Jones busquem transistores nas Indústrias Stark enquanto ele monta o tal maquinário. Após montá-la, Thor os guia até o ponto exato onde se encontra o reino do Toupeira e descem até o local.

Lá chegando, descobrem uma barreira feita de raios que impede a entrada do grupo. Antes que o Homem de Ferro utilize seus repulsores, a mesma é devastada por um poderoso raio disparado por outro vilão: o Fantasma Vermelho (outro inimigo do Quarteto Fantástico) que havia se unido ao Toupeira nessa empreitada. Antes que este vilão contra ataque, o Homem de Ferro o deixa tonto com um disparo de sua pistola sônica. Mas ainda resta as armadilhas do Toupeira, como a gigantesca placa de aço que tenta esmagar o grupo, mas é detida, também, pelo Homem de Ferro. Parece que a armadura estava bem carregada de energia nesse dia. Ô, disposição! Além de ainda deter mísseis iônicos disparados pelo Toupeira, faz dupla com Thor para embrulhar as criaturas subterrâneas em uma chapa de aço.

Quando o Toupeira ameaça acionar uma máquina que irá acelerar a rotação da Terra... a mesma falha, graças a intervenção do Gigante, que havia sido libertado pela Vespa e se encontrava em seu diminuto tamanho. Os vilões fogem, graças a capacidade do Fantasma Vermelho de tornar as coisas que toca intangível, e os maquinários do Toupeira, bem como o acesso ao seu reino, é destruído pelos repulsores do Homem de Ferro.

O herói de ferro mostra estar bem animado aqui. Além de ter sido o vingador que mais agiu na aventura, ainda tem tempo de fazer piadinhas. Bem diferente do Stark preocupado e "pra baixo", decorrente de seus problemas particulares.


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JOURNEY INTO MYSTERY 112
(Janeiro de 1965)

A história "The Migthy Thor Battles The Incredible Hulk!" (O Poderoso Thor Enfrenta o Incrível Hulk!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Jack Kirby, com arte final de Chic Stone. Uma história sem avanço na mitologia do personagem (no caso, Journey Into Mystery contava as aventuras de Thor), mas uma espécie de releitura de uma aventura passada.

Thor vê um grupo de nerds discutindo quem é mais forte, ele ou o Hulk (bem... um grupo de pessoas discutindo quem é o herói mais forte, mesmo sendo em um universo de quadrinhos, pra mim só pode ser um bando de nerds...). O deus do trovão decide se meter na conversa e contar detalhes da aventura vista na revista Avengers 3, onde os Vingadores enfrentaram o Hulk e Namor em uma ilha abandonada.

O detalhe, não contado quando a aventura foi publicada originalmente, fica por conta da luta entre Thor e Hulk, quando estes embrenharam-se pelo interior da base na ilha, deixando os outros Vingadores lutando contra Namor. Na cena, é o Homem de Ferro quem está saindo na porrada com o Namor. E, quando Thor e Hulk voltam ao meio da batalha, o herói de ferro está meio capenga porque Namor atingiu sua placa peitoral (em um ponto da história que realmente havia sido mostrado antes).

Não se trata de detalhes que foram esquecidos, mas de uma forma descontraída de se contar uma história sob um outro ponto de vista.

 

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X-MEN 9
(Janeiro de 1965)

A história "Enter, The Avengers!" (algo como "[X-Men] Encontram Os Vingadores!") foi escrita por Stan Lee e desenhada por Jack Kirby, com artefinal de Chic Stone. Interessante primeiro encontro entre os dois grupos de super-heróis, ambos tendo sido criados em setembro de 1963. Stan mostra a velha forma e ritmo perfeito em seu roteiro, algo que era visto quando se esmerava com o Quarteto Fantástico.

O martelo Uru de Thor também era uma espécie de sensor de grandes ameaças. E é essa arma que leva os Vingadores até a distante Bavária onde, coincidentemente, os X-Men estão meio que de passagem. Na verdade, os mutantes foram para ali graças ao seu mentor, Professor Charles Xavier, que perseguia o vilão Lúcifer. Para Xavier, a coisa era mais pessoal, uma vez que foi esse vilão quem lhe deixou paralítico.

Os Vingadores alertam um turista para que saia do local, pois uma grande ameaça paira no ar. O turista, desesperado por ver seres tão coloridos e diferentes, alerta a pequena vila onde os X-Men se encontram em seus trajes civis. O caldo começa a entornar a partir daí, uma vez que os X-Men, ainda sem saber que o motivo do pânico do turista são os integrantes do outro grupo, acreditam que eles são parte da ameaça informada pelo Professor Xavier.

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Os dois grupos, procurando um perigo que ainda não sabem o que é, se encontram. Cíclope já peita todo mundo, dizendo que o problema ali (seja lá qual fosse, porque nem ele sabia) era de responsabilidade dos X-Men. A antipatia é recíproca. Homem de Ferro ainda faz a observação de que todo grupo de super-herói que se encontra, acaba se enfrentando (relembrando que o primeiro encontro entre Vingadores e Quarteto Fantástico não foi nada amigável). O martelo Uru continua a "dizer" que o perigo está por perto. Homem de Ferro, sempre o mais cabeça quente, propõe que os Vingadores chutem os X-Men dali e resolvam logo o problema (não com essas palavras, claro, mas já estava doido pra partir pra porrada).

A briga realmente começa quando Cíclope dispara uma rajada ótima no martelo Uru e esse repica no Homem de Ferro, tirando seu equilíbrio. No meio da briga, Homem de Ferro tenta acertar o Homem de Gelo, que estava prendendo o Gigante. O vingador dourado leva uma topada do Fera que, por não ter a sorte de vestir uma armadura, acaba se desiquilibrando mais ainda (apesar de chamar a atenção do enlatado herói). O Homem de Ferro, que tanto queria brigar, sofre uma certa marcação cerrada dos X-Men, nem tendo tanto tempo de atacar. A Garota Marvel (esse era o nome usado por Jean Grey, na época) o ataca fazendo flutuar pedras a sua volta. Algo que ele rechaça com seus repulsores.

De repente, Thor encerra a briga e explica que os X-Men estão ali para impedir que o vilão Lúcifer sofra algum dano pois, se seu coração parar, uma bomba térmica será detonada e a vida na Terra terminará. Essa compreensão deu-se graças a uma mensagem telepática do Professor Xavier (que, a esta altura, havia derrotado o vilão sozinho) ao deus do trovão. E os Vingadores vão embora na boa, deixando o problema para os mutantes. E o Homem de Ferro, coitado, com tanta vontade de brigar, acabou apenas brincando com as pedras flutuantes de Jean Grey...

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TALES OF SUSPENSE 62
(Fevereiro de 1965)

A história "The Origin of Mandarin!" (A Origem do Mandarim!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com arte final de Dick Ayers. Heck mata a pau com seu desenho no estilo tiras de jornal, em um roteiro inspiradíssimo de Stan Lee. Segundo uma nota publicada na própria história, a origem do vilão é contada devido a inúmeros pedidos dos leitores. De fato, como o personagem foi criado para simbolizar a China Vermelha (um dos inimigos dos americanos na década de 60) ele se tornou um tanto quanto vago. Mas, destacando-se na galaria de vilões do Homem de Ferro, teve esse detalhe corrigido aqui.

Preso em uma roda de tortura por fios de titânio, o Homem de Ferro é obrigado a ouvir a origem do Mandarim, contada pelo próprio vilão. Descobre que ele não é apenas um chinês megalomaníaco. Descendente de Gengis Khan, suas maldades se iniciaram logo em seu nascimento. No dia em que isso aconteceu, um ídolo caiu sobre o seu pai e o matou. Sua mãe, uma inglesa pelo qual seu pai havia se apaixonado, morreu de desgosto quando soube de sua morte. Logo, o Mandarinzinho ficou conhecido como uma criança amaldiçoada, já que outros sinais (tempestades, objetos que caíam misteriosamente) foram vistos ao longo de sua existência.


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Criado por sua tia (que mais temia do que gostava do sobrinho), foi expulso do palácio de sua família pelo império chinês. Em suas andanças, chegou ao Vale dos Espíritos, onde encontrou uma estranha nave. Dentro dela, um capacete/comunicador conta que a mesma veio de outro planeta, trazendo um alienígena que muito se parecia com um dragão (surgindo daí a lenda dos dragões chineses). Também lhe é explicado sobre a existência dos dez anéis de poder do tripulante, armas que o Mandarim se apossa e faz bom uso, começando a construir seu império e sua lenda. O intento do vilão, além de matar o Homem de Ferro (já que pensa que Tony Stark está morto) é começar a Terceira Guerra Mundial, bombardeando a ilha de Formosa. Inicialmente, o plano é ajudar os compatriotas chineses. Mas ele está se lixando pra pátria e quer mesmo é dominar a todos.

Deixando o Homem de Ferro para morrer na roda da tortura (...o grande erro de todo vilão: deixar o herói pra morrer) parte para supervisionar o disparo de seus mísseis. O Homem de Ferro tira um disco diamantado do pulso de sua armadura e escapa da armadilha a tempo de agarrar e voltar o míssíl contra os próprios chineses.

