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Forum Cinema em Cena

Doutor Sono (Mike Flanagan)


Jailcante
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13 hours ago, Questão said:

Oi? O que temos é uma menininha conversando com uma mulher creep, que aos poucos começa a ser cercada por um grupo de pessoas mais creeps, surgindo em uma quantidade cada vez maior á medida em que a menina olha em volta, e vai se tornando mais claro que essa mulher planeja algo horrível pra ela (quase uma reminiscência sem sangue da cena do bueiro em IT, que não por coincidência, é baseado na obra do King), até que a mulher revela as suas intenções, e aquelas pessoas correm de uma forma completamente animalesca em direção a menina.

Onde que essa é uma cena de ação? Já as montagens do terror estão todas lá.

Vários filmes de ação tem cenas semelhantes.

 

 

13 hours ago, Questão said:

Esse é um filme de terror, onde o terror é um motor para o drama emocional e não totalmente a única "coluna vertebral da narrativa, e n, e não tem problema nenhum nisso. É também um filme que flerta mais com o aventuresco, com certeza, mas o aventuresco pode conter o terror (embora nunca numa relação igualitária, um sempre vai estar á serviço do outro). Se você queria um terror no mesmo estilo de "O Iluminado" com certeza se frustrou, mas pessoalmente eu gostei de trabalhar o terror de uma forma diferente do original (muitas continuações não tem essa coragem).

Mas tirando isso, eu estava falando da cena do assassinato do garoto em si, que você disse não considerar uma cena de terror, e não do filme como um todo.


Ou seja, vamos por fantasminhas ou seres sugadores de eter que pronto, é filme de terror.

Pronto, fantasminha camarada é filme de terror. 

Ao meu ver, toda a ambientação do filme da mais pra filme de perseguição e confronto do que de terror. 

Se tivesse se focado na perseguição e duelo de poderes, talvez teria funcionado melhor, porque como terror, a unica coisa ali que vejo funcionar foi a cena do menino jogador de baiseball

 

13 hours ago, Questão said:

Elas são justamente isso. O filme deixa bem claro isso em vários momentos, desde a cena inicial do Danny com o flashback no hotel, pra depois ele viver quase a mesma situação em casa. O trauma persegue ele. Ele literalmente tem fantasmas presos na cabeça. Ele carrega o trauma nas costas, e o trauma o define, até o momento catártico com o fantasma da viciada e da criança, quando ele resolve ficar limpo da bebida. Os fantasmas não são só fantasmas, mas claramente metáforas do trauma do Danny.

Isso está incluso no filme, mas não é isso no filme, não entende?

E nem é abordado, é só uma citação (Kubrick 19e sei laquando)

Os fantasminhas/traumas aparecem na introdução do personagem principal, somem e depois reaparecem num final pra lá de brochante!

 

13 hours ago, Questão said:

Mais uma vez, o filme faz quase exatamente o que você sugere. O Danny literalmente confronta os demônios do seu passado com os demônios do seu presente, ao soltar os fantasmas do Hotel em cima da Rose no final. Ele só supera os problemas do seu presente quando consegue deixar para trás os problemas do passado.

Literalmente você viu outro filme, ou se focou em pequenas gotas interessante do que tem ali pra poder acreditar na qualidade da obra

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Fiquei impressionado como ele serve tanto como continuação do filme do Kubrick quanto do livro do King. Ele é respeitoso quanto aos dramas que o King criou e respeitoso quanto ao plot do filme de 80. Claro, ele tenta tratar como se o Jack Torrance do Kubrick fosse um pai amoroso dominado pela bebida, enquanto o filme do Kubrick é muito mais sobre um homem enfadado com sua família. A bebida é uma consequência de viver em uma estrutura familiar tão desagradável e repulsiva (pra ele). Mas ok, dá pra relevar isso porque é tão narrativamente envolvente. Tem momentos de agonia legítima, como esse início que o Questão citou.

SPOILER

E quando a trilha pulsa ao chegam no Overlook... UOU. Não é de se admirar que sangue vaze daquele elevador. 

Gostei muito.

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9 hours ago, Gustavo Adler said:

Vários filmes de ação tem cenas semelhantes.

Mas cadê a ação dessa cena de abertura com a morte da menina? Por que você disse que era uma cena de ação. Só que não lembra nada de ação. Nem tensa, nem pouco tensa.

 

9 hours ago, Gustavo Adler said:

Ou seja, vamos por fantasminhas ou seres sugadores de eter que pronto, é filme de terror.

