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A Dália Negra


Sandro*
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Novo filme de Brian de Palma,

Com : Josh Hartnett (Bucky Bleichert); Aaron Eckhart (Lee Blanchard); Scarlett Johansson (Kay Lake); Hilary Swank (Madeleine Linscott); Patrick Fischler (Ellis Loew); Mia Kirshner (Elizabeth Short); Rose McGowan (Sheryl Saddon); Graham Norris (John Carter)

Sinopse : O assassinato brutal de uma bela e jovem aspirante a atriz deixa dois policiais obcecados pelo crime.

blackdahlia_01s.jpg

Trailer : http://www.cinemaemcena.com.br/multi_trailers_filme.asp?cod= 2953

A Dália Negra foi selecionado como filme de abertura do Festival de Veneza 2006, que começa em 30 de agosto.

 

O longa de Brian De Palma também compete pelo Leão de Ouro. Fazia 20 anos que um trabalho em competição não abria o evento.

 

E os fãs brasileiros do cineasta tem um motivo a mais para comemorar: A Dália Negra já tem estréia marcada em nossos cinemas. Segundo a Imagem Filmes, o lançamento está previsto para 6 de outubro.

Big One2006-09-25 00:51:10
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Achei o trailer interessantíssimo, e tomara que Brian de Palma tenha voltado a boa forma. No entanto, a postura inexpressiva de Josh Hartnett (pelo que vi no trailer) pode prejudicar o filme. Agora ver Hilary Swank num papel bem diferente do que ela ficou famosa e foi premiada fazendo é muito bom.

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Mas a referência do Baton de A Dália Negra é bem diferente, e mais interessante.

 

Pequeno spoiler:

é que Betty Short, enquanto foi torturada, teve suas bochechas rasgadas até as orelhas, criando uma espécie de sorriso sinistro. Daí a extensão artificial do baton.

Tétrico, não? Mas aconteceu mesmo.

Alexei2006-8-6 13:35:44
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  • 5 weeks later...
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Comentários sobre A Dália Negra , retirado de blogs dos críticos do site Contracampo :

 

Dália Negra (Brian DePalma,06)

Um filme estranho de DePalma. Muito porque parece um dos seus mais acessivos, mas não funciona como um deles. O filme é visualmente expressivo (excelente fotografia em scope do Vilmos Zsigmond), mas de certa forma evita as típicas grandes sequencias depalmianas. Tem uma lógica mais fria do que a habitual opondo um completo idiota (Josh Hartnett) contra um universo de mentiras (onde DePalma faz excepcional uso de sua capacidade para criar um mundo completamente artificial). Creio que apreciação do filme dependerá consideravelmente se o espectador é capaz de comprar Hartnett cujo personagem é ainda mais castrado e burro do que Craig Wasson em Duble de Corpo.

www.anotacoescinefilo.blogger.com.br - Filipe Furtado

 

 Belo filme. Um tanto explicado demais em alguns trechos, o que é pouco usual em De Palma, outro tanto de reverência ao gênero noir, ao mesmo tempo em que fica claro um movimento para trazer a homenagem para o campo em que ele se acostumou a trabalhar. Seqüências virtuosísticas não faltam, como a do interrogatório com o travelling circular; assim como o plano-seqüência expositivo, e que não deixa de ser virtuosístico, mas que é a quintessência de seu cinema: o travelling que descobre o corpo desfalecido da atriz e segue o casal na rua. Prefiro não adiantar o que acontece, pois pode estragar a experiência de quem vir o filme, mas trata-se de um plano impecavelmente realizado, e que só não é mais feliz porque o diretor foi obrigado a fazer um corte para acompanhar o casal mais de perto, por algum erro no movimento do plano, ou por querer aproveitar um take mais favorável de todo o movimento da câmera. Elenco quase perfeito: Josh Harnett tem o papel da sua vida, Hillary Swank está muito bem, e Aaron Eckhardt brilha como quase sempre.

www.chiphazard.blogspot.com - Sérgio Alpendre

 

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30/08/2006 - 11h42

 

Festival de Veneza abre com o policial sombrio "A Dália Negra"

Por Mike Collett-White<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

VENEZA (Reuters) - O Festival de Cinema de Veneza começa nesta quarta-feira com a estréia mundial de "A Dália Negra", um filme que remete à Hollywood dos anos 1940 e é baseado num sinistro assassinato ocorrido na vida real e que não foi elucidado até hoje.

