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Cadê os fãs de séries para comentar a resenha do Cavalca?1709

 

Eu não vi o filme' date=' então o que posso comentar é essa questão de "séries vs filmes"...

 

Atualmente, eu vejo como principal diferença entre filmes e séries é o fio condutor. No filmes, temos os personagens trabalhando em função da história, e nas séries, o inverso, a história trabalhando em função dos personagens. Algo mais ou menos assim. E não que isso seja uma regra, mas é o que vejo.

 

Exemplificando melhor, me lembro que quando estava vendo as cenas excluídas do De Volta Para o Futuro 2, o Bob Gale (roteirista e produtor do filme), comentou nas cenas que envolviam a família de Marty no futuro, que eles filmaram muitas cenas e várias interessantes (quem vê elas confirma), mas que tiveram que cortar porque elas não eram necessárias para o filme. A história do Marty velho não tinha nada a ver com o resto do filme. Ou seja, os personagens ali (Marty velho e seus parentes) apareceram ali no tempo que a história pedia e sairam no tempo que a história pedia. Ponto. Dissecar aquela família se fosse necessário para história, teria ocorrido, mas não era.

 

As séries é o inverso. Com o tempo que ficam no ar, o principal mesmo são os personagens que são dissecados no decorrer da série, mesmo a história não pedindo. E muitas vezes uma história nem existe aí. Se pegarmos séries como Friends ou ER, qual é a história deles? ER mostra médicos no plantão de um hospital. Ponto. Friends mostra seis amigos, que dividem um apartamento e são vizinhos. Ponto. A história aí nem existe, mas a série vai lidando com os personagens, e a história gira em volta deles. Porque é a história deles que está sendo contada ali.

 

Como disse, não acho que seja uma regra isso, mesmo porque temos filmes como Closer - Perto Demais que lida com personagens basicamente, e não propriamente uma história, e séries como Simpsons que cada episódio é uma história isolada, cujo personagens aparecem mais ou menos dependendo do que a história do episódio pede.

 

Basicamente, é isso que acho.
[/quote']
Concordo com várias coisas que disse, Jail. Aliás, ainda vou comentar a crítica do Cavs quando tiver um tempinho, que ficou muito boa (há coisas nessa série fantástica que têm que ser vistas e não descritas, até para mostrar a amplitude de interpretações que podem ter).
Só discordo de que ER - minha série preferida - mostra médicos no plantão de um hospital. Concordo que a maioria das séries é embasada em seus personagens e a exploração deles e que há exceções. Acho que você acerta em cheio quando fala que ER é focada nos personagens (incluindo problemáticas importantes no universo deles e mostrando como eles lidam com elas), mas discordo quanto ao foco: o personagem principal de ER é o HOSPITAL. (as pessoas que por lá desfilam com seus problemas, como outras pessoas lidam com eles, a reflexão sugerida ao espectador, etc.) Como um personagem de carne e osso, o hospital tem seus dias ruins e bons, trágicos pelo constante risco de morte e situações críticas e felizes pelo nascimento de uma criança ou recuperação de alguém que está doente. Tanto é que hoje não há NINGUÉM do elenco inicial, vários médicos se foram (alguns até voltaram) e a série continua. O personagem principal continua lá, intacto
.

 

Ok, Scorfa. É que citei o ER porque acompanhei ele mais no início quando passava na Globo com o nome de Plantão Médico, e que era o mesmo elenco durante muito tempo, depois acabei não vendo mais. Mas sim, acho que o foco principal acaba sendo o Hospital mesmo.
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Confesso que não sou muito fã desse filme do Darren Aronofsky. O vi há algum tempo e a sensação que eu tive foi de um certo moralismo, uma visão limitada do que leva uma pessoa a usar drogas - ele se concentra quase que exclusivamente na viagem ao fundo do poço dos usuários, como se dissesse ao público "veja o que vai acontecer se você se picar, seu idiota", sem, no entanto, tentar compreender o porquê de eu me picar. Trata como via de mão única uma avenida larga e cheia de intersecções e sentidos distintos.

É uma proposta estreita mesmo, mas foi a opção do diretor, então paciência. Já as atuações são bacanas, passam a idéia de que há algo por trás da desglamourização que geralmente torna os personagens unidimensionais em filmes como esse.

