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Forum Cinema em Cena

Obrigado Por Fumar


Nacka
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Segue abaixo a crítica do Leandro Galvão do Correio Braziliense para o filme de Jason Reitman (que pelo visto não é tão certinho quanto o irmão Ivan) que entra em cartaz hoje:

Eis um dos casos em que o cinismo deslavado merece aplausos demorados. No fogo cruzado entre o sarcástico, porém astuto, e o aproveitador com jeito de chapeuzinho vermelho, a escolha do espectador parece óbvia.

A comédia independente Obrigado Por Fumar, uma sátira, na verdade, trava uma batalha entre Nick Naylor (Aaron Eckhart), o porta-voz de uma fábrica de cigarros, e os “vigilantes da vida saudável”, liderados por Finistirre (William H. Macy), um senador muito mais interessado na sua popularidade do que nos males que o tabaco causa. Ele luta pela proibição de qualquer glamourização dos cigarros e pela impressão de uma caveira com o aviso “veneno” nos maços.

Mais do que porta-voz, Nick Naylor é um lobista. O melhor. É o tipo de profissional que te convence do contrário rapidamente algo que você está pensando – ainda que seja algo errado. O que dizer, por exemplo, de sua argumentação contra um dos defensores da vida saudável? Diante de um jovem com câncer, ele assume a dianteira: “Que lucro nossas empresas teriam com a morte desse garoto?”, antes que o espanto geral se interrompesse ele emenda: “É nosso interesse (da indústria do tabaco) que ele continue vivo e fumando”.

Parece pesado? Talvez. Mas sua conclusão vira o jogo da discussão: “É interesse deles (dos anti-tabaco) que ele morra logo para que seja usado como propaganda. Eles não estão nem aí para esse jovem. Não passam de interesseiros aproveitadores!”. Simpatia conquistada. E ainda sai dessa com um sorrisinho cínico e com a maior cara de pau. É um anti-herói que mais parece o demônio travestido de porta-voz.

O personagem de Aaron Eckhart – muito bem no papel, por sinal – é tão convincente em seus argumentos que faz até parte da sociedade mudar de lado. Para ele, fumar ou não é uma questão de livre arbítrio e educação. Por que ter que avisar, de forma quase que terrorista, o que todos já sabem? Que cigarro mata a longo prazo qualquer idiota sabe – ou pelo menos deveria. Não é a foto de um rato morto ou de dois pulmões pretos nas costas do maço que vai evitar que alguém comece a fumar. O ponto da questão está na educação que se dá em casa e na escola - ele, no mínimo, faz refletir.

A estréia de Jason Reitman na direção não poderia ser melhor. Ele usa boas referências com segurança. A narração em off funciona tão bem quanto fez Guy Ritchie em Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes ou Snatch – Porcos e Diamantes, por exemplo. Até o congelamento das cenas para expressar algum pensamento ou apresentar um personagem está redondamente encaixado, como nos filmes de Guy Ritchie ou até mesmo em Clube da Luta, de David Fincher.

Além da boa direção, Obrigado por Fumar tem o cinismo e sarcasmo como elementos chaves. A cultura do que se conhece por “spinning” (manipulação dos fatos) nunca esteve tão bem descrita em uma comédia. É uma verdadeira aula dessa técnica. Todo interessado em ludibriar alguém deveria prestar atenção em Nick Naylor – mas é preciso flexibilidade moral como pré-requisito. Se o que ele prega é politicamente incorreto, e daí? Como ele mesmo diz, “é aí que está a beleza da argumentação. Porque se você argumenta corretamente, nunca está errado”. E não é?

Bruno Carvalho2006-09-25 01:05:04
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Assisti e achei o filme muito inteligente, cheio de diálogos e tiradas interresssantes, além de aguçar o espírito questionador do espectador.Só não gostei mesmo da velha relação pai e filho, meu pai é um herói etc.

Agora quem estiver esperando dar gargalhadas nesse filme, por favor, não assista, se for para ficar falando besteira depois.