Estrelado por Scarlett Johansson, Josh Hartnett e a duas vezes premiada com o Oscar Hilary Swank, a adaptação fortemente estilizada criada por Brian de Palma de um livro de James Ellroy vai inaugurar 11 dias de filmes, celebridades e festas na elegante avenida do Lido.

"A Dália Negra" é uma das quatro grandes produções norte-americanas a ser exibidas em Veneza este ano e que focalizam assassinatos verídicos ocorridos nos anos 1940, 1950 e 1960.

O título "Dália Negra" se deve ao apelido de Elizabeth Short, uma jovem atriz pouco conhecida cuja morte sinistra em 1947 dominou as atenções em Los Angeles. Seu corpo foi encontrado nu e cortado pela metade, na altura da cintura. Seus órgãos tinham sido retirados e o sangue tinha sido drenado de seu corpo. O assassino espancara a atriz, a sodomizara e cortara sua boca de uma orelha a outra.

O livro de Ellroy, que acrescenta ficção ao assassinato ocorrido na vida real, foi a maneira encontrada pelo escritor para trabalhar a morte de sua própria mãe, por estrangulamento, em 1958, em mais um crime que ficou sem solução.

"Duas vezes em meus 27 anos de carreira escrevendo romances tive sorte com adaptações de meus livros para o cinema: primeiro com 'Los Angeles -- Cidade Proibida' e agora com 'Dália Negra"', contou o escritor a jornalistas após uma sessão do filme para a imprensa, antes de sua estréia oficial nesta noite, num evento de tapete vermelho.

"'A Dália Negra' é um marco obsessivo em minha própria história, que deriva do assassinato de minha mãe em 1958", acrescentou.

"O que De Palma fez com grande habilidade no filme foi isolar os temas chaves de obsessão sexual, redenção e a triangulação de um homem entre duas mulheres, sempre sob a sombra onipresente da Dália Negra", explica.

SEXY DEMAIS?

Indagada se acha que sua cena de paixão com Josh Hartnett pode distrair demais a atenção dos espectadores, Scarlett Johansson respondeu: "É claro que é ótimo ser vista como sexy, sendo uma mulher jovem, na flor da idade. Mas tento não pensar em cenas sexies ou em ser sexy".

Ela traçou paralelos entre o fascínio de Hollywood com o assassinato de Elizabeth Short e o frenesi de mídia que cerca hoje o assassinato não elucidado da menina americana JonBenet Ramsey, de 6 anos, vencedora de concursos de beleza infantis.

"Acho que as pessoas se distraem com esse tipo de notícia para não precisarem prestar atenção a suas próprias depressões", disse ela a jornalistas.

Os atores desse filme noir moderno, boa parte do qual foi rodado na Bulgária, se inspiraram em astros e estrelas dos anos 1940 e 1950, incluindo Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Fred MacMurray e Rita Hayworth. Brian de Palma disse que quis ressuscitar o gênero policial antigo.

 

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Seis comerciais de TV para Dália Negra

 

poster.jpgO site oficial do filme Dália Negra foi atualizado e traz nada menos que seis comerciais de TV que serão usados para promover a estréia do longa, que acontece nesta sexta nos Estados Unidos.

Confira: www.theblackdahliamovie.net

Dirigido por Brian De Palma, o filme adapta o romance de James Ellroy (Los Angeles Cidade Proibida). A história, baseada em fatos verídicos, narra uma investigação criminal. Em 15 de janeiro de 1947, o corpo torturado e estuprado de Elizabeth Short, uma bela jovem que queria ser atriz, é encontrado num terreno baldio de Los Angeles. A vítima é chamada pela imprensa de "Dália Negra" e a busca por seu assassino transforma-se na maior caçada humana da história da Califórnia. Obcecado pelo crime, James Ellroy dedicou-se durante anos a investigar por conta própria o assassinato.