Pronto, fantasminha camarada é filme de terror. 

Desculpe, onde é que eu disse isso? Nós já discutimos esse tema há um bom tempo, então a essa altura você já devia saber que não é a presença da fantasmas ou sugadores de sangue que torna um filme uma obra de terror, é a forma como esses fantasmas, ou sugadores de éter, ou mesmo uma rachadura na parede são construídos através da montagem dos elementos fílmicos, e DOUTOR SONO faz dessas montagens construtos de terror.

 

9 hours ago, Gustavo Adler said:


Ao meu ver, toda a ambientação do filme da mais pra filme de perseguição e confronto do que de terror. 

E quem disse que esses elementos são excludentes? Filmes como ENCURRALADO e A MORTE PEDE CARONA são justamente filme que tem perseguição e confronto (talvez você quisesse usar o termo ação) que também são filmes de terror.

 

9 hours ago, Gustavo Adler said:


Se tivesse se focado na perseguição e duelo de poderes, talvez teria funcionado melhor, porque como terror, a unica coisa ali que vejo funcionar foi a cena do menino jogador de baiseball

Agora, você tocou no ponto. Você tá dizendo que não funcionou pra você. Ok, muito justo. Mas o filme tem mais diversas cenas de terror, que se reconhecem como cena de terror. Agora, se não funcionaram pra você, são outros quinhentos. O fato de eu não gostar de um bolo, não faz com que ele deixe de ser um bolo.

 

9 hours ago, Gustavo Adler said:

Isso está incluso no filme, mas não é isso no filme, não entende?

E nem é abordado, é só uma citação (Kubrick 19e sei laquando)

Os fantasminhas/traumas aparecem na introdução do personagem principal, somem e depois reaparecem num final pra lá de brochante!

 

"Tá incluso no filme, mas não é isso no filme"? Tipo, A na verdade é B? Se A não é A, o que é o A?

Pra mim tá bem óbvio que é abordado. Até por que faz parte de todo o arco dramático do Danny nesse filme, só que não é mastigado. Ia ser um saco ele ficar chorando a cada dez minutos "Ah, quando eu era criança e bla bla bla". Tá bem claro que ele é um sujeito quebrado tentando se juntar. O publico tem que interpretar um pouco, por que de vez em quando é bom. E nem precisa interpretar muito também.

9 hours ago, Gustavo Adler said:

Literalmente você viu outro filme, ou se focou em pequenas gotas interessante do que tem ali pra poder acreditar na qualidade da obra

Cara, eu vi o mesmo filme que você. A gente só recebeu de formas diferentes.

Teria sido mais interessante você apontar onde discorda do argumento que você quotou (se não, por que quotar) ao invés de simplesmente se limitar a sugerir que estou me enganando em relação a qualidade da obra (até por que qualidade nesse caso é um conceito bem relativo, certo?) De boa, foi um pouco aquém de você apelar pra isso.

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8 hours ago, Tensor said:

Claro, ele tenta tratar como se o Jack Torrance do Kubrick fosse um pai amoroso dominado pela bebida, enquanto o filme do Kubrick é muito mais sobre um homem enfadado com sua família. A bebida é uma consequência de viver em uma estrutura familiar tão desagradável e repulsiva (pra ele).

 Eu tive essa impressão inicial também, mas depois da cena em que o Danny encontra o fantasma do Jack no hotel (e achei muito bom fazerem Recast ao invés de lançarem um Deep Fake do Jack Nicholson na cara de um dublê) eu já mudei de ideia. Aquele momento em que o Jack diz que a bebida era o remédio pra escapar das bocas "bocas que comiam tudo. Bocas que comiam dinheiro, bocas que comiam tempo, e tudo mais que ele tinha", já me fez acreditar que o Jack desse filme é o mesmo Jack do Kubrick/Nicholson que se sentia aprisionado pela própria família.

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On 2/22/2020 at 1:19 AM, Questão said:

Mas cadê a ação dessa cena de abertura com a morte da menina? Por que você disse que era uma cena de ação. Só que não lembra nada de ação. Nem tensa, nem pouco tensa.

Lembra do xmen 3? onde tinha a Jane cercada pelos mutantes parças do magneto?


Quantas cenas assim semelhantes apareceu em filmes de ação? desculpe, mas o fato daqueles iluminados irem pra torturar a criança não faz a cena ser de terror, já que mesmo em terror essa áurea já é bem batida. 

