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Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1


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Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 terá o maior lançamento da história do Brasil
De João Vitor Figueira ▪ sexta-feira, 26 de setembro de 2014 - 19h26 

Filme estrelado por Jennifer Lawrence vai despontar em cerca de 1400 salas do país, batendo o recorde que era de A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2

 

Falta mais de um mês para a estreia do novo filme da franquia Jogos Vorazes, mas a produção já chegará ao Brasil com status de recordista. Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 terá um lançamento histórico no circuito de exibidores do país, despontando em cerca de 1400 salas de cinema, de acordo com comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da Paris Filmes.

 

Sendo assim, será difícil não se deparar com a sequência de Jogos Vorazes: Em Chamas, já que o filme estará em cartaz em pouco mais de 50% das salas de cinema do Brasil (são 2765 no total). 

 

Assim, o terceiro filme da série estrelada por Jennifer Lawrence e baseada nos livros de Suzanne Collins supera a marca que antes era de A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2, que abriu em cerca de 1300 salas.

No terceiro - e penúltimo - filme da franquia será iniciada uma revolução contra o governo opressor da Capital, representado pelo tirânico Presidente Snow (Donald Sutherland), tendo Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) como um símbolo da luta por liberdade. Ela vai se aliar aos membros do 13º Distrito, liderados por Julianne Moore, e tentará recuperar o contato com Peeta (Josh Hutcherson). O elenco do filme conta ainda com Woody HarrelsonPhilip Seymour Hoffman (que faleceu em fevereiro deste ano), Elizabeth BanksLiam HemsworthJena MaloneJeffrey WrightNatalie Dormer e Gwendoline Christie.

A pré venda de ingressos para a A Esperança - Parte 1 começa no dia 29 de outubro. O novo Jogos Vorazes estreia dia 19 de novembro. 

 

http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-109564/

 

 

50% dos cinemas! P.Q.P.  :huh:

 

 

Devo ver só porque gostei do 2º filme (achei o 1º meio blé).

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Vi por não ter opção (está sendo realmente exibido em muitas salas). Fiquei um pouco deslocado por não ter visto o segundo. A história ganhou profundidade, identidade (se afastou de BR) e é mais psicológica, com muitos planos fechados em Katniss.

Como para mim o primeiro é uma lembrança distante e os personagens não são queridos, eu sinto um pouco do que senti em HP 7, quando parecia não vibrar na energia do filme.

Mas não é tão fraco como o primeiro, certamente houve uma evolução. Dizem que o segundo é bom, devo assistir.

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Bem, cá estou, assisti ontem e postarei minhas opiniões. Evitarei ao máximo os spoilers.

 

Essa é uma análise complicada para mim pois tenho dificuldades em me manter imparcial. Somam-se a subjetividade natural da arte, o gosto do livro, do longa anterior e de Jennifer Lawrence. A série Hunger Games, filmes ou livro, diferencia-se com maturidade e drama digno de romances não "jovem-adultos". Este não é o seu típico filme DivergenteMaze RunnerTwilight, etc. Ouso blasfemar ao comparar Hunger Games com 1984 de George Orwell, que ao invés de tentar criar medo de uma ditadura, tenta inspirar esperança diante de opressão.

 

Pra resumir: Gostei muito e recomendo bastante. Falhas aqui e acolá, perde o cuidado detalhista de Catching Fire, mas ainda sim um ótimo filme. Há pouca ação, um tom sombrio e uma abordagem de temas maduros que poucos blocksbuster fazem. Temos uma história emocionante sobre o personagem, ao invés de ação pesada, grandes eventos, ficção científica ou efeitos especiais mirabolantes. Uma adaptação que conta a mesma história do livro com astúcia e boa cadência, mas que cansa por causa do tom repetido (sem o contraste de pobreza/riqueza dos anteriores) e corte de cenas ineficiente e/ou ineficaz. Um ótimo setup pra sequência, sem parecer "gancho" como o anterior.

 

Não senti que filme esticou o livro e também não concordaria com a afirmação que seria melhor em uma parte. De início ao fim, o filme se apresenta com 2 objetivos: Propagandear o Tordo e resgatar seu amigo friendzone Peeta Melark. Estes dois aspectos são bases da continuação, centrais a esse filme e não poderiam ter sido feito secundários em prol do arco da guerra(que agora será foco do Parte 2). A história toma os passos necessários, não mais e não menos. Algumas cenas específicas contudo, se estendem segundos a mais ou são cortadas segundos antes do ideal. Um problema de edição e exposição, não de história. Por exemplo, as partes com Gale poderiam ter sido reduzidas, mas parte de Finnick merecia ser alongada, ao invés só do "voice-over" em outra cena.

 

Katniss se desenvolve sem necessidade de amorzinho piegas. Dificilmente reconhecível como heroína, nosso mockingjay é relutante, traumatizada e confusa, não distante do visto em Catching Fire, mas dessa vez em níveis muito mais drásticos e influentes ao seu redor. Temos aqui uma protagonista imperfeita, confusa, humanizada e familiar. Enorme ponto positivo que tira proveito da qualidade de Jennifer Lawrence como atriz, mas que rouba luz dos outros personagens.

