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Forum Cinema em Cena

Ingmar Bergman: o Rei!


jonas
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Dois estudos sobre a alma humana quase insuperáveis!

 

 

 

É precisamente o tipo de experiência cinematográfica do qual estou precisando nesta altura da minha vida. Acho que a arte, mesmo quando apenas diverte, já serve para muito. E se é complexa, profunda, matizada, então ela pode complementar a própria experiência de vida.

 

 

Gusmão_Raimundo2008-04-04 13:56:48

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Agora já vi cinco dele, todos no cinema:       (em ordem de preferência)

O Sétimo Selo         *****/5

Gritos e Sussurros   ***/5

O Ovo da Serpente  ***/5

A Fonte da Donzela  **/5

A Flauta Mágica        **/5

Perdi a chance de ver Fanny & Alexander e Morangos Silvestres(no cinema também), mas não foi por falta de vontade. Quero ver os dois e Persona também.

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  • 5 months later...
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Até agora só vi dois:


O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet / The Seventh Seal' date=' 1957) - estrela.gifestrela.gif

Possivelmente um dos filmes mais superestimados de todos os tempos. O fato é que é muito longo, e seria muito melhor se tivesse sido condensado em 3 minutos. Então teria as cenas que a elite cultural tanto fala: a praia no começo; a introdução da Morte; o jogo de xadrez entre Block e ela. Ou então poderia ter virado um musical. emot%20do%20fnow

O grande problema com O Sétimo Selo, é que é muito difícil achar algo interessante nele. Há um sem número de diálogos que não acrescentam nada, sem real conexão com a história. Fora as situações forçadas e ridículas que apenas enchem linguiça. É impossível não se aborrecer ao assistir, ou no mínimo cair no sono. Mais uma daquelas produções pseudo-culturais e chatas, não vale a pena assistir.


Morangos Silvestres (Smultronstället / Wild Strawberries, 1957) - estrela.gifestrela.gif

Os críticos costumam dizer que este filme é um "belo estudo da velhice e compulsão do ser humano para recordações", ou que é "sério e difícil" à primeira vista. O roteiro é simples e direto ao ponto (ao contrário do diarréico "O Sétimo Selo"): um homem em meio à uma jornada pelo seu passado enquanto está já no fim da vida, e seus arrependimentos e supostos desafios do coração (aqui expostos de forma confusa ou tímida). O simbolismo do relógio logo no começo (em uma cena marcante) e os sonhos são meio forçados. Representam a morte iminente e a solidão.

No saldo geral é até um bom filme, mas decepciona, rapidamente se tornando chatinho, se valorizando além do necessário, sendo pretensioso ou bobo (principalmente nos flashbacks que pouco acrescentam à trama). Não que eu não tenha entendido a proposta de Ingmar Bergman durante toda a projeção. O problema é que ele deve achar que está sempre dirigindo uma peça de teatro, ou pintando um quadro, mas nunca dirigindo um FILME. Talvez um diretor como Billy Wilder poderia tornar a experiência de assistir filmes como Morangos Silvestres muito mais edificante.
[/quote']

 

Ou talvez seja porque que o cinema não é só diversão, é arte também. Afinal é conhecido como a sétima arte. Capiche?03

 

Não espere ver os estereótipos rasos da indústria do cinema <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em Bergman. Acho que a preocupação dele era dissecar a alma humana com a união de outras artes. Isto é uma coisa que só o cinema tem a capacidade de fazer unir tanto a pintura, como escultura, teatro e literatura em uma única mídia e não atrair multidões como ficou costumeiro. E realmente Bergman faz isto, unifica as artes explora a potencialidade do cinema e não faz um filme por um simplório filme. Ou fazer uma mídia por uma única mídia.
Plutão Orco2007-03-05 13:48:43
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Cara,

O Bergman nao quer explicar nada, nada de resposta, nada de terminar o debate, nada disso.

Ele fala de idéias que só uma pessoa como ele, que parece ter um olho dentro da nossa alma, pode falar.

Já vi quase tudo dele.

Os melhores :

SONATA DE OUTONO

MORANGOS SILVESTRES

CENAS DE UM CASAMENTO

PERSONA

PS: em sétimo selo ele joga xadrez com a morte tentando questionar nosso apego a dinvidade.
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Gostei dos argumentos do amigo Chiquinho. É tão difícil alguém ter coragem de expor idéias que se oponham ao que se espera de um " cinéfilo".

Eu também acho Bergman muito superestimado. Assisti O sétimo selo, Morangos Silvestres e Persona. O último eu gostei bastante e até comprei.

Os dois primeiros achei uma chatice. Ótimas idéias em teoria, mas que na prática deixaram muito a desejar.

Se é pra se falar sobre a velhice, prefiro muito mais o Rocky Balboa!!

Agora.. que chovam as pedradas!!06

 

MAD TIGER
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Têm muita gente que detesta o Bergman

Ninguém é unânime.

É impossível gostar dele vendo 1 vez ou vendo um filme, é muito profundo, e trabalhava com um diretor de fotografia que me parece um dos melhores da História.

Ele fala do tempo, e nao da velhice, é diferente.
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  • 2 weeks later...
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assisti pouquíssima coisa dele, mas foram as consideradas obras-primas, seus filmes tecnicamente são bons, algo q nesse quesito sempre ouço as pessoas elogiando, mas em termos de conteúdo, acho superestimado pelo menos nesses seus filmes q assisti.