O Mandarim, após o fiasco, tenta fugir mas é interceptado pelo Homem de Ferro. Após uma breve batalha (que mais serve para demonstrar alguns truques dos tais anéis, como rajadas de fogo, luz negra, luz branca, veneno... todos defendidos pela armadura de Stark), o vilão é atacado pelos chineses, que pensam que ele os traiu. Com isso, o Mandarim bate em retirada, novamente jurando vingança (...a grande certeza do vilão: jurar vingança).

Homem de Ferro pega carona com um caça americano que avistou do local e volta para casa, exausto. Dorme merecidamente, pois, como bem sabemos, é na América que os problemas do Homem de Ferro e de Tony Stark se juntam numa só dor de cabeça.

 


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AVENGERS 13
(Fevereiro de 1965)

A história "The Castle of Count Nefaria!" (O Castelo do Conde Nefária) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Dick Ayers. A arte de Heck/Ayers apresenta uma característica, no mínimo, suspeita... alguns quadros parecem ter o toque de outro desenhista que não eles. Pode ser coincidência (ou impressão desse caduco que vos escreve), mas o traço do desenhista John Buscema parece ter "ajudado" em algumas páginas. Um dos mistérios do milagre da riqueza produtiva da então pequena equipe de escritores e desenhistas da Marvel...

Os Vingadores impedem um assalto e, com isso, chamam a atenção da organização criminosa internacional Maggia. Um dos integrantes desse grupo é um espalhafatoso europeu conhecido como Conde Nefária. Espalhafatoso a ponto de, ao arquitetar uma vingança contra o grupo de heróis, transferir seu castelo, pedra por pedra, da Europa para a América. A intenção não era ser discreto, mesmo. Chamar a atenção da opinião pública fazia parte de seus planos.

Nefária promete abrir seu castelo a visitação pública mas, antes, convida os famosos Vingadores como hóspedes do local, com a desculpa de que usará tal evento para arrecadar donativos para caridade. Chegando ao local, os heróis são separados, cada um em um aposento e são "dopados" por uma estranha luz que os faz perder ciência do tempo.

Enquanto o grupo está fora do ar, o vilão cria imagens holográficas reais (nem me pergunte...), réplicas idênticas a cada vingador. Essas réplica invadem o Pentágono e hostilizam o exército americano, a ponto de deixar toda a nação em pânico.

Nefária liberta os Vingadores, que ignoram que a América pôs suas cabeças a prêmio. Para surpresa dos heróis, a artilharia pesada do exército e da aeronáutica os ataca. O grupo se refugia em uma de suas bases secretas (Stark devia ter algumas espalhada por aí...) e chegam a conclusão que suas memórias estão embaralhadas em relação a sua visita ao castelo. Logo, supõem que Nefária sabe as respostas dessa confusão.

Ao invadirem o castelo, os heróis são paralisados por uma estranha substância química, que funciona apenas com o toque. Homem de Ferro, por exemplo, fica preso em uma das paredes, mais parecendo uma bandeira vermelha e amarela ao vento.

A Brigada Jovem de Rick Jones, que havia sido presa no castelo pelo Conde, é liberta pelo Capitão América (único que conseguiu escapar da substância, mas é capturado em seguida) e levam o antídoto para os outros Vingadores. Estes, cercam Nefária que, derrotado, acaba abrindo o bico de que tudo foi um truque que ele praticou em nome da facção Maggia. Essa confissão é ouvida por um alto oficial do exército, o que é suficiente para inocentar os heróis.

A história, com continuação, termina com Rick Jones trazendo a Vespa ferida por uma bala perdida no meio da confusão.

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TALES OF SUSPENSE 63
(Março de 1965)

A história "Somewhere Lurks the Phantom!" ([algo como]O Fantasma se Esconde em Algum Lugar [das Indústrias Stark]!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com arte final de Dick Ayers. Stan Lee escreveu uma aventura bem ao estilo das histórias do Scooby-Doo, com direito ao vilão fantasiado misterioso sendo alguém que aparece no percurso da narrativa. Inclusive, o nome Fantasma não tem nada a ver com o sentido misterioso da palavra. Curioso como o desenho de Heck fica mais limpo (não desmerecendo a artefinal de Ayers) nessa história, uma vez que o clima dela fica mais leve e Tony Stark parece estar menos soturno... apesar de sempre reclamar de alguma coisa e, claro, sempre arranjar uma mentira que lhe traga muitos problemas futuros. De certa forma, também, aqui acaba o triângulo Stark-Pepper-Hogan, com o patrão entregando os pontos para o chofer.

Retornando de sua desventura com o Mandarim, o Homem de Ferro chega com pressa (como sempre) e não quer nem atender aos telefonemas, para a antipatia de Pepper, que ainda sente pela "morte" do patrão. Happy Hogan, apesar de bom caráter, vê a oportunidade de se aproximar da secretária, uma vez que Stark está literalmente fora da jogada.

Por falar nisso, em seu laboratório, Stark trabalha arduamente para resolver seu problema cardíaco. Cria uma espécie de potencializador para seus transistores (Homem de Ferro Banda Larga?) que dá mais durabilidade e força para sua placa peitoral, consertando as falhas anteriores. Com esse pepino resolvido, volta sem armadura pra sala e mostra pra todos que está vivinho da silva (até sorrindo, o danado). Pepper desmaia de emoção e a atenção que Happy dá pra moça não passa despercebida pelo milionário.

Pra não perder o costume, o industrial resolve seus problemas na base das mentiras cabeludas. Aqui, ele inventa que está noivo. Com isso, tira Pepper do seu pé (já que teria que revelar sua identidade caso assumisse um compromisso) e abre caminho pra Happy Hogan. A questão é que... nem existe noiva a vista. Mas isto é um problema (grande como podem perceber) pra se resolver mais tarde.

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Tudo vai bem e Stark vistoria sua quase-mal-administrada fábrica. No entanto faz de forma rápida, não dando atenção nem pro seu engenheiro chefe.

Misteriosas sabotagens começam a acontecer nas suas indústrias sem que o responsável seja localizado. Logo, o meliante fica conhecido como Fantasma, pois ninguém o vê entrar nem sair. O tal Fantasma ataca usando bombas de fumaça para desaparescer, após explodir alguma coisa importante. O governo americano, com quem Stark mantém contrato, não se sente seguro quanto a esses acontecimentos e ameaça o milionário.

Perseguindo o vilão, e após pegar Happy Hogan por engano, o Homem de Ferro cerca o Fantasma prestes a fazer mais uma sabotagem. De fato, trata-se de um vilão fantasiado, porém, sem muitos recursos além de sua inteligência. Por exemplo... ele consegue despistar o Homem de Ferro subindo através de andaimes de um míssil. Ali, o herói de ferro não pode usar seus jatos pois isso danificaria o míssil. E não pode se movimentar tão rápido. Afinal, a armadura pesa pouco, mas pesa.

A perseguição acaba de forma simples. O Fantasma tenta se esconder na cápsula do míssil, mas esta é pega pelo Homem de Ferro. O herói entrega o sabotador aos seguranças. Esses descobrem que o vilão é o tal engenheiro que não tinha a atenção de Stark, um tal de Birch. Essas sabotagens eram meio por se sentir desprezado e invejoso diante do Homem de Ferro. Simples assim. E assim Scooby-Doo e Salsicha... digo... Homem de Ferro e Tony Stark resolvem o mistério.

Não perdendo o costume de reclamão, Stark acaba a história reclamando de suas responsabilidades, decisões e solidão, ao emprestar um carro para Happy levar Pepper para... para... bom... onde você levaria a secretária ruiva do seu patrão?


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AVENGERS 14
(Março de 1965)

A história "Even Avengers Can Die!" (Mesmo um Vingador Pode Morrer!) foi escrita, a partir de uma idéia de Stan Lee, por Paul Laiken e Larry Lieber e desenhada, a partir dos layouts de Jack Kirby, por Don Heck, com artefinal de Chic Stone. Esse mundo de gente na equipe criativa parece ter tido bom resultado. Afinal, essa aventura, mostra uma série de acontecimentos que só caberiam dentro de uma saga. A idéia é bacana: antigamente, quando a Marvel ainda não era o "Universo de Super Heróis Marvel", a editora publicava histórias curtas de terror e ficção científica (entre outros gêneros). O personagem Vigia, hoje parte do Universo Marvel, era meio que o narrador desses contos no que diz respeito a ficção. Essa aventura dos Vingadores é meio que uma homenagem/crossover entre esse universo de guerras espaciais, alienígenas com nomes esquisitos (e visualmente esquisitos, também), lições de moral a respeito da paz, o Vigia (que aparece no final) e os heróis da casa. O casamento dessas duas fases da editora em uma única história é perfeito.

Os Vingadores partem desesperados em direção a um hospital para socorrer a Vespa (que levou um tiro na aventura anterior, quando enfrentaram o Conde Nefária). Lá, descobrem que a heroína está com o pulmão perfurado e tem apenas 48 horas de vida. Os heróis acalmam o Gigante que chacoalha o coitado do médico. Este, devidamente chacoalhado, informa que existe um especialista em problemas daquele tipo na Noruega, o Doutor Svenson. Com pouco tempo para agir, apenas Thor é capaz de chegar ao outro lado do mundo tão rápido.

