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Forum Cinema em Cena

François Truffaut


NoraEnfyl
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Fahrenheit é ótimo' date=' mas acredito que o melhor mesmo é começar por Os Incompreendidos. não apenas por ser o primeiro, mas é que fica como uma introdução ao cinema dele, ao estilo. meu Truffaut preferido, no momento, é A Noite Americana. é um filme muito simples e sincero, uma pequena homenagem à arte de se fazer cinema.

um que fui ver achando que seria um dos filmes da minha vida foi Jules e Jim, mas, talvez pela expectativa, não cheguei a me apaixonar tanto assim. todavia, é um ótimo filme, poético e amargo como poucos.

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Valeu cara. Na próxima semana vou começar pelos' Incompreendidos.
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  • 2 years later...
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 Visto NOITE AMERICANA

 

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 Na trama, um diretor de cinema vivido pelo proprio Truffaut, inica a produção d um filme chamado "A Chegada de Pamela", mas para concluir seu filme, o diretor tera q driblar dificuldades tecnicas, financeiras, e o mais dificil, os pequenos dramas vividos por sua equipe e seu elenco.

 

 NOITE AMERICANA é um grande filme, retratando de forma brilhante o dia-dia de um set de filmagens. Em uma trama tragicomica, e totalmente metalinguistica, Truffaut vai nos mostrando como cada um dos personagens vê o cinema, e a propria vida. De certa forma, não deixa de ser tão autobiografico quanto OS INCOMPREENDIDOS, já que todo mundo que já se meteu a besta de fazer cinema, já passou por pelo menos um dos problemas retratados no filme. Mas cá entre nós, sem esses problemas, o cinema não seria tão apaixonante. Paixão essa q Tuffaut escancara nesse filme.

 

Valeu16
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Tentem ver Beijos Proibidos, o Quarto Verde e A Sereia do Mississippi, por motivos distintos. O primeiro por ser muito leve e lírico, e o segundo e o terceiro por trazerem uma visão singular da obsessão de Truffaut pela morte e pelas mulheres, respectivamente.

 

Noite Americana é maravilhoso .

Outro que gostei muito foi um cujo nome esqueci . É ambientado numa colônia francesa e protagonista ia se casar com uma vigarista . Alguém lembra o nome desse filme ?

 

 

 

Esse é A Sereia do Mississippi. Louis, o protagonista, sabe que aquela mulher, Julie - Catherine Deneuve, mais bonita do que nunca - pode lhe trazer a ruína, mas ele quer tê-la de qualquer jeito mesmo assim. Ou exatamente por isso. Cegueira ou autodestruição?

 
Alexei2010-04-06 11:23:56
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Beijos Proibidos é o meu favorito da saga do Doinel, embora eu ache Os Incompreendidos demais também. De qualquer maneira, me apeguei mais ao personagem nessa continuação, que tem sim uma narrativa bem leve como o Alexei comentou. É tri divertido. Vale a pena assistir até pra quem não gostou de Os Incompreendidos. 
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  • 6 months later...
  • 2 weeks later...
  • 8 months later...
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Aproveitando o ensejo para trazer este tópico direto do túnel do tempo. Legal que tem mensagens de vários usuários que agora estão falando novamente do diretor no tópico do Festival CeC de Cinema Francês.

 

 

 

Enfim, minha lista do Truffaut continua assim:

 

 

 

01. Os Incompreendidos

 

02. O Último Metrô

 

03. Um Só Pecado

 

04. O Quarto Verde

 

 

 

Só o primeiro realmente me impressionou. Gostei do segundo e do terceiro, dá pra ver que foram feitos por um diretor que sabe do seu ofício, mas não são magníficos. O Quarto Verde não me desce.

