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Forum Cinema em Cena

A Dama na Água


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Os votantes do Framboesa dançam de acordo com a música da mídia, eles adoram pisotear em celebridades que por sua vez pisaram na bola (não que Shyamalan tenha cometido um filme ruim com A Dama).

Pegue a indicação de Tom Cruise no ano passado a título de exemplificação, quando ele passou por maus bocados de publicidade. Ninguém me convence que ele ofereceu uma das cinco piores atuações de 2005 com seu Ray Ferrier em Guerra dos Mundos, mas como o circo já estava armado, os Razzies tinham que tirar uma onda. Todo ano é assim.

 

 

Eles gostam é de chacota.

 

 

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Também acho que não foi. E a de roteiro nem é tão absurda - apesar de apresentar idéias legais, tem vários momentos em que ele abandona a sutileza (como quando um personagem praticamente faz um resumo do filme para dummies, dizendo que cada um tem seu papel no mundo e bláblá), ou quando assume um caráter quase 'manual de instruções RPG' ("o guardião tem o poder de olhar nos olhos de scrunt" parece ridículo se visto de fora). Além disso tem uma reviravolta meio estranha, que é quando eles descobrem que a galera reunida era errada, e tem que trocar tudo. Me pareceu burocrático.

 

E tem o personagem do crítico, com um leve estereótipo que quase chegou a me incomodar. E tbm o papel que o Shyamalan escreveu pra ele mesmo, muito pedante. Deixa um ar meio 17 sobre as intenções do filme.

 

Mas pô! É bem dirigido (só observar as cenas de suspense e as conversas do Giamatti com a Bryce pra ter uma idéia), sacanagem terem indicado ele pra pior diretor. E com a melhor trilha do ano.
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Esse filme é legal. O Shyamalan diretor é competente, o Paul Giamatti DETONA, etc. O problema é que tem uns diálogos ridículos e coisas pedantes tipo "EU SOU O ESCRITOR QUE VAI MUDAR O MUNDO". Mas é decente. O Shyamalan só precisa de um co-roteirista pra ajudá-lo a cortar as bobeiras.

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E muito menos legal que a do Lynch em Cidade dos Sonhos. Alias, a do Shyamalan não foi nem um pouco legal.

 

EDIT. Lembrei agora que a do Lynch não foi com críticos, mas com produtores. haha. bobiada minha. Mas de qualquer forma a intenssão foi a mesma, só que o Lynch fez melhor.
Tensor2007-01-23 00:32:04
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Acho injusta essa indicação. Ele não atua mal no filme.

Achei que o personagem do critico era tipo uma vingança já que seus filmes não são muito apreciados. 

 

 

[spoilerS]

 

O personagem do crítico (bem interpretado por Bob Balaban) pode soar para alguns apenas como uma espécie de vingancinha leviana de Shyamalan contra seus detratores na imprensa especializada, mas acho que a figura distanciada de Farber serve a um propósito fundamentado bem no centro da própria proposta alimentada no longa. Ele condensa, num estereótipo bem posicionado, o cinismo daqueles incapazes de simplesmente crer numa histórias e, conseqüentemente, incapaz de tecer uma leitura mais profunda acerca de seus significados - sendo que é justamente o oposto dessa idéia que Shyamalan pretende pregar com a história de Story (duh!), a catalisação de uma série de mudanças responsáveis pela formação de uma forte união entre as pessoas e como cada um encontra valores inerentes e não antes percebidos em si mesmos. Achei Shyamalan corajoso por essa decisão artística que lhe custou ainda mais inimigos ruidosos na imprensa.

 

A Dama na Água não é lixo. Calou fundo em mim, é outro grande filme rico em conteúdo de Shyamalan. Pode ter uma ou outra fraqueza, mas que com certeza não justificam tamanha ojeriza criada em torno dele. Os Razzies não significam nada, pois eles não retiram o valor daquilo que o autor quis transmitir com a obra. Sua mensagem pode ter chegado aos ouvidos de alguns poucos dispostos a escutá-la e eu acredito nela. Pode ser que o tempo lhe faça a devida justiça. Prefiro pensar assim.

