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A Dama na Água


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Cleveland Heep: I'm sorry I couldn't protect you. Oh, I should have been there, I am always going to regret... just not being there. I miss your faces. They remind me of God. I'm so lost without you guys. I met this very nice lady, and her name's Story. I think you would have liked her. I think she might be... an Angel, because she has to go home. I love you all, I love you all so much.

smiley4.gif

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O filme fazendo sucesso aqui hein?

Eu também adorei o filme! É engraçado, tem um certo suspense (que não é centro do filme), e uma boa fantasia. Tudo bem que certas coisas são meio forçadas, mas não deixam de ser fantasiosas (tipo, quem sabe um spoiler a leitura das caixas de cereais).

Lindo o final! Lindo!

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Como estão colocando notas.... deixo a minha: 8,5/10!

Filme muito bom, trilha muito boa, protagonista excelente, momentos emocionantes demais como o transcrito pelo _Hen_Ri_Que_ (quanto underline hein? smiley36.gif). Já falei que em certos momentos achei certas coisas forçadas.

throdo2006-9-2 0:10:47
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Comentário oportuno sobre a crítica do Pablo, retirado do site:

Comentário original:
O Sentido da Arte - João Inácio
- 1/9/2006 -
[email protected]

Comentário: Pablo' date=' Não sei se você se lembra de mim. Nos conhecemos pessoalmente no ano passado, quando esteve em SP para lançar seu livro. Sou crítico da Folha de S. Paulo, lembra-se? Devo dizer, antes de qualquer coisa, que graças aos seus textos e ao Cinema em Cena eu resolvi me tornar crítico de cinema, profissão que exerço hoje e adoro. Se um dia eu escrever um livro, como fez, você estará na dedicatória impressa, pode ter certeza. Pela primeira vez na vida eu fiquei triste ao ler um texto seu. Ao falar de "A Dama na Água" você ignora uma das maiores máximas da arte: quem produz significado é o expectador. É ao redor disso que gira a maior parte das críticas feitas aos críticos. Ao tentar interpretar a arte e escrever sobre sua interpretação, se anula o efeito que a arte exerce no indivíduo para fazer com o que o efeito seja massificadamente o mesmo. Ao comparar os expectadores que se sentiram eventualmente tocados com a obra com pessoas "que encontram significado até mesmo na borra do café" você indiretamente ofende e até mesmo envergonha quem gostou do filme. Muito se fala do papel da crítica (ontem mesmo participei de um debate com o Amir Labaki e o Jean Michel Frodon, atual editor da Cahiers du Cinemá, sobre isso), e tenho certeza de que concorda comigo que, acima de qualquer coisa, o papel da crítica não é dizer para o público consumidor "filme bom" "filme ruim" e muito menos criar um eventual embarasso naqueles que tenham gostado dque qualquer obra. Ao escrever sobre "A Dama na Água" você parece tentar impedir seus leitores de gostarem do filme. Devo dizer, com pesar, que nunca te vi tão distante de Pauline Kael (sua referência maior, segundo você mesmo), que apesar de "ardilosa e mordaz" - como a define Daniel Piza - não falaria mal de um filme desta forma, desconsiderando o individualismo e a subjetividade na interpretação da arte. abraços Ps. Adoraria assistir ao "Homem Melancia".... já vi que estão fazendo campanha por este filme! hahaha

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Comentário oportuno sobre a crítica do Pablo' date=' retirado do site:

Comentário original:
O Sentido da Arte - João Inácio
- 1/9/2006 -
[email protected]