O deus do trovão pega o médico e o leva até o hospital. Svenson ainda esperneia que não pode ajudar. Gigante perde a paciência e vai chacoalhá-lo também. Nisso, o rosto do médico sai em suas mãos revelando que ele é um impostor alienígena. O alienígena semi-chacoalhado acaba morrendo asfixiado após sua máscara de médico ser retirada. Chegou a revelar que sua raça havia raptado o verdadeiro Svenson, mas não deu tempo de dar mais detalhes. Começa uma caçada dos heróis que, separados, tentam encontrar os outros alienígenas. Tony Stark, por exemplo, lança um míssil-contador-geiger para escanear qualquer radioatividade alienígena na Terra... sem sucesso.

Os outros, também frustrados, chegam a conclusão que apenas um lugar inóspito o bastante não foi checado: o pólo norte. Chegando lá, são obrigados a escavar o gelo, pois nada aparentemente se encontra por ali. Homem de Ferro, usando seus repulsores, acaba quebrando o gelo e eles caem num abismo de gelo. Sob liderança de Thor, o próprio Homem de Ferro conserta a mancada salvando o Capitão América da queda (Gigante e o Thor conseguem se virar). Para não morrerem congelados, tomam uma pílula-anticongelante criada por Tony Stark (como estamos criativos hoje!).

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De repente, os alienígenas atacam o grupo, que os derrota facilmente e seguem por onde esses apareceram apenas para serem capturados por um raio imobilizador. Imobilizados, são levados ao líder e ficam sabendo que os alienígenas são kallussianos, que se guerreavam pelo espaço e se refugiaram na Terra. Porém, nossa atmosfera os matava (por isso o alienígena semi-chacoalhado morreu) e eles raptaram o especialista em pulmões, Svenson, para criar algo que lhes desse durabilidade.

Thor se recupera do raio e faz seus amigos serem libertos. Começa uma batalha entre vingadores e kalussianos, mas nada parece estar sendo resolvido (e a Vespa lá, morrendo...). Svenson aparece e tenta terminar a luta. Mas isso só acontece quando o exército inimigo, vindo do espaço, encontra os alienígenas. Esses, honrando sua palavra de não causar danos a Terra graças aos esforços do bom Svenson, decidem partir e lutar em outro lugar. Antes disso, teleportam os Vingadores e o doutor para a América. Svenson opera a Vespa a tempo e salva a vida da heroína.

Como podem notar, uma aventura, no mínimo... chacoalhante!

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TALES OF SUSPENSE 64
(Abril de 1965)

Tony Stark recebe uma ligação dizendo que Happy Hogan e Pepper Potts foram raptados. A ligação é feita pela nova Viúva Negra que traz novas armas em seu arsenal e um novo uniforme, tudo fornecido pelos seus patrões soviéticos. Ela também omite que está acompanhada de seu parceiro, o Gavião Arqueiro, que traz (sempre) novas flechas em seu arsenal criativo. A intenção da dupla é que Stark mande o Homem de Ferro a um local combinado, para que eles possam derrotá-lo.

Stark vai pessoalmente até a dupla de vilões, para surpresa de todos, levando uma maleta que diz conter projetos de um novo armamento. Levado por capangas para um galpão abandonado, o industrial solta uma abotoadura que começa a fazer fumaça e cegar os meliantes. Nessa altura da carreira heróica, Stark está tão acostumado a vestir a armadura que consegue fazer isso quase que instintivamente, sem que a fumaceira atrapalhe o processo e a rapidez do mesmo. Logo, o Homem de Ferro já está pronto para a batalha e derrota os capangas mequetrefes.

Lá fora, a dupla de vilões se surpreende com o surgimento do Homem de Ferro. Gavião Arqueiro dispara uma flecha curva que é uma espécie de bumerangue que fica rodeando o alvo e emitindo um forte som para deixá-lo desnorteado. O herói contra ataca disparando eletricidade nos trilhos sob seus pés. A descarga atinge o Gavião e o deixa zonzo.

A Viúva Negra, mais ativa que nas suas últimas aparições, dispara um carrinho de carga pra cima do herói (não sei o nome daquilo; são aqueles carrinhos que andam em trilhos de trem, com uma alavanca em cima que é movimentada pela pessoa para que possa rodar; muito comum em desenhos animados...). O herói se desvia, mas o carrinho vai atingir em cheio Pepper e Happy, que estão presos num galpão. Para impedir o desastre, ele levanta os trilhos e impede o curso do desgovernado objeto.

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Finalmente, os vilões começam a trabalhar em equipe. O recuperado Gavião dispara flechas ácidas que dissolvem a armadura do herói e a Viúva também tenta alvejá-lo com uma espingarda. Na rota de fuga dos disparos, escondendo-se atrás de um muro, o Homem de Ferro consegue desarmar a Viúva. Mas ainda resta o problema das flechas ácidas, sendo que o efeito das que o atingiram ainda continuam corroendo a armadura. Trata-se de uma corrida contra o tempo.

Homem de Ferro utiliza seus transistores para potencializar uma espécie de furadeira/escavadeira que cabe em seu pulso mas, poderosa, abre caminho para que ele fuja por um buraco no chão (Nussa! A última vez que ele usou isso, foi na época da armadura amarela, para ajudar um amigo arqueologista. Lembram?). Ao invés de atingir o Arqueiro, o herói muda de tática, atingindo seu maior ponto fraco: dispara uma descarga elétrica na Viúva Negra. De fato, o vilão ama tanto sua parceira que deixa sua missão de lado para acudi-la (sob o protesto da espiã, que está pouco se lixando pro amor do parceiro).

Os vilões fogem sem que o Homem de Ferro possa impedi-los, já que sua armadura continua se dissolvendo. Ele também foge, antes que sua identidade seja descoberta. Logo depois, Stark aparece dizendo que o seu guarda-costas foi chamar a polícia. Pepper, emocionada por ver que o patrão (e grande amor de sua vida) está são e salvo, abraço-o carinhosamente... para a infelicidade do enciumado Happy Hogan, já que percebe que o amor da garota parece ser algo impossível de se alcançar.

Stan Lee ainda termina a história com um gracejo: como a revista ainda apresenta uma aventura do Capitão Ameríca, no final desta aventura ele propõe que o leitor passe para a mesma, antes que pense que ali se tornou uma revista de romance. Dizer o que de um cara que tira sarro de si mesmo...?

 

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AVENGERS 15
(Abril de 1965)

A história "Now, By My Hand, Shall Die a Villain!" (Agora, Pelas Minhas Mãos, Um Vilão Irá Morrer!) foi escrita por Stan Lee e desenhada, a partir dos layouts de Jack Kirby, por Don Heck, com artefinal de Mike Esposito (que antes assinava como Mickey Demeo). Impressionante história onde acontece uma das primeiras mortes de personagem importante dentro do universo Marvel. E nem é preciso chocar tanto matando um herói, uma vez que é o vilão Barão Zemo quem morre numa batalha com o Capitão América.

Os Vingadores terminam mais uma reunião e vão embora com suas respectivas identidades civis. Ainda não há uma confiança no grupo para que essas identidades sejam reveladas. Tanto que o Gigante e Vespa (Hank Pym e Janet Van Dyne) trocam-se num cômodo isolado. O Capitão América, no entanto, se mostra mais a vontade e mostra sua identidade de Steve Rogers recém adaptada ao mundos dos anos 60. Mesmo mostrando, inclusive, que guarda seu escudo dentro de uma pasta de portfolio, Capitão América não fica sabendo quem é o Homem de Ferro. Como sempre acontece depois das reuniões, o gladiador dourado fica por último com a desculpa de que irá ajustar alguns circuitos. Mal sabe o Capitão que o Homem de Ferro, que na verdade é Tony Stark, já está em sua própria "casa". Stark, sozinho, aproveita para recarregar tranquilamente sua placa peitoral.

O grupo iria se reunir novamente com um chamado de urgência do Capitão América, que diz ter visto os vilões Encantor e Executor perambulando pela cidade, o que pode ser sinal de problemas. Nessa mesma reunião, após um estranho rugido, ele vêem o jovem Rick Jones ser levitado no ar, indo em direção a um jato que passa por cima da mansão. Isso acontece tão rápido, que nem os jatos do Homem de Ferro são capazes de salvar o rapaz. Tentando salvá-lo, Homem de Ferro e Thor são atingidos por uma bomba de concussão e são pegos pelo Gigante.

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Indefesos, restam aos heróis consolar o desespero do Capitão América, que vê seu protegido ser raptado sem nada poder fazer. Através do dial em seu peito (o aro que contém aquela luminária amarela), o Homem de Ferro contata a força aérea e pede o novo jato construído pela Stark para que possam seguir o inimigo.

Dentro do jato, o grupo é atacado pelo vilão Cavaleiro Negro, que foge quando Thor sai de dentro da nave e o persegue. Mesmo assim, o perigo não passa. Logo, o jato é atingido por uma rajada do vilão Derretedor. Quanto a esse vilão, é o Homem de Ferro quem o enfrenta (afinal, ele faz parte da SUA galeria de vilões).

