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Mad Max - Estrada da Fúria


Jailcante
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Warner ainda com essa mania besta de dar subtítulos pros Diretores.

 

Coloca o George Miller como "idealizador"/"mastermind". Devo lembrar que foi esse tipo de coisa que melou a fama do Zack Snyder quando Warner quis chamar ele de "Visionário". Isso é um tiro que acaba saindo pela culatra... Esse tipo de denominação vindo da mídia/fãs até vai, porque ninguém leva muito a sério, mas do próprio estúdio acaba soando mal porque fica parecendo coisa vindo do próprio diretor.

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53 reviews no RT; só um negativo. Tem gente dizendo que vai revolucionar o cinema de ação, da mesma forma que Os Caçadores da Arca Perdida, T2 e o primeiro Matrix fizeram... Impressive... most impressive. 

 

Aí q mora o medo... tenho receio desse naipe de predicados pq vc vai com muita sede ao pote e termina desapontado. Não q o filme vá ser ruim, pelo contrário, mas pela mega-hiper-expectativa q se cria na cabeça de cada um, q na hora agá não é devidamente atendida. Prova da subjetividade no quesito gostos.

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Acredito que sou um dos mais velhos que frequentam essa bagaça e, considerando que tive o prazer de conferir os 3 primeiros "Mad Max" no cinema, não vejo como adjetivo exagerado o título de mastermind dado à George Miller. Ele "rascunhou" esse direito fazendo o primeiro filme e sacramentou ser merecedor, realizando "Mad Max 2 -The Road Warrior" um filme de ação vertiginosa, visceral e embasbacante (até agora, disparado o melhor).

 

Pelo trailer não tem como ficar indiferente e não ter altíssimas expectativas... Seja pela volta de Miller, seja pelas figuras de Hardy e Theron, seja pela fotografia e coreografias de ação que, pelo pouco que mostraram, me fez ficar pensando, encafifado: "COMO esse cara filmou isso?? Como ele fez isso??!"

 

Ansioso pracaralho! (achando que periga ficar pau a pau ou mesmo bater Mad Max 2...)   

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Estava falando da campanha do filme mesmo, e não do diretor em si.

 

Não falei no sentido do Miller não merecer ser chamado de idealizador/mastermind. Não entrei nesse mérito. Estou falando da campanha cuspir isso pro público. Fica no ar pro povão de "agora todo mundo TEM que chamar ele assim?", e isso pode funcionar contra, já que muita gente pode rejeitar isso, principalmente, se o filme não subir na sua expectativa. 

 

E acho que isso no fim não acrescenta nada. Parece o estúdio querendo chamar a atenção de todas as formas, mas o filme nem precisa disso.

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Acredito que sou um dos mais velhos que frequentam essa bagaça e, considerando que tive o prazer de conferir os 3 primeiros "Mad Max" no cinema, não vejo como adjetivo exagerado o título de mastermind dado à George Miller. Ele "rascunhou" esse direito fazendo o primeiro filme e sacramentou ser merecedor, realizando "Mad Max 2 -The Road Warrior" um filme de ação vertiginosa, visceral e embasbacante (até agora, disparado o melhor).

 

Pelo trailer não tem como ficar indiferente e não ter altíssimas expectativas... Seja pela volta de Miller, seja pelas figuras de Hardy e Theron, seja pela fotografia e coreografias de ação que, pelo pouco que mostraram, me fez ficar pensando, encafifado: "COMO esse cara filmou isso?? Como ele fez isso??!"

 

Ansioso pracaralho! (achando que periga ficar pau a pau ou mesmo bater Mad Max 2...)   

 

vc nao é o único q teve o prazer de conferir a trilogia original no cinema....aliás, tb pude conferir "Tubarão" na época da estréia, na telona, ainda criança... mas isso só foi possivel pq meus primos, q eram dimaiores, fizeram um "bem bolado" com o cara da bilheteria...kkkkk..por isso sou-lhes grato até hoje por essa maravilhosa experiencia cinematografica q me marcou até hoje..

eita, entreguei minha idade..........kkkkkkkkkk

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critica tupiniquim!!!!  9 de 10

 

‘Mad Max: Estrada da Fúria’ ensina como se deve fazer filme de ação

Publicado em 13/05/2015 por Pablo R. Bazarello
 
 
 
 
 

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NOTA9.0

Ficção Pós-Apocalíptica Feminista

A série cinematográfica Mad Max é curiosa. São produções que atingiram status de cult mesmo não sendo blockbusters tipicamente Hollywoodianos – os fãs, por outro lado, os tratam de tal forma. Ícones da ficção pós-apocalíptica, que retratam um mundo devastado, os filmes da série são obras australianas, passadas no país, e em sua maioria sem grandes nomes. O primeiro Mad Max (1979) é uma produção independente, que colocou o ator Mel Gibson e o diretor George Miller no mapa.