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Obrigado por Fumar (Thank you for Smoking, 2005) - Jason Reitman - 9/10

Uma agradabilíssima surpresa. Uma comédia de humor negro inspirada. Humor politicamente incorreto delicioso. A crítica à indústria nesse é extremamente mais eficiente do que um "Syriana", por exemplo, porque evita tentar fazer com que a crítica se sobreponha ao filme. Porque afinal, é muito mais animador acompanhar todos esses pilantras aqui, entre uma risada e outra, do que ver o retrato 'engajado e sério' da indústria do petróleo em "Syriana". Recomendado também para todos aqueles que um dia, pretendem deixar um debate rolar. Dá pra se extrair uma irônica lição com o lobista: antes de fazer ou dizer algo, pergunte por quê. Sua retórica pode até melhorar.

Assisti e achei o filme muito inteligente' date=' cheio de diálogos e tiradas interresssantes, além de aguçar o espírito questionador do espectador.Só não gostei mesmo da velha relação pai e filho, meu pai é um herói etc. [/quote']

Vc não sacou a ironia?

Agora quem estiver esperando dar gargalhadas nesse filme' date=' por favor, não assista, se for para ficar falando besteira depois.

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Por que não? O filme é engraçadíssimo. E inteligente ao mesmo tempo.

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Saquei a ironia, mas não deixa de ser um clichê, um clichê ambíguo , mas não deixa de ser um.

Também achei o filme muito engraçado, mas não dei gargalhadas. Eu dava muito risos e sorrisos sarcásticos, isso sim. O que eu escevi é mais um aviso para aqueles que pensam que é uma comédia ''escrachada''.

E vc, por que não deu 10 pro filme?

Edit: Nota 8,5/10

filmesking2006-8-21 18:11:21
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Saquei a ironia' date=' mas não deixa de ser um clichê, um clichê ambíguo , mas não deixa de ser um.

[/quote']

Qual o problema com os clichês? Aqui eles são maravilhosamente inseridos...

Vi o filme ontem. É sem dúvida a melhor interpretação de Aaron Eckhart, bem à vontade no papel de sofista profissional. Com muito menos o diretor Jason Reitman faz mais estragos que todo o jogo panfletário de Michael Moore. Pena que poucos vão assistir... mas é filme obrigatório, seja você fumante ou não... aliás podia ser qualquer outra coisa, como Nick Naylor (Eckhart) diz no final, há sempre um lugar para gente como ele no mercado de trabalho.

 

 

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Vou dar as razões por eu não ter dado nota 10 pro filme para melhor justificar.

1- Acho que o filme falhou ao dizer que nick naylor não deveria fumar mais nenhum cigarro, caso contrário o excesso de nicotina o mataria. Isso acontece porque o que poderia ser usado como um elemento de dramaticidade(o que pra mim prejudicaria o filme) nem sequer foi mencionado, isto é, não foi mostrado em nenhuma cena a dependência dele, sendo assim não era necessário dizer aquilo.

2- Achei a razão da reviravolta fraca, ou seja, não vi o motivo de ele debater o artigo da jornalista, apenas, depois de receber as palavras encorajadouras do filho. A impressão que tive é que ele podia tê-lo feito muito bem sem o filho. Mas até aí tudo bem, usar isso para inserir um clichê bem colocado não tem nada demais. Entretanto chegar a mãe e falar que ainda existe alguém no mundo que ainda o acha um deus foi demais para mim. Se ao menos retirassem essa frase, eu teria aceitado o clichê bem melhor.

De qualquer maneira gostei do filme e, como já disse, dou nota 8.5.

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Vi OBRIGADO POR FUMAR:

Honestamente, detestei. Acho que varia MUITO de gosto pessoal. Acho que eu posso detestar mas ele acabar sendo considerado o melhor filme de todos os tempos por alguns. E eu não diria que nenhum de nós está certo ou errado. O que é irônico, visto que é isso que o protagonista do filme tem como objetivo fazer parecer que seus oponentes estão errados, mesmo ele próprio não precisando estar certo, como o próprio personagem explica naquele que é sem dúvida nenhuma o melhor diálogo do filme.

