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Oscar 2006


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CONTÉM SPOILERS

 

 

 

Embora atacado pela direita cristã norte-americana, filme de Ang Lee deve seu fracasso no Oscar 2006 à ênfase explícita na questão gay, que pôs em segundo plano todos os demais aspectos dos personagens

Por que "Brokeback Mountain" perdeu? <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

SLAVOJ ZIZEK
COLUNISTA DA FOLHA

Previsivelmente, o fato de "O Segredo de Brokeback Mountain" não ter ganho o Oscar de melhor filme no domingo passado foi rapidamente denunciado em alguns círculos como expressão da homofobia oculta de Hollywood. A idéia era que a vitória de "Crash - No Limite" seria um acobertamento hipócrita: para acalmar sua consciência, pesada devido à traição covarde feita a "Brokeback Mountain", a academia teria optado por um filme anti-racista, dotado de plenas credenciais liberais e politicamente corretas.
Entretanto é "Brokeback Mountain" que é um filme verdadeiramente escapista -um romance trágico, apropriadamente ambientado numa "América profunda", atrasada, décadas atrás.
Dessa maneira, o cinéfilo liberal de hoje, que vive em uma cidade grande, pode refletir com satisfação sobre como a vitória já foi ganha: o filme ao qual está assistindo não diz respeito realmente a nossos problemas -em contraste com "Crash", que trata de problemas inequivocamente atuais. O escapismo mais refinado consiste em evitar os problemas do presente, trazendo à tona os problemas já resolvidos do passado. Assim, o verdadeiro ato de escapismo teria sido a vitória de "Brokeback Mountain".
Mas será que a batalha já foi realmente ganha? "Brokeback Mountain" não foi atacado por muitos grupos cristãos de direita, que o viram como tentativa de macular a imagem do caubói, o próprio ícone da vida americana, com a pecha do homossexualismo?
A resposta fácil a dar a essas vozes consiste, é claro, em dizer que a ética do western é profundamente anticristã: é uma ética de vingança e violência que não prega "volte seu outro lábio para aquele que lhe bate", mas, sim, "tome a justiça em suas próprias mãos e revide". Não surpreende que o discurso belicoso da administração Bush pós-11 de Setembro tenha ressuscitado o código dos heróis dos faroestes.
Outra coisa para a qual se chamou a atenção de imediato foram as alusões homoeróticas óbvias do próprio universo do western, com seu foco sobre as relações estreitas entre homens e a depreciação que faz das mulheres. A armadilha que se deve evitar aqui é enxergar nessas alusões uma espécie de subtexto "subversivo", uma "resistência" oculta ao regime ideológico oficial, patriarcal, heterossexual etc.

Homossexualidade frustrada
Pelo contrário: essa camada de homossexualidade constitui ingrediente-chave do universo do western e é uma característica que salta ainda mais aos olhos nas comunidades militares. A administração Clinton procurou resolver o impasse dos gays no Exército americano com a fórmula de meio-termo expressa na frase "não pergunte e não diga".
Ao mesmo tempo em que essa medida oportunista foi criticada, com razão, por endossar em silêncio a atitude homofóbica em relação ao homossexualismo (na prática, ela elevou a hipocrisia à condição de princípio social, como a atitude adotada em países católicos tradicionais em relação à prostituição), seus críticos, em sua maioria, deixaram passar despercebida a ironia contida nessa medida.
Ou seja, precisamos formular uma pergunta ingênua, mas crucial: por que o universo do Exército opõe resistência tão forte à aceitação pública de gays em suas fileiras? Só existe uma resposta coerente possível: não porque a homossexualidade represente uma ameaça à economia libidinal supostamente "fálica e patriarcal" da comunidade militar, mas, ao contrário, porque a economia libidinal da comunidade militar depende de uma homossexualidade frustrada e não reconhecida como componente-chave dos vínculos masculinos formados entre os soldados.
De minha própria experiência do serviço militar, prestado em 1975, me recordo de como o velho e infame Exército Popular da Iugoslávia era homofóbico ao extremo. Quando se descobria que alguém tinha inclinações homossexuais, essa pessoa era imediatamente transformada em pária, tratada como não-pessoa, para então ser formalmente afastada do Exército. Ao mesmo tempo, porém, o cotidiano do Exército era excessivamente permeado do ambiente das alusões homossexuais.
Por exemplo, enquanto os soldados faziam fila para as refeições, uma brincadeira muito comum consistia em enfiar um dedo no traseiro da pessoa que estava à sua frente e depois tirá-lo rapidamente, de modo que, quando o soldado espantado se virava, não sabia qual dos homens às suas costas, todos com um estúpido sorriso obsceno no rosto, era o responsável pelo ato.
Essa coexistência frágil entre a homofobia violenta e a homossexualidade "clandestina" frustrada é testemunha do fato de que o discurso sobre a comunidade militar só pode funcionar quando censura seu próprio fundamento libidinal. Fora dos limites da vida militar, não é fato que encontramos um mecanismo inteiramente homólogo de autocensura, sob a forma do populismo conservador contemporâneo, com seu viés sexista e racista?
Assim, quando Andrew Longman, em sua coluna "Renew America", rejeitou "Brokeback Mountain" dizendo que "não dá para combater o islamismo com caubóis gays", ele estava duplamente equivocado. Para começar, os soldados americanos que combatem o islamismo no Iraque e outras partes do mundo são, sim, "caubóis gays" de um certo tipo, cuja identidade de grupo é sustentada por vínculos homossexuais.