O Derretedor derrete (dãããã...) o suporte de uma caixa d´água. O Homem de Ferro consegue segurá-la, mas o Derretedor aproveita a distração para chumbar os pés dele no chão e poder atingi-lo mais calmamente. Mas o herói é salvo por Thor, que desistiu de perseguir o Cavaleiro Negro, e livra o amigo com seu martelo (que é feito do metal Uru, imune aos raios do Derretedor).

Cientes que os ataques são de autoria dos Mestres do Terror, os Vingadores derrotam os vilões um a um e impedem sua fuga (quando estes recebem ajuda de Encantor e do Executor). É o próprio Executor, que mais parecia um capanga de vilão, quem se mostra o mais inteligente de todos os personagens envolvidos: sugere que a batalha não continue ali. Afinal, todos estão no meio de uma cidade (Nova Iorque) e a luta poderia fazer vítimas inocentes. É claro que isso não foi preocupação, mas uma ameaça!

Resta ao grupo uma pergunta: Onde foi parar o Capitão América e o jato. Bom... ele seguiu até a base do Barão Zemo (o líder dos Mestres) e resgatou Rick Jones, ao custo da morte do vilão que é esmagado por pedras, movidas por sua própria arma

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TALES OF SUSPENSE 65
(Maio de 1965)

A história "When Titans Clash!" (Quando Titãs Se Enfrentam!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo. Boa idéia de Stan Lee, desenvolvida com a ingenuidade da época e sem muito apego a cronologia do Universo Marvel. A capa dá idéia de que Stark está lutando com sua antiga armadura. Mas essa imagem é uma brincadeira com o leitor que julga a história pela primeira aparência.

Tony Stark anda com tanta dor de cotovelo por não poder se declarar para Pepper Potts, que até acaba dando patadas em seu principal (e ingênuo) rival, Happy Hogan. Mas o estranho comportamento sempre passa batido diante dos problemas do dia-a-dia de um super-herói.

Para desanuviar um pouco dos problemas amorosos, Stark vai pessoalmente até um teste de um novo míssil de sua criação. Enquanto se entretem com as maravilhas da própria genialidade, o industrial mal imagina que alguém invade sua propriedade. E o pior é que dessa vez não se trata de nenhum super-vilão colorido e ensandecido, mas um simples ladrãozinho pé-de-chinelo (que, no entanto, burlou a segurança da Stark) de nome Weasel Wills (weasel, em inglês, significa doninha, um mamífero tão sorrateiro quanto uma raposa). O "trombadinha" ainda dá a sorte de encontrar a maleta de Stark em seu escritório. A mesma maleta que (pasmem!) contém a armadura de Homem de Ferro. Ou seja, além de descobrir a identidade secreta do herói, o zé-mané ainda se apossa da maior arma criada no Universo Marvel... assim, como quem não quer nada. Vestido com a armadura, o ladrão passa ainda mais fácil pelos seguranças, que pensam se tratar do verdadeiro Homem de Ferro.

Passam-se dias (eita Stark relaxado!) e Weasel tem tempo de sobra para testar o novo aparato. Após dominar a maioria de seus recursos, começa a usar a armadura para fazer fortuna em super-roubos. Para contra atacar, Stark decide usar a antiga armadura, a grandona amarela que usou em suas primeiras aventuras. Usando uma frequência única entre armadura, o industrial desafia o ladrão a derrotá-lo em uma de suas fábricas. Tentado pelo doce sabor do desafio e a oportunidade de revelar ao mundo a verdadeira identidade do Homem de Ferro, Weasel topa a parada.

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Na fábrica, os dois lutam. Weasal tem a vantagem de ter a armadura mais ágil e com os aprimoramentos que Stark foi desenvolvendo ao longo dos tempos, tornando-a praticamente invencível. Já Stark, com a armadura amarela, tem menos recursos e agilidade, mas se vale da robustez da mesma para tentar derrotar o oponente. Outro problema que Tony tem é justamente o motivo pelo qual deixou de usar o modelo amarelo: ela era pesada demais e forçava muito seu enfraquecido coração. Esse detalhe começa a pesar quando, no meio da batalha, o inventor começa a sentir dores no peito.

Weasel já está certo de sua vitória, mas a sua armadura começa a travar. É que a energia dela também é finita. Antes que possar ter a chance de recarregar, o Homem de Ferro Amarelo desliga a energia do local e o ladrão se vê preso dentro da armadura descarregada.

Tony Stark desmascara Weasel diante da polícia, inocentando-se dos roubos praticados por ele. E quanto ao perigo de sua identidade secreta revelada? Bom... Weasel ficou tão encantado com tantas possibilidades e poderes que a armadura lhe deu, que acabou enlouquecendo dentro da mesma, repetindo pra polícia que ELE é o verdadeiro Homem de Ferro. Solução forçada no roteiro de Stan Lee mas, por outro lado, menos clichê do que "matar o vilão que descobre a identidade do herói".

Por fim, e voltando aos problemas emocionais de Stark, vemos os seus leais funcionários decepcionados por não terem descoberto quem é o Homem de Ferro. Happy acha que ele deve ser feliz, pois, com um poder daqueles, deve ter tudo o que quer. Stark emenda, dizendo que nem sempre quem tem tudo, pode ser totalmente feliz. De fato.

 

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AVENGERS 16
(Maio de 1965)

A história "The Old Order Changeth!" ([algo como] Mudanças na Velha Ordem!) foi escrita por Stan Lee e desenhada, a partir dos layouts de Jack Kirby, por Dick Ayers. Os Vingadores originais decidem se afastar do grupo e novos personagens formam o grupo. No caso do Homem de Ferro, o motivo são seus problemas pessoais.

O impasse contra os Mestres do Terror continua. Uma batalha na cidade faria vítimas inocentes. Homem de Ferro dá sinal para que Thor use um tal de "plano D". Thor gira seu martelo até que este forme um redemoinho. Encantor e Executor, asgardianos como Thor, sabem o que vai acontecer e batem em retirada. Derretedor, Cavaleiro Negro e Vingadores são envolvidos pelo redemoinho e levados para outra dimensão, onde as leis da física são diferentes e as armas dos vilões se viram contra os próprios. Os dois são presos pelos heróis, que retornam a dimensão "normal".

Após a batalha, acontece a costumeira reunião para analisar os últimos fatos. Thor não comparece por problemas em Asgard. Capitão América ainda está voltando da Amazônia após a batalha com o Barão Zemo. O tema da reunião: os heróis estão meio que cansados de tantos problemas a serem enfrentados, uma vez que já têm os seus próprios para resolver. Pensam em se aposentar da carreira de vingador.

No meio da reunião, uma fumaceira aparece do nada. Ela provém de uma flecha presa na porta. Homem de Ferro reconhece a arma como sendo do Gavião Arqueiro. De fato, é o ex-parceiro da Viúva Negra que explica que ele não é um vilão como todos pensam. O mal entendido veio desde sua primeira aparição, quando a polícia o confundiu com um ladrão, e sua mal conduzida parceria com a espiã russa. Explica que ela foi ferida pelos camaradas comunistas, deixando-a sob cuidados médicos já que nada mais podia ser feito. Como prova final de suas boas intenções, demonstra de seu talento com flechas, libertando o mordomo da mansão dos Vingadores (que não é chamado de Jarvis, o futuro mordomo dos Vingadores) do laço com o qual ele mesmo o prendeu. Isso convence os vingadores de que é inocente.

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Tentam convidar Namor para ser um novo vingador. Esse, orgulhoso em seu cargo de príncipe dos sete mares, recusa o convite. Homem de Ferro, no entanto, não entende aquilo como arrogância, mas como postura de monarca.

Homem de Ferro apresenta, para a imprensa, as mudanças no grupo. Os repórteres acreditam no álibi dado ao Gavião. Porém, perguntam sobre Thor e Capitão América. Homem de Ferro também está preocupado com os companheiros.

Dias depois, Tony Stark segue com sua limusine, para receber dois novos candidatos a vingadores: os mutantes Feiticeira Escarlate e Mercúrio. O álibi para confiança da imprensa, dessa vez, vem da popularidade de um milionário como Stark. Pietro (Mercúrio), dá uma demonstração de sua velocidade, correndo em volta da limusine de em movimento.

Na mansão, Stark dá boas vindas e pede licença para cuidar de seus negócios. Veste a armadura para se apresentar como Homem de Ferro. Se preocupa ao perceber que os novos Vingadores ainda são pouco poderosos se comparados a formação anterior. Cogita em recolocar o Hulk, mas sabe que não será fácil encontrá-lo.

Para a felicidade de todos, Capitão consegue chegar da Amazônia (junto com Rick Jones). É quando, incrédulo, o Capitão sabe da notícia da saída do Homem de Ferro, Gigante e Vespa.

Por fim, com a volta do Capitão, o Homem de Ferro pode apresentar para a imprensa a formação definitiva dos Vingadores. Faz um pedido: que tenham como primeira missão encontrar e reintegrar o Hulk. O herói de ferro se despede de Vespa e Gigante que, apesar da consciência de sua decisão, estão com lágrimas nos olhos. Sentem pela ausência de Thor. Stark, também triste por essa mudança, pede a Happy que o leve de volta as Indústrias para que possa se afogar em trabalho.