Comprado pela Warner, o segundo filme teve um orçamento dez vezes maior que seu original e serviu para cimentar o cânone – mesmo assim, a obra de 1981 não se compara com o que era feito nos EUA na época, como O Império Contra-Ataca, por exemplo. O terceiro, A Cúpula do Trovão (1985), pode ser considerado o mais hollywoodiano e a única superprodução da saga – sentimos a diferença na escala da coisa, com uma cidade inteiramente construída e a presença de uma estrela da música mundial (Tina Turner) no elenco e dona da trilha sonora.

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É por isso que não deixa de ser curioso ver o primeiro filme da série verdadeiramente grandioso, totalmente bancado pela Warner, com um orçamento que (agora) realmente não fica devendo nada aos de Star Wars e super-heróis da Marvel (o orçamento estimado é de US$100 milhões). A quantia é notada na tela, Mad Max: Estrada da Fúria é um filme belíssimo. No tempo de fundos verde e CGI, os efeitos aqui não poderiam ser mais grandiosos.

De uma gigantesca tempestade de areia, passando pelas inúmeras perseguições insanas nas estradas e deserto, até o próprio conceito da cidade nas cavernas, o visual criado artificialmente para o filme funciona sempre a favor da trama – não se tornando a trama e o filme em si, como no caso de muitos blockbusters atuais.

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O motivo para tudo funcionar de maneira harmoniosa, é a presença do diretorGeorge Miller novamente no comando. O cineasta fez questão de criar grande parte de seu filme com efeitos práticos, ou seja, o que vemos e podemos sentir durante as filmagens. Miller criou novamente sets gigantescos e confeccionou, ao lado de todos os outros responsáveis, cenas intensas e reais de ação. Os vídeos dos bastidores das filmagens já caíram na internet e podem ser conferidos – são impressionantes.

Um momento que chama atenção: os equilibristas que se balançam em varas, puxando pessoas de outros veículos e capturando-as. Um momento que certamente empolgará o público pela criatividade. Saber que tudo ocorreu de fato, mesmo que efeitos de computador tenham sido utilizados (apenas para retocar o todo), traz satisfação para os puristas e merece ser valorizado. Estrada da Fúria coexiste como uma continuação, uma refilmagem e um reinício para a precursora franquia pós-apocalíptica.

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Desta vez, interpretado por Tom Hardy, o protagonista Max é um homem duro, atormentado por um passado trágico. Já o encontramos incluído nesta realidade devastada, e a morte de sua família (parte da mitologia ao redor do personagem) é apenas vislumbrada através de flashbacks. Max possui seu possante de motor V8 – que na série original havia sido destruído no segundo filme – mas de cara é logo capturado por uma tribo.

Tal civilização vive em grandes cavernas, e muito lembra o conceito de Bartertown, a cidade da troca em A Cúpula do Trovão. A comparação vem do fato de que em ambas as cidades fictícias, existem dois níveis de sociedade. A primeira, dos líderes, que administram a cidade – ou pelo menos são suas fachadas. E a segunda, dos trabalhadores, que realmente são os responsáveis pela coisa funcionar e vivem num submundo.

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Aqui, Immortan Joe é o soberano. Ele lidera uma raça de doentes, deformados, cancerosos, e com todo tipo de problema relacionado à saúde – como respiratório. Por este motivo, mantém prisioneiros (como Max) para serem utilizados em transfusões de sangue e órgãos, e numa espécie de cofre, meia dúzia de beldades conhecidas como parideiras, cujo único propósito é dar a luz para suas crias, crianças em busca da perfeição.

O povo, do lado de fora, luta na miséria por água e mantimentos. Dentro dessa imensa estrutura, Immortan Joe conseguiu projetar um futuro dentro da terra devastada, que conta até mesmo com montanhas gramadas e produção de alimentos numa horta. Talvez o maior pecado de Estrada da Fúria seja mesmo não adentrar os detalhes desta grande e interessante civilização. É difícil equilibrar tudo, e a preferência é por privilegiar a ação.