O modelo positivo
Em segundo lugar, é possível, com toda certeza, "combater o islamismo com caubóis gays": a maneira de realmente vencer a batalha contra o islã militante consiste em trazer à tona o erotismo reprimido dos vínculos masculinos entre militares.
Então como um filme deveria tratar o tema da homossexualidade hoje? Devemos chamar a atenção para "Capote" como modelo positivo contrário a "Brokeback Mountain". Quem enquadrou ambos os filmes na mesma categoria de "tópicos gays" deixou passar despercebida uma diferença crucial: enquanto "Brokeback Mountain" é de fato um filme sobre a homossexualidade, sobre a situação trágica de um casal homossexual que leva seu amor adiante sob condições adversas, "Capote" é um filme sobre um personagem que, por acaso, é gay.
O foco do filme está em outros fatores, e a homossexualidade não é aquilo que define fundamentalmente o personagem principal. Não seria essa a verdadeira vitória para os gays? O fato de que o herói principal de um filme possa ser abertamente gay, sem que esse elemento faça sombra a todos os outros?


Slavoj Zizek é filósofo esloveno e autor de "Um Mapa da Ideologia" (Contraponto). Ele escreve regularmente no Mais!.
Tradução de Clara Allain.

Fernando2006-3-12 19:5:1
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CONTÉM SPOILERS

 

 

 

A montanha da espinha quebrada <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Protagonistas de "Brokeback Mountain" naufragam na tentativa de salvar o espaço de sua indeterminação

JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI
COLUNISTA DA FOLHA

Dois jovens caubóis se encontram no paraíso de uma montanha para cuidar de ovelhas. Lá comem da fruta do discernimento e deixam de ter vergonha de ficarem nus. O trabalho era árduo, mas alegre, resolviam a contento as vicissitudes da vida e mais se amavam conforme aprofundavam o reconhecimento um do outro.
No entanto o binóculo indiscreto do patrão os traz para o mundo. Sofrem pela queda, pela separação, por estarem submetidos a um olhar alheio. Retomariam o elo perdido?


Trata-se da história de uma dupla que não consegue lidar com as categorias que lhes impõem o tempo e o espaço cotidiano