Gustavo²2007-01-23 01:07:01

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Finalmente assisti ontem, essa Obra prima tão adorada aqui. Personagens caricatos, esquemáticos...todos, sem exceção...até o do Giamatti. O filme se arrasta...até você ter quer para e ir tomar uma água ou café...Aninfa no principio se parece com A Carrie, a estranha, na cena do chuveiro, pensei que ia tocar aquela musiquinha do começo de Carrie, deppois com peruca loira tá a cara da Beth Goffman. Tem furos enormes...como porque o lobo não matou ela logo e so a arrastou pelo mato (daãâ). Eu acho que a lição do filme é "A união faz a força" e para um povo tão egoista como o americano, até que cola...Partabéns pelas indicações ao Framboesa, todas merecidas. E sem essa das camadas a serem analisadas, tenho mais  que fazer, do que ficar descascando cebola040404.

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Taí' date=' esse eh um filme que não tenho interesse em assistir. Tipo não vi e não gostei.smiley36.gif[/quote']

 Mudou de ideia? 01

 

A propósito, o que eu acho do filme e que eu postei algumas páginas atrás:

 

Vi ontem' date=' é a história de um zelador (Paul Giammatti) que descobre uma ninfa (Bryce Dallas Howard) na piscina do condomínio de que toma conta. Ao descobrir que se trata de personagem mítica, que habita uma clássica história de ninar, ele reúne os condôminos numa corrente para protegê-la e devolvê-la ao universo mágico de onde veio. Esse pequeno vislumbre, resume o filme e também seus erros e acertos A Dama da Água é um mix com todos os elementos dos filmes anteriores do diretor. E isso é bom e ruim. Bom para quem é familiarizado com sua filmografia e vai identificar quase que de imediato elementos dos outros filmes dele, mas a mistura pode soar indigesta para os demais. Shyamalam não faz um cinema fácil, certinho, rapidamente digerível e como se sabe, isso hoje em dia é cada vez mais necessário, dada a acefalia reinante.

O zelador é vivido pelo ótimo Paul Giamatti, que tem aquela cara de gente comum, tão adequada ao papel. A ninfa é... como uma ninfa deve ser. Bryce Dallas Howard é tão etérea quanto seu personagem. Some-se a isso, muita gente, um condomínio com jeito do vilarejo de um certo filme... (isolamento de novo?) Onde os tipos mais esquisitos e variados convivem, uma comunidade de gente bem comum, com sua peculiar serenidade, perturbada (nem tanto) com a chegada da ninfa e de um... crítico, que tem a nada inovadora mania de ditar como deve terminar uma situação mas que se dá muito mal ao explicar isso para si mesmo.

Cleveland, o zelador, precisa interpretar os sinais que poderão levar Story para casa, para isso conta com a ajuda de uma criança, uma velha oriental, um grupo de irmãs latinas, um esquisitão que mal abre a boca, mas que quando abre faz o zelador rever sua vida e não menos importante, embora ele não saiba, um sujeito que malha só uma parte do corpo. Bizarro? Olhando assim de fora sim, parece muito... mas no filme, nem tanto. Shyamalam constrói tudo ao redor da cena chave do filme que é na verdade uma oração, dita em tom confessional pelo zelador e aí descobre-se que sim, a Dama... é um grande filme só que para um público pequeno e que sim Paul Giamatti é um senhor ator. Poucos irão entendê-lo e menos ainda irão querer isso. O diretor não faz muitas concessões para despertar a confiança daqueles que vão em busca de folguedos e cenas fáceis. Ao contrário, o resumo do filme é um fiapo... mas a sua simbologia é abundante e pensar que ao assistir filmes como o nefasto Código da Vinci as pessoas saem do cinema extasiadas como se houvessem sido presenteadas com um manjar dos deuses... como diria o Lex Luthor, deuses são seres egoístas e eu acrescentaria, relutantes em revelar seus segredos.

Tenho como única ressalva, a forma como os moradores do condomínio "aceitaram" a chegada da ninfa... uma chegada tão repentina (em uma cena igualmente bela) e tão pouco questionada. Incomoda, mas não há como classificar a Dama da Água como um filme ruim por causa disso. Há uma deliberação perversa na maneira como o diretor enfia goela abaixo, o sufoco do cotidiano americano em contraponto com a vida de um imigrante oriental (a filha da velha) que oscila entre dois mundos, o dela, fechado, representado pela mãe e a liberdade de ir a uma boate e se esbaldar (a ligação do celular). Quem faz isso hoje no cinema mundial de forma tão clean? Talvez Sam Mendes, em seu canto do cisne o "Beleza Americana" mas isso faz um tempinho já né?