 

Coadjuvantes são mal aproveitados. Finnick, que merecia ter brilhado em certo momento, perde o foco a uma ação mal realizada. Bogs (Mahershala Ali), Cressida (Natalie Dormer) e sua equipe de filmagem completamente unidimensionais. Haymitch, Effie, Prim(irmã) e Plutarch continuam interessantes e seus atores mostram por que foram escolhidos. Presidente Coin é o oposta ao seu adversário político. Coin se importa com as vidas do Distrito, governa pensando na igualdade e sem o carisma público de President Snow, mas com intenções democráticas e benéficas, em oposição ao ditatorial. Pra que serve a mãe de Katniss e qual o nome dela mesmo? Personagem inútil.

 

Grande parte da trama gira em torno do símbolo do Tordo, personificado no Soldado Everdeen. Usando isso, o filme trabalha com a guerra pelo lado da propaganda populista e manipuladora, ao invés da estratégia militar ou força econômica. O desfecho do conflito depende da lealdade das massas, que Snow e Coin disputam num jogo de xadrez sombrio. Fora do Distrito 13, os atos de revolução influenciam o mundo ao redor de Katniss, mostrando o andamento da guerra de forma mais aberta que nos livros (benefício da narração em terceira pessoa).

 

Trilha sonora top de James Newton Howard. Bem utilizada, remanescente dos anteriores da franquia, mas singular na medida certa. A ascensão do símbolo do Mockingjay é acompanhada da ascensão da música, que vai de sombria para esperançosa, ecoando os temas do filme perfeitamente. A canção por Jennifer Lawrence utilizada de forma magnifica como trilha ao filme e nos atos de rebelião. Uma parte realmente emocionante, ainda que fuja da ideia do livro.

 

Tenho que mencionar um pequeno spoiler do início do filme. Uma certa cena, quando a nave decola nas costas do soldado Boggs, que caminha simultaneamente com a câmera dinâmica em direção oposta à nave decolando, na direção de "sair da tela". Um detalhe bobo, pra menção honrosa como cena muito bem filmada! Ficou na minha cabeça. Outras e poucas pérolas dessas ocorrem aqui e acolá.

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CARACA

Filmaço, filmaço.

O melhor dos três de uma quatrilogia que, apesar de ser pra adolescente, é de uma qualidade surpreendente, justamente por ser um paralelo fantástico pra nossa sociedade, com os distritos representando nossas favelas, países pobres, guetos de outras cidades.... E a obrigação de muitos em entrar no jogo pra ganhar a vida ou ficar no gueto e vestir a farda de criminoso, com a polícia invadindo a favela e matando e saqueando.

 

Mas esse conseguiu se livrar muito bem da ação que os jogos vorazes proporcionaram para os filmes anteriores, sendo um filme basicamente de drama político, mas sem cair no pieguísmo heroico irreal, onde a personagem principal não se toma por uma súbita e ilógica preocupação por todo o povo que sofre, e sim, e essa é a sutileza e o grande trunfo do filme, a preocupação pelo povo, pelos distritos vem depois, como resultado de suas preocupações pessoais mais basais, sua preocupação com Peeta e Gale, sua preocupação com sua irmã, sua mãe. A raiva e luta contra a Capital vem na verdade da constatação de que é a Capital quem ataca e ameaça sua família e seus entes mais queridos, porém, isso é desenvolvido de forma progressiva e naturalmente, sem parecer forçado. 

E como foi profunda a visita dela ao Distrito 12 em ruínas, aquela longa sequencia, em que no meio, ela se depara com os corpos dos mortos. E aqui, é bom perceber como uma direção ousada a ponto de mostrar corpos, pessoas mortas, é fundamental para se ter a dimensão do problema social, é uma excepcional oportunidade de contrastar com os Vingadores e companhia, que muitos vão dizer serem propostas diferentes, mas isso não é desculpa. Os corpos e os mortos fazem parte da Guerra, e quem está na guerra para defender questões justas, os corpos e mortos fazem parte dessa luta, pois, para começar, os corpos e mortos são um dos grandes motivadores dessa luta.

Como você poderá filmar um conflito, uma guerra, sem mostrar os mortos? É você dizendo que a a dor não é necessário para defender uma justa causa, para defender uma nação, um povo, um direito de algum grupo... é querendo tirar o sofrimento daqueles que tem seus direitos atacados da equação da luta pela defesa por esses direitos. Só que a dor, o sofrimento, é justamente o que faz constatarmos a gravidade da situação e a necessidade de lutarmos e nos empenharmos, nós como espectadores, de nos imersarmos no filme. E falo isso até quanto a veracidade, e aqui mais uma vez o filme é impecável ao mostrar nas cenas de combate do povo contra a UPP da capital, as pessoas sendo alvejadas e mortas no conflito, coisa que nos filmes de antigamente era normal, mas hoje é uma coisa rara e estraga filmes que tenham cenas desses tipos de conflitos (dando exemplo até do V de Vingança, em que muitos conflitos não mostram os alvejados, outro exemplo, o próprio The Dark Knight, que ao meu ver é uma OP dos blockbuster mas que peca nesse sentido). 

