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O Labirinto do Fauno


Nacka
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O labirinto do fauno: bizarro pôster novo

 

Um melhor que o outro, os pôsteres de O labirinto do fauno, novo filme de fantasia de Guillermo del Toro. O cartaz abaixo é um raro exemplar baseado não em artes conceituais, mas em fotografia. Confira:

labirintodofaunoposter.jpg
"A inocência tem um poder que o Mal não imagina"

A história do filme mostrará uma garotinha viajando ao lado de sua mãe e de seu pai adotivo para o norte rural da Espanha em 1944. A mudança ocorre logo após a vitória do general Francisco Franco no pós-guerra fascista. Em seu novo lar a menina passa a viver entre o mundo real e uma realidade fantástica de sua criação.

No elenco estão Sergi Lopez (Fuso-horário do amor, Coisas belas e sujas), Maribel Verdu (E sua mãe também) e o mímico Doug Jones (Hellboy) como Pan, criatura da mitologia grega meio-homem, meio-bode. O suspense é uma co-produção da Tequila Gang (empresa de Del Toro) e de Alfonso Cuarón (Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban).

Trailer

Depois de ser ovacionado em Cannes, em maio, ofilme estréia em 1º de novembro na França e em 29 de dezembro nos EUA.

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Qual a sinopse desse filmesmiley25.gif

Está no post que abre o tópico:

A história do filme mostrará uma garotinha viajando ao lado de sua mãe e de seu pai adotivo para o norte rural da Espanha em 1944. A mudança ocorre logo após a vitória do general Francisco Franco no pós-guerra fascista. Em seu novo lar a menina passa a viver entre o mundo real e uma realidade fantástica de sua criação.

Putz! é cada poster melhor que o outro...

 

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  • 3 months later...
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Já pode mover para filmes em cataz!!05

 

O labirinto do fauno

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O Labirinto do Fauno
El Laberinto del Fauno

México/Espanha/EUA
2006, 112 min
Drama/Fantasia

Direção e roteiro: Guillermo del Toro

Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil, Maribel Verdú, Álex Angulo, Roger Casamajor, César Vea, Federico Luppi, Manolo Solo

1p.jpg

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4p.jpgO labirinto do fauno (2006) é com certeza um dos melhores filmes do ano. O cineasta Guillermo Del Toro apresenta uma fábula sombria recheada de metáforas e alegorias. Além de ser puro entretenimento, o longa também é uma ótima refeição mental para os cinéfilos e amantes da literatura fantástica. É fácil encontrar referências a filmes como O Iluminado, A Lenda do cavaleiro sem cabeça, O mágico de Oz, Hellboy (do próprio Del Toro) e livros como Alice no país das maravilhas e as fábulas de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm.

O filme abre com uma pequena narração sobre uma princesa que abandonou seu reino subterrâneo para conhecer a realidade humana e as conseqüências de seu ato. Depois disso conhecemos Ofelia (Ivana Baquero), uma menina de 10 anos fascinada por livros de contos e fábulas com fadas. Ela está viajando junto com a sua mãe Carmen (Ariadne Gil) para o campo, onde vai encontrar seu padrasto, Vidal (Sergi Lopez). Ele é o capitão das forças fascistas do general Franco, que governa a Espanha em favor dos ricos e poderosos com a aprovação da Igreja Católica. Logo de cara percebemos que Vidal é um homem extremamente sádico e que maltrata Ofelia.

Aos redor de sua nova casa, a menina encontra um labirinto que leva a uma trilha subterrânea. Lá ela conhece o Fauno (o mímico Doug Jones), uma criatura metade humana, metade bode, que a convence de que ela é a princesa perdida do reino subterrâneo e que precisa realizar três tarefas para retornar para seu reino. Ao mesmo tempo em que Ofelia embarca nessa viagem repleta de fantasia, Vidal não poupa esforços e sadismo para exterminar os rebeldes que ameaçam o governo.

O mundo fantástico

Realidade e fantasia se completam em um verdadeiro banquete de cenas e personagens inesquecíveis. Visualmente, o filme é soberbo. A cor é extremamente carregada de um sombreado que transforma a narrativa em um livro antigo de fábulas.

Inteligentemente, Del Toro transporta seu argumento para o campo. Cercado de florestas, o público se sente confortável em aceitar que possa existir por ali um universo mítico. Envolvendo este universo estão as duras cercas do mundo real, característica que também marca o trabalho de outros diretores fantásticos, como Tim Burton e Terry Gilliam. O único ingrediente diferente no filme de Del Toro são os toques surrealistas herdados do cineasta espanhol Luis Buñuel, outro que utilizou sua obra para criticar os fascistas.