Ennis, o mais enfezado, corre para o casamento prometido e durante quatro anos se entrega à família, à mulher maçante e às duas filhas, amealhando os contentamentos e tribulações previstas no caso. Jack, o mais aventureiro, lança a sorte em rodeios, onde encontra a cavaleira rica que será sua mulher, mãe de seus filhos e via de acesso à fortuna do sogro inimigo.
Se ambos ainda se lembram da montanha; isso não se faz mediante uma representação, uma fotografia apagada, mas pelo modo de ser e agir, que tudo toma pela aresta, sem o compromisso de construir e acabar. Ennis automaticamente cada vez mais enfia a cara no cotidiano, Jack fica à espreita do reencontro.
Finalmente este consegue localizar aquele e assim se revêem, ansiosos, prontos para recuperarem o discernimento perdido e para se lançarem um contra o outro numa ciranda de beijos. Mas essa fissura no cotidiano também é desvendada pelo olhar de Alma, mulher de Ennis. Por todos os meios ela trata de o trazer para a terra, isto é, para o jogo do ganho e da perda, do positivo e do negativo, do bem e do mal.
Como aceitar, porém, tais selos se a paixão lhes é antes de tudo o lugar da aventura e da indeterminação dos caminhos? Só lhes resta dividir a duração do ano, viver na planície os meses de trabalho e no inverno se refugiar na montanha.
E nessa alternância convivem durante 20 anos, não totalmente felizes, mas cada um tratando a seu modo a falta de horizonte da planície e a amplitude da montanha. Cada vez mais Ennis se fecha sobre si mesmo; aceita o divórcio, frustra um namoro porque não pode nem quer explicar suas ausências. E assim se ausenta de si, se entrega à monotonia de um trabalho sem futuro, ocupa um espaço cada vez mais restrito e vazio.
Jack, por sua vez, se abre para os outros, que progressivamente o vão definindo como homossexual. Por que então não passar viver com Ennis, aceitar a determinação social e a autenticidade de seus sentimentos, escapando para um rancho, talvez do rancho do pai, e assim ambos transportarem o pastoreio da montanha para o horizonte da planície?
Mas Ennis recusa todas as propostas desse tipo, não se vê capaz de romper com a dualidade, suportar uma escolha que subverteria seus hábitos cotidianos e o afastaria do lugar de onde pode ser visto sem ser visto como é.
Com o correr dos anos, cresce a tensão entre eles sem que se lhes coloque no horizonte uma possível ruptura. Cada um tenta, então, resolver o dilema a seu jeito. Ao saber do divórcio de Ennis, Jack se precipita, ansioso e feliz, a seu encontro, mas dá com o pai cuidando das filhas na obrigação do domingo. Não entende a recusa assim como não entende a diferença entre eles que os faz vagarem pelos mesmos caminhos, mas com diferentes sentidos cotidianos.
Assim sendo, resolve ele mesmo tentar transpor a montanha para a planície, perder a altitude para ter um presente menos dilacerado, aceitar ser objeto de olhares estranhos e julgadores. Arrisca ser visto à procura de um prostituto, e no fim, nós, os espectadores, ficamos sabendo que trouxera um companheiro para o rancho do pai. Ainda acredita que a montanha não desaparecerá se for posta mais longe, mostrar-se da ótica de tantos anônimos, e não avalia os perigos de, assim sendo, vir a ser marcado pelos preconceitos. Isso Ennis já sabe desde a infância, quando é levado por seu pai a ver um cadáver castrado, jogado no mato.
Ennis continua vivendo na mesma dualidade temporal, na repetição do mesmo e na travessia horizontal da montanha, sem saber da morte de Jack. O retorno do cartão-postal, onde propõe um encontro para novembro, o coloca em contato com o novo. Desesperado, tenta se situar no meio da tragédia.
Pela primeira vez se abre para o espaço cotidiano do amigo, telefona para a mulher dele, que lhe conta como o marido se acidentara com o estouro de um pneu. De imediato associa o relato à cena da infância. Não tinha o pressentimento de algo terrível aconteceria se a planície invadisse a montanha?
Mas continua a explorar o novo espaço. Visita a família de Jack, examina como seu quarto era quando jovem, mas nada lhe resta recolher, a não ser uma blusa e uma camisa usadas nos tempos que estiveram juntos. Nem mesmo consegue levar um punhado de cinzas mortas para a montanha, como era o desejo de Jack, pois os pais continuam a ver o filho atado a outros novelos. Só consegue então dizer "Eu prometo". Não se sabe, porém, o conteúdo dessa promessa, talvez o compromisso de uma fidelidade além do jogo da determinação.
Retira-se para um trailer de pobreza franciscana, onde logo recebe a visita da filha mais velha, que o convida para assistir a seu casamento. Ennis aceita relutante. Depois da despedida, encontra num móvel o suéter da filha, que enrola e beija, tendo sob o olhar as roupas do amigo. Teria a coragem de reatar com a família, os amigos, conservando de Jack apenas uma blusa simbólica?

