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Forum Cinema em Cena

Oscar 2016: Previsões


Dinhow
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 E o ranking de melhores do ano foi atualizado...

 

 Peço licença a "The Revenant" para ceder o segundo lugar para o "Todos os Homens do Presidente-2016".

 

 "Spotlight" já começa com a trilha linda do Howard Shore chamando a atenção, aí segue-se o trabalho do elenco, o assunto, a importância do assunto, a montagem de filme investigativo (Que bom que foi indicado), a maturidade do roteiro (Oscar!)...

 

 Todo ano neste fórum eu lanço a campanha "Deem um Oscar para o Mark Ruffalo, bastards"!!! Mas esse povo da Academia não me ouve.. Os olhos dele são diferentes, são olhos de dosha kapha, "olhos cheios de leite", como diriam os indianos, que transbordam sensibilidade. Ele é perfeito para esse tipo de papel. O restante do elenco está ótimo também, Stanley Tucci, Michael Keaton, Liev Schereiber...Adorei a Rachel McAdams também, é justa a indicação, mas pessoalmente espero vê-la em mais trabalhos de peso. Segue-se o costume de que se você é a única mulher entre homens, você é indicada. A verdade é que ninguém ainda sabe quem vai ganhar Atriz Coadjuvante, sendo possível angariar bons argumentos para todas as indicadas, e o dela certamente é muito bom: ser a única representante de um Best Picture. 

 

 O trabalho do Tom McCarthy já me emocionara em "The Visitor", mas aqui é seu apogeu como roteirista e como diretor. Linda a cena em que lentamente os repórteres vão descobrindo mais e mais informações, ampliando o escopo da investigação, e a câmera vai abrindo o foco, abraçando a todos os personagens principais. Eu sempre gosto de filmes que retratam as pessoas trabalhando de uma maneira realista (Se pensarmos na dramaturgia brasileira, Agnaldo Silva é um dos poucos autores que mostram os personagens efetivamente trabalhando). Normalmente, o trabalho que se destaca é feito nas madrugadas, solitariamente, por pessoas obsessivas, que pensam nas repercussões de tudo que fazem. Nunca conheci nenhum excelente trabalhador, seja em que área for, cuja dedicação extremada não afete sua vida particular. Não é "heroísmo" da profissão, edulcoração, quem trabalha de verdade deixa a comida queimar no forno, não arruma a casa, não dorme...

 

É muita falação? É muita falação. Quem não se importa muito com o assunto também achará o filme um saco. Mas é só parar para pensar. Cada cidade brasileira, cada um dos mais de 5.000 municípios (Não somente Mariana, Rio de Janeiro, Franca e Arapiraca, como se lê nos créditos finais), tem uma história dessas para contar. Só não têm um Boston Globe para publicá-las.

 

Pelo visto o histórico tabu de filme sobre jornalismo não levar Melhor Filme continuará.

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Me assustei com a comparação. Vi recentemente e não fiquei fã de All The Preseident's Men. :mellow:

 

Ih rapaz... será que os ditadores estavam corretos e nem todas as opiniões deveriam ser aceitas? huahuahuahuahuah. Brincadeirinha. Só que eu amo All the President's Men. Só não vi Spotlight ainda porque quero ver no cinema todos os filmes da categoria de melhor filme (e Carol). Ou, pelo menos, em 1080p. Spotlight, infelizmente, só estreia sexta-feira aqui na Espanha.

 

PS.: Não olhem agora mas finalmente tem seeds para A War (Krigen), o filme dinamarquês indicado na categoria de lingua estrangeira.

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Opiniões a parte, eu também amo "All The President`s Men". É muito curioso que esta temporada seja verdadeiramente uma ponte com os filmes da temporada de 1976/1977. "Spotlight" e "Creed" bebem muito na fonte daqueles filmes dos anos 1970. Aliás, se formos pensar, que ano maravilhoso foi aquele! Pessoalmente, daria todos os Oscars possíveis e imagináveis para "Network", sem tirar os méritos, contudo, dos que acabaram vencendo naquele ano. Isso sem falar em "Taxi Driver", "Face to Face", "Carrie". 

 

Um ano icônico.