On 2/22/2020 at 1:19 AM, Questão said:

Desculpe, onde é que eu disse isso? Nós já discutimos esse tema há um bom tempo, então a essa altura você já devia saber que não é a presença da fantasmas ou sugadores de sangue que torna um filme uma obra de terror, é a forma como esses fantasmas, ou sugadores de éter, ou mesmo uma rachadura na parede são construídos através da montagem dos elementos fílmicos, e DOUTOR SONO faz dessas montagens construtos de terror.

Sim, e você sem querer ao tentar firmar como terror denunciou exatamente o que falo de fantasminha camarada, porque e dai que tem montagens de elementos filmicos se eles são usados em uma estrutra de ação tentando se firmar no horror que é uma criança ser torturada? Isso por si só não é terro, ao meu ver, já que muitos filmes de ação carregam as mesmas relações e simbolos. 

E mesmo que seja terror, é terror inutil, porque fica se valendo do apelo a nossa repulsa em ver criança sofrendo.

 

On 2/22/2020 at 1:19 AM, Questão said:

"Tá incluso no filme, mas não é isso no filme"? Tipo, A na verdade é B? Se A não é A, o que é o A?

Pra mim tá bem óbvio que é abordado. Até por que faz parte de todo o arco dramático do Danny nesse filme, só que não é mastigado. Ia ser um saco ele ficar chorando a cada dez minutos "Ah, quando eu era criança e bla bla bla". Tá bem claro que ele é um sujeito quebrado tentando se juntar. O publico tem que interpretar um pouco, por que de vez em quando é bom. E nem precisa interpretar muito também.

Você mesmo falou, abordado, não explorado.

Explorar é pegar a mensagem que ele quis dizer e explora-la de forma que o desejo de explora-la molda o roteiro e a montagem. 

Ali, no final, ficou só as assombrações do hotel atormentando o Dany até ele aprender a técnica de prende-los no subconsciente (metaforicamente representado por um caixão) e depois, quando é conveniente pro roteiro, ele solta e rapidamente a mega super vilã sucumbe facilmente a um bando de zumbi a agarrando.

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On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

Lembra do xmen 3? onde tinha a Jane cercada pelos mutantes parças do magneto?

Oi? As cenas são parecidas por que se passam numa floresta, e tem um monte de gente em volta de uma pessoa do sexo feminino? Sério? Intenção de cena é bobagem, né?

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:


Quantas cenas assim semelhantes apareceu em filmes de ação?

Tem cenas parecidas em comédias, tem cenas parecidas em dramas, tem cenas parecidas em filmes policiais.

Concordo que um filme pode ter uma cena que possua construção de terror, e não ser um filme de terror. HOMEM ARANHA 2 do Sam Raimi, tem uma cena desse tipo, e não é um filme de terror. 

Mas essa cena inicial dá o tom de todo o resto do filme. Tanto que a cena seguinte a essa também é uma cena de terror. Essa cena inicial da menina não é um evento isolado.

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

desculpe, mas o fato daqueles iluminados irem pra torturar a criança não faz a cena ser de terror, 

Decididamente não. É a montagem fílmica que faz. A intenção do Verdadeiro Nó é só um elemento dessa montagem.

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

já que mesmo em terror essa áurea já é bem batida. 

Outros quinhentos. O fato de você não gostar de um bolo, não faz com que o bolo deixe de ser um bolo.

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

 

Sim, e você sem querer ao tentar firmar como terror denunciou exatamente o que falo de fantasminha camarada, porque e dai que tem montagens de elementos filmicos se eles são usados em uma estrutra de ação tentando se firmar no horror que é uma criança ser torturada? Isso por si só não é terro, ao meu ver, já que muitos filmes de ação carregam as mesmas relações e simbolos. 

 Tem certeza? Pensa bem, por que o terror não exclui a ação, é só olhar a filmografia do George Romero. O terror pode perfeitamente ser articulado com outros géneros e subgeneros.

E como assim "e dai que tem montagem de elementos fílmicos de terror"? Como você acha que qualquer género se constrói? Presta atenção no teu próprio argumento. GASPARZINHO tem fantasmas e até alguns signos de histórias de terror, mas não é uma história de terror. Por que não é uma história de terror? Por que as montagens não o constroem dessa forma.  Você continua se agarrando nas premissas, no que acontece narrativamente, mas narrativa é só um elemento da linguagem. Uma criança ser torturada é sempre horrível, mas ter uma criança torturada pode acontecer em qualquer género, como você mesmo aponta. Tente parar de pensar em um instante em o que acontece narrativamente, e lembra que tem toda uma linguagem trabalhando paralelamente que dá realmente o tom do que acontece.