O arquétipo
Como se percebe, não pretendi analisar "O Segredo de Brokeback Mountain", filme de Ang Lee, do ponto de vista estético, mas tão-só contar seu enredo, salientando seu lado de arquétipo, a história de uma dupla que, tentando salvar o espaço de sua indeterminação, não consegue lidar com as inevitáveis categorias que lhes impõem o tempo e o espaço cotidiano, não tem meios de mergulhar completamente na vida social com suas estruturas e hierarquias bem determinadas. Depois de Freud, se sabe que o homossexualismo moderno, antes de tudo, carrega um lado indeterminado, impreciso, espécie camaleão da vontade.
Quando essa indeterminação, como nos dias de hoje, recebe o selo de gay, de lésbica, de casal, enfim, passa a ser percebida como categoria de um agente encastoado numa estrutura social, não é de perguntar onde se localizará aquela indeterminação que sempre reside na aresta das relações sociais -em particular da sexualidade, seja ela qual for?


José Arthur Giannotti é professor emérito na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenador da área de filosofia do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Fernando2006-3-12 19:6:26
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Falar em Wilder me lembrou....alguém tem notícias da refilmagem de Crepúsculo' date=' com Glenn Close?[/quote']

Falta o sinal verde da Paramount. Dizem que talvez ela esteja esperando pra ver os resultados dos musicais desse ano antes de tomar a decisão.

 

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Falar em Wilder me lembrou....alguém tem notícias da refilmagem de Crepúsculo' date=' com Glenn Close?[/quote']
Falta o sinal verde da Paramount. Dizem que talvez ela esteja esperando pra ver os resultados dos musicais desse ano antes de tomar a decisão.

Seria interessante ver o que Close poderia fazer com aquele brilhante papel.

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É uma história que nem vale a pena mencionar ' date=' mas só revela a hipocrisia de Hollywood .Engraçado que além dos judeus , ela também foi construída pelos gays .

Hollywood é assim mesmo . Quando mais se sabe a respeito da sua história , mas se tem certeza de o que ela vende são ilusões para o consumo da massa . Os astros são partes fundamentais dessa usina e eles não podem decepcionar o grande público . Na época do clássico star-system era um suicídio artístico e financeiro estragar as ilusões do público e ir contra os códigos morais vigentes ( já ouviram falar no Código Hays da época ?) Hollywood foi construída e continua sendo mantida dessa maneira . A mudança quanto a um tratamento mais respeitoso dos gays ainda será muito lenta , pois depende da mudança nas sociedades ao redor do mundo . 

Até a personagem da Meg Ryan simular um orgasmo no restaurante em Harry e Sally , quando tempo demorou para se falar em liberdade de prazer sexual feminino ? Até isso parecer em uma piada de comédia romântica certinha , demorou um bom tempo ! smiley36.gif

Essa cena da Meg Ryan é hilária ! Depois a velhinha ao lado pede ao garçom : “ Quero a mesma coisa que ela ! ”smiley36.gif

[/quote']

O que é esse Código Hays?

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O Código Hays foi um código de censura imposto em Hollywood devido ao lobby do Senador William Hays nos anos 30 . Esse código contou com o apoio dos grandes estúdios que preferiram se autocensurar a ter de perder o público conservador que não via com bons olhos as liberdades morais da produção cinematográfica dos anos 20 e início dos anos 30 . Esse código também forçava a comunidade cinematográfica a dar um bom exemplo para a família americana , o que fazia com os estúdios cuidassem também das imagens dos astros ( se fossem gays , deveriam continuar no armário , por exemplo ). O Código foi extinto oficialmente nos anos 60 , mas a autocensura ainda existe para tentar agradar ao público médio , que atualmente prefere violência explícita a qualquer discussão mais séria sobre sexualidade .  

Código Hays na Wikipedia : http://en.wikipedia.org/wiki/Hays_Code

Fernando2006-3-12 21:56:31
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Hum...mais polémica..Paul Haggis decidiu dar seu recadinho...

"And if you wanted to see the gay community embraced by Hollywood' date=' well, the fact is that happened a long time ago. I mean, look at the popularity of Will & Grace on television."