Esse universo onírico e gótico é a espinha dorsal do filme. Del Toro não delimita o que é fantasia ou realidade. Ele aponta caminhos e deixa que o público embarque na viagem de sua preferência. Mesmo na conclusão, Del Toro contrasta os dois mundos. O espectador tem a possibilidade de escolher baseado em suas crenças pessoais. Quem não acredita em fadas, lendas e mitologia não se sentirá enganado. Otimistas que ainda vêem esperança no mundo caótico em que vivemos ficarão satisfeitos. E essa dualidade fica evidente na personalidade de Ofelia. Ela mostra que talvez a melhor maneira de escapar da realidade seja criando um mundo de fantasia.

Del Toro correlaciona seus personagens fabulescos com os de carne e osso. Nas tarefas, Ofelia é obrigada a enfrentar criaturas horripilantes. Impossível não associá-las à brutalidade de Vidal. Por mais aterrorizantes que sejam as aparências dos seres, fica a impressão de que os humanos são os verdadeiros vilões.

Mundos contrastantes

Fica evidente a diferença entre o mundo de Ofelia e o de Vidal. Ela acredita em sonhos e fantasia, sentimentos e características vitais para o desenvolvimento do ser humano. Vidal é um produto de mundo rígido e fascista. Sua ideologia é baseada na violência. Del Toro aproveita para analisar psicologicamente como homens dessa natureza são resultado de uma relação agressiva e abusiva dos seus pais.

Mas o debate não é só social, mas também político. Vidal não consegue ver nos rebeldes uma ameaça. Para ele, é uma questão de tempo para que todos sejam eliminados. Em A espinha do diabo (2001), Del Toro já tinha utilizado crianças para apresentar temas políticos como pano de fundo - a mesma guerra civil espanhola. Os dois filmes se completam em significado. E a mensagem de Del Toro não é sobre a perda da inocência, mas sim de como temos que nos abarcar a ela para conseguirmos sobreviver emocionalmente.

O elemento humano por trás dos comentários e mensagens de Del Toro reforçam ainda mais suas idéias. Todo o elenco está excelente. Mas quem chama a atenção é Sergi Lopez. Impossível desviar o olhar da tela quando ele aparece. Ele cria um vilão completamente odiável e se torna o ser mais asqueroso e repugnante, mesmo rodeado pelas criaturas mais estranhas possível.

Del Toro realizou todo seu filme com uma equipe basicamente mexicana, mas sem dispensar a máquina hollywoodiana. Ele, Alejandro Gonzáles Iñárritu e Alfonso Cuarón (também produtor do filme) são exemplos de cineastas que nunca deixaram de imprimir sua marca autoral em suas produções, mesmo com as amarras dos grandes estúdios. Coincidentemente, ou não, todos os três são produtos de um povo que até hoje é tratado com desprezo pelos norte-americanos. O preconceito está longe de acabar, mas o talento e o sucesso dos três é a melhor resposta.

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e não é que é?

 

Del Toro fez um filme muito triste mesmo. Ele conduz o filme de uma forma curiosa, como a menina, a câmera não para quieta. Os movimentos se repetem (como aquele em que ele passa a câmera a filmar uma parede depois ela segue o caminho, teve o corte, já está em outro lugar), mas eu gostei. tem uns momentos muito tensos, como a cena com aquele coiso do pôster, o Pale Man, e a parte que o Fauno vai visitar a Ofelia na casa dela pq ela não cumpriu a prova nº 2.

 

em alguns momentos eu também desejava que o elemento fantástico aparecesse mais, mas depois de sacar o clima pessimista do filme a realidade se torna muito mais assustadora se posta em comparação. Deu pra ver que o Del Toro foi meticuloso pra não gastar demais o labirinto na narrativa, mas ele pode ter exagerado um pouco mesmo nesse aspecto. E aquela imagem final é muito boa, sintetiza uma parte do espírito do filme (spoilers): logo depois de vc ter visto o mundo fantástico onde as coisas andavam boas, vc tem a visão do labirinto que fica assustador mixado na realidade, e depois, a governanta ainda mais triste por causa das conseqüências da guerra.
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Como o sergio aí em cima, esperava que o filme fosse uma obra prima, pelo muito que se falou dele e pelo trabalho anterior de  Del Toro mas ainda que o filme tenha alguns momentos MUITO bons, ficou aquela impressão que o diretor conduziu o filme com o freio de mão puxado. É nítida a suavizada que ele dá a algumas cenas e se o filme não fosse apregoado como "um conto de fadas" teríamos gore dos bons... mas gostei.
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