Mia Kirshner (The L Word) interpreta a atriz. Scarlett Johansson, Josh Hartnett, Hilary Swank e Aaron Eckhart completam o elenco principal.

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Mal posso esperar: De Palma + Scarlett.

Scarlett é vem se tornando a atriz mais promissora de Hollywood. Muitas atrizes queriam trabalhar em 1/3 de seus trabalhos já realizados, são eles: 2 filmes de Woody Allen; par romântico com Bill Murray, num filme de Sofia Coppola; ao lado de Redford no início de sua carreira; agora com De Palma; entre outros. E esse é só o começo de uma nova Susan Sarandon que está prestes a decolar em sua carreira - comparação pessoal, vale ressaltar.

De Palma... bem, De Palma não acerta na mão desde 1993, quando fez o magnífico O Pagamento Final e, depois, só deu tropeços. Seu último filme, Femme Fatale, é uma porcaria. Ele tá devendo um filme há 13 anos... Vamos ver como ele se sai com a sua Dália. 

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crítica do NYT:

15/09/2006
"A Dália Negra": em uma Los Angeles noir, um assassinato lúrido

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Manohla Dargis

A união de Brian de Palma com o assassinato da "Dália Negra" deveria resultar em um casamento feito nos céus para o cinema, ou talvez, no inferno. Mestre do horror moderno, Palma leva jeito para a loucura da violência, especificamente quando esta atinge o corpo feminino, o que o torna um diretor aparentemente perfeito para este crime espetacularmente cruel.

Seus melhores filmes são maravilhas do virtuosismo, dando vida aos prazeres contraditórios do cinema. Corre sangue por seu trabalho, mas também vida suculenta. Em "A Dália Negra", porém, essa vida escorreu como o sangue que saiu do corpo da vítima.

No dia 15 de janeiro de 1947, uma mulher empurrando um carrinho de bebê viu o que pensou ser um manequim caído em um terreno baldio no Sul de Los Angeles. Aquela figura branca como cera era o corpo cuidadosamente cortado de uma mulher de 22 anos, Elizabeth Short. Betty, como era chamada, tinha se mudado de Massachusetts para a Califórnia em busca de trabalho e do pai ausente. O que ela encontrou foi um clima agradável e muitos homens que esperavam mais do que sorrisos em troca de uma refeição quente. Ela ficou sem dinheiro e irrequieta e passou a vestir roupas pretas, por isso o apelido que mais tarde ficou marcado nas manchetes de jornal.

Betty Short (Mia Kirshner), ou ao menos uma idéia dela, aparece brevemente em "A Dália Negra". Como no romance de James Ellroy no qual se baseia, o filme na maior parte gira em torno dos altos e baixos violentos de dois detetives do caso, Bucky Bleichert (Josh Hartnett) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart). No ringue de boxe eles são chamados de Sr. Gelo e Sr. Fogo, respectivamente, por seus temperamentos totalmente distintos. (Se fossemos tomar como base suas interpretações, Murcho e Exagerado seria mais adequado). Quando não caçam pistas, Bucky e Lee parecem brincar de casinha com a amiga de Lee, Kay (Scarlett Johansson), uma loura rica com uma risada rouca e cicatrizes de batalha.

"A Dália Negra" é o primeiro romance da série "L.A. Quartet", de Ellroy, que começa no início dos anos 40 e termina quase uma década mais tarde. Ele o dedica a sua mãe, Geneva. O autor tinha apenas 10 anos quando ela foi assassinada, e seu corpo jogado, como o de Betty Short, no acostamento de uma estrada como se fosse lixo. O caso do assassinato não resolvido de sua mãe o perseguiu, e gerou um interesse obsessivo por Betty Short.

Como os outros livros do quarteto -incluindo "L.A. Confidential", filmado em 1997 por Curtis Hanson- "A Dália Negra" é enérgico, levado por sua obsessão e ira. Há loucura neste livro: dá a sensação de que foi escrito por um homem possuído.

Palma pode ser um diretor de loucura criativa impressionante, mas há pouca insanidade neste filme contido e estranho.