Comentário: Pablo, Não sei se você se lembra de mim. Nos conhecemos pessoalmente no ano passado, quando esteve em SP para lançar seu livro. Sou crítico da Folha de S. Paulo, lembra-se? Devo dizer, antes de qualquer coisa, que graças aos seus textos e ao Cinema em Cena eu resolvi me tornar crítico de cinema, profissão que exerço hoje e adoro. Se um dia eu escrever um livro, como fez, você estará na dedicatória impressa, pode ter certeza. Pela primeira vez na vida eu fiquei triste ao ler um texto seu. Ao falar de "A Dama na Água" você ignora uma das maiores máximas da arte: quem produz significado é o expectador. É ao redor disso que gira a maior parte das críticas feitas aos críticos. Ao tentar interpretar a arte e escrever sobre sua interpretação, se anula o efeito que a arte exerce no indivíduo para fazer com o que o efeito seja massificadamente o mesmo. Ao comparar os expectadores que se sentiram eventualmente tocados com a obra com pessoas "que encontram significado até mesmo na borra do café" você indiretamente ofende e até mesmo envergonha quem gostou do filme. Muito se fala do papel da crítica (ontem mesmo participei de um debate com o Amir Labaki e o Jean Michel Frodon, atual editor da Cahiers du Cinemá, sobre isso), e tenho certeza de que concorda comigo que, acima de qualquer coisa, o papel da crítica não é dizer para o público consumidor "filme bom" "filme ruim" e muito menos criar um eventual embarasso naqueles que tenham gostado dque qualquer obra. Ao escrever sobre "A Dama na Água" você parece tentar impedir seus leitores de gostarem do filme. Devo dizer, com pesar, que nunca te vi tão distante de Pauline Kael (sua referência maior, segundo você mesmo), que apesar de "ardilosa e mordaz" - como a define Daniel Piza - não falaria mal de um filme desta forma, desconsiderando o individualismo e a subjetividade na interpretação da arte. abraços Ps. Adoraria assistir ao "Homem Melancia".... já vi que estão fazendo campanha por este filme! hahaha

Sentiria vergonha..........muita vergonha dpois dessa.

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Merda' date='assim vcs me deixam loucos de curiosidade...Pior que só terei grana pra assistir no próximo final de semana...smiley7.gif

PS: Acabei de ler a crítica do Pablo.Não costumo fazer isso,ainda mais quando o filme tem um hype forte (para mim) como este...E não gostei do que li.Espero que ele esteja mesmo muito equivocado...smiley36.gif

[/quote']



Pq vc não costuma ler as críticas dele?

Não costumo ler nenhuma crítica,não só a do Pablo.Mas não consegui me conter desta vez...

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Palavras certeiras do João Inácio (um dos críticos da Folha? É o Sérgio Dávila com nickname?). Quando li o texto do Pablo, senti-me um bocado vexado. Um crítico inegavelmente exerce certa influência ou autoridade - não sei se estou empregando a palavra exata - sobre o leitor devido ao seu conhecimento aprofundado e embasado, o que torna desconfortável ter sua liberdade de interpretação própria e mesmo leiga restrita pelo mesmo.

 

____________

E quanto ao texto do cada vez mais louco Luiz Carlos Merten, onde ele intitula Shyamalan de "grande autor", é surpreendente. O crítico do Estado de São Paulo sempre desprezou o diretor, deu duas estrelas para O Sexto Sentido e Corpo Fechado, uma para Sinais e nota 4 de 10 para A Vila. Opiniões mudam, claro, até entre os críticos mas... Go figuresmiley5.gif

 

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Palavras certeiras do João Inácio (um dos críticos da Folha? É o Sérgio Dávila com nickname?). Quando li o texto do Pablo' date=' senti-me um bocado vexado. Um crítico inegavelmente exerce certa influência ou autoridade - não sei se estou empregando a palavra exata - sobre o leitor devido ao seu conhecimento aprofundado e embasado, o que torna desconfortável ter sua liberdade de interpretação própria e mesmo leiga restrita pelo mesmo.

____________
E quanto ao texto do cada vez mais louco Luiz Carlos Merten, onde ele intitula Shyamalan de "grande autor", é surpreendente. O crítico do Estado de São Paulo sempre desprezou o diretor, deu duas estrelas para O Sexto Sentido e Corpo Fechado, uma para Sinais e nota 4 de 10 para A Vila. Opiniões mudam, claro, até entre os críticos mas... Go figuresmiley5.gif [/quote']

Pois é,também não gostei nada do que li (crítica do Pablo).Seria bom se ele participasse do fórum...

Vou vender uns cds (The Police - coletania,Green Day - Klerplunk, Red Hot Chilli Peppers - By The Way (que me deram de presente),Foo Fighters - One By One, Blur - Coletania) hj pra conseguir uma grana,pra ver o filme...smiley36.gif E sozinho,é bem capaz da minha mina achar a mesma coisa que o Pablo...smiley36.gif (o difícil tá sendo fazer ela entender pq eu não quero q ela vá comigo...smiley36.gif).