 

Imborba, nós estamos sofrendo é com a falta de "Son of Saul".  :(

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"When Marnie Was There":

 

É o banho de sempre! Grama, mato, e flores que o espectador pode arrancar com a mão. Ternura, delicadeza, pureza, pessoas sendo boas umas com as outras, mistérios dentro da natureza, uma música maravilhosa para condensar tudo...Parece que o livro original é de uma inglesa, mas fato é que os personagens aqui comem com pauzinhos. A cultura japonesa tem tanto a ensinar ao país do Zika Vírus: neste filme, crianças realizam campeonato de catar lixo na maior satisfação...Sem contar a busca pela temperança, paz, e mediação. E no fim: família é a base de tudo; a vida, budisticamente, é um ciclo! Não precisa nem escrever a moral da história, como aqui no Ocidente. Não precisa escrever a moral da história, porque a moral da história está em cada folha, em cada flor, em cada sorriso, na lasca da lua, na água que escorre, no sapo que grudou no seu pé...Samba na cara, mesmo, Japão!!!! Samba rude!!!!

 

Interessante notar como as animações deste ano focam em sua maioria dramas subjetivos, deprês, melôs, e psico-afins. Depois do magnífico "O Conto da Princesa Kaguya" (minha mãe sonha com o livro de colorir deste filme)  perder o Oscar para "Operação Big Hero" - leiam com revolta máxima - ano passado, eu não esperava sequer a indicação a esta produção.

 

Está sendo tratado como o último longa-metragem do Estúdio Ghibli. Mas o que eu sei é que é uma interrupção temporária até eles se reorganizarem.

 

Trabalhos como esses não podem ter fim.

 

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Vi ontem e que filme misógino, senhor Tarantino! Meu deus, o que aconteceu contigo? Já não havia gostado muito de Django, mas agora o nível baixou ainda mais. E assim, nem se a parte misógina tivesse me incomodado, eu não teria gostado do filme como obra. Sniper Americano tem um argumento final escroto, mas é excelente como obra narrativa. Os Oito Odiados é verborrágico ao extremo, longo sem necessidade, mal montado, pouco cinema. Infelizmente, tenho a impressão que a irreparável perda da Sally Menke tem muito a ver com isto. Tenho a impressão que ele segurava o rojão. Ficarei feliz se o Moriconne ganhar por trilha, mas é só isto mesmo

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Eu interpreto diferente. A personagem da Leigh é um saco de pancada sim, já começando de olho roxo, mas ela demonstra sua inteligência, sua força, sua resistência, de maneira até mesmo debochada. Tomam extremo cuidado com ela, pois ela é considerada perigosa (a metáfora social está dada). É o elemento de desequilíbrio do filme, a personagem mais interessante, a que ficará mais na memória. Não é por mostrar misoginia ou racismo que um filme se torna misógino ou racista. O final do filme é claramente um alerta de que ainda se levará muito tempo até que lados diferentes da sociedade possam andar de mão dada. 

 

De qualquer forma, acho que o Muviola captou o sentimento predominante: O filme não agradou.

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Sim, se você mostra personagens racistas/misóginos não quer dizer que o filme é racista/misógino. O que me incomoda no plano final, é que os lados distintos "dão as mãos" com aquela imagem da Daisy ao fundo. Enfim, acho a discussão longa. Só que como falei, não é apenas pelo fato do filme parecer misógino pra mim que me desagrada, mas principalmente a sua construção como um todo. Aquelas incursões do narrador (o Tarantino tem que aparecer de alguma forma, né) são absolutamente inúteis e não fazem sentido. Qualquer diretor mais habilidoso ou menos ególatra não precisaria de nada daquilo. 

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Gostei muito de Trumbo, queria que alguns extremistas políticos que vociferam contra esse ou aquele partido assistissem esse filme. Queria que aqueles que agrediram verbalmente Chico Buarque vissem esse filme. Não que eu acredite no comunismo ou qualquer outra ideologia politica, mas creio que devemos ser livres.

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Sim, se você mostra personagens racistas/misóginos não quer dizer que o filme é racista/misógino. O que me incomoda no plano final, é que os lados distintos "dão as mãos" com aquela imagem da Daisy ao fundo. Enfim, acho a discussão longa. Só que como falei, não é apenas pelo fato do filme parecer misógino pra mim que me desagrada, mas principalmente a sua construção como um todo. Aquelas incursões do narrador (o Tarantino tem que aparecer de alguma forma, né) são absolutamente inúteis e não fazem sentido. Qualquer diretor mais habilidoso ou menos ególatra não precisaria de nada daquilo. 

 

Não achei misógino. Se ele se divertisse com isso, aí sim. O que ele fez foi para incomodar mesmo.