Uma edição de despedidas que, com certeza, deve ter deixado muitos leitores boquiabertos na época... e, muitos deles, com lágrimas nos olhos.

 

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JOURNEY INTO MYSTERY 116
(Maio de 1965)

A história "The Trial of the Gods!" (Quando Titãs Se Enfrentam!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Jack Kirby, com artefinal de Vince Colletta. Os acontecimentos nessa aventura não tiveram nenhum recordatório para localizar o leitor dentro da cronologia Marvel. Analisando a história publicada em Avengers 16, podemos concluir que tudo ocorreu no MEIO daquela aventura, mais especificamente após a batalha com os Mestres do Terror (onde Encantor e Executor fugiram) e a última reunião dos Vingadores originais.

Nesse número de Journey, Odin parece ter ficado de saco cheio com as brigas entre seus filhos, Thor e Loki, e os obriga a passar por provações na desolada e perigosa terra de Skornheim. É claro que Loki irá usar várias trapaças para poder vencer a "corrida". Entre elas, ameaçar a amada do deus do trovão, Jane Foster, usando Encantor e Executor, que estão na Terra.

O Homem de Ferro só aparece, com os Vingadores, em uma curta cena de reunião (provavelmente após o anúncio da troca de integrantes). Como mostrado em Avengers, existe uma certa preocupação dos heróis em relação ao sumiço de Thor. Eles até sabem que isso é devido a problema em Asgard, mas se questionam se o companheiro não deve estar precisando de ajuda. Bem... até que está precisando de ajuda. Não que papai Odin fosse permitir que alguém ajudasse...

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TALES OF SUSPENSE 66
(Junho de 1965)

A história "If I Fail, A World Is Lost!" (Se Eu Falhar, O Mundo Está Perdido!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo (Mike Esposito). Aqui começa uma nova fase na vida do Homem de Ferro, já que decidiu sair dos Vingadores para cuidar dos seus problemas. Mas, se houve uma intenção de diminuir seus problemas para melhor tratá-los... problemas é o que não faltam e nem deixam de pipocar para este complicado herói.

Stark não pode nem recarregar a armadura em paz! Justamente quando fazia isso, Pepper anuncia a chegada do ranzinza senador Byrd, seu contato e mediador de seus contratos com o governo americano. O motivo da visita é o teste do novo mini submarino (para um homem só) que a Stark desenvolveu.

O chofer Happy Hogan percebe o olhar apaixonado que Pepper ainda dedica ao patrão. Enciumado, se propõe para acompanhar os testes do submarino. Stark diz que o Homem de Ferro já está cuidando de tudo. Happy se sente meio chateado. Afinal, desde salvou a vida de Stark de um acidente automobilístico (motivo de ter ganho o emprego) nunca serviu para muita coisa dentro da empresa. Magoado por estar ali apenas "de favor", intima Stark: ou acompanha os teste, e é útil em alguma coisa, ou pede demissão. O industrial, constrangido com a situação (afinal, o pentelho do senador Byrd vê todo o barraco), diz que irá discutir isso depois. Pepper, pra acabar de piorar a situação, pede para Stark não deixar Happy ir embora. E o senador lá, enchendo para irem logo pros testes.

Enfim, o Homem de Ferro apresenta o novo minisubmarino. Ele mesmo dirige a nave até as profundezas do oceano. O "passeio" serve meio como terapia para Stark pensar sobre seus problemas em paz. Mas, nem no fundo do mar o coitado tem sossego. O sonar do submarino localiza uma movimentação estranha e logo ele escapa por pouco de uma explosão decorrente de um disparo.

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Saindo do submarino, e contando com meia hora de oxigênio dentro da armadura, ele localiza duas pessoas abaixo d´água. Imagina que sejam do mesmo povo pertencente a Namor, por isso estão tão abaixo da superfície sem equipamento adequado. Mais adiante, vê um pequeno exército em volta de uma enorme arma apontada para cima. Reconhece o líder deles como sendo o tirano Attuma. Lembrou-se disso pois o Gigante já havia alertado sobre o vilão (na verdade, este personagem, típico nas histórias solo de Namor, surgiu nas páginas da revista do Quarteto Fantástico).

O vilão fala (e todo vilão fala demais...) que aquela arma irá disparar um míssil que deixará a atmosfera mais densa, ficando irrespirável para a raça humana e adequada para seu povo que vive nas profundezas. Com isso, irá conquistar e escravizar a humanidade. Ouvindo todo o plano, Homem de Ferro acaba sendo localizado pelos soldados de Attuma. Ele é atacado, mas contra ataca as naves dos soldados.

Vendo que seus soldados não conseguem nem tocar no herói, Attuma decide atacar pessoalmente. Primeiro, atira uma espécie de raio de calor (não existe fogo dentro d'água), mas o Homem de Ferro rechaça o ataque. Mesmo recebendo o raio de volta, Attuma prova que tem força sobre-humana e aguenta o tranco. Enquanto isso, Stark percebe que a armadura está gastando força e oxigênio.

Attuma parece fugir e o Homem de Ferro o persegue, mesmo estranhando, pois a fama do vilão não é a de covarde. De fato, o herói cai numa armadilha, dentro de uma caverna com barras de radioatividade que não podem ser atingidas por ele (isso causaria um desastre ambiental). A solução está na refração da luz em seu peito, que reflete e quebra o efeito das tais barras. Enfraquecido, ele alcança o submarino, recupera um pouco de oxigênio e joga seu transporte no canhão de Attuma, destruindo a arma.

O herói derrota o vilão mas, voltando sem o submarino, enfrenta a ira do Senador Byrd, que ameaça o contrato do governo com as Indústrias Stark. E Pepper ainda vem encher o saco, dizendo que Happy Hogan foi embora mesmo.

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TALES OF SUSPENSE 67
(Julho de 1965)

A história "Where Walk the Villains!" (Onde Andam os Vilões!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo (Mike Esposito). História leve que serve para uma maior interação entre os coadjuvantes Pepper Potts e Happy Hogan, além de deixar os novos leitores a par da galeria de vilões do Homem de Ferro.

Pepper chora pela saída de Happy Hogan das Indústrias Stark. E ainda coloca a culpa do acontecimento no Homem de Ferro. O herói a lembra que Happy, que fora embora por não poder testar o novo submarino (na edição anterior), poderia ter morrido, uma vez que a máquina explodiu após o ataque das tropas do vilão Attuma (na verdade, diz isso sem a riqueza de detalhes). Mas ela não quer saber e mostra ter antipatia pelo gladiador dourado. Happy pega um avião e vai embora para a casa de seu avô, na Irlanda.

Enquanto isso, em um local abandonado, o vilão Conde Nefária ainda chora as mágoas por ter sido derrotado pelos Vingadores. Afinal, acabou perdendo um importante cargo dentro da organização criminosa Maggia. Ele cria uma máquina que manipula os sonhos e pesadelos de suas vítimas. Passa a se chamar de Mestre dos Sonhos. Sua intenção é derrotar os Vingadores um a um. Adivinhem quem é o primeiro da lista! Pois é... o Homem de Ferro é localizado no exato momento em que está recarregando.

A máquina de Nefária, faz o herói sonhar que está em cima de uma ponte lutando com os vilões Unicórnio e Dínamo Escarlate. Apesar de estranhar a presença do Dínamo (o vilão havia morrido a pouco tempo), Homem de Ferro desconhece o fato de que, se morrer no sonho, seu corpo morrerá na vida real. Reagindo, o herói atira longe seu oponente soviético. Isso foi apenas um teste. Nefária o liberta do sonho e o Homem de Ferro acorda, achando que apenas cochilou enquanto recarregava.

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Pepper recebe flores de Happy e continua discutindo com o Homem de Ferro. Pelo menos, agora o herói sabe o paradeiro do chofer. Grudando em um avião, parte para a Irlanda. Lá, encontra Happy e conta que a secretária está chorando por sua partida. Mas, teimoso, o chofer não se faz de rogado. A mesma antipatia que Pepper tem pelo herói de ferro, é compartilhada por Happy. Resta ao Homem de Ferro esperar e convencer seu colega pelo cansaço.

E que cansaço! Homem de Ferro acaba cochilando e caindo dentro de um novo pesadelo orquestrado por Nefária. Desta vez, o herói enfrenta uma galeria de vilões muito maior, composta por Dínamo Escarlate (novamente), Jack Frost (vilão que seria conhecido como Nevasca), Gargantus (robô gigante alienígena com aparência de homem das cavernas... é, eu sei que é duro de engolir...), Derretedor e Cavaleiro Negro. No entanto, o instinto de sobrevivência de Stark o faz lutar e sobrepujar seus oníricos inimigos, mesmo sabendo que são meras ilusões. Nefária se desespera com essa força de vontade e exige mais de sua máquina, que acaba entrando em curto e explodindo.

Com a máquina dos pesadelos destruída, Homem de Ferro acorda a tempo de ouvir Happy falando com Pepper ao telefone, prometendo voltar para os Estados Unidos. E o coitado do Nefária que, ao contrário da nobreza de seu título, se passa por um dos mais chumbregas vilões das histórias em quadrinhos. Algo que, no futuro, seria remediado.

