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Forum Cinema em Cena

Oscar 2017: Previsões


SergioB.
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Saíram as indicação ao Gotham Awards 2016, a cerimônia de entrega dos prêmios acontece dia 28/11/2016.


Best Feature

Certain Women
Kelly Reichardt, director; Neil Kopp, Vincent Savino, Anish Savjani, producers (IFC Films)

Everybody Wants Some!!
Richard Linklater, director; Megan Ellison, Ginger Sledge, Richard Linklater, producers (Paramount Pictures)

Manchester by the Sea
Kenneth Lonergan, director; Kimberly Steward, Matt Damon, Chris Moore, Lauren Beck, Kevin J. Walsh, producers (Amazon Studios)

Moonlight
Barry Jenkins, director; Adele Romanski, Dede Gardner, Jeremy Kleiner, producers (A24)

Paterson
Jim Jarmusch, director; Joshua Astrachan, Carter Logan, producers (Amazon Studios)


Best Documentary

Cameraperson
Kirsten Johnson, director; Marilyn Ness, producer (Janus Films)

I Am Not Your Negro
Raoul Peck, director; Rémi Grellety, Raoul Peck, Hébert Peck, producers (Magnolia Pictures)

O.J.: Made in America
Ezra Edelman, director; Caroline Waterlow, Ezra Edelman, Tamara Rosenberg, Nina Krstic, Deirdre Fenton, Erin Leyden, producers (ESPN Films)

Tower
Keith Maitland, director; Keith Maitland, Megan Gilbride, Susan Thomson, producers (Kino Lorber, Independent Lens)

Weiner
Josh Kriegman, Elyse Steinberg, directors and producers (Sundance Selects and Showtime Documentary Films)



Bingham Ray Breakthrough Director Award

Robert Eggers for The Witch (A24)

Anna Rose Holmer for The Fits (Oscilloscope Laboratories)

Daniel Kwan & Daniel Scheinert for Swiss Army Man (A24)

Trey Edward Shults for Krisha (A24)

Richard Tanne for Southside with You (Roadside Attractions and Miramax)



Best Screenplay

Hell or High Water, Taylor Sheridan (CBS Films)

Love & Friendship, Whit Stillman (Amazon Studios)

Manchester by the Sea, Kenneth Lonergan (Amazon Studios)

Moonlight, Story by Tarell Alvin McCraney; Screenplay by Barry Jenkins (A24)

Paterson, Jim Jarmusch (Amazon Studios)



Best Actor

Casey Affleck in Manchester by the Sea (Amazon Studios)

Jeff Bridges in Hell or High Water (CBS Films)

Adam Driver in Paterson (Amazon Studios)

Joel Edgerton in Loving (Focus Features)

Craig Robinson in Morris from America (A24)



Best Actress

Kate Beckinsale in Love & Friendship (Amazon Studios)

Annette Bening in 20th Century Women (A24)

Isabelle Huppert in Elle (Sony Pictures Classics)

Ruth Negga in Loving (Focus Features)

Natalie Portman in Jackie (Fox Searchlight Pictures)



Breakthrough Actor

Lily Gladstone in Certain Women (IFC Films)

Lucas Hedges in Manchester by the Sea (Amazon Studios)

Royalty Hightower in The Fits (Oscilloscope Laboratories)

Sasha Lane in American Honey (A24)

Anya Taylor-Joy in The Witch (A24)

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Esse papel da Viola é o típico representante de um papel que pode ser justificadamente encarado como Protagonista, ou Coadjuvante. Como foi Rooney Mara, ano passado. Não obstante a dificuldade de enquadramento, existe uma razão histórica para que os estúdios tenham de indicar por qual categoria seus atores almejam disputar a estatueta: Evitar que eles sejam indicados em duas categorias pela mesma performance! Sim, isso aconteceu em 1945, com o grande Barry Fitzgerald por "Going My Way" (acabou ganhando por Coadjuvante). Depois dessa dupla indicação, a Academia vetou essa estranha possibilidade. Os estúdios passaram a orientar com mais ênfase como o conjunto da Academia devia votar.

 

Abre-se uma vaga de Atriz, e, pelo visto, reserva-se a estatueta para a Viola.

 

Portman x Stone: sangue sangue sangue!!!