 

[spoilers]

 

Eu vi no filme justamente o contrário, mostrando como homens são escrotos (apesar dela não ter nada de inocente) e vulneráveis. A violência esconde uma fragilidade masculina que o Taranta joga na nossa cara.

Sim, o filme tem nu masculino sem esconder nada numa tomada longa e clara.

Sim, o filme tem um homem que é violado, abusado e humilhado (numa cena genial, aliás)

Sim, o filme tem um homem que é castrado.

 

A cena final, com a leitura daquela carta otimista totalmente deslocada daquela situação absurda e brutal é a cereja do bolo.

 

Eu também esperava que ela iria à desforra no final das contas. Mas depois percebi que isso era wishful thinking. Não é bonito, mas é a realidade das coisas. Nua, crua e brutal

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Spotlight venceu e segue firme na briga!

 

Brie e DiCaprio podem escrever seus discursos sem medo!!

 

Alicia Vikander não prece ter ameaças.

 

Ator coadjuvante é uma incógnita! A vitória do Idris Elba (ignorado no Oscar) favoreceu o Stallone já que uma possível vitória do Bale favoreceria-o.

 

Só eu achei que o SAG tentou compensar atores negros pelas polêmicas do #Oscarsowhite? Cheguei a achar que Straight Outta Compton ou Beasts of no nation iriam,vencer de melhor elenco hahahahahaha

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O SAG quer nos quebrar em Ator Coadjuvante. Só um dos indicados também é indicado do Oscar. E ele não ganha. Talvez tenha sido um recado para a Academia de que SIM, há atores negros fazendo um trabalho espetacular. 

 

E o momentum que era de Big Short virou.

 

Imborba, nós estamos sofrendo é com a falta de "Son of Saul".  :(

 

Son of Saul eu já vi. Pela inventividade visual, ele acaba sendo como disse Claude Lanzmann: "Um filme que te dá uma sensação real do que era ser um Sonderkommando". Uma experiência que eu não lembro de ter vivido em nenhum outro filme sobre o holocausto, de temer por minha vida, tamanha era a simbiose com a situação. Uma grande experiência visual, mas que perde um pouco o foco (piada não intencional) na hora de contar a história. Parece uma grande sucessão de momentos terríveis do holocausto, sem algo que os ligue de forma atrativa. 

 

Considerando os outros dois que vi na categoria: Theeb (o Tangerines do ano) e Mustang, Son of Saul é o melhor por uma grande distância. Mas faltaram filmes muito importantes e a categoria ficou parecendo mais fraca do que realmente era. Considerando só os que vi, El Club, Que Horas ela Volta, Brand New Testament e A Pidgeon Sat in a Branch Reflecting on Existence são melhores que Theeb e Mustang para mim.

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Notas sobre o SAG:

 

* Jacob Tremblay!!! Jacob Tremblay!! Jacob Tremblay!!! Ele dançando no red carpet foi demais. Haja carisma.

* Queen Latifah ganhando provou que existe justiça neste mundo. É uma atuação espetacular.

* Queria muito um cartão da Brie Larson.

* Downton Abbey, saudades eternas.

* Carol Burnett!!!

* Brie Larson e Rami Malek são os astros da hora. "Short Term 12" deixou evidente o quanto eles eram ótimos.

* Não sei se temos uma corrida para Best Picture. O PGA acertou tudo nos últimos anos. Nem preciso colocar a lista do tanto de Best Picture que não levou SAG, neste últimos anos...

* Acho que o Stallone é cada vez mais favorito, já que nenhum adversário - Rylance, ou Bale - venceu aqui.

* Leo + Kate abraçando-se, depois da vitória dele...ôôÔô, true love!

* Li recentemente "A Luz entre Oceanos" e tenho certeza de que em 2017 a Alicia Vikander será indicada novamente, inclusive, podendo ganhar. Fazer o quê.

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Com todo esse papo de "OscarSoWhite", deu-me  a impressão que o SAG tentou compensar de alguma forma. Embora, a maioria dos prêmios para atores afrodescendentes foi para seriados e filmes/minisséries feitos para a TV (Queen Latiffa, Viola Davis, Uzo Aduba e Idris Elba, que tb levou coadjuvante em um Motion Picture).

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Achei Theeb e Mustang bem fracos...

 

Já saiu o Dinamarquês e o Colombiano?

 

O Dinamarquês já está em uma certa baía por aí. Dizem que esta baía é protegida pelo personagem de Barkhad Abdi em Captain Philips.

 

O Colombiano não, mas acho que poderei ver pois estreia dia 19 de fevereiro na Espanha.

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