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  • 2 weeks later...
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 Visto O MENINO SELVAGEM

 

menino_selvagem.jpg

 

 Filme interessante do Truffaut. A historia acompanha os esforços do Dr. Jirard(o proprio Truffaut) em civilizar um menino que cresceu sozinho na floresta, e por isso se tornou selvagem. O diretor filma esta historia de forma quase documental, mas sem deixar de criar interessantes enquadramentos.

 

 A historia lida com a velha questão da infância, tão querida por François Truffaut. O cineasta filma com delicadeza a relação que se estabelece entre o Doutor e o garoto, mas longe de ser piegas.
Questão2011-08-11 02:42:46
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  • 4 months later...
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 Visto FAHRENREIT 451

 

  A trama se passa em um futuro em que a literatura foi proibida, e os bombeiros, que antes tinham a função de apagar incêndios, agora tem a função de rastrear e queimar qualquer livro encontrado. Neste futuro vive Montag (Oskar Werner) um bombeiro que após conhecer Clarisse (Julie Christie) uma apaixonada por livros, passa a questionar se o que faz é realmente o correto.

 

 FAHRENREIT 451 é um trabalho interessante de Truffaut. Ele trabalha bem este universo em que as pessoas são manipuladas pela televisão controlada pelo governo, e o ensino nas escolas é baseado no medo.  Por outro lado, acho que faltou trabalhar um pouco melhor o protagonista, pois achei sua mudança de comportamento um pouco abrupta.

 

 Vale a pena assistir FAHRENHEIT 451, mas decididamente não esta entre os melhores trabalhos de Truffaut. 

Questão2012-01-03 11:31:52

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  • 1 year later...
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 Visto O TIRO NO PIANISTA

 

 

Tirez_sur_le_pianiste.jpg

 

 

  Na trama, um pianista (Charles Aznavour) que outrora foi célebre, passa a viver com um nome falso após sofrer uma tragédia pessoal, e agora sobrevive tocando em um modesto boteco de um bairro pobre de Paris. Ao mesmo tempo em que se envolve com Lena (Marie Dubois) uma colega de trabalho que descobre sua real identidade, o pianista recebe a indesejada visita de seu irmão criminoso Chico (Albert Remy) que esta sendo perseguido por dois ganguesteres.

 

  Achei O TIRO NO PIANISTA um trabalho bem irregular do Truffaut. Filmado no auge do movimento da Nouvelle Vague, o filme tem uma montagem bem incomum, que pode afastar o espectador menos acostumado. Mas esse ao meu ver, não é um problema. O problema está na pouca fluidez com que o filme transita entre gêneros como a comédia, o drama intimista e o drama policial. O diretor vai de situações absolutamente cômicas para outras totalmente trágicas sem um timing adequado, o que tira a força da narrativa, seja como comédia, seja como tragédia. Dá-se o desconto que este foi apenas o 2ª longa do diretor, onde ainda nota-se certa falta de experiencia, somada há um experimentalismo que não deu muito certo. Pelo menos prá mim.

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  • 1 year later...
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 Visto JULES E JIM

 

 JulesEtJimPoster.jpg

 

 

   Na trama, Jules (Oskar Werner) e Jim (Henri Serre) são dois grandes amigos . A dupla conhece Catherine (Jeanne Moreau), uma audaciosa mulher por quem Jules se apaixona e acaba se casando. Mas quando Jim visita o casal após o término da 1ª Guerra Mundial, se vê apaixonado por Catherine, e percebe que a mulher também o esta amando.

 

  JULES E JIM mostra o amadurecimento de Truffaut como diretor de longas metragem em seu terceiro trabalho. A linguagem da Nouvelle Vague ainda esta presente, mas agora servindo a historia, e não como uma mera exibição de estilo. O roteiro escrito pelo diretor juntamente com seu parceiro habitual Jean Gruault explora de maneira eficiente o triangulo amoroso dos personagens titulo com Catherine, assim como suas inusitadas consequências.

