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Forum Cinema em Cena

Psicose


Dook
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Pena de Bates no primeiro? spoilers: A cena final do primeiro filme é ele falando sozinho' date=' com camisa-de-força, insano. O fato de dizer que eram crimes passionais não quer dizer que ele era um coitadinho. No segundo, a impressão que eu tive é que ele virou um panguão qualquer. "Pare de importunar o Norman, mamãe", a situação dele ser o 'incompreendido'. Achei meio bobinho...[/quote']

Vamos colocar da seguinte forma: pode até ter sido bobinho (não acho, mas enfim), mas ambos precisamos concordar que a abordagem do 2 evita e obviedade e isso em se tratando de uma sequência é raro.

Tenho que parar com essa mania smiley36.gif. Mas a questão é: a personagem de Vera Miles ficou bidimensional demais pro meu gosto. E se vc for pensar na explicação para a transformação; se não houvesse o primeiro' date=' a personagem ia ser pior ainda. Personagem muito mal-feita. A não ser que a Globo tenha picotado cenas importantes com ela.[/quote']

Bom... ela já era bidimensional no primeiro, então não tivemos prejuízo... A única diferença de um pra outro é: Psicose = mocinha sem sal; Psicose 2 = vilã asquerosa que tem o que merece...

Vá me dizer que vc não curtiu o final dela? Hehehehe

Não é essa a questão Dook' date=' a questão é que: o filme não tem bolas pra tentar te causar tensão. Pra causar tensão, exageraram na trilha sonora. Eu, pessoalmente tive um resquício de tensão na hora do olho e nas cenas finais. Muito pouco, se proporcional ao resto das cenas.[/quote']

Dá um desconto... era 2 horas da matina e a menos que vc seja um sonâmbulo, seu cérebro já tinha encerrado o expediente... Some-se a isso o fato do filme ser dublado (o que já estraga) e ainda picotado fazendo a história ficar extremamente confusa.

O que impede de ser ela a assassina de Lila' date=' e o único assassinato de Norman, o final?[/quote']

Norman já estava na casa quando Lila morre e já devidamente pirado... vc não sacou pq foi mais uma cena que a Globo passou a tesoura.

Ok' date=' acho que 2 estrelinhas são algo melhor... [/quote']

Se vc rever o filme, ignorando que o original é do Hitch (o que dissipa qq comparação) em DVD preferencialmente, ganha 3 estrelinhas fácil... Não que eu esteja trabalhando para que vc reveja o filme ou aumente a nota, mas acho que há alguns aspectos no filme que não podem ser ignorados:

a) O filme foge de imitar o original e evita o óbvio - colocar Norman pirado logo no início matando todo mundo;

B) Franklin não é Hitch mas faz com que sua câmera explore a casa ao máximo com planos interessantes, dando personalidade a ela, fazendo dela quase que um personagem;

c) A trilha sonora de Jerry Goldsmith é fodaça, principalmente por evitar o tema de Hermann (outra coisa óbvia que qq um faria) e por criar peças atonais impressionantes que emulam um ambiente de loucura... Sem mencionar que o tema do filme é extremamente melancólico, indicando que as coisas só vão ficar pretas pro lado do Norman;

d) O roteiro que não é perfeito (a revelação da velha ao final sugere alguns rombos desagradáveis de lógica), mas mantém você preso ao que é essencial: Norman está pirando de novo e tudo começa a ficar tão confuso e pirado que vc não sabe o que é loucura e o que é verdade. Exemplo: Norman realmente estava falando com alguém no telefone pouco antes da morte da Mary?

e) O filme possui momentos de tensão, mas a sua essência é a de uma tragédia: Mary entra para atazanar Norman, se apega a ele e se dá mal (e acho que ela pirou tb); o psiquiatra do Norman tenta reverter a situação e se dá mal; Lila o persegue numa obsessão irrefreável e se dá mal (na morte mais violenta do filme que a Globo tb deve ter cortado); a velha supostamente tão inocente resolve peitar o 'filho' pirado... ela é pirada, mas ele é mais pirado ainda... se dá mal também; e, finalmente, o próprio Norman que sai supostamente curado e pira legal de novo... a última cena com a casa ao fundo e ele observando a paisagem é terrível, angustiante e revoltante... Se tivessem deixado ele no canto dele, nada disso teria acontecido.

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Nem sabia que Psiccose tinha seqüências... servem para alguma coisa?smiley36.gif

O que eu achei mais maneiro no filme original é uma artimanha muito pouco usada hoje em dia... é a chamada mudança de protagonista. Isso desnorteia o eespectador... O M. Night usou isso em A Vila... e foi bacana também.