E gostei de uma coisa: A cena de sexo de Katie Holmes no filme. Não, não acho a atriz nenhuma super gata (e aquele elogio que o representante das armas faz aos seios da personagem é tão absurdamente falso que nem me dou ao trabalho de considerar), nem tinha interesse em ver a atriz nua. Então porque gostei? Porque o filme foi exibidos em vários festivais nos EUA SEM a cena de sexo e os boatos diziam que fora Tom Cruise que estava pressionando o diretor para retiras as cenas do filme. Bem, fico feliz em ver que Tom Cruise, apesar de tentar, não conseguiu retirar a cena. Não gosto das idéias de Cruise e fico irritado em ver o ator tentando dizer o que eu posso e o que eu não posso ver. Levou essa na cara!

 

PS: Fiquei com vontade de ler o livro que inspirou o filme. Alguém sabe se ele chegou a ser lançadop no Brasil?

PS: Pode parecer estranho, mas não é tão incomum eu respeitar um filme apesar de não gostar dele. E vice-versa. Acho O Poderoso Chefão entediante, mas respeito-o muitíssimo. Um caso inverso é Crash. Apesar de ter falhas gravíssimas e uma porrada de coisas inverossímeis e exageradas, eu adorei o filme. Realmente, eu sou estranho.

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Vou dar as razões por eu não ter dado nota 10 pro filme para melhor justificar.

1- Acho que o filme falhou ao dizer que nick naylor não deveria fumar mais nenhum cigarro' date=' caso contrário o excesso de nicotina o mataria. Isso acontece porque o que poderia ser usado como um elemento de dramaticidade(o que pra mim prejudicaria o filme) nem sequer foi mencionado, isto é, não foi mostrado em nenhuma cena a dependência dele, sendo assim não era necessário dizer aquilo.

2- Achei a razão da reviravolta fraca, ou seja, não vi o motivo de ele debater o artigo da jornalista, apenas, depois de receber as palavras encorajadouras do filho. A impressão que tive é que ele podia tê-lo feito muito bem sem o filho. Mas até aí tudo bem, usar isso para inserir um clichê bem colocado não tem nada demais. Entretanto chegar a mãe e falar que ainda existe alguém no mundo que ainda o acha um deus foi demais para mim. Se ao menos retirassem essa frase, eu teria aceitado o clichê bem melhor.

De qualquer maneira gostei do filme e, como já disse, dou nota 8.5.

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1 - Se o que você considerou como prejudicial ao filme nem foi mostrado qual o problema? Cenas de dependência? Pra quê? Achei que o diretor foi sucinto e não precisou de dessas cenas para mostrar o quanto Nick foi afetado...

2 - Não houve exatamente uma reviralvolta. Quanto ao artigo, (SPOILER) ele destruiu a vida profissional de Nick se acontecesse com você o que faria? Ficaria de braços cruzados? Ele ainda foi bonzinho de não dizer o nome da jornalista (não que precisasse...) achei que ele revidou com elegância a baixaria dela... o que partindo dele me não deixou de ser uma surpresa. 

 

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Vi OBRIGADO POR FUMAR:

Honestamente' date=' detestei. Acho que varia MUITO de gosto pessoal. Acho que eu posso detestar mas ele acabar sendo considerado o melhor filme de todos os tempos por alguns. E eu não diria que nenhum de nós está certo ou errado. O que é irônico, visto que é isso que o protagonista do filme tem como objetivo fazer parecer que seus oponentes estão errados, mesmo ele próprio não precisando estar certo, como o próprio personagem explica naquele que é sem dúvida nenhuma o melhor diálogo do filme.

E gostei de uma coisa: A cena de sexo de Katie Holmes no filme. Não, não acho a atriz nenhuma super gata (e aquele elogio que o representante das armas faz aos seios da personagem é tão absurdamente falso que nem me dou ao trabalho de considerar), nem tinha interesse em ver a atriz nua. Então porque gostei? Porque o filme foi exibidos em vários festivais nos EUA SEM a cena de sexo e os boatos diziam que fora Tom Cruise que estava pressionando o diretor para retiras as cenas do filme. Bem, fico feliz em ver que Tom Cruise, apesar de tentar, não conseguiu retirar a cena. Não gosto das idéias de Cruise e fico irritado em ver o ator tentando dizer o que eu posso e o que eu não posso ver. Levou essa na cara!