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Palavras certeiras do João Inácio (um dos críticos da Folha? É o Sérgio Dávila com nickname?). Quando li o texto do Pablo' date=' senti-me um bocado vexado. Um crítico inegavelmente exerce certa influência ou autoridade - não sei se estou empregando a palavra exata - sobre o leitor devido ao seu conhecimento aprofundado e embasado, o que torna desconfortável ter sua liberdade de interpretação própria e mesmo leiga restrita pelo mesmo.[/quote']

O principal problema da crítica, ao meu ver (e que o Inácio apontou), é a insistência do crítico em desqualificar (no pior sentido possível) aquele que eventualmente gosta do filme, apelando para uma comparação rasteira...

A Boscov já havia feito isso em Star Wars - Episódio III e o Pablo continua a lista agora com A Dama na Água. Me parece muita cara de pau, portanto, dizer que o personagem interpretado por Bob Balaban no filme é um 'estereótipo' da 'classe' para a seguir chamar o diretor de arrogante por escrever para si mesmo o papel daquele que mudará o mundo. Acho que todos temos lampejos de arrogância. A diferença está naqueles que assumem.  

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Realmente, José Inácio foi muito, mas muito feliz em seu comentário. Aliás, foi exatamente o que eu comentei quando aiu a crítica do pablo. Crítico não deve impor a sua opinião, e é obrigado a respeitar a opinião dos espectadores que gostaram do filme. Enfim... Pablo provou ser arrogante, MUITO arrogante e faz jus ao personagem do crítico.

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Palavras certeiras do João Inácio (um dos críticos da Folha? É o Sérgio Dávila com nickname?). Quando li o texto do Pablo' date=' senti-me um bocado vexado. Um crítico inegavelmente exerce certa influência ou autoridade - não sei se estou empregando a palavra exata - sobre o leitor devido ao seu conhecimento aprofundado e embasado, o que torna desconfortável ter sua liberdade de interpretação própria e mesmo leiga restrita pelo mesmo.[/quote']

O principal problema da crítica, ao meu ver (e que o Inácio apontou), é a insistência do crítico em desqualificar (no pior sentido possível) aquele que eventualmente gosta do filme, apelando para uma comparação rasteira...

A Boscov já havia feito isso em Star Wars - Episódio III e o Pablo continua a lista agora com A Dama na Água. Me parece muita cara de pau, portanto, dizer que o personagem interpretado por Bob Balaban no filme é um 'estereótipo' da 'classe' para a seguir chamar o diretor de arrogante por escrever para si mesmo o papel daquele que mudará o mundo. Acho que todos temos lampejos de arrogância. A diferença está naqueles que assumem.  

E surgem perguntas como: teria sido John Huston um arrogante?

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Realmente' date=' José Inácio foi muito, mas muito feliz em seu comentário. Aliás, foi exatamente o que eu comentei quando aiu a crítica do pablo. Crítico não deve impor a sua opinião, e é obrigado a respeitar a opinião dos espectadores que gostaram do filme. Enfim... Pablo provou ser arrogante, MUITO arrogante e faz jus ao personagem do crítico.[/quote']

Pior: mostrou que o personagem do filme não é um estereótipo, é a triste realidade da 'classe'...

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Palavras certeiras do João Inácio (um dos críticos da Folha? É o Sérgio Dávila com nickname?). Quando li o texto do Pablo' date=' senti-me um bocado vexado. Um crítico inegavelmente exerce certa influência ou autoridade - não sei se estou empregando a palavra exata - sobre o leitor devido ao seu conhecimento aprofundado e embasado, o que torna desconfortável ter sua liberdade de interpretação própria e mesmo leiga restrita pelo mesmo.[/quote']

O principal problema da crítica, ao meu ver (e que o Inácio apontou), é a insistência do crítico em desqualificar (no pior sentido possível) aquele que eventualmente gosta do filme, apelando para uma comparação rasteira...

A Boscov já havia feito isso em Star Wars - Episódio III e o Pablo continua a lista agora com A Dama na Água. Me parece muita cara de pau, portanto, dizer que o personagem interpretado por Bob Balaban no filme é um 'estereótipo' da 'classe' para a seguir chamar o diretor de arrogante por escrever para si mesmo o papel daquele que mudará o mundo. Acho que todos temos lampejos de arrogância. A diferença está naqueles que assumem.  

E surgem perguntas como: teria sido John Huston um arrogante?

Hitchcock?
Kubrick?
Truffaut?
etc
etc
etc

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Realmente' date=' José Inácio foi muito, mas muito feliz em seu comentário. Aliás, foi exatamente o que eu comentei quando aiu a crítica do pablo. Crítico não deve impor a sua opinião, e é obrigado a respeitar a opinião dos espectadores que gostaram do filme. Enfim... Pablo provou ser arrogante, MUITO arrogante e faz jus ao personagem do crítico.[/quote']

Pior: mostrou que o personagem do filme não é um estereótipo, é a triste realidade da 'classe'...