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Sobre a revelação do assassino no final...  Fiz um texto longo. Quem quiser ler. Boa Sorte!smiley36.gif

CONTÉM SPOILERS de: Psicose II, Sexta-feira 13, Seven - Os Sete Crimes Capitais e trilogia Pânico.

Temos vários filmes em que a identidade do assassino é um mistério a ser resolvido (tanto pelo público, como pelos próprios personagens). A trilogia Pânico, por exemplo, usa isso pra brincar com o telespectador. Vários momentos no filme nos pegamos desconfiando de fulando e beltrano. Nisso até que são eficientes. Mas todos os 3 filmes falham num ponto: O motivo dos assassinatos. Todos os 3 tem o mesmo motivo: Vingança. Seja do filho que está vingando a filha da mulher que causou a separação da família (Pânico 1), ou da mãe que se vinga da morte do filho (Pânico 2) ou do filho rejeitado se vingando da irmã (Pânico 3). Vingança é um motivo mais que batido nesse tipo de filme. E a trilogia Pânico infelizmente, não inova aí (mesmo porque esses filmes não tem a intenção de inovar nada).

Temos também 2 exemplos de filmes que a identidade do assassino em si não é importante, e sim 1) o motivo dos assassinatos, e 2) a conseqüência dos assassinatos na cabeça do assassino. Tanto Sexta-Feira 13 (Parte 1) como Seven - Os Sete Crimes Capitais, trabalham bem isso. No caso do Sexta-feira 13, o assassino (assassina) é um personagem que nem tinha dado as caras no filme. Sra. Voohees aparece do nada como se tivesse "brotado do chão". Não era ninguém que o público poderia suspeitar. Nisso surge as 2 coisas importantes: 1) O motivo dela. Não é uma coisa fútil como vingança. Apesar de muita gente achar que ela estava se vingando, na verdade, pelo menos dentro da cabeça dela, ela não estava fazendo isso. Ela estava fazendo uma "coisa boa" matando aqueles adolescentes: Defendendo crianças que poderia sofrer com as futuras conseqüências de atos irresponsáveis de adolescentes. Mas ao revelar seu plano pra Alice, a Sra. Voohees, estaria ao meu ver querendo uma redenção, e com isso surge 2) a conseqüência dos assassinatos na cabeça do assassino. No fundo, ela viu que estava fazendo era errado e ao contar tudo pra Alice, estaria na verdade tentando um perdão de sua última vítima. Isso fica claro ao ver que nenhuma outra vítima teve a mesma chance que a Alice (de saber o porquê de estar morrendo), e justamente, a Alice era a boazinha da turma e que talvez poderia dar esse perdão a Sra. Voorhees.

Seven - Os Sete Crimes Capitais é outro filme que trabalha muito bem com o fato da identidade do assassino não ser importante, e sim o motivo e as conseqüências do ato. Várias vezes no filme a gente se pega achando que o assassino pode ser o Brad Pitt, ou o Morgan Freeman, ou o chefe dos policiais, ou a mulher do Pitt, mas não! Isso não é importante. O assassino aqui também praticamente "brota do chão". Se rende, se entrega. Poderia sair ileso disso tudo, mas não. O importante é mostrar que o assassino acabou cainda na própria armadilha. Ele teria se tornado um pecador, como suas vítimas e por isso merecia punição. E como a Sra. Voorhees, o vilão do Kevin Spacey procura  também uma "rendenção" (se não quissesse teria se matado simplesmente, ou teria procurado outra vítima pra cumprir a tabela dos pecados). Mas de certa forma ele se pôs a merce do algoz. Colocou nas mãos do personagem do Brad Pitt a possibilidade dele ser "perdoado" ou não. O final, todo mundo viu e ficou impressionado.