 

Denovo..os gays afetados.smiley11.gif

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Que idiotice. Pior que isso, só ele se comparando a Berthold Brecht ao receber o Oscar de Roteiro Original. "A arte não é um espelho que reflete a realidade, é um martelo que deve ser usado para moldar essa realidade".

Precisava usar esse "martelo" em Crash com a sutileza de um lenhador?

Alexei2006-3-13 21:34:54
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   Premiar o queridinho Crash foi um tiro que saiu pela culatra... vejam o meu caso... gosto do filme Crash... e muito, mas após ele ter vencido a OBRA-PRIMA Brokeback Mountain eu não vejo mais o filme com bons olhos. E Crash vai ser sempre lembrado não como o vencedor do Oscar 2006, mas sim como o filme que tirou o Oscar do ultra-favorito Brokeback Mountain, filme este que por consenso geral era muuuuuito mais merecedor do prêmio e ainda daria a Academia a oportunidade de se mostrar liberal como ela apregoa ser... Crash e Paul Haggis estão ferrados, vão carregar este fardo agora... mas Paul Haggis é um cara talentoso (mesmo estando longe de ser um Ang Lee), e deve realizar bons filmes, filmes estes que eu não poderei mais assitir completamente sem preconceitos...

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Claro que alguns votantes preferiam Crash mesmo' date=' mas outros, como Tony Curtis declarou para a imprensa ("não vi Brokeback, não vou ver nem vou votar nele"), devem ter feito voto útil. E é desse jeito que Crash vai entrar pra história do cinema americano.  Nada lisonjeiro.

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Olha só logo quem veio com uma dessas . Curtis parece esquecer dos seus papéis em Quanto Mais Quente Melhor e Spartacus , coisa que rendeu piada no filme As Patricinhas de Beverly Hills .smiley36.gif 

Lamentável mesmo .

Curioso mesmo...Logo o Tony Curtis que tinha feito alguns papéis bem que suspeitos para sua época. Isto, eu tenho certeza, só pode ser hipocrisia mesmo...

easyliving2006-3-14 8:27:12
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   Premiar o queridinho Crash foi um tiro que saiu pela culatra...  E Crash vai ser sempre lembrado não como o vencedor do Oscar 2006' date=' mas sim como o filme que tirou o Oscar do ultra-favorito Brokeback Mountain, filme este que por consenso geral era muuuuuito mais merecedor do prêmio e ainda daria a Academia a oportunidade de se mostrar liberal como ela apregoa ser...

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Finalmente, uma opinião similar a minha.

 

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   Premiar o queridinho Crash foi um tiro que saiu pela culatra... vejam o meu caso... gosto do filme Crash... e muito' date=' mas após ele ter vencido a OBRA-PRIMA Brokeback Mountain eu não vejo mais o filme com bons olhos. E Crash vai ser sempre lembrado não como o vencedor do Oscar 2006, mas sim como o filme que tirou o Oscar do ultra-favorito Brokeback Mountain, filme este que por consenso geral era muuuuuito mais merecedor do prêmio e ainda daria a Academia a oportunidade de se mostrar liberal como ela apregoa ser... Crash e Paul Haggis estão ferrados, vão carregar este fardo agora... mas Paul Haggis é um cara talentoso (mesmo estando longe de ser um Ang Lee), e deve realizar bons filmes, filmes estes que eu não poderei mais assitir completamente sem preconceitos...

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Há algum tempo não comento a vitória de Crash,nada de diferente tem se falado nos últimos tempos,muitas voltas mas quase tudo já estava dito.Mas sua opinião é bem parecida com a minha Pedro,acho que vale o reforço. Também gostei de Crash,não o considero lixo como muitos aqui,mas isso não quer dizer que tenha gostado da vitória no Oscar.BBM é muito melhor e foi preterido por motivos "extra-qualidade" e também acho que Haggis vai carregar esse fardo eternamente.TODO MUNDO SABE,queiram ou não,que BBM deveria ter vencido porque é o melhor filme do ano.Simples assim.

Dado2006-3-14 13:1:35
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Capote era melhor que Crash?