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Esse papel da Viola é o típico representante de um papel que pode ser justificadamente encarado como Protagonista, ou Coadjuvante. Como foi Rooney Mara, ano passado. Não obstante a dificuldade de enquadramento, existe uma razão histórica para que os estúdios tenham de indicar por qual categoria seus atores almejam disputar a estatueta: Evitar que eles sejam indicados em duas categorias pela mesma performance! Sim, isso aconteceu em 1945, com o grande Barry Fitzgerald por "Going My Way" (acabou ganhando por Coadjuvante). Depois dessa dupla indicação, a Academia vetou essa estranha possibilidade. Os estúdios passaram a orientar com mais ênfase como o conjunto da Academia devia votar.

 

Abre-se uma vaga de Atriz, e, pelo visto, reserva-se a estatueta para a Viola.

 

Portman x Stone: sangue sangue sangue!!!

 

estaria ela fugindo de Meryl Streep?

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Mas se tivesse o embate Streep X Davis, esse ano a tendência seria a Davis levar, já que da outra vez a Streep levou.

 

A Streep só levaria se o performance dela fosse algo muuuuuuuuuuito superior ao da Davis.

 

eu ainda acho que a MS no Oscar é igual bola dividida.... se sair é da defsa... no caso MS. :);)

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Acompanhando as listas, vejo muita gente colocando Ruth Negga entre as 5, no lugar de Huppert (Sim, ela está acontecendo!) ou Streep. Não vejo isso.

 

Faço um adendo: Virou cult falar mal da Streep! Claro, eu também gostaria que ela trabalhasse com Scorsese, com Lars Von Trier, com Ang Lee, em projetos mais tarimbados...Mas, gente,"Florence Foster Jenkins" é redondinho. Fico imaginando que tipo de gente chata pode achar este filme ruim! No mais, os dois atores do filme dão um show. Não sei quem está melhor, embora Grant, seja, obviamente, "lead", e vá concorrer como um mero deuteragonista.... O Figurino é excelente, extravagante, bizzarro, esfuziante, mas, no que tange aos outros personagens mais mentalmente sãos, muito fiel à época. Lindo trabalho da Consolata Boyle, por enquanto, favorita ao Oscar. A trilha do Desplat é boa, assim como o desenho de produção. No mais, Streep, mais uma vez, excelente. Nunca julga sua personagem. Consegue o efeito de fazer com que todos os espectadores queiram PROTEGER a personagem de todo o mal gratuito sempre tão fácil de se cometer. O ano é muito forte em Atriz, mas não vejo Streep de fora. E por que haveria de estar?

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o problema da Streep são os filmes que ela participa. não vi este ainda, mas se for bom, é o primeiro de qualidade desde "Dúvida"? Parece até que ela escolhe os roteiros sabendo que o filme vai ser medíocre e, obviamente, sua atuação vai se sobressair.

 

Assisti The Handmaiden na Mostra. Park Chan-Woo continua mostrando sua perversão e humor sádico, mas sem perder o olhar para a beleza e brinca com gêneros e com a audiência. 

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Park é demais!Pena que a Coreia do Sul mais uma vez não o escolheu. Mas meu coreano favorito, dentre vários, se chama Boong Joon-Ho!!! 

 

Meu Top 5 da Streep: 

 

1) A Escolha de Sofia (Concordando com a Sasha Stone de que se trata da maior atuação entre homens e mulheres premiados com o Oscar)

2) As Pontes de Madison

3) Out of Africa

4) Postcards from the Edge

5) Adaptação/ As Horas ( cena da cozinha!!)

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 Visto "Elle".

 

 