Psicose II, trabalha outro fator que também acho interessante: Tanto os assassinatos em si, como a identidade do assassino não é importante, e nem os motivos de tal ato. O filme trata do Norman Bates. É totalmente centrado nele. Como ele teria se curado depois de 22 anos, mas sem o perdão da sociedade ele acaba voltando a ser o que era. As mortes das pessoas tem uma tarefa nesse processo (só pra isso as mortes acontecem). A revelação final, com a "verdadeira" mãe do Norman, é uma parte importante. A cena começa com o Norman sozinho em casa e todos nós (público) na dúvida de como ele estaria (será que voltou a ser louco mesmo? Ou depois de tudo ele poderia estar bem?). Mas a mãe aparece e ali a gente tem a certeza do que está acontecendo. Norman voltou sim a sua "normalidade", mas faltava uma peça crucial: a mãe. E mãe aparece, está ali na frente dele. Se notaram bem, só ela fala e ele não. Ele não está preocupado se a história que ela conta é verdade ou não, se ela tinha matado mesmo aquelas pessoas ou não. Pra ele, o importante é que a mãe estava de volta, e assim ele poderia voltar ao que era. A cereja no bolo. A cena final com ele olhando em volta do motel e a mãe na janela, é a revelação que todo mundo esperava: Norman está solto e com sua mãe, o vigiando. É disso que o filme trata.

Ufa! Fim.smiley4.gif

Jailcante2006-7-28 13:51:35
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Só uma observação: não acredito nem a pau que a Sra. Voorhees tava atrás de redenção quando contou tudo pra Alice... Ora, se ela queria redenção, pq tentou matar a Alice de todas as formas possíveis e imagináveis?

 

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Só uma observação: não acredito nem a pau que a Sra. Voorhees tava atrás de redenção quando contou tudo pra Alice... Ora' date=' se ela queria redenção, pq tentou matar a Alice de todas as formas possíveis e imagináveis?

 

[/quote']

Ok, talvez não fosse uma exatamente "rendenção", mas ela procurou uma aceitação por parte da Alice. Ela queria, ao contar a história pra Alice, que ela entendesse e aceitasse o porquê daquilo tudo que estava acontecendo. É isso que toda mãe, de certa maneira, quer dos filhos "a aceitação" ou a "compreensão" dos seus atos.

Jailcante2006-7-28 18:12:43
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Caramba preciso rever logo esse filme' date='faz tempo que vi e tantos detalhes não me vem à lembrança...[/quote']

Você está falando do Psicose I ou do II?smiley36.gif Ou dos dois?

O tópico é para o filme do Hitch, mas a gente acaba voando em outros assuntos.

Jailcante2006-7-28 18:10:56
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No fim-de-semana, revi as continuações. No geral, eu gosto dos 3 filmes. Bem melhores que a refilmagem de 98 (pior seria impossível), ele continuaram bem a história (até o 3º o mais fraquinho deles, conseguiu fazer isso). Não foram planejados juntos, mas eu até fiquei com essa impressão, já que um tem uma certa ligação um com o outro. E os filmes funcionam melhor, se evitarmos comparações com o filme do Hitch (ainda mais que compará-los seria impossível). 

Psicose II 4/5

Continuação muito boa. O filme não se limita a "imitar" o filme original e sim seguir outra vertente que é a do personagem Norman Bates, que ao voltar a sanidade depois de 22 anos, vai aos poucos indo de volta a loucura, por causa de fatores externos. A cena final com a mãe é FODA.

Psicose III 2/5

Se o 2º filme não "copiou" o 1º, aqui mudaram de idéia e resolveram copiar tudo. Se o 1º tinha uma cena de carro perdido na estrada numa noite de chuva, aqui também tem. Se o 1º tinha o Norman vestido de mãe matando gente, aqui também tem. Se o 1º tinha uma cena uma mulher morrendo no banheiro aqui também tem (só que não no chuveiro...). Se o 1º tinha uma cena do Norman empurrando um carro no pântano, aqui também tem, e se o 1º tinha uma cena do Norman fazendo uma cara bizarra para câmera, aqui também tem. Claro que sem o brilho do 1º filme. Ou seja, vá ver o filme do Hitch que é bem melhor! Mas, apesar dos pesares, o filme continuou bem a história, e é bem melhor que a estúpida refilmagem de 98.

Psicose IV - O Início 3/5

O maior pecado desse filme é que foi feito pra TV. Se tivesse sido feito pra o cinema, talvez tivesse tido um destino melhor. Com uma melhoradas no roteiro e com uma produção menos infeliz, o filme teria rendido bem mais, já que eu considero que a história bem interessante. O filme, na verdade é, ao mesmo tempo, uma continuação e uma pré-continuação. Continua a história (o que aconteceu com o Norman depois do 3º filme), mas ao mesmo tempo temos relatado o que aconteceu antes do 1º filme, como a convivência do Norman com a mãe e os primeiros assassinatos cometidos por ele. Pode não ser grande coisa, mas é, no mínimo, um filme curioso.