 

Filmografia

2003 - Cenas de um casamento 2 (Scener ur ett äktenskap 2)

2002 - Anna (TV)


2000 - Bildmakarna (TV)


1997 - Larmar och gör sig till (TV)


1995 - Sista skriket (TV)


1993 - Backanterna (TV)


1992 - Markisinnan de Sade (TV)


1986 - Document: Fanny and Alexander


1984 - Depois do ensaio (Efter repetitionen)


1983 - Karins ansikte


1982 - Fanny e Alexandre (Fanny och Alexander) - ? (rever)


1980 - Da vida das marionetes (Aus dem leben der marionetten)


1979 - Farödokument 1979


1978 - Sonata de outono (Höstsonaten)


1977 - O ovo da serpente (Das schlangenei)


1976 - Face a face (Ansikte mot ansikte)


1974 - A flauta mágica (Trollflöjten)


1973 - Cenas de um casamento (Scener ur ett äktenskap)


1972 - Gritos e sussurros (Viskningar och rop)


1971 - A hora do amor (Beroringen)


1969 - Farödokument


1969 - O rito (Ritten)


1969 - A paixão de Ana (En passion)


1968 - Vergonha (Skammen)


1968 - A hora do lobo (Vargtimmen)


1967 - Stimulantia


1966 - Quando duas mulheres pecam (Persona) - ? (já faz um bom tempo, não gostei muito na época, precico rever)


1964 - Para não falar de todas essas mulheres (For att inte tala om alla dessa kvinnor)


1963 - O silêncio (Tystnaden)


1962 - Luz de inverno (Nattvardsgästerna)


1961 - Através de um espelho (Sason I em spegel)


1960 - O olho do diabo (Djavulens oga)


1959 - A fonte da donzela (Jungfrukällan)


1958 - O rosto (Ansiktet)


1957 - No limiar da vida (Nära livet)


1957 - Morangos silvestres (Smultronstallet) - 7,5 (bom apenas, não vejo nada demais)


1956 - O sétimo selo (Det sjunde inseglet) - 8 (interessante a abordagem filosófica sobre a vida e a morte, mas o filme no qual esse foi baseado, uma das obras-primas de fritz lang: A Morte Cansada de 1921, acho muitíssimo melhor, um final belíssimo assim como a trilha sonora)


1955 - Sorrisos de uma noite de amor (Sommarnattens leende)


1955 - Sonhos de mulheres (Kvinnodröm)


1954 - Uma lição de amor (En lektion I kärlek)


1953 - Noites de circo (Gycklarnas afton)


1952 - Mônica e o desejo (Sommaren med Monika)


1952 - Quando as mulheres esperam (Kvinnors väntan)


1951 - Juventude, divino tesouro (Sommarlek)


1950 - Isto não aconteceria aqui (Sant händer inte här)


1949 - Rumo à Alemanha (Till glädje)


1949 - Sede de paixões (Torst)


1949 - Prisão (Fängelse)


1948 - Porto (Hamnstad)


1948 - Música na noite (Musik I moker)


1947 - Um barco para a Índia (Skepp till India land)


1946 - Chove em nosso amor (Det regnar pa var kärlek)


1945 - Crise (Kris)
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  • 4 weeks later...
  • 11 months later...
  • Members

O Sétimo Selo é um dos maiores filmes já realizados, na minha opinião. É, sem dúvida, um filme sobre a existência de Deus.

 

A morte é uma realidade da vida. Ela chega, inevitavelmente. E onde está Deus? Quem poderia prová-lo? Quem poderia citar, em sua própria experiência, a concretude de sua existência?

 

É sobre este dilema, fato da vida de todos os seres vivos e racionais que repousa toda a trama do filme. O personagem principal adia sua morte numa tentativa desesperada de provar Deus antes que morra; adia seu fim numa tentativa de ter certeza sobre questões que sempre lhe assolaram a alma (e assolam nossas almas diariamente) para que morra em paz.

 

Resultado: Deus não se manifesta e a morte, inevitável, o faz. Entretanto, é por este Deus silencioso e inaparente que ele chama ao morrer.

 

Espetacular!

 

 

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Assisti 4 filmes do Bergman nesses últimos meses para compensar o meu pecado de nunca ter visto nada dele. Os filmes são bons, mas ainda não teve nenhum que eu gostasse.

PERSONA - QUANDO DUAS MULHERES PECAM - 9/10

CENAS DE UM CASAMENTO - 8/10

O SÉTIMO SELO - 8/10

SARABAND - 6/10

 

Talvez eu alugue a trilogia do silêncio na próxima semana ou tente encontrar algum material de outro diretor clássico.03

 
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  • 2 months later...
  • Members

(Rei é Elvis. Sempre me parece um pouco ofensivo quando chamam um cineasta de rei, não sei porque)

 

Anyway, voltando ao assunto do tópico...

 

Vi pouco de Bergman.

 

O primeiro foi Sétimo Selo do qual eu ainda não entendi metade (isso sendo boazinha comigo mesma), pretendo rever.

 

Morangos Silvestre, hun... não gostei. Talvez pelo próprio assunto. Eu tenho síndrome de peter pan, não gosto muito de encarar idade. Sei lá.

 

Agora, o que realmente me chamou atenção para esse diretor foi Cenas de um Casamento. Brilhante. Se pudesse teria assistido as cinco horas sem parar. A premissa nem é algo que me chamasse assim tanto a atenção, ver filmes de línguas que não entendo nada geralmente me cansa muito, e esse é particularmente longo, mas fiquei muito presa a história. Liv Ullman é brilhante e a personagem é assustadoramente realista - leia-se, eu me identifiquei muito com Marianne. Esse foi o filme que acabou formando a minha opinião sobre Bergman.

Só de falar me deu vontade de rever.............

 

E tenho que ver urgentemente gritos e sussurros que tá aqui em casa há um tempão, que vergonha.
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