Vou começar dando voadora. Lendo os maravilhosos "Diários" de Susan Sontag (quem sabe a mulher mais culta da história), encontramos uma passagem em que uma grande amiga de Susan confessa a ela que havia sido estuprada há alguns anos. Susan,então, genuinamente interessada: "Você ficou excitada?". A amiga estranha a pergunta: "Você é a primeira pessoa que me pergunta isso". E Susan responde algo assim: "Mas essa é uma dúvida tão óbvia..." Conto essa historinha só pra reverenciar a inteligência de "Elle". Jamais um filme como este teria sido feito este ano no Brasil!! Estamos soterrados por uma mitificação de novel feminismo, responsável por cunhar até uma palavra horrorosa chamada "empoderamento", que faz com que que essa pergunta natural de Susan Sontag seja vista como algo extraterreno, de um sentimento impossível aos seres humanos. Aqui o filme viraria: A luta de uma vítima de estupro para se religar à vida e lutar pela justiça ante a opressão dos homens. Filme para ser aplaudido de pé no Saia Justa e que tais. A temática do roteiro, sem resto de dúvida, estaria interditada. São ainda as sombras demagógicas de uma era pós-PT que pairam entre nós (Imagino o que essas pessoas, caso conhecessem cinema, falariam depois de assistirem a Maurreen O`Hara ser arrastada pelo braço durante léguas por John Wayne em "Depois do Vendaval"). Ainda bem que o filme é do Paul Verhoeven, ainda bem que o filme é francês! "Elle" rejeita todos os caminhos fáceis da dramaturgia. Rejeita o policialesco. Rejeita o dramalhão. Rejeita a vitimização. Prefere a ação (notem, "ela" está sempre fisicamente em movimento, nunca está aplastrada num divã, ou chorosa em um grupo de ajuda), prefere o estudo de personagem, prefere o sexo, o cinismo, o poder da própria mão, e o humor negro (Como eu dei risada!). Rejeita a mentira sentimentaloide e abraça a abissal verdade das relações.

 

Filmes - eu já aprendi - têm uma espécie de autoconsciência. Há uma conexão telepática com o estupendo "A Professora de Piano". Parece que "Elle" se lembra dele. E nos faz lembrar dele. Pois temos a mesma atriz, atuando em semelhante zona obscura. E, claro, há uma mãe lá (a saudosa e fantástica Annie Girardot), e há uma mãe aqui. Quem leu o extraordinário livro da prêmio Nobel Elfriede Jelinek percebe mais claramente a importância da personagem da mãe, e percebe como a adaptação do Haneke foi bem feita. Gostaria muito de ter lido o livro em que "Elle" se apruma para poder comparar melhor as condições da relações mãe/filha. O ponto maior de aproximação, claro, é Isabelle Huppert em estado de ..."graça"...Não, numa atuação demoníaca! Acho que ela superou o papel de 2001. Cada olhar dela é um catálogo de sensações, é mínimo e concentrado, é intenso, é chocante, é engraçado, é complexo, e é absolutamente natural. Tudo na personagem é tão natural que passamos até a simpatizar com ela. Por mais controverso que seja, o espectador recebe a personagem, graças a ela. Em suma, é um banho! 

 

Ao que nos interessa...Chega no Oscar? Neste momento, está acontecendo aquilo que é mais bonito e necessário entre os críticos de cinema: A promoção daquilo que não pode ser ignorado ou esquecido. É este o papel fundamental da crítica. Isabelle está concedendo muitas entrevistas para vários veículos - até para vlogueiros via Skype - está promovendo ela própria o filme...E, sim, está acontecendo! Não é um filme fácil, e joga contra ele o fácil argumento do filme ser machista. Que estranho também para os norte-americanos uma atriz de 63 anos, magra, nua, sexualmente ativa.. Outra surpresa para os americanos que eu captei nas entrevistas: Ela leu o livro antes! Vejam vocês, que curioso, uma atriz que não se contenta apenas com o roteiro selecionado pela a agente....No Brasil, o espanto é de outra ordem; imagino os tresloucados comentaristas de cultura da Globonews chamando o filme de "machista/misógino/ fascista". Porque são palavras do tipo canivete suiço: cabem tudo nelas e ficam todos bem na fita no bandejão da Universidade pública caindo aos pedaços ou da escola ocupada. Mas, sim, o filme está acontecendo, cruzando o mar de hipocrisia, vencendo o mar de demagogia, com a força de suas arrebatadoras qualidades.

 

Nitidamente,  há lugar para uma vaga em Filme Estrangeiro e uma vaga em Atriz.

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 Films Eligible for Best Animated Feature:

 

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A Laika merece todos os cumprimentos pelo emprego do stop motion em "Kubo and the Two Strings" (não consigo nem dimensionar a trabalheira!). Os origamis virando samurais são lindíssimos - não dá nem pra dizer outra coisa; bem como as paisagens de fundo. Muito legal também ouvir as vozes de Rooney Mara, Charlize Theron, Ralph Fiennes - as vozes de quem a gente gosta - em outra forma de trabalho. Outro ponto de destaque é a trilha sonora delicadíssima, assinada pelo Dario Marianelli.