De fato, Dook. De fato..

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E mais um comentário oportuníssimo do nosso João Inácio:

Comentário original:
o que é isso? - João Inácio
- 2/9/2006 -
[email protected]

Comentário: não pude deixar de notar uma contradição. Em sua crítica de Corpo Fechado você escreve: "Aliás, não posso deixar de me lembrar de um outro diretor que se tornou notório pela utilização `ativa` dos movimentos de câmera em seus filmes: Alfred Hitchcock. E acreditem-me: a comparação não é nada infundada." Me parece estranho, então, te ver dizer "o filme conta com uma direção corriqueira que não faz jus àquele que alguns cismaram de batizar como `o novo Hitchcock`".

Não sei não... acho que passou da hora do Pablo dar as caras e prover as necessárias explicações.

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Este é mais longo, mas bem mais quente:

Comentário original:
Tiro no Pé... - Carlos Eduardo Canhameiro
- 1/9/2006 -
[email protected]

Comentário: A crítica do Pablo sobre A Dama da Água revela, talvez, o pior papel q uma crítica possa exercer e chafurda nas próprias regras. No princípio, um presságio q se comprova. Há dois anos Pablo previa que a grande promessa (termo típico de críticos, e terão mais q comprovam q críticos são, em diversas vezes um apanhado de clichês) Shyamalan estava a cair em qualidade (imposta pelo modo de aferir qualidade do crítico!) e que com A Dama, chegava ao fundo do poço. Coisa de crítico, se orgulhar das premonições. E melhor, definir: o q é grande promessa e o q é o fundo do poço. Para no mesmo parágrafo criticar aqueles que “cismam” em batizá-lo como o novo Hitchcock... Faça o que falo... Em seguida, o desfiar de adjetivos: “desastre total”, “roteiro pedestre”, “versão empobrecida”, “encheção de lingüiça”, “falha miseravelmente”, inúmeras variações de fracasso(!), “desonestidade artística” e mais uns tantos a chegar na “falta de humildade”. E aqui fica claro que a tendência da crítica é uma exposição exacerbada do seu ponto de vista e foda-se o mínimo da dialética. Entretanto isso é comum, e sabemos, fácil de ser rebatido. Sempre com “mas é o meu ponto de vista mesmo”. Logo, a mesma lógica não pode ser aplicada aos artistas, apenas aos críticos. Vamos por partes, ainda: Para que serve a crítica? é a crise da crítica contemporânea. Já sabemos da lógica mercadológica (adorei a aliteração) da ditadura das estrelinhas. O próprio Pablo já se defendeu em artigo neste site sobre o porquê da avaliação estrelar. Q questão não é o fast-food da estrela, e sim, q a tendência da estrelinha tem influenciado a escrita. Então, ver a estrelinhas ou ler um texto de duas laudas, dá na mesma. Não há nada nas palavras da crítica q acrescentem mais do que ver Uma Estrelinha no rodapé. Na verdade, a crítica deixa a dever a estrelinha. Mas, voltemos à crítica em questão. Como pode um crítico julgar (e esse verbo na mão de crítico é uma ofensa à própria profissão) de maneira tão categórica e unilateral que um Artista está a ser desonesto com sua arte? Q poderes de Galvão Bueno foi dado a esse crítico de ler a mente do diretor e dizer que falta a este, humildade. O quanto sabe o Pablo da vida de Shyamalan para julgá-lo arrogante, desonesto ou qualquer outro adjetivo dessa natureza. Repete um reacionarismo pernicioso e jogo a crítica no pior papel que ela pode exercer: o de revista de fofoca. Oras, não seria nada ruim uma leitura sobre a Crítica Genética (procure a autora Cecília A. Salles). Enfim, escrevo porque além das questões acima abordadas, o q mais me incomoda numa crítica é a onisciência do crítico, q se cerca de todos os lados para dar razão a sua crítica. Diz Pablo na crítica q o diretor obriga o “brilhante” ator Paul Giamatti a errar em sua atuação (interpreto assim, qdo diz da gagueira artificial). Pergunto: como sabe ele da obrigação do diretor sobre o ator? Qtas vezes não é um ator quem sugere um detalhe para sua personagem? E qtas vezes um diretor não é condescendente com o ator por julgar q aquilo inspira o trabalho do mesmo? Qtos meandros existem na construção de uma obra artística? Um filme, uma atuação, não é algo