[/quote']
Nacka2007-01-23 11:26:27
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Nacka, a aceitação sem questionamentos da ninfa se deve ao próprio contexto de fábula da história... Vc já parou pra pensar que as historinhas que lemos e que ouvimos quando crianças, bem como alguns filmes que assistimos, percebemos que os personagens não questionam muitas das coisas que surgem e acontecem?

 

Pq será que Elliot nunca questionou a própria natureza do E.T.? Pq Luke Skywalker, após negar seu parentesco com Vader, aceita a figura do pai que lhe é imposta sem questionar? E por aí vai...
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Finalmente assisti ontem' date=' essa Obra prima tão adorada aqui. Personagens caricatos, esquemáticos...todos, sem exceção...até o do Giamatti. O filme se arrasta...até você ter quer para e ir tomar uma água ou café...Aninfa no principio se parece com A Carrie, a estranha, na cena do chuveiro, pensei que ia tocar aquela musiquinha do começo de Carrie, deppois com peruca loira tá a cara da Beth Goffman. Tem furos enormes...como porque o lobo não matou ela logo e so a arrastou pelo mato (daãâ). Eu acho que a lição do filme é "A união faz a força" e para um povo tão egoista como o americano, até que cola...Partabéns pelas indicações ao Framboesa, todas merecidas. E sem essa das camadas a serem analisadas, tenho mais  que fazer, do que ficar descascando cebola040404.[/quote']

 

Esse filme não é tão adorado por aqui. A maior parte só não odeia. Só alguns amam.

O Cult mesmo é A Vila.

 

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Finalmente assisti ontem' date=' essa Obra prima tão adorada aqui. Personagens caricatos, esquemáticos...todos, sem exceção...até o do Giamatti. O filme se arrasta...até você ter quer para e ir tomar uma água ou café...Aninfa no principio se parece com A Carrie, a estranha, na cena do chuveiro, pensei que ia tocar aquela musiquinha do começo de Carrie, deppois com peruca loira tá a cara da Beth Goffman. Tem furos enormes...como porque o lobo não matou ela logo e so a arrastou pelo mato (daãâ). Eu acho que a lição do filme é "A união faz a força" e para um povo tão egoista como o americano, até que cola...Partabéns pelas indicações ao Framboesa, todas merecidas. E sem essa das camadas a serem analisadas, tenho mais  que fazer, do que ficar descascando cebola040404.[/quote']

Esse filme não é tão adorado por aqui. A maior parte só não odeia. Só alguns amam.
O Cult mesmo é A Vila.

 

Só um dos 'alguns' e tenho orgulho disso. 1606
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Estou com raiva dessa indicação mas vejo que o framboesa não deve ser levado a sério pq é constituido de pessoas incompetentes que só almejam o dinheiro. Não avaliam o cinema como arte e sim como instrumento para ganhar mais e mais dinheiro.

 

O Razzies é uma tiração de sarro com o Oscar... Os critérios para o filme ser selecionado para o 'prêmio' são os mais óbvios possíveis:

 

> fracasso de bilheteria

> fracasso de crítica

 

Só! E justamente por ter critérios tão elucidativos, o Razzies deve ser encarado como é: uma tiração de sarro e mais nada.
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Mas a graça do framboesa é "premiar" grandes produções...

 

sinceramente tentei enxergar por este prisma Amfíbio, mas vc lembra do vencedor máximo do ano passado? não era uma grande produção, além do que, o Sacrifício tbm não é...

 

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A Dama na água realmente não é lá essas coisas... mas tem coisas mto piores no ano q se passou' date=' tipo Férias no trailer, Efeito Borboleta 2, Maldição, entre outras tantas bombas... [/quote']

 

É uma pena A MALDIÇÃO e E.B2 não terem levado nenhuma indicação... mereciam. E PULSE também!

Quanto à A DAMA NA ÁGUA, é o mesmo caso de O CODIGO DA VINCE. Eles concorrem ao Framboesa por terem sido frustrações, ainda que estes não tenham sido péssimos filmes.
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Uma pena mesmo, apesar de todas as críticas negativas, eu achei que o filme fosse bom, gostei de todos os filmes que vi do Shymalan, falta os 2 primeiros, vi de Sexto Sentido pra cá como a maioria, tenho o DVD do "Corpo Fechado" e "Sinais", falo tudo isso porque o filme "A Dama na Água me decepcionou, prendeu minha atenção sim, mas não me cativou, tirando algumas boas cenas e a brilhante, essa sim, trilha sonora, todo o resto me pareceu "silly". Deu a impressão, assim como seu personagem, que o Shy deu muita importância ao que no final não era nada importante.

 

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