 

PS: Fiquei com vontade de ler o livro que inspirou o filme. Alguém sabe se ele chegou a ser lançadop no Brasil?

PS: Pode parecer estranho, mas não é tão incomum eu respeitar um filme apesar de não gostar dele. E vice-versa. Acho O Poderoso Chefão entediante, mas respeito-o muitíssimo. Um caso inverso é Crash. Apesar de ter falhas gravíssimas e uma porrada de coisas inverossímeis e exageradas, eu adorei o filme. Realmente, eu sou estranho.

[/quote']

1 - Você em verdade não deu um único motivo para detestar o filme... e sim é puramente gosto pessoal no fim das contas..

2 - Esse boato de que a cena foi cortada a pedido do Tom Cruise já foi desmentido pelo diretor do filme... e bobagem, a cena não chega perto de ser quente como andaram comentando e mais, qualquer atriz poderia fazer aquele personagem... sem prejuízo para a história, enfim, business... nomes famosos tendem a chamar a atenção...

3 - O Poderoso Chefão entediante e Crash adorável? Sim, pode-se dizer que você é estranho... eu diria, muito.

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Vi OBRIGADO POR FUMAR:

Honestamente' date=' detestei. Acho que varia MUITO de gosto pessoal. Acho que eu posso detestar mas ele acabar sendo considerado o melhor filme de todos os tempos por alguns. E eu não diria que nenhum de nós está certo ou errado. O que é irônico, visto que é isso que o protagonista do filme tem como objetivo fazer parecer que seus oponentes estão errados, mesmo ele próprio não precisando estar certo, como o próprio personagem explica naquele que é sem dúvida nenhuma o melhor diálogo do filme.

E gostei de uma coisa: A cena de sexo de Katie Holmes no filme. Não, não acho a atriz nenhuma super gata (e aquele elogio que o representante das armas faz aos seios da personagem é tão absurdamente falso que nem me dou ao trabalho de considerar), nem tinha interesse em ver a atriz nua. Então porque gostei? Porque o filme foi exibidos em vários festivais nos EUA SEM a cena de sexo e os boatos diziam que fora Tom Cruise que estava pressionando o diretor para retiras as cenas do filme. Bem, fico feliz em ver que Tom Cruise, apesar de tentar, não conseguiu retirar a cena. Não gosto das idéias de Cruise e fico irritado em ver o ator tentando dizer o que eu posso e o que eu não posso ver. Levou essa na cara!

 

PS: Fiquei com vontade de ler o livro que inspirou o filme. Alguém sabe se ele chegou a ser lançadop no Brasil?

PS: Pode parecer estranho, mas não é tão incomum eu respeitar um filme apesar de não gostar dele. E vice-versa. Acho O Poderoso Chefão entediante, mas respeito-o muitíssimo. Um caso inverso é Crash. Apesar de ter falhas gravíssimas e uma porrada de coisas inverossímeis e exageradas, eu adorei o filme. Realmente, eu sou estranho.

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1. HAHAHA fala sério, comenta o FILME, nao o que o corno do cruise tem a ver com qualquer coisa!

2. sim, já foi lançado.

3. você é doido. smiley36.gif

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Honestamente' date=' detestei. Acho que varia MUITO de gosto pessoal. Acho que eu posso detestar mas ele acabar sendo considerado o melhor filme de todos os tempos por alguns. E eu não diria que nenhum de nós está certo ou errado. O que é irônico, visto que é isso que o protagonista do filme tem como objetivo fazer parecer que seus oponentes estão errados, mesmo ele próprio não precisando estar certo, como o próprio personagem explica naquele que é sem dúvida nenhuma o melhor diálogo do filme.