Foi o único a que não assisiti. Como muitosd aqui torcia pelos outros três "derrotados".... Mas com Munique, ficaria insatisfeito. Boa Noite e boa sorte, sim, merecia ao lado de Brokeback o Oscar. E ele saiu sem nada!

Quanto a Crash, concordo com aqueles que vêem bons momentos em certas cenas, e em outras completos melodramas. A trilha sonora repetitiva me tirou a paciência antes do final, que traz duas canções agradáveis só para se esquecer do antes. Talvez isso seja irrelevante, mas não para mim, já que assim que me lembro do filme, me lembro de Maybe tomorrow I´ll find my way home, que encerrou o filme de maneira legal. Terrence Howard e a "cena do salvamento" também me ajudam a gostar um tanto do filme. Mas ......

Esse mês o filme já chega às locadoras. Vai ser um sucesso.... smiley5.gif !

E por causa de tudo isso, fui ver Brokeback cinco, isso mesmo, cinco vezes! Tinha que levar certas pessoas para ver tal obra-prima, preterindo o grande vencedor do Oscar! Sarcasmo é bom às vezes..... 

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Pedro Cinéfilo Escreveu:

 

   Premiar o queridinho Crash foi um tiro que saiu pela culatra... vejam o meu caso... gosto do filme Crash... e muito, mas após ele ter vencido a OBRA-PRIMA Brokeback Mountain eu não vejo mais o filme com bons olhos. E Crash vai ser sempre lembrado não como o vencedor do Oscar 2006, mas sim como o filme que tirou o Oscar do ultra-favorito Brokeback Mountain, filme este que por consenso geral era muuuuuito mais merecedor do prêmio e ainda daria a Academia a oportunidade de se mostrar liberal como ela apregoa ser... Crash e Paul Haggis estão ferrados, vão carregar este fardo agora... mas Paul Haggis é um cara talentoso (mesmo estando longe de ser um Ang Lee), e deve realizar bons filmes, filmes estes que eu não poderei mais assitir completamente sem preconceitos...

 

 

Há algum tempo não comento a vitória de Crash,nada de diferente tem se falado nos últimos tempos,muitas voltas mas quase tudo já estava dito.Mas sua opinião é bem parecida com a minha Pedro,acho que vale o reforço. Também gostei de Crash,não o considero lixo como muitos aqui,mas isso não quer dizer que tenha gostado da vitória no Oscar.BBM é muito melhor e foi preterido por motivos "extra-qualidade" e também acho que Haggis vai carregar esse fardo eternamente.TODO MUNDO SABE,queiram ou não,que BBM deveria ter vencido porque é o melhor filme do ano.Simples assim.

 

 

   Premiar o queridinho Crash foi um tiro que saiu pela culatra...  E Crash vai ser sempre lembrado não como o vencedor do Oscar 2006' date=' mas sim como o filme que tirou o Oscar do ultra-favorito Brokeback Mountain, filme este que por consenso geral era muuuuuito mais merecedor do prêmio e ainda daria a Academia a oportunidade de se mostrar liberal como ela apregoa ser...

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Finalmente, uma opinião similar a minha.

Pois é... acho que esta esta se tornando uma opinião geral sobre a vitória de Crash... queriam fazer do filme algo que ele não é e conseguiram transformá-lo num dos azarões mais mal vistos da história da Academia... um típico caso de tiro que saiu pela culatra!

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Está se falando muito nessas 1000 abstenções, que, segundo especialistas, saõ indícios de uma rejeição a Brokeback. Mas por quê? Não seria mais prático para os votantes descarregarem seus votod em Crash? Não consigo entender esse lógica...

E as declarações estão vindo aos poucos. Dessa vez foi Haggis. Alguém está sabendo de alguma bombástica?

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Está se falando muito nessas 1000 abstenções' date=' que, segundo especialistas, saõ indícios de uma rejeição a Brokeback. Mas por quê? Não seria mais prático para os votantes descarregarem seus votod em Crash? Não consigo entender esse lógica...

E as declarações estão vindo aos poucos. Dessa vez foi Haggis. Alguém está sabendo de alguma bombástica?

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Simples,muito simples.Quem se absteve não está sendo acusado de preconceituoso por não ter votado no melhor filme do ano para o Oscar de Melhor Filme.

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