Com a exceção de Hilary Swank, que faz o papel de uma degenerada esquiva chamada Madeleine Linscott, os principais atores são desastrosos. Johansson e Eckhart precisam muito da ajuda de seus diretores, o tipo de ajuda que Brian de Palma, como indicam os desempenhos desiguais em seus filmes, não pode dar. Eckhart exagera nos movimentos, confundindo paixão com volume, e convida a uma comparação lastimável com Russell Crowe ensandecido em "L.A. Confidential". Johansson tenta dar personalidade ao personagem com um cigarro; Hartnett, que faz a narrativa, afunda na superficialidade de sua interpretação.

Somente Swank, que coloca um pouco de Katharine Hepburn em sua voz e igual convicção no resto de seu desempenho, cumpre o serviço. Sua personagem, uma riquinha de Raymond Chandler ao estilo de Ellroy, mora com sua família maluca em uma daquelas mansões que serve de tumba para seus moradores e é um monumento as suas ambições. Há um cachorro empalhado na entrada (resultado do entusiasmo infeliz de papai), levas de serviçais silenciosos na sala e um odor permanente de podridão. Palma obviamente gosta de passar tempo com sua raça decadente, cujos demônios parecem tão sintomáticos da cidade que chama de lar e cujas patologias se provam loucamente divertidas.

Apesar de estar à vontade entre os Linscott, o diretor fica inconfortável com os outros. Seu melhor trabalho aqui, que notavelmente não envolve os atores principais, é uma cena fantástica que começa no nível da rua e passa pelo telhado de um prédio onde alguns corvos estão piando assustadoramente.

Atrás do prédio, na próxima quadra, uma mulher com um carro de bebê pára para olhar algo em um terreno baldio, antes de sair correndo gritando. Isso é bravura no cinema, que faz lembrar alguns outros grandes floreios do diretor, em que você percebe a artificialidade consciente da imagem (você quase sente o diretor por perto) e ao mesmo tempo fica refém de seu impacto emocional.

A capacidade de atrair você para a história enquanto ao mesmo tempo lhe faz ter consciência de que está vendo um filme é um importante elemento de alguns de seus trabalhos mais bem sucedidos. Isso ajuda a explicar porque ele é melhor quando lida com os limites estritos do gênero do que quando está testando a realidade dura, como fez no drama lúgubre do Vietnã "Pecados de Guerra". A realidade também pesa em "A Dália Negra".

Betty Short era uma mulher de verdade, que foi lenta e brutalmente torturada até a morte, e cujo assassino tentou desumanizá-la fazendo dela um objeto. Sua história talvez tenha as características de uma grande ficção sensacionalista, mas não há nada de cinematograficamente divertido ou vulgar.

A mulher assassinada simplesmente não inspirou a criatividade sem limites de Brian de Palma como fez a Ellroy. Isso dito, há vislumbres de outro filme nas cenas curtas com Betty Short. Durante a investigação, surgem algumas gravações de testes para atores. Ela aparece como Kirshner, vestindo meias rasgadas e maquiagem borrada e faz a leitura do papel olhando para a câmera com seus olhos claros e assombrados. Você vê necessidade e desespero e entende porque uma jovem assustada sem recursos, a não ser sua beleza, teria confiado em um corpo cuja vulnerabilidade a trairia. De vez em quando, uma voz masculina faz uma pergunta a Betty, provocando-a até ela engatinhar para a câmera como em um sacrifício.

E o homem por trás da voz? Brian de Palma, é claro.

Ficha técnica:

"A Dália Negra"


Dirigido por Brian de Palma; escrito por Josh Friedman, baseado no romance de James Ellroy; diretor de fotografia, Vilmos Zsigmond; editado por Bill Pankow; música de Mark Isham; direção de arte, Dante Ferretti; produzido por Art Linson, Avi Lerner, Moshe Diamant e Rudy Cohen. Estúdio Universal Pictures. Duração: 119 minutos

Com: Josh Hartnett (Bucky Bleichert), Scarlett Johansson (Kay Lake), Aaron Eckhart (Lee Blanchard), Hilary Swank (Madeleine Linscott), Mia Kirshner (Elizabeth Short), Mike Starr (Russ Millard) e Fiona Shaw (Ramona Linscott)

Tradução: Deborah Weinberg

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