que possa se encaixar num compêndio técnico e limitante. Grandes atores erram e qq artista erra pq seu trabalho não tem compromisso com o “certo e errado” dos críticos, tem compromisso com seus anseios pessoais e sua subjetividade. Artistas erram e podem e devem errar. A cultura do acerto e da evolução ao ápice pertence ao mundo capitalista. Faz bem para um engravatado de Wall Street, e não para um artista. Um pouco de telhado de vidro não faz mal a ninguém. Lembro-me do Walter Kerr, crítico teatral norte-americano dos anos 50, q destruiu Esperando Godot de Beckett qdo do lançamento nos Estados Unidos. Ele errou (e feio!). Não acredito em complacência, acredito q não seja papel da crítica esse tipo de julgamento... Seguindo na onisciência. Se o diretor usa um recurso narrativo que o crítico não entende, o diretor fracassa. Se o diretor diz q é uma história para crianças, é porque está antecipando as críticas, (e o sofisma impetrado por Pablo é pueril: Monstros, Nemo e Expresso Polar são animações, o que coloca o público de cara no mundo da fantasia – alhos e bugalhos no mesmo balaio de gato não dá!). Se coloca a figura de um crítico é para me defender das críticas porque critica os críticos... Ah, deus do céu... Tenha o mínimo de paciência. Essa leitura rasa da mente de um artista é difícil de engolir. Depois, uma crítica àqueles que gostarem do filme. Logo, a suposta falta de humildade do diretor parece ter contagiado o crítico. E vamos ao desfile de preconceitos e sofismas. Qual o problema em quem lê borra de café? Qual o problema em gostar do filme? O q quer um crítico: uma religião, seguidores fieis e cegos q acatem sua crítica e a tomem por verdade incondicional? Não posso deduzir outra coisa de uma frase como: “Por outro lado, como há aqueles que encontram significado até mesmo na borra de café que permanece no fundo da xícara, não há como evitar que uma fraude como A Dama na Água ganhe novas interpretações.” Então, meu caro crítico, quem encontrar leituras diferentes desta q vc faz em sua crítica é uma fraude? E sabemos q outros críticos viram o filme com outros olhos, então, eles são uma fraude? Cadê a ética q vc tanto proclama e cobra de seus pares? Façam o q falo... Por fim, quem sabe quando vc se tornar um artista, e tiver meios de produção em suas mãos, vc não crie o seu Homem-Melancia. E compreenda que qdo alguém diz “história para crianças” não quer dizer “filme para crianças”. Compreenda q o desejo de criar de um artista passa por razões outras do q se proteger dos adultos cínicos. Q uma mente q se sabota e se tolhe não pode ser a de um artista. "A arte é o mais intenso tipo de individualismo que o mundo já conheceu." Oscar Wilde. Tenho outras ressalvas ainda sobre a crítica, mas já escrevi o suficiente. Deixo por fim, algumas palavras de um bom filósofo, Vilém Flusser, que estão em seu livro: Fenomenologia do Brasileiro. Diz ele sobre a crítica e o crítico. “A falta de tradição vivida e a incompetência dela decorrente são muitas vezes compensada por inteligência brilhante e fantasia fecunda, e assim resultam em obras que não raras vezes revelam originalidade. Uma crítica merecedora do nome poderia apontar nessas obras esforços disciplinados e inspirados que em contexto histórico seriam bem-sucedidos, mas aqui murcham por falta de raiz e por falta de eco. Mas a falta de tal crítica parece condenar essa cultura toda a permanecer, pelo menos para o futuro previsível, no limbo. Porque o crítico que vegeta em tal cultura tem apenas duas atitudes: ou a atitude de profunda reverência, para mostrar quão bela é esta cultura e sua própria cultura, ou a atitude de violento insulto, para mostrar que ele é um dos poucos que não permite ser enganado por tal cultura. Se de vez em quando ocorrer uma crítica honesta e interessada no assunto, mas não na pessoa do criticado, este e sua panela reagem como se se tratasse de ofensa pessoal ou ofensa à ideologia que a panelinha professa.” "Tudo importa na arte, excepto o assunto." – O.W. Há braços

Nunca pensei que aquele fórum de rodapé proveria colocações tão fascinantes.

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