E gostei de uma coisa: A cena de sexo de Katie Holmes no filme. Não, não acho a atriz nenhuma super gata (e aquele elogio que o representante das armas faz aos seios da personagem é tão absurdamente falso que nem me dou ao trabalho de considerar), nem tinha interesse em ver a atriz nua. Então porque gostei? Porque o filme foi exibidos em vários festivais nos EUA SEM a cena de sexo e os boatos diziam que fora Tom Cruise que estava pressionando o diretor para retiras as cenas do filme. Bem, fico feliz em ver que Tom Cruise, apesar de tentar, não conseguiu retirar a cena. Não gosto das idéias de Cruise e fico irritado em ver o ator tentando dizer o que eu posso e o que eu não posso ver. Levou essa na cara!

 

PS: Fiquei com vontade de ler o livro que inspirou o filme. Alguém sabe se ele chegou a ser lançadop no Brasil?

PS: Pode parecer estranho, mas não é tão incomum eu respeitar um filme apesar de não gostar dele. E vice-versa. Acho O Poderoso Chefão entediante, mas respeito-o muitíssimo. Um caso inverso é Crash. Apesar de ter falhas gravíssimas e uma porrada de coisas inverossímeis e exageradas, eu adorei o filme. Realmente, eu sou estranho.

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1 - Você em verdade não deu um único motivo para detestar o filme... e sim é puramente gosto pessoal no fim das contas..

3 - O Poderoso Chefão entediante e Crash adorável? Sim, pode-se dizer que você é estranho... eu diria, muito.

 

1- Basicamente.

3- Nossa, me poupou anos e mais anos de psicanálise. smiley36.gif

Yoh Asakura2006-8-29 23:20:34
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  • 2 months later...
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vi na semana passada. adorei. é sarcastico, ironico e os dialogos são bem inspirados. o mais interessante é que não é uma critica somente aos tabagistas ou anti tabagistas mas todos aqueles que querem lucrar com o sofrimento alheio. simplesmente brilhante. só não é perfeito devido a cena cliche do filho encorajando o pai. foi uma obviedade desnecessaria.

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Pelo trailer não dava nada' date=' mas meu amigo conseguiu uma cópia e disse q era ótimo, q eu tinha q ver.

Assisti e gostei muito, dei muitas risadas e o Aaron me surpreendeu, já q ele tinha acabado de me decepcionar em Dália Negra.

OBRIGADO POR FUMAR -  smiley10smiley10smiley10smiley10 ou 7,5/10
[/quote']

não gostou da atuação dele em dalia nergra? po eu acabei de ver e achei que ele estava bem. a melhor cena dele é quando tem um acesso na delegacia quando ve o video pono de beth short. tava otimo.
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  • 5 months later...
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OBRIGADO POR FUMAR - 5/10 - Há dois grandes problemas no roteiro de "Obrigado por Fumar": o primeiro é que ele comete o grave erro de não conseguir nos convencer de que o personagem Nick Naylor é realmente bom no que faz, afinal acompanhamos ele ao longo do filme discursando sobre os méritos de sua profissão com o próprio filho e/ou na sala de aula em frente aos seus amiguinhos ( a única cena em que parece que o personagem irá se destacar quando vai chantagear o "homem Marlboro" é tão mal conduzida que chega a ser vergonhoso para Nick se gabar pelo feito, soou forçado demais, nada natural ); vemos que a grande idéia que ele tem ao procurar enaltecer o cigarro é simplesmente remodelar aquilo que era praticado a décadas atrás colocando astros de cinema fumando nas telas ( mesmo que a idéia seja inserida de maneira satírica, algo que não fica muito claro, é algo muito raso para acreditar que seria aceito pelas platéias de hj e tão facilmente aceito pelos chefões da indústria do cigarro ); notamos uma extrema ingenuidade da sua parte em transar com uma repórter que está justamente escrevendo uma matéria sobre os dois lados que repercutem diante da polêmica do cigarro confessando os maiores segredos das tatícas empregadas ( inclusive lhe falando sobre a chantagem ). Ou seja, em alguns momentos esse homem mais se parece com um ser patético do que um sujeito arrojado ou até mesmo interessante. Outro ponto bastante problemático é que o roteiro parece ter sido escrito de maneira parcial, ou seja, ao invés de tentar sustentar que aquilo que Nick faz, tem realmente seus méritos, tudo parece induzido para que reconhecemos o quão menosprezíveis são os homens das indústrias tanto que os diálogos que são feitos nas conversas dos "Mercadores da Morte" são implausíveis ao ponto de os colocarem discutindo se a indústria do cigarro, da bebida ou do álcool é que possuem a maior taxa de mortalidade, é como se o roteiro se encarregassem de transformá-los em meros fantoches para que se auto-mutilem. Fora que ao criar a situação da jornalista, Nick possui uma postura extremamente passiva ao passo de que é tão óbvio que ele pode tornar aquela situação favorável pra ele que só faz qdo o roteiro acha que é conveniente lá no clímax da história que é onde contém os melhores diálogos, mas parece que o roteirista mais uma vez padece pela falta de imparcialidade ( agora no sentido inverso ) já que os questionamentos dos senadores são feitos única e exclusivamente para levantarem a bola de Nick, é como se eles levantassem a bola para que ele desse uma cortada feroz, sem bloqueio sem nada ( isso é utilizado tanto quando se discursa sobre a livre escolha qto ao ser questionado sobre o seu filho ). Ou seja, o filme possui muitos problemas no desenvolvimento das idéias, mas consegue ser ágil o suficiente para não ser cansativo; Aaron Eckhart tem uma charme agradável, pena que pegou um roteiro bem fraco e embora não consiga ser convincente levanta a "lebre" para discussões sobre o assunto. Filme razoável !!!!!!!