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Vi ontem. Não sei se porque fazia muito tempo desde da última vez ou pela alta expectativa gerada pelos comentários aqui no fórum, o certo é que Psicose, inicialmente, não desceu bem nesta revisada... o filme é importante, tecnicamente impecável e seu brilho reside nisso, mas não há nem mesmo uma grande história. Engraçado é que a maioria dos reviews do filme começam com "história de uma ladra que foge com 40 mil dólares e se hospeda num motelzinho de beira de estrada..." primeiro, de onde tiraram que a Marion era uma ladra? A mulher trabalhava 10 anos naquele escritório, gozava da confiança do dono (tanto que ele despreocupadamente lhe pede que leve o dinheiro até o banco) ninguém questiona os motivos que a fizeram abruptamente se apossar da grana (e nem o filme, apesar de dar indícios). Mas, apesar de não ter me agradado tanto quanto eu gostaria, Psicose tem em sua técnica, motivos suficientes para colocá-lo como o avô dos filmes de suspense que hoje são despejados sem cerimônia nos cinemas... e sim, o final é ruim com aquele psiquiatra falando pelos cotovelos... mas a essa altura, a cena do chuveiro está grudada no seu cérebro para sempre.  

PS: Certamente verei mais vezes...

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Eu quis dizer que falam dela como se ela tivesse feito aquilo a vida toda o que sabemos não ser o caso... prefiro pensar que ela agiu daquela forma depois de analisar a vidinha mais ou menos que levava ou um possível futuro com o namorado... veja bem, me incomodou na hora que eu assistia o filme, depois que comecei a pensar nas variantes e em como Hitch calculadamente coloca isso no filme, só fiquei curioso... smiley4.gif

 

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Eu quis dizer que falam dela como se ela tivesse feito aquilo a vida toda o que sabemos não ser o caso... prefiro pensar que ela agiu daquela forma depois de analisar a vidinha mais ou menos que levava ou um possível futuro com o namorado... veja bem' date=' me incomodou na hora que eu assistia o filme, depois que comecei a pensar nas variantes e em como Hitch calculadamente coloca isso no filme, só fiquei curioso... smiley4.gif

 

[/quote']

Nacka,não é o motivo do roubo o ponto X do filme,não é importante,isso fica no imaginário e evita explicações desnecessárias que só teriam poluído o roteiro. Lembra do início de O Homem que Sabia Demais também de Hitch? Alguém que levou um tiro chega no ouvido de um cara qualquer e conta um segredo...à partir daí a vida do cara que recebeu o segredo vira um inferno,a ponto do segredo em si ser o menos importante.Na parte inicial de Psicose temos que nos concentrar na fuga dela,e depois da chegada ao Motel,em Norman Bates,isso já é mais do que suficiente.

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Dado eu tenho certeza que Psicose é muito mais do que a famosa cena do chuveiro' date=' não disse que o roubo é o ponto X do filme, não creio que o filme tenha um, pelo menos que seja facilmente identificável.  

[/quote']

É,eu sei que você não disse Nacka,foi só uma forma de reforçar que o motivo ali é o que menos importa,um modo de falar.

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Ótimo filme de Hitchcock... tenho ele em DVD....

Sempre escutei falar que as sequencias do pscose eram horríveis e que nem se comparavam com as originais....vou tentar ver elas....

Não se comparam... o segundo filme acrescenta camadas interessantes deixando o universo Bates mais complexo do que imaginávamos a princípio...

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  • 5 months later...
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Ressuscitando (tentando) o tópico já que o Festival do Hitch está aí. E Psicose com certeza figura entre os melhores dele. 

 

PSICOSE (1998) - * * *

Inútil e esquizofrênica refilmagem do clássico de Alfred Hitchcock' date=' um dos melhores filmes de suspense já realizados.

No afã de homenagear o mestre, Gus Van Sant (Gênio Indomável) realizou praticamente uma cópia em cores do original, seguindo o roteiro quase cena por cena, silêncio por silêncio: os créditos de abertura, por exemplo, remetem ao genial trabalho de Saul Bass, enquanto a antológica trilha sonora de Bernard Herrmann sofre poucas interferências por parte de Danny Elfman.

Gus Van Sant deve ter se dedicado a brincar com uma palheta de cores típicas da década de 60, mas erra feio ao contemporaneizar a sexualidade intrínseca à história na figura um tanto efeminada de Julianne Moore como a irmã de Marion Crane (Anne Heche).

[/quote']

 

Eu não entendi as 3 estrelas,17 mas enfim...
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  • 3 months later...

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