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:


E mesmo que seja terror, é terror inutil, porque fica se valendo do apelo a nossa repulsa em ver criança sofrendo.

Ai já é outra discussão que entra num terreno bem mais subjetivo do que seria terror útil e inútil e do que seria apelativo ou não. Até então, não é isso que estamos discutindo.

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

 

Você mesmo falou, abordado, não explorado.

Explorar é pegar a mensagem que ele quis dizer e explora-la de forma que o desejo de explora-la molda o roteiro e a montagem. 
 

Tendo em vista o numero de tramas que o roteiro tinha que explorar, acho que os traumas do Danny foram explorados a contento, pelo menos do meu ponto de vista. Mais do que foi explorado, já viraria didatismo, na minha opinião. A interpretação do McGregor, toda a sua luta com o alcoolismo, e os momentos de confronto com esse passado em planos que referenciam O ILUMINADO (muito antes do climax no hotel) são mais do que o suficiente para cobrir o que você aponta, ao meu ver. Mas ai é questão de opinião.

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:



Ali, no final, ficou só as assombrações do hotel atormentando o Dany até ele aprender a técnica de prende-los no subconsciente (metaforicamente representado por um caixão) 

Você queria ter visto mais assombrações do hotel? Pessoalmente, acho que o que o filme mostrou foi o suficiente. A metáfora foi deixada clara, não havia necessidade de repetir. Fora que os traumas do hotel tornam-se só o ponto de partida de uma longa lista de "assombrações" que representam os erros de Danny ao longo da vida, vide o fantasma da viciada. Alias, eu gosto que o filme seja econômico nesse aspecto. Mas como disse antes, questão de ponto de vista.

 

On 2/25/2020 at 10:40 AM, Gustavo Adler said:

, quando é conveniente pro roteiro, ele solta e rapidamente a mega super vilã sucumbe facilmente a um bando de zumbi a agarrando.

Até entendo você não gostar, mas não vejo conveniência de roteiro aqui, já que esse momento é coerente com o que havia sido mostrado pelo filme até então, inclusive servindo ao significado metafórico dos fantasmas na trama.

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On 2/26/2020 at 2:37 AM, Questão said:

Mas essa cena inicial dá o tom de todo o resto do filme. Tanto que a cena seguinte a essa também é uma cena de terror. Essa cena inicial da menina não é um evento isolado.

Muito espaçado e todo o tom entre esses é de perseguição e desenvolvimento de personagens. 

A questão é que o terror ficou apenas uma argamassa, e não o filme, e somando aos clichês e a falta de envolvimento temática, ficou tudo muito superficial em tudo, no clima, no tema.

Enfim, a unica coisa que me pegou foi a referência ao filme de Kubrick (que me deixou com vontade de assistir o filmaço novamente) e a cena do menino torturado

 

On 2/26/2020 at 2:37 AM, Questão said:

Tem certeza? Pensa bem, por que o terror não exclui a ação, é só olhar a filmografia do George Romero. O terror pode perfeitamente ser articulado com outros géneros e subgeneros.

Com certeza, mas pra isso, o esqueleto principal do filme tem que ser o terror (tá, parasita tá ai meio que questionando isso, mas o fio condutor dele é drama).

 

 

On 2/26/2020 at 2:37 AM, Questão said:

E como assim "e dai que tem montagem de elementos fílmicos de terror"? Como você acha que qualquer género se constrói? Presta atenção no teu próprio argumento. GASPARZINHO tem fantasmas e até alguns signos de histórias de terror, mas não é uma história de terror. Por que não é uma história de terror? Por que as montagens não o constroem dessa forma.  Você continua se agarrando nas premissas, no que acontece narrativamente, mas narrativa é só um elemento da linguagem. Uma criança ser torturada é sempre horrível, mas ter uma criança torturada pode acontecer em qualquer género, como você mesmo aponta. Tente parar de pensar em um instante em o que acontece narrativamente, e lembra que tem toda uma linguagem trabalhando paralelamente que dá realmente o tom do que acontece.

O que dá o terror é o tom da narrativa, ou seja, a narrativa e a montagem que ela dá.

Se a narrativa é pessoas poderosas se enfrentando, o assunto é ação. 

Poderia ser terror? poderia, se o foco fosse no terror que essa ação causa, e não na ação em si. 

Só que 80% do filme o tom e a narrativa é sobre pessoas poderosas se enfrentando. O foco é esse, as montagens são isso, que usa elementos e montagens de terror que, ao meu ver, não empolgam (e nem a disputa de poderes entre os rivais poderosos).