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TALES OF SUSPENSE 68
(Agosto de 1965)

A história "If A Man Be Mad!" (Se Um Homem Estiver Louco!) foi escrita por Stan Lee e Al Hartley e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo (Mike Esposito). Uma divertida comédia do erros, onde o destaque fica com a primeira aparição do primo pobre (e picareta) de Tony Stark: Morgan Stark. Ele é aquele tipo de personagem que faz o ajudante atrapalhado do vilão. Nesse caso, ajuda o Conde Nefária, que está menos patético do que a edição anterior mas, ainda assim, não acertou a mão como vilão consagrado do Universo Marvel.

Happy Hogan é calorosamente recepcionado por Pepper Potts. Stark sente aquela pontinha de ciúme, temperada com a conformidade de sua situação. Pra piorar, o industrial recebe uma carta de seu primo Morgan e já sabe que a presença do indesejado parente nunca pode ser boa coisa. Mas, como ele é o lado rico da família Stark decide ajudar o picareta.

Os problemas do primo Morgan são piores do que se imagina. Ele está envolvido com ninguém menos que o Conde Nefária. O vilão, sabendo do parentesco de sua vítima, faz um acordo para que este ajude a derrotar Tony Stark. Morgan, mal caráter como é, aceita a oferta no mesmo instante.

Enquanto pede para Pepper apresentar a fábrica para Morgan (mesmo que a secretária não tenha ido com as fuças do sujeito), Stark aproveita para dar uma volta. No meio de um matagal, ele vê uma espécie de foguete. Veste a armadura e decide investigar. O tal foguete brilha, mas o Homem de Ferro não consegue evidências de que seja radioativo. No entanto, descobre que se trata de uma poderosa bomba e, como Stark, chama as autoridades (se o herói da história precisa chamar as autoridades... quem que as autoridades iriam chamar?).

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Quando as autoridades chegam ao local, nada encontram. Na verdade, sem que ninguém soubesse, tudo foi causado por uma arma que causa ilusões, criada por Nefária e fornecida para Morgan, que a estava usando. Como mais um teste, o primo pobre faz Stark ver um homem do espaço no meio das árvores. As pessoas presentes, que não foram afetadas pela arma, acham que o industrial está ficando doido. Na verdade, o próprio Stark acha que está ficando doido, chegando ao ponto de culpar até o uso da armadura como sendo a causadora dessas ilusões (O Ministério da Saúde adverte: usar armadura do Homem de Ferro pode causar sérios transtornos mentais).

Pepper e Happy, preocupados com a sanidade do patrão, sugerem que ele tire férias. Nisso, a imprensa chega para cobrir essa nova crise nas Indústrias Stark. E justo quando os repórteres lá estava, Morgan faz o primo ver (sozinho) uma nave espacial em sua janela. A notícia se espalha e chega ao Senador Byrd, que quer convencer o Senado a tirar o contrato de Stark.

Voltando ao local do foguete brilhante bomba, Homem de Ferro iria sofrer um novo ataque de Morgan... quando alienígenas DE VERDADE chegam da lua e atacam o herói (para o espanto do Morgan... e nosso espanto também!). Após uma ferrenha batalha, onde o ex-vingador leva a melhor, Morgan escorrega e quase vira refém dos aliens. Mas é salvo pelo Homem de Ferro, que o convence a contar a história para as autoridades, os senadores e a imprensa, o que serve de álibi para a sanidade de Stark. O industrial ganha crédito novamente (para o desgosto do Senador Byrd) e Morgan tem a dura missão de enfrentar a ira de Nefária.

Essa inocente história (juntamente com a aventura da edição anterior), fez parte do mix de histórias da revista Capitão Z número 0. Esta revista, distribuída gratuitamente no Brasil através dos postos Shell, em 1967, era publicada pela Ebal e era uma forma de aproveitar a onda dos desenhos animados da Marvel dos anos 60 (aqueles que só mexiam a boquinha... os mais velhos lembram... os mais novos, procurem por aí e matem a curiosidade), além de servir como incursão dos personagens da editora americana em solo, terra e bancas brasileiras.

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TALES OF SUSPENSE 69
(Setembro de 1965)

A história "If I Must Die, Let It Be With Honor!" (Se Eu Morrer, Que Seja Com Honra!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Vince Coletta. Primeira aparição do vilão Homem de Titânio que, na verdade, era uma espécie de contraparte comunista do Homem de Ferro. O traço de Heck aparenta uma curiosa mistura com a artefinal de Coletta, dando a impressão de que os desenhos estão mais limpos. É como se a finalização do desenho, ao invés de impor certos sombreamentos e textura, deixasse os quadros mais leves.

A dor de cotovelo de Tony Stark (por Pepper) continua. E ele resolve afogar as mágoas no trabalho, aperfeiçoando peças de sua armadura. Por falar na secretária... que diferença o relacionamento com o chofer Happy Hogan! Ao invés das costumeiras patadas no coitado, agora ela aceita amavelmente cada convite dele. Mas ainda não é namoro, e sim, amizade. Prova disso é que Stark oferece a limusine pro casal de pombinhos passear e ela, não se mancando, convida o chefe para passearem a três.

Enquanto isso, em um campo de trabalho forçado na Sibéria, o Comissário Boris Bullsky comanda o local com mão de ferro. Só que não sente tanto orgulho do poder que exerce. Acha até humilhante estar em um local tão isolado. Seu sonho de ascenção está em derrotar o inimigo capitalista que tanto incomodou a Rússia: o Homem de Ferro. Para tanto, seleciona cientistas dentro do campo e os força a criarem uma fabulosa armadura, parecida com a do herói americano, só que feita de algo mais forte que o ferro... titânio! Sua obsessão é tamanha, que ele estuda a maioria das batalhas do Homem de Ferro para assimilar suas técnicas.

Os cientistas terminam a gigantesca armadura e colocam uma versão menos avançada do famoso minitransistor de Stark dentro dela. Apesar dessa defasagem em relação ao "modelo" americano, a armadura de titânio tem armas exclusivas que lhe dão vantagens. Bullsky, grandalhão, cabe perfeitamente dentro da enorme criação.

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As Indústrias Stark recebem um telegrama onde o Homem de Titânio, do regime comunista, desafia o Homem de Ferro para defender o capitalismo (não algo tão profundo, mas meio que desafiando o herói para representar a América). Tony Stark se preocupa, considerando que as falhas constantes em sua placa peitoral podem ser uma desvantagem em um desafio desse tamanho. Assume, inclusive, que essas falhas foi um dos motivos por ter saído dos Vingadores. Ao mesmo tempo, o Senador Byrd volta a encher o saco, forçando Stark a obrigar o Homem de Ferro a lutar. Afinal, a honra da América está em jogo e um industrial contratado pelo governo americano não poderia deixar de aceitar o desafio. Sem saída, o industrial luta para aperfeiçoar a placa e corrigir seus defeitos.

A batalha é marcada para acontecer na Alberia, país europeu onde há um local deserto com espólios da Segunda Grande Guerra. O local ferve com o acontecimento, atraindo a atenção de turistas e a imprensa do mundo todo. Stark, que leva Pepper e Happy, encontra-se com uma antiga paixão, a condessa de La Spiroza, mas recusa o convite de ficar com ela, provocando a ira da mesma (a cena promete que a beldade irá dar trabalho no futuro).

Chega a hora da batalha. Os oponentes se conhecem e o Homem de Ferro fica impressionado com o gigantismo do Homem de Titânio. Seus repulsores, primeiramente, parecem ser eficientes contra o inimigo. Mas este mostra surpresas que ele não esperava, como um poderoso poder magnético que o atrai (uma espécie de repulsor ao contrário). A história termina quando, ao tentar tomar espaço, o Homem de Ferro cai numa armadilha feita com minas terrestres pelo vilão. Continua na próxima edição.

Interessante enfoque, onde a batalha entre capitalismo e comunismo vira um espetáculo de mídia e é representado por personagens superpoderosos com poderes parecidos.

 

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AVENGERS 20
(Setembro de 1965)

A história "Vengeance Is Ours" (A Vingança Será Nossa) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Wallace Wood. Lee aproveita para desenvolver melhor personagens conturbados dentro do Universo Marvel, como o rebelde Gavião Arqueiro, o confuso Espadachim e o vilão da vez Mandarim.

Mandarim decide humilhar seu arquiinimigo de uma forma mais criativa, ajudando o Espadachim a ingressar nos Vingadores. Dessa forma, quando o vingador dourado decidir voltar ao grupo, ele terá uma espécie de espião que poderá destruí-lo. Para tanto, dota o Espadachim de uma nova espada com botões que lhe dão poderes especiais (tal qual seus dez anéis fazem por ele).

Para convencer os Vingadores a aceitarem o suspeito personagem, Mandarim cria uma imagem perfeita do Homem de Ferro que, refletida na Mansão dos Vingadores, pede para que os heróis aceitem o Espadachim. Capitão América ainda desconfia, lembrando que o Homem de Ferro está na Europa, lutando contra o Homem de Titânio (um link com Tales of Suspense), mas a sugestão é aceita mesmo sob os protestos do ranheta Gavião Arqueiro.O plano dá errado apenas pelo remorso do Espadachim. Mesmo assim ele é obrigado a fugir dos Vingadores que descobrem suas verdadeiras intenções

Uma participação do Homem de Ferro, SEM o Homem de Ferro, que até os Vingadores acreditaram.