 

Mas a minha experiência foi, infelizmente, de decepção. Adorei os primeiros...25 minutos. Porque a questão da oralidade - do poder de se contar uma história de pessoa a pessoa, em uma comunidade, em uma simples feira - ficou muito bem retratada. Disse "opa! que mensagem bacana!". Mas depois fui me desligando completamente quando a história desembocou num simples criança-herói versus maldição.  O roteiro então desenvolve-se confuso, sentimentaloide, bobo...O final é uma palhaçada! Deixa um retrogosto ruim. É compensado por um pós-crédito inteligente, embalado pela voz de Regina Spektor, no qual a Laika resume, em outra técnica, os pontos-chave da história.

 

Espera-se que "Kubo and the Two Strings" termine entre os 5 indicados. Com a força econômica da Nike (se não entender, pesquise), e o respaldo anterior de "Coraline", "ParaNorman", "The Boxtrolls" , (produções que me animaram muito mais) é bastante provável.

 

Se merece ganhar? O estúdio merece. Este filme? Não.

 

"Zootopia" tem a força de uma ideia nova. Remanesce como favorito.

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Em contraposição, Taraji P. Henson emocionou no screening de "Hidden Figures". Parece que ela tem uma boa chance de ficar entre as 5. Ela é uma ótima atriz (e muito querida em Hollywood), pena que foi indicada pela performance errada. Sou muito mais ela em "Hustle & Flow" do que em "Benjamin Button".

 

Apontam o filme ainda com boas chances em Canção ("Runnin"), assinada por Pharrell Williams. Quem sabe uma segunda indicação para ele?

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Só um comentário meio aleatório: Vejo alguns analistas entabulando "Love & Friendship" entre os 5 em Production Design e, sei lá, parece que eu vi outro filme. Achei meio pobrinho, vocês não?. Ainda mais se compararmos com, por exemplo, o trabalho de época de cair o queixo de Santo Loquasto em "Café Society".

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Só hoje assisti a "Aquarius". O filme não está na corrida em Filme Estrangeiro, mas como há uma possibilidade remota de Sônia Braga figurar em Atriz vou rabiscar algumas impressões. Impressões sobre a  estrutura do filme, que acabaram sendo esquecidas neste fla-flu político.

 

Os nossos ouvidos e os aparelhos de surdez precisam estar tinindo para assistir a um filme do Kleber Mendonça Filho. Se fosse nos anos 1970, anos 1980, eu poderia culpar a tradicional má qualidade sonora dos cinemas brasileiros, ou ainda da mixagem de som dos próprios filmes; mas não é o caso. A elocução baixa das falas dá a entender que se trata de uma orientação da direção, para que a gente se aproxime do filme (se aproxime da tela), e preste mais atenção ao que está se passando. E devo dizer que funciona! Quando assisto a um filme do Kleber, eu fico muito mais concentrado.  É até sob certo ponto de vista meio engraçado: O que eles querem que a gente ouça? E quando? Realmente nós conversamos trivialidades  (ao exibir um álbum de retratos, ou oferecer um café) bem baixo. Mas, dito isso, cá entre nós, que alívio, quando, depois de 1 hora assim, há uma briguinha e algum ator fala mais alto!

 

Outro aspecto que eu gostei foi algo de que eu normalmente não tolero mais no cinema dito "indie": A divisão em capítulos. Só pra constar, na minha cabeça o que ele chamou de "capítulo", eu chamo de "ato" - seções de uma ópera, teatro, ou balé (capítulo é melhor em literatura, ou tevê). Os dois primeiros são melhores do que o terceiro, mas juntos eles servem pra gente: 1) conhecer os personagens ; 2) Mergulhar no conflito; 3) resolver o conflito. Ficou bom, mas se o terceiro "ato" tivesse a força do segundo, eu teria amado o filme. Agora, fica a minha dúvida, havia a necessidade de dividi-los explicitamente, e nomeá-los? Uma divisão em 3 momentos é quase a praxe do cinema mundial. Se for só pra marcar uma certa passagem de tempo, não precisava. Fora isso, devo dizer que eu AMEI o trabalho de montagem deste filme! Muito fluído, muito bonito, uma miríade de cenazinhas bem costuradas; adorei.