E  o filme deveria realmente ser dividido em dois, porque a possibilidade dessa parte ser esmiuçada e contemplada, a ponto de o personagem principal ter tido uma experiência de paz, um intervalo naquele mundo de medo, horror, e bomba, quando na floresta se preparando pra matar um cervo se depara com a paz em que aquele ser se encontra. Ali é um ponto do filme dos mais líricos, porque é justamente o contraste, a constatação da heroína do que é realmente estar em paz, um ambiente pacífico (não que aquele cervo não tenha predadores naturais, mas que o homem não é reconhecido pelo cervo como um deles).

Toda a complexidade do combate psicológico travado pela mídia e pela capital e guerreiros com os vídeos virais do Peeta e da Katniss é sensacional, ali está o verdadeiro jogos vorazes desse filme, que substituição a ação frenética dos filmes anteriores para a ação psicológica desse, culminando em outra cena linda da Katniss cantando um hino de guerra. 

Quando Katniss grita que perdeu os dois, ali eu pensei, na hora, que seria um excepcional desfecho, mas acho que a pergunta deixada pelo final quando sabemos que o Snow sabia dos soldados do Distrito 12 tentando salvar Peeta, dos soldados do Snow apontando as armas pros Soldados de resgate do Distrito 12, e do retorno do Peeta e companhia para o Distrito 12, deixou uma pergunta fantástica de quais as intensões do Snow? eu tenho dúvidas que seja só transformar Peeta em uma arma potencialmente letal para Katniss,  que seja somente matar a Tordo. Acredito que o Snow tenha implantado no Peeta um daqueles chips que mostra a posição do cara para a Capital, um rastreador, que desse ao Snow a posição exata do acampamento dos remanescentes do distrito 12 para que pudesse ser destruído. Ao meu ver, é a única vantagem realmente significativa que Snow teria nessa Guerra, e o filme terminar com essa dúvida, com a Katniss olhando pra um transtornado Peeta amarrado, foi realmente melhor do que acabar com a Katniss pensando que perdera os dois.

Assumo que os filmes anteriores foram muito mais do que eu esperava, assisti em casa, pensando em ser mais um daqueles filmes de ação teen, mas que apesar de ser pra adolescente, com tom de adolescente, e cenas de ação típico de adolescente que vê programas de sobrevivência da Discovery Channel, são filmes que transbordam a esse contexto, que possui muita riqueza, complexidade, e retratos da nossa sociedade, que possui drama e peso suficiente para que outros filmes, e as cenas de "sobrevivendo na natureza" dos jogos (podia ser sobrevivendo no inferno, cd dos Racionais que, ao meu ver, é um perfeito paralelo aos jogos que a capital impunha para os distritos, afinal Uma criança chorando e eu com um revólver na mão. Ou era um quadro do terror, e eu que fui ao autor. não é um paralelo com a Katniss jogando uma flecha no peito de um maluco no primeiro filme da franquia? e  Eu sonho toda madrugada. Com criança chorando e alguém dando risada. Não confiava nem na minha própria sombra. Mas segurava a minha onda. não é um paralelo com a Katniss sonhando com o cara que flechou no segundo filme da franquia?) pudesse ser apreciado por espectadores de filmes mais adultos?

Porém, esse filme, Jogos Vorazes 3 a esperança parte 1, superou, se livrou das cenas de ação e sobrevivência na floresta, e se tornou um filme mais drama, mais político, o que seria, teoricamente, enfadonho para um filme para adolescentes ou para aqueles que estavam esperando mais um filme de ação e luta pela sobrevivência, com muitas cenas com muita adrenalina. Só que o filme não ficou enfadonho, de fato, o filme não perdeu sua linguagem para adolescentes assistirem, muito pelo contrário, continuou abordando a imagem de heróis, de ídolos, de pessoas e o carisma que impacta e envolve emocionalmente, normalmente, os adolescentes, em uma luta por uma outra sobrevivência, em uma luta com muita adrenalina, mas não com muita ação, a adrenalina é por conta de ações mais psicológicas, mais dramáticas, que não só repercute nos personagens principais, mas em toda a sociedade. Para quem está acostumado a ver filmes com muitas explosões, cenas de gente perseguindo ou atirando em gente,... talvez esse filme não seja tão agradável de se ver quanto foi pra mim, mas, pra mim, justamente esse tom meio ingênuo adolescente empregado nesse filme com esses temas complexos, dentro desse contexto dramático e psicológico, mas pesado e profundamente real, mexeram realmente comigo.   

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