 

 O mérito do projeto esta na forma como ele evidencia os contrastes existentes entre Jules e Jim através da relação que ambos mantém com Catherine. Jules com o seu jeito pacífico e companheiro consegue estabelecer uma linda família com a moça, vivendo em um chalé nas montanhas alemãs, uma vida emocionalmente segura que o impulsivo e mulherengo Jim nunca seria capaz de proporcionar, por mais que queira. Por outro lado, Jim consegue despertar na moça emoções extremas, algo que Jules só pode ambicionar.

 

  Mas se as personalidades das duas pontas masculinas do triangulo são bem definidas, o que os torna de certa forma previsíveis, o mesmo não pode ser dito de Catherine. A personagem de Jeanne Moreau é uma mulher de natureza caótica, e portanto imprevisível, já que se mostra uma pessoa absolutamente confusa sobre os próprios sentimentos. Talvez por isso em uma jogada inteligente e até inusitada, Truffaut nunca retrate Jules e Jim como antagonistas, o que de certa forma também retrata a natureza passiva de Jules.

 

 No geral, JULES E JIM é um bom filme, com a assinatura clara de Truffaut, que mostra um cineasta maduro, enfim obtendo domínio sobre a própria linguagem. Peca apenas pelo final por demais abrupto.

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  • 1 year later...
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 Visto BEIJOS PROIBIDOS

 

 beijosproibidos500.jpg

 

 

   Na trama, Antoine Doinel (Jean Pierre Leaud) é um jovem expulso do exército por insubordinação. Precisando de um emprego, Antoine consegue uma vaga trabalhando como detetive em uma agencia de investigação particular. Quando Antoine é contratado pelo excêntrico George Tabard (Michael Lonsdale) para descobrir por que os seus funcionários parecem não gostar dele, o jovem investigador acaba se apaixonando por Fabienne (Delphine Seyrig) a charmosa esposa de seu cliente.

 

  Terceiro capítulo da saga de Antoine Doinel, e o primeiro a ser filmado a cores, BEIJOS PROIBIDOS revela-se um filme leve e divertido de se assistir, que mantém o interesse do publico quase até o final, atropelando-se apenas no 3º ato. Este exemplar da "franquia" revela-se uma produção mais descontraída que os anteriores OS INCOMPREENDIDOS, que acompanhava o personagem na infância, e ANTOINE E COLETTE, que seguia o personagem na sua adolescência. Estando agora no início da vida adulta, Antoine Doinel surge agora como um jovem de natureza boêmia (o que já era insinuado no filme anterior) mas excessivamente romântico, o que faz com que não tenha lá muito jeito com as mulheres.

 

 O diretor Truffaut sempre declarou que Antoine Doinel era uma espécie de alter ego, e por isso ele insistia em revisita-lo. Por isso é bastante interessante que o roteiro escrito por Truffaut com a ajuda de mais dois colaboradores opte por mostrar o protagonista trabalhando como detetive particular, uma profissão que basicamente baseia-se no voyeurismo, justamente o que Truffaut acreditava fazer com o seu cinema.

 

  Mas o tema que mais parece intrigar Truffaut em BEIJOS PROIBIDOS é a passagem total da adolescência para a vida adulta. A sociedade, representada aqui na figura do exército, não tem mais paciência para as imaturidades ou o espirito libertário de Antoine, e por isso o joga no desemprego logo no começo do filme. As coisas não ficam mais fáceis na questão emocional. O romantismo quase novelesco do rapaz já não tem mais lugar na vida adulta, como mostra a bem humorada sequência em que Antoine deve descrever Fabienne em um relatório. Este conflito é principalmente visto na relação de Antoine com as mulheres do filme, seja com Fabienne, as prostitutas, ou mesmo a sua amiga Christine (Claude Jade).

 

 Sem haver a necessidade de assistir os filmes anteriores da saga para compreender este, BEIJOS ROUBADOS está longe de ser o melhor trabalho de Truffaut, mas é divertido e um passatempo rápido, além de oferecer uma reflexão sobre a passagem para a vida adulta.

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