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A maior parte (90% da projeção) do filme se passa nas estradas. Imagine o desfecho do segundo filme, sendo alongado durante um filme todo. Muitos poderão reclamar justamente da falta de um núcleo ou conteúdo que amarre tudo. Mas o que é deixado como pistas para juntarmos por nós mesmos, é igualmente interessante. Tudo o que precisamos saber está lá, embora não aprofundado.

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Chama atenção também a voracidade das cenas de ação e lutas (um momento bem legal é uma luta entre Max acorrentado, as parideiras e Charlize Theron), tudo realizado de forma realista, e embora acelerado o suficiente, nunca soando artificial, como em Vingadores: A Era de Ultron, por exemplo, um show pirotécnico de CGI. As homenagens chegam a todo instante também. Temos uma senhora armada com espingarda (do 1º filme), uma caixinha de música de corda (do 2º filme), e um anãozinho no controle da situação na cidade (do 3º filme).

Temos também um Max monossilábico (Mel Gibson tinha mais ou menos 80 palavras no segundo filme), e o fato de que o protagonista novamente é o elemento passivo dentro da história de terceiros. Além, é claro, do famoso take dos olhos esbugalhados pulando para fora das órbitas antes de uma colisão (quem conhece a série sabe do que estou falando).

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Outro forte elo de nostalgia é justamente Immortan Joe. Apesar de se tratar de um personagem inédito, seu intérprete é Hugh Keays-Byrne, ator que no filme original de 1979 viveu o principal vilão Toecutter. Voltando ao título deste texto, Mad Max: Estrada da Fúria pode ser considerado a primeira ficção científica pós-apocalíptica feminista. Isto vem diretamente relacionado à personagem protagonista do filme, a Imperatriz Furiosa, de Charlize Theron.

A beldade sul africana foge com o bem mais precioso do governante, suas esposas. Assim é iniciada uma nova liberação feminina, que busca a liberdade e o livre arbítrio. Além do subtexto social, A Estrada da Fúria também utiliza analogia religiosa, já que os soldados de Immortan Joe buscam uma aceitação divina, e por ela morrem felizes e “cromados”. O novo Mad Max é realmente novo e refrescante. Embora reutilize conceitos, tem sabor moderno e não requentado, além de muitas ideais embutidas.

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Isso fica cada vez melhor... Sério mesmo que meus olhos estão vendo isto num filme com um monte de carros sendo despedaçados no deserto, cheio de gente maluca?

 

"Mad Max: Fury Road is a film that merits multiple viewings not only because of the depth of its content, but because it never slows down, and in this case, you won't want to miss a thing."

 

"The shock, really, is how tender Mad Max: Fury Road ultimately becomes. The film just wraps that tenderness in one of the most epic action extravaganzas of recent years. It's enough to renew your faith in movies."

 

"This is a huge yet surprisingly fleet and brisk picture that celebrates the visceral, primal pleasures of movies."

 

"Miller has breathed new life not just to his own series but the action genre itself."

 

"The creator of the original Mad Max trilogy has whipped up a gargantuan grunge symphony of vehicular mayhem that makes Furious 7 look like Curious George."

 

"Fury Road not only captures the same Molotov-cocktail craziness of Miller's masterpiece, 1981's The Road Warrior-it's also a surprisingly hypercaffeinated film for a director in his fifth decade behind the camera."

 

"This madly entertaining new action extravaganza energetically kicks more ass, as well as all other parts of the anatomy, than any film ever made by a 70-year-old - and does so far more skillfully than those turned out by most young turks half his age."

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Mad Max: Estrada da Fúria deixa a coisa feia para o resto do cinema de ação.

Roberto Sadovski

 
 

 

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Mad Max: Estrada da Fúria me deixou fisicamente esgotado. Logo de cara: você precisa ver o filme de George Miller no cinema com a tela mais gigante e o som mais estrondoso. Segundo, você precisa ver o filme. Simples assim. Poucas vezes expectativa e realidade se encontram com harmonia tão brutal. A volta de Max Rockatansky para os cinemas três décadas depois de Além da Cúpula do Trovãofaz com que todos os filmes de ação pelo menos da última década pareçam um curta metragem amador de estudante de cinema. No jogo do cinemão atual, ninguém opera no mesmo nível de George Miller, o que é impressionante se considerar que ele não faz um filme live action há dezessete anos – este sendoBabe: O Porquinho Atrapalhado na Cidade. A verdade é que TODO diretor de cinema de ação (ou não) deve sair de uma sessão de Estrada da Fúria não só revendo seus conceitos, mas também preocupado em reaprender tudo que ele acha que sabe sobre cinema, narrativa e pura energia cinética.