 

A direção é outro ponto altíssimo. São tantos movimentos de câmera e bons enquadramentos. E é tão bom quanto o diretor escreve o roteiro também, por que parece que a câmera é uma caneta. Desculpem a comparação, mas nesse aspecto os filmes do Kleber me lembram muito Antonioni (que talvez seja o diretor símbolo do que estou tentando explicar). Há sempre uma razão para onde a câmera está. E uma razão que nem precisa ser explicada em palavras (Os moleques vindo deitar em cima do povo que faz ginástica na praia e surge uma faísca de tensão ali). "Aquarius" inteiro é assim. Amo também o tratamento que ele dá a coisas colaterais. Por exemplo, nos filmes dele há uma discussão interna sobre Arquitetura. Não estou me referindo ao lado "social" do filme, estou me referindo à Arquitetura como disciplina estética mesmo. Os filmes dele gritam que aquilo ali é feio! É Miami demais, é brasileiro de menos! Enfim, são coisas colaterais que me fazem gostar demais do trabalho de Kleber. 

 

Quanto aos atores...Eu adorei o trabalho da Sônia Braga, adorei. Ela está ótima. Chamou minha atenção não o "físico" dela ( a sua sempre decantada beleza como mulher), mas a fisicalidade da atuação. O lance com os cabelos (Quando prender, quando soltar! Eu tenho cabelo grande; entendo o que é isso). Fico pensando nos filmes do Ozu, "Ervas Flutuantes" por exemplo...Os personagens se coçam o tempo todo! É sempre muito bom ver seres humanos sendo seres humanos no cinema, sem dependerem da palavra.  Amei a cena dela no carro, quando conta uma informação importante a um amante. E o corte e a migração para outro plano foram também eles muito bem desenvolvidos. Sem contar a fantástica cena no sofá, putz, maravilhosa, destruidora! Bom, apresentado o elogio, devo dizer que não gostei da cena dela com o Carrão na garagem do prédio. Aquele dedo em riste ficou meio amador, embora seja algo que nós todos façamos, mas em cinema, em representação em geral, não é um gesto bem-vindo.

 

Pra fechar, como eu queria que "Aquarius" fosse o nosso representante!  Para mostrar que sabemos fazer cinema de verdade. Cinema sério. Pensado. Meticuloso.

 

Vejam que é possível gostar do filme sem cair em mistificações. Há, de fato, aqui e ali, uma cor política (Bandeiras de Brasil e Cuba entrelaçadas; o vilão recém-voltado dos Estados Unidos - O esquerdismo é uma ferida que coça), mas nada que justifique alguém enquadrá-lo como Filme do PT (ou seus satélites). É um filme que me representa, mesmo divergindo totalmente da visão de mundo de seus autores e executores.

 

Chances de "Aquarius" no Oscar? Nenhuma.

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"Mapplethorpe: Look at the Pictures"

 

Alguns analistas o veem com chance de figurar entre os 5 indicados a Melhor Documentário. É dirigido por dois caras produtores de RuPaul`s Drag Race - que caiu no gosto do público em geral. Ou seja, é um documentário que tem certo apoio de mídia, tem banca. Pessoalmente, creio que esse apoio teria que estar potencializado para alcançar, ao final, o Tapete Vermelho. Não vejo isso acontecendo, não vejo as coisas se somando (por coisas: Mídia, respaldo crítico, comoção popular), porém pelo menos ele chegou na tevê, sendo exibido mundialmente na HBO.

 

No mais, quem tem interesse em fotografia; quem tem interesse na cena LGBT dos anos 1970 em Nova York; quem, assim como eu, ama Patti Smith e se emocionou com o maravilhoso/estupendo/sensacional livro de memórias "Só Garotos", não pode perder! Robert Mappethorpe talvez seja a última pessoa, nas artes em geral, que tratou do tema sexualidade com um gérmen de inovação.

 

É um documentário biográfico feito com ferramentas básicas: coleção de testemunhos à exibição de vídeos/fotografias íntimos do registrado. Simples e eficiente. Documentários desse tipo demandam uma vida extraordinária e é este o caso.

 

Ao final, resta-me um palpite para o futuro: O ator que vier a interpretar Robert Mappletorphe no cinema ganhará o Oscar.

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