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Tb achei divertidíssimo o filme. Inteligente e sagaz ao conduzir a trama, Jason Reitman dá um humor satírico esperto que consegue dar até mesmo um charme ao seu protagonista. Além disso, o roteiro acerta em cheio ao ridicularizar os mercadores da morte, pois assim ele deixa o espectador tirar suas próprias conclusões com relação a quem ele mais se afeciona. Afinal, mesmo achando o cara desprezível, confesso q gostei de Nick e o filme é honesto ao caracterizá-lo como um canastrão safado egoísta narcisista. Todas as atuações presentes neste longa são ótimas:

 

 

 

Arron Eckhart dá um charme ao seu personagem, tranformando-o em um canastrão que sabe o q faz.

 

 

 

Maria Bello assim como Eckhart, sabe q a comédia é apenas satírica e aqui transforma sua personagem em uma mulher inteligente e tb canastrona.

 

 

 

Cameron Bright mostra seu talento (e graças a Deus o filme dá um pouquinho de destaque ao personagem) conferindo um certo grau de inocência e outro de inteligência ao seu personagem

 

 

 

Katie Holmes, finalmente numa boa atuação, comprova não ser apenas um rostinho (ou corpo) lindo e aqui tranforma sua jornalista numa mulher inescrupulosa, mas tb muito engraçada

 

 

 

Adam Brody e Rob Lowe, com pouco tempo em cena, trazem tb inúmeras piadas sagazes ao filme, em particular gosto daquela em q Lowe, após ser indagando quanto a situação impossível do filme q iríam lançar diz: "Nós dizemos ue foi graças a qualquer porcaria numa só fala. 'Ainda bem que inventamos o...'" uma piada esperta e q nos remete a falsidade de certos filmes sem pé nem cabeça - um exemplo recente é o fraquíssimo "A Colheita do Mal".

 

 

 

E finalmente temos o já veterano em comédias William H. Mcy, que aqui não decepciona com relação ao seu político, conferindo uma excelente tridimensionalidade ao seu personagem.

 

 

 

E já q falei em tridimensionalidade, todos os personagens do filme possui suas diversas facetas: Nick quer o amor do filho, mas tb é inescrupuloso em seus atos; o senador quer aacabar com esse vício maldito, mas tb quer levar a glória c/ isso; e assim vai...

 

 

 

Recomendo "Obrigado por fumar" um filme interessante, inteligente e o mais importante: engraçadíssimo.

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