Já é um assombro um diretor já em seus 70-e-poucos anos deixar a molecada no chinelo. Mas que ele ressurja com uma aventura tão complexa, tematicamente profunda e completamente original, respirando ousadia, transbordando ideias e querendo sempre ir além é para aplaudir de pé. Nada em Estrada da Fúria é uma repetição do que foi mostrado com o personagem em seus três filmes anteriores. O primeiro, de 1979, é um ensaio para a ópera de fúria e destruição que praticamente inventou o cinema pós-apocalíptico moderno em 1981. Estrada da Fúria consegue ir além, equiparando-se ao brilhante Mad Max 2: A Caçada Continua, que ainda é uma das experiências mais ousadas e criativas que o cinema já ofereceu, para ampliar seu escopo e sua ambição, desenvolvendo com mais precisão o mundo desolado habitado por Max e mostrando um vislumbre de como este mundo se reergueria social e espiritualmente.

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Furiosa (Charlize Theron) tem seu primeiro encontro com Max (Tom Hardy)

Impressionante, por sinal, ver como Tom Hardy assume o papel de Max no lugar de Mel Gibson, sem perder a linha desenhada nas aventuras de décadas atrás. Max, antes homem da lei e pai de família, perdeu tudo que tinha pouco antes de o mundo ir para o ralo. Neste deserto em que água e combustível são os maiores objetos de cobiça, ele buscava apenas sobreviver; salvar um grupo isolado em uma refinaria ou uma tribo de garotos perdidos era, ao mesmo tempo, conveniente e redentor, lembranças de sua humanidade. Estrada da Fúria adiciona fantasmas, alucinações de todos que Max não conseguiu salvar, fragilizando ainda mais sua mente. Hardy apresenta o anti-herói como um homem quebrado, capturado logo na sequência inicial do filme não por servir a um grande propósito, mas simplesmente para ser usado como bolsa de sangue à conveniência de seus captores. À medida em que a ação avança (e vou tentar ao máximo ficar longe do território de spoilers aqui), Max reencontra seu caminho, o sangue em seu olhar, e é fascinante ver Hardy representar essa jornada não com diálogos, mas com ação.

Os outros dois protagonistas da aventura ganham tanto peso quanto Max. A Imperatriz Furiosa é Charlize Theron no que deve ser o melhor filme de sua carreira. Ela não é uma mulher masculinizada, muito menos uma dama em perigo – e certamente não está preocupada em derramar olhares para Max. Ela é uma mulher com uma missão, capaz de ir a extremos para impedir que outras compartilhem o destino uma vez reservado a ela. Furiosa é mais do que uma guerreira casca-grossa: ela representa a esperança de um mundo melhor em meio ao caos da Terra no futuro, e é de partir o coração ver como essa fagulha aos poucos se extingue. George Miller, afinal, não é um cineasta com ideias “fáceis”, e de cara mostra que seu interesse em uma cavalgada ao Sol poente no final é nulo. Ele usa a personagem de Charlize como um farol que irremediavelmente vai apagar – a pergunta é, o que sobra a uma mulher quando lhe é retirada a ilusão de futuro?

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Immortan Joe. Não há o que dizer: Immortan Joe.

A grande surpresa, e talvez quem traga um arco mais completo, é Nux, um dos Garotos de Guerra que povoa o mundo de Max, interpretado por  Nicholas Hoult com uma mistura de ternuma e violência, devoção e iluminação. Os Garotos de Guerra são cria de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne, que fez o Toecutter do primeiro Mad Max, aqui abraçando um “vilão” diferente), que se apresenta como uma figura divina, controlando um suprimento praticamente inesgotável de água, e tentando repovoar o mundo da única maneira que sua mente torta é capaz. Nux, como os outros Garotos de Guerra, acreditam no pós-vida, e trazem um nível de fanatismo que, no mundo moderno, vimos explodir as torres gêmeas de Nova York em 2001. Perceber que seu propósito não é ser propriedade de Immortan Joe – o que surge como o tema do filme, por sinal, no momento em que Furiosa parte em fuga com suas “noivas” – enriquece a performance delicada de Hoult e faz com que Nux ganhe dimensão.