 

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FANTASTIC FOUR ANNUAL 3
(Setembro de 1965)

A história "Bedlam at the Baxter Building!" (Confusão Próximo ao Edifício Baxter!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Jack Kirby, com artefinal de Vince Colletta. Crise no Infinito Universo Marvel! O Casamento do Senhor Fantástico com a Mulher Invisível (do Quarteto Fantástico) é recheado com toneladas de personagens desse universo de super heróis e uma batalha épica entre eles e outra tonelada de vilões. Isso sem contar os personagens coadjuvantes de quase todos os títulos da editora! E é claro que o Homem de Ferro apareceria nessa festa, inclusive participando durante pouco tempo ao lado dos ex-companheiros dos Vingadores. A arte de Jack Kirby, genial como sempre, claramente foi substituída em algumas páginas. Nada que prejudique uma edição que tem o mérito de apresentar até mesmo colagens fotográficas. Hoje, isso pode parecer arcaico, mas a revista foi publicada na década de 60. Ou seja, psicodelia pouca era bobagem!

O Coisa recepciona os convidados na porta do Edifício Baxter. Tony Stark comparece em seu traje a rigor, que chama a atenção do monstro laranja. O milionário é reconhecido pela mulherada que vai fazer tietagem no evento. Uma delas, em especial, é Patsy Walker. Essa personagem pertencia a uma espécie de revista em quadrinhos para meninas criada antes da Marvel ser o Universo Marvel de super heróis. Mesmo com seu título cancelado (após mais de uma centena de números), a personagem foi reintegrada ao mundo dos heróis... como a heroína Gata do Inferno (Hellcat). Quando ela vê Stark falando com o Coisa, dá uma de fã histérica.

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Mas a história não é só sobre casamento. Afinal, o Quarteto foi criado para ser um grupo aventuresco. O Doutor Destino usa um maquinário que provoca todos os principais vilões da Marvel a atacar Reed e Sue. Como os convidados dos heróis, na sua maioria, eram heróis também, a confusão estava armada. Homem de Ferro se une aos Vingadores (Capitão América, Mercúrio e Gavião Arqueiro) para atacar o batalhão de vilões que enlouquecem naquele momento. Em especial, o vingador dourado cuida do andróide do Pensador Louco, que se adapta ao formato dos inimigos. Mas, apesar do andróide tomar a forma de ferro, ele não duplica os repulsores magnéticos da armadura e o Homem de Ferro se aproveita desse pequeno "defeito".

No calor da batalha, Reed Richards suga os vilões através de um maquinário do Vigia e a batalha termina abruptamente. A cerimônia prossegue e os heróis convidados assistem o casamento com seus respectivos uniformes. Homem de Ferro, claro, pagou o mico de estar lá na igreja com sua armadura.

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TALES OF SUSPENSE 70
(Outubro de 1965)

A história "Fight On! For a World Is Watching!" ([algo como] Lute! Pois o Mundo Está Assistindo) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo. Desde que surgiu, Homem de Ferro foi o carro chefe a revista Tales of Suspense. Tanto que sempre estrelou nas capas da mesma. Daí surgiu o Capitão América (desenhado por Jack Kirby) e o herói foi dividindo espaço nas páginas com ele. Depois dividiu espaço nas capas. Até que... pela primeira vez... o Homem de Ferro não aparece na capa de Tales of Suspense. Prova do sucesso que Kirby fazia com o Capitão. Como Stan Lee não é nada bobo... Mas isso não significa que as histórias do vingador dourado ficaram menos marcantes. Esta saga (uma história que ainda continuaria na edição seguinte) é um dos momentos mais marcantes na história da Marvel e do personagem.

Continuando da edição anterior... Homem de Titânio continua sovando o Homem de Ferro. Expectadores do mundo todo assistem ao conflito como se fosse um gigantesco reality show... uma luta livre entre o comunismo e o capitalismo. Homem de Ferro, já exausto de ser atacado, percebe que um dos jatos da bota de sua armadura foi danificado pelas explosões de minas, plantadas pelo vilão. Isso dificulta sua movimentação e o deixa mais lento para enfrentar um inimigo que, apesar de ser o dobro de seu tamanho, tem agilidade suficiente para derrotá-lo.

Enquanto isso, a Condessa de La Spirosa procura por Tony Stark no meio da multidão que assiste a tudo por um telão. Ela chega a perguntar para o chofer Happy Hogan sobre seu patrão. Mas, de fato, tanto ele quanto Pepper Potts estranham que Stark não se encontra por ali. Onde ele estaria num momento tão importante? A Condessa procura também no escritório do industrial, mas não encontra ninguém. Inconformada por ter sido ignorada pelo seu paquera, ela apronta uma brincadeirinha que terá consequências sérias. Vendo um minitransistor em cima da mesa de Stark, rouba o aparato e deixa um bilhete para que ele vá atrás dela para recuperá-lo.

No campo de batalha, a situação do Homem de Ferro não é nada boa. Pra piorar, o ranzinza do Senador Byrd, que já vê uma derrota americana, quer responsabilizar Stark pelo fracasso de seu guarda-costas. Stark, dentro da armadura, já começa a sentir dores no peito e tenta instalar o novo transistor que criou mas... esqueceu-o no escritório (sim, era aquele que a Condessa roubou...). Sua sorte é que soa a sirene do primeiro round (uia!) e os inimigos tem alguns minutos de descanso. Ou melhor, o Homem de Ferro tem minutos para correr até o escritório e... descobrir que foi vítima da inconsequência da condessa!

Furioso, o herói pede para que Happy Hogan procure a condessa e recupere o transistor pois sua vitória depende disso. Happy não poupa esforços e consegue encontrar a fujona e trazê-la de volta. Só há um problema... a batalha recomeçou e o chofer, se quiser entregar o transistor, terá que entrar no meio da luta para fazer isso. E é o que ele faz com temeridade, apesar de perceber que Pepper está muito preocupada com ele... o que lhe dá certo ânimo. Esse ânimo o leva a chegar muito perto dos dois oponentes e ser atingido por uma rajada que ricocheteou na armadura do Homem de Ferro (não foi acidente, mas algo premeditado pelo Homem de Titânio). Happy é gravemente ferido (chega a dar idéia de que está morrendo) e, antes de desmaiar, chama o Homem de Ferro de... chefe! Ou seja, ao que tudo indica, a identidade do herói foi sacada por seu mais fiel funcionário! Pepper desmaia ao ver Happy tão ferido e o Homem de Ferro, armado, transistorizado e furioso, decide partir com tudo pra cima do vilão... na próxima edição.

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TALES OF SUSPENSE 71
(Novembro de 1965)

A história "What Price Victory?" (Qual o Preço da Vitória?) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Wallace Wood. Aqui se fecha um dos maiores clássicos do personagem, publicada nessa microssaga em três partes, digna de nota sobre vários pontos de vista. Por mais maniqueísta que seja, é inegável o ritmo virtiginoso que a batalha entre o herói e o vilão assume. E o mais interessante é que a briga não é para defender/conquistar o planeta ou elevar o ego. A briga é meramente por... audiência. Tudo bem que uma audiência claramente voltada para a guerra de ideologias da época mas, ainda assim, num típico reality show, muitos anos antes desse termo se popularizar.

Conforme visto na edição anterior, o Homem de Ferro se encontra enfurecido com a aparente morte do chofer Happy Hogan. O herói está mais armado e mais perigoso do que antes. Afinal, Happy sacrificou a própria vida para levar o novíssimo transistor da armadura de Tony Stark. Um novo adereço que dá novas possibilidades de armas para o personagem. Por exemplo, o gigantesco vilão Homem de Titânio sente como o herói está mais ágil e, consequentemente, mais difícil de ser atingido do que o decorrer da batalha. Outro apetrecho que Stark usa contra o vilão é uma pistola que atira partículas de energia iônica para enfraquecê-lo.

O drama particular de Stark também é explorado. Enquanto Happy Hogan é levado, em coma, pelos enfermeiros do local, a secretária Pepper Potts lamuria-se pelo fato de Tony Stark não estar lá para socorrer o amigo/funcionário (ela não sabe que o patrão é, na verdade, o Homem de Ferro). O representante do governo com as Indústrias Stark, o ranzinza Senador Byrd, também nota a ausência do industrial, mas insiste em bater na tecla de que isso se deve a sua tão afamada irresponsabilidade de playboy.

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Numa última e traiçoeira tentativa de vencer, o Homem de Titânio utiliza mísseis que escondeu em meio a rochas no campo de batalha. Mas o novo transistor do Homem de Ferro ainda lhe dá outros truques, como o raio reversor que, além de desviar os tais mísseis, ainda trava a armadura do vilão. A humilhação final, com Titânio preso em meio a rochas, está no desmantelamento de sua armadura, bem como a retirada de seu elmo, expondo seu rosto para o mundo e deixando-o a mercê de seus líderes comunistas (que, diga-se de passagem, não aceitam derrotas desse tipo).