Bem, acho que já me ffiz entender o porque esse filme pra mim foi mais um saco plástico do que algo de experiencia de fato! 

 

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18 hours ago, Gustavo Adler said:

Muito espaçado e todo o tom entre esses é de perseguição e desenvolvimento de personagens. 

 Espaçado, talvez, mas não isolado, e em uma quantidade suficiente. E o tom de perseguição não exclui o terror, até por que tom de perseguição não é género. A MORTE PEDE CARONA e ENCURRALADO do Spielberg são muito mais frenéticos que isso (de fato, tem um diálogo muito mais aberto com filmes de ação do que DOUTOR SONO) e nem por isso deixam e estar afiliados ao género terror.

18 hours ago, Gustavo Adler said:


A questão é que o terror ficou apenas uma argamassa, e não o filme, e somando aos clichês e a falta de envolvimento temática, ficou tudo muito superficial em tudo, no clima, no tema.

Enfim, a unica coisa que me pegou foi a referência ao filme de Kubrick (que me deixou com vontade de assistir o filmaço novamente) e a cena do menino torturado
 

Mas ai é por que tu não gostou da construção, e tá tudo bem com isso. Questão de gosto. Afinal, o género tem infinitas configurações, O BEBE DE ROSEMARY tem um modelo de construção de terror totalmente diferentes de O EXORCISTA. Mas como eu venho repetindo, o fato de determinado tipo de bolo, não faz com que deixe de ser um bolo.

 

19 hours ago, Gustavo Adler said:

Com certeza, mas pra isso, o esqueleto principal do filme tem que ser o terror (tá, parasita tá ai meio que questionando isso, mas o fio condutor dele é drama).
 

  Mas TAMBÉM é o terror, ainda que os construtos e mesmo os clichês estejam tencionados. O género nos ensinou a esperar que os personagens só sejam capazes de revidar contra o "outro assustador" quando acuados (e de preferência no 3º ato), e o filme tensiona isso ao apresentar personagens capazes de revidar antes disso. É um tensionamento, por que não é o padrão, mas não é novo. Na literatura, esse tipo em construção tá lá em DRÁCULA no século 19. O filme também flerta fortemente com a fantasia (que é a irmã do terror), por que pra Abra, os poderes dela não são assustadores, são fascinantes, mas o desconforto da presença da morte ainda ronda a personagem, e o fascínio da aventura não fica acima do medo da morte. E claro, eu to falando só de narrativa, pois o filme mantém toda uma construção técnica (e nisso tá incluso a narrativa, por que narrativa é técnica) e estética (que importam, por que se não seria outro filme) que o afilia ao género.

E PARASITA não é o primeiro, nem o segundo, nem o qunquagésimo a questionar isso.

 

19 hours ago, Gustavo Adler said:

O que dá o terror é o tom da narrativa, ou seja, a narrativa e a montagem que ela dá.
 

Você tá falando como se fossem duas coisas diferentes, e não são. A Narrativa faz parte da montagem fílmica, e é a montagem (que inclui a narrativa) que dá o tom de qualquer filme. E reitero aqui que estou falando de montagem filmica e não de montagem de planos.

 

19 hours ago, Gustavo Adler said:


Se a narrativa é pessoas poderosas se enfrentando, o assunto é ação. 
 

A ação não é o assunto, a ação é a consequência do enfrentamento. Mais uma vez, tudo o que você vê é a premissa. Cinema é mais do que a premissa.

19 hours ago, Gustavo Adler said:



Poderia ser terror? poderia, se o foco fosse no terror que essa ação causa, e não na ação em si. 

Só que 80% do filme o tom e a narrativa é sobre pessoas poderosas se enfrentando. O foco é esse, as montagens são isso, que usa elementos e montagens de terror que, ao meu ver, não empolgam (e nem a disputa de poderes entre os rivais poderosos).
 

 Concordo que o filme não é uma narrativa de terror puro tradicional, o que ate já comentei acima, por que traz elementos de muitos outros gêneros, mas reafirmo que está indiscutivelmente afiliada ao género, por que ela é montada dessa forma, e a atmosfera do filme é construída dessa forma. O medo da morte e do desconhecido simbolizado na figura de um "outro assustador" está construído ali, claro como o dia, não importa o quão poderosos os personagens sejam, por que esse medo e desconforto nunca é posto abaixo da ação. Se empolga ou não, é uma outra discussão, que nem vale a pena ter, por que é subjetiva demais.

 

 

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