Tantos personagens com arcos tão complexos já é raridade no cinema de ação. Mas quando Mad Max: Estrada da Fúria engata uma segunda, é como nada que tenha surgido no cinema moderno. A começar pela clareza e pela coreografia das perseguiçnoes automobilísticas em meio ao deserto. Não existe espaço para cortes rápidos ou overdose de retoques digitais: são pessoas de verdade guiando veículos de verdade em uma sinfonia de destruição sem paralelos. A trama pode até ser resumida em uma grande perseguição, mas seria desonesto: a ação surge unicamente para alavancar a narrativa, o que inclui bagunçar os sentidos da platéia, criando uma experiência única. Miller podia repetir os beats de seus Mad Max do passado, mas fica claro que a ideia aqui é ir além , é testar os limites não só do que é possível criar com a tecnologia atual, mas também até onde um estúdio está disposto a ir em um “filme de verão”. Por sinal, depois de ver Miller sem nenhuma amarra em tamanha escala, não tem como não pensar que seu Liga da Justiça, abortado há alguns anos, poderia ser um filme singular.

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George Miller dirige Charlize Theron no set de Estrada da Fúria na Namíbia

Sem falar que Mad Max: Estrada da Fúria é um filme lindo. A escolha por tons quentes e sujos deixa o filme com uma percepção de algo usado, aguerrido, ainda que cansado de lutar. O design dos veículos é outro capítulo, já que Miller criou um mundo em que um zumbi toca guitarra, no que só pode ser definido como uma parede de amplificadores sobre rodas, para dar uma trilha aos guerreiros de Immortan Joe – é como se o diretor mostrasse o dedo médio para todos os blockbusters modernos que trafegam, apesar de muitas vezes tratar de temas sombrios, em uma margem de segurança. Estrada da Fúria é o contrário: é perigoso e inesperado, pega pelo estômago e teima em soltar mesmo bem depois de as luzes acenderem. George Miller mostra o quanto gênios e visionários que merecem o título fazem falta para o cinemão pop. Seu novo Mad Max firma um novo padrão de som e fúria, que, honestamente, dificilmente será batido este ano (J.J., confio em ti!). Agora, difícil não imaginar, por um segundo que seja, um Max assim, combalido, cansado da luta e sendo interpretado por Mel Gibson…

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não só com o diretor mas com todo mundo... eu acompanhei td este tópico (e antes dele) e a produção tava bem zoada realmente... menos mal que cabou vingando... pq se fosse produção nacional tava ainda no papel..

 

‘Mad Max': Em Cannes, Tom Hardy revela que teve atritos com o diretor George Miller

Publicado em 14/05/2015 por Renato Marafon
 
 
 
 
 

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Mad Max: Estrada da Fúria‘, novo capítulo da franquia idealizada por George Miller, teve sua badalada première hoje, no Festival de Cannes.

O astro Tom Hardy revelou durante a Coletiva de Imprensa que só conseguiu assistir ao filme completo ontem, depois de passar mais de 100 dias filmando a ação pós-apocalíptica no deserto da Namíbia.

O ator inglês foi questionado sobre os problemas ao longa da produção, e revelou que devia ao diretor um pedido de desculpas.

“Eu devo um pedido de desculpas a George [Miller], por ser tão míope… A coisa mais frustrante durante as filmagens foi tentar entender o que elequeria que eu fizesse. Eu só compreendi sua visão quando a vi na tela.”, revelou.

Em uma sala cheia de jornalistas, Hardy deu a entender que teve problemas de comunicação com o diretor ao longo das filmagens.

“Eu tenho que me desculpar com você [Miller], porque eu fiquei frustrado enquanto filmávamos. E hoje entendo que George não iria conseguir me explicar sua visão de maneira alguma, enquanto estavamos na areia tentando terminar as filmagens. [Miller] foi brilhante, mas eu não sabia o quão brilhante até que eu assisti ao filme”, concluiu.

Miller enfrentou vários problemas durante as filmagens, que deveriam ter início em 2010 mas foram adiadas por dois anos, por conta da ironia da natureza, que transformou o deserto da Austrália em uma floresta.

“Estava tudo pronto para filmarmos, no deserto australiano, e então veio uma tempestade sem igual e transformou a terra inóspita em um jardim. Toda aquela região plana de terras vermelhas agora está repleta de lagos, peixes e pássaros”, afirmou o diretor.

Foi então que os produtores tiveram que encontrar uma nova locação, no deserto na  Namíbia

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