Apesar de ser recebido pelo público que comemora sua vitória, Homem de Ferro está mais interessado em saber como está Happy Hogan. Descobre que está mal, porém, ainda está vivo e sendo tratado. Ele sente a angústia de Pepper, que julga Stark uma pessoa de mau caráter, que nem se importa com o bem estar de um amigo fiel. Antes de tirar a armadura, ele decide recarregar sua placa peitoral.

Os líderes comunistas insistem em dizer que o Homem de Ferro violou as regras da luta, uma vez que Happy Hogan entrou no campo de batalha para lhe entregar uma arma (o novo transistor). Mas o Senador Byrd (que apesar de ranzinza também era muito do batuta) lembra que Titânio usou armas escondidas, o que faz seus líderes baixarem a crista.

Tony Stark chega a enfermaria e encontra uma Pepper angustiada, juntamente com uma Condessa de La Spirosa impaciente pelo aparecimento do milionário. Ele manda que esta última cale a boca em respeito a gravidade do momento. Pepper pergunta sobre o paradeiro do patrão até então. Ele (que não pode revelar a verdade) diz que teve negócios urgentes a cuidar. Ela pergunta que tipo de negócio é mais importante do que a vida de um amigo. Um médico informa que Happy vai sobreviver, apesar de ainda estar muito fraco. A aventura termina nesse drama: Pepper odiando o patrão pelo seu desleixo e ele se lamuriando por não poder contar a verdade, merecendo injustamente o ódio da mulher que, afinal, admite que ama.

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STRANGE TALES 138
(Novembro de 1965)

A história "Sometimes The Good Guys Lose!" (Às Vezes, os Bons Perdem!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por John Severin (sobre alguns esboços de Jack Kirby). Tony Stark, agente da SHIELD? De fato, a história do industrial milionário com a organização antiespionagem já vinha de longa data (entre trancos e barrancos). Afinal, a SHIELD era uma organização que utilizava os mais avançados aparatos para combater o terrorismo em nome da pátria americana e Stark produzia as mais avançadas e complexas armas para o governo. Daí que esse relacionamento estava fadado a ser mais do que indireto. Sob muitos aspectos pode-se dizer que Tony Stark e Nick Fury (líder da SHIELD) eram praticamente colegas de trabalho.

O Nick Fury dos anos 60 era uma espécie de James Bond da Marvel. Sua histórias não exploravam tanto o lado militar do personagem, mas sim as aventuras de contra espionagem mundial, com um toque de charme que só o 007 poderia ter. Apesar do linguajar pouco polido, Fury era muito prático em suas ações e mantinha sempre uma liderança muito centrada. Já os desenhos de John Severin era um caso a parte. Para o velho estilo da Marvel (tipo Kirby, John Buscema, Don Heck), os traços pesados de Severin traziam um "quezinho" de moderno, de um passo a frente do estilo daquela época. Isso se devia ao intenso desenvolvimento dentro dos "laboratórios" que eram as histórias de terror dos anos 50 e que traziam um efeito curioso para os personagens Marvel.

O Coronel Nick Fury vai até a fabrica de Tony Stark pedir para que o milionário crie alguma super arma capaz de destruir a Bomba Betatrônica, arma lançada pelo grupo terrorista Hidra e que estava ameaçando todo o planeta.

Justo quando Fury conversava com Stark, os agentes da Hidra atacam a fábrica e tentam fazê-los refens. Fury joga Tony dentro de uma porta para que fique seguro. Quanto a ele, não há o que se preocupar. Mesmo sob fogo cerrado dos espiões, o coronel estava vestindo um moderno colete que ricocheteava todas as balas que o atingiam. Mesmo assim, o número de vilões é enorme e Fury é capturado. Enquanto isso, Stark se isolava em uma câmara transparente contra balas e ataques externos e vê, indefeso (estando longe de sua pastinha com a armadura), sua fábrica ser invadida por uma espécie de tanque gigantesco, que se transforma em um enorme foguete, levando Fury para a base da Hidra.

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TALES OF SUSPENSE 72
(Dezembro de 1965)

A história "Hoorah For Te Conquering Hero!" ([algo como] Vivas para Um Herói Vitorioso!) foi escrita por Stan Lee e desenhada por Don Heck, com artefinal de Mickey Demeo. O personagens Condessa de La Spiroza e o Senador Byrd ganham cada vez mais importância dentre os personagens coadjuvantes das aventuras do Homem de Ferro. Stan Lee nos brinda com uma frase que só podia ter vindo da boca de Tony Stark: quando este vê o Andróide do vilão - "Por mil transistores!".

Nova Iorque comemora a vitória do Homem de Ferro sobre o Homem de Titânio. Mas o herói não está com clima para festas, deixando isso bem claro para Pepper Potts. A moça se sensibiliza com a tristeza do herói. Afinal, para ela, isso é demonstrar mais consideração do que o patrão Tony Stark diante do estado crítico do chofer Happy Hogan (que foi ferido pelo Titânio na edição passada). Diante disso, o herói (ironicamente o mesmo Stark dentro da armadura) se tranca dentro do laboratório e lamuria sobre o ódio da garota que ama.

Com o sucesso do herói perante o público, a imprensa começa a especular quem poderia ser o homem dentro da armadura. Detalhe que o xarope do Senador Byrd também gostaria de saber, uma vez que agora o herói representa o maior fabricante de armas da defesa americana. Outra pessoa que fica sabendo dessa curiosidade popular é a Condessa de La Spiroza. Ainda inconformada com o pé-na-bunda que Stark lhe deu, ela não mede esforços para conseguir a informação e contrata o vilão conhecido como Pensador Louco para ajudá-la.

O primeiro ataque do vilão acontece no escritório de Stark, quando seu disforme Andróide invade o local. Stark foge por uma passagem secreta (útil para escapar do recente assédio da imprensa), mas a criatura o persegue e captura antes que possa abrir sua maleta e vestir a armadura. Pepper acorda de seu desmaio (após ver o Andróide) e chama os seguranças. A notícia do rapto de Stark chega ao Senador Byrd que vê isso como uma espécie de fuga do industrial para não dar satisfações sobre a identidade do Homem de Ferro.

O Andróide leva Stark ao Pensador Louco, que ameaça a Condessa caso o industrial não diga quem veste a armadura. Logo, a fachada da Condessa cai e ela se mostra cúmplice do vilão. Este, por sua vez, tenta abrir a maleta de Stark mas, ao tocá-la, recebe uma lufada de gás que faz ele e a Condessa desmaiarem. Como já previa a armadilha, Stark prende a respiração, escapa do gás e veste a armadura. No entanto, o Andróide continua a persegui-lo, já que não é um ser vivo passível do efeito do gás. Um dos poderes da criatura é mimetizar o inimigo. Com isso, o Andróide se torna uma versão gigante do Homem de Ferro. O herói tem a vantagem de ser mais rápido, mas sua energias vão se esgotando.

O Pensador (de pé novamente) dispara uma série de raios que minam as energias do herói, que defende-se com uma névoa que desvia os tais raios para o Andróide. O vilão, que já previa essa possibilidade (afinal, ele não é um Pensador à toa), corre para os painéis de controle. Mas o Homem de Ferro dispara aparatos no painel, que entra em curto e explode o local, aparentemente ruindo sobre o Andróide. O Pensador é preso e a Condessa (desmascarada) é largada no meio da estrada. Ah, sim. A explicação para onde foi parar Stark no meio da confusão (pergunta feita pela Condessa) é que ele foi resgatado assim que a maleta soltou o gás.

Enquanto a imprensa pressiona Stark para revelar a identidade do Homem de Ferro (graças a incitação do Senador Byrd), o industrial dá uma de chefe frio e ranzinza para cima de Pepper, quando esta se diz preocupada com o estado de Happy. Faz isso para tentar manter a fachada e a identidade secreta... por mais que "as lágrimas de Pepper dividam seu coração ao meio".

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Arte de Bob Layton

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STRANGE TALES 139
(Dezembro de 1965)

A história "The Brave Die Hard!" foi escrita por Stan Lee e desenhada por Joe Sinnott (com esboços de Jack Kirby). O destaque fica por conta dos aparatos tecnológicos fantasiosos (por muitas vezes, absurdos) criados por Lee. Sem contar que o visual dos mesmos, criados por Jack Kirby, davam um ar ainda mais psicodélicos nas aventuras do agente secreto Nick Fury. E, é claro, algumas dessas armas tinham que ser "made in Indústrias Stark".

Aqui, Tony Stark participar de uma reunião na cúpula da SHIELD para lhes apresentar a nave Braino-Sauro, criada por ele para desarmar a gigantesca bomba da Hydra que paira sobre a órbita da Terra. Nessa mesma reunião, executivos já planejam votar em um novo diretor da organização, uma vez que Fury está desaparescido desde seu sequestro pelos terroristas (na edição passada). Stark, no entanto, dá um voto de confiança na valentia de Fury, garantindo que essa votação não é necessária e que, de alguma forma, o agente ainda pode estar vivo. De fato, vivo e dando muito trabalho na base dos terroristas, sendo ajudado pela filha do líder dos vilões. Mas "jamesbondiano", impossível...

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