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Uma pena, poucos comentários sobre o filme da semana passada e sobre o texto do Ed. Bom, esta semana temos o interessante filme do Tommy Lee Jones, Os Três Enterros de Melquíades Estrada em uma resenha do Garami:

 

Os Três Enterros de Melquíades Estrada (de Tommy Lee Jones, por Garami)

 

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Filme: Os Três Enterros de Melquíades Estrada - Tommy Lee Jones. Elenco:Tommy Lee Jones, January Jones, Barry Pepper, Melissa Leo, Dwight Yoakan, Julio Cedillo, Levon Helm e Mel Rodriguez.

 

Sinopse: O vaqueiro Pete (Tommy Lee Jones) sai em uma jornada para cumprir a promessa de enterrar seu amigo Melquiades Estrada (Julio Cedillo) em sua terra natal, um pequeno povoado no México. Para isso, ele captura o assassino de Melquiades e o obriga a acompanhá-lo durante a viagem.<?XML:NAMESPACE PREFIX = O />

O que eu acho: “La Migra”. É este o nome que os mexicanos dão à Patrulha de Fronteira, nos EUA. Temida pelos estrangeiros ilegais, “La Migra” é rigorosa e patrulha ferozmente a fronteira dos EUA com o México. Entretanto, em busca de melhores condições de vida, vários mexicanos se arriscam tentando cruzar a fronteira ilegalmente. Porém, uma vez estando nos EUA (normalmente, entrando pelo Texas), tais mexicanos descobrem que a vida no famoso estado americano não é tão mais fácil do que a vida em seu país de origem. E é essa a primeira realidade que o primeiro filme de Tommy Lee Jones nos faz encarar: Melquiades Estrada é um mexicano ilegal nos EUA, que saiu de seu país em busca de trabalho, deixando para trás mulher e três filhos. Após fazer amizade com Pete (excelente atuação de Tommy Lee Jones, por sinal), ele consegue um trabalho em um rancho, porém, após algum tempo, acaba sendo assassinado pelo guarda de fronteira, Mike Norton (Barry Pepper). Chocado pela morte do amigo, Pete começa a buscar justiça mas acaba percebendo que a polícia nada fará para ajudá-lo. Então, após descobrir o responsável pela morte de seu amigo, Pete vai até a casa de Mike e o faz refém, obrigando-o a acompanhá-lo até o vilarejo de Jimenez, a terra natal de Melquiades, onde pretendem enterrar o mexicano que, anteriormente, já tivera dois indignos funerais.

Assim como o filme, esta resenha se dividirá em 4 “atos”, correspondentes aos do filme.

 

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O PRIMEIRO ENTERRO DE MELQUIADES ESTRADA

Melquiades atravessou a fronteira para os EUA em busca de novas oportunidades de emprego como vaqueiro. Após conseguir um trabalho em um rancho de um “filhinho de papai que pensa ser rancheiro apenas por terem lhe dado um rancho”, conseguiu uma pequena casa onde vivia criando cabras. Em uma certa tarde, após soltar as cabras do cercado, Melquiades avista um coiote e, imediatamente, decide matá-lo. Após dois disparos errados, consegue abater o animal. Porém, os dois primeiros tiros acabaram por assustar o oficial Mike Norton que satisfazia seus instintos mais baixos (com a ajuda de uma Hustler), ao pé da colina. Mike, acreditando estar sob ataque, dispara contra Melquiades e o atinge no abdomen. Subindo a colina, vê Melquiades agonizando e, também, vê o coiote morto. Percebendo seu erro, Mike, em um momento de desespero, enterra Melquiades de qualquer jeito, para ocultar o corpo.

 

 

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O SEGUNDO ENTERRO DE MELQUIADES ESTRADA

Ainda desolado pela morte do amigo, Pete passa a procurar formas de fazer justiça a Melquiades. Entretanto, a polícia local não parece disposta a ajudá-lo. Psicologicamente perturbado e andando em círculos, Pete passa mais tempo exigindo uma postura diferente da polícia do que se conformando com a perda do amigo.

 

Nesse meio tempo, a prefeitura da cidade toma as devidas providências para um caso como o de Melquiades (mexicano assassinado, ilegal e sem família) e o enterra como indigente no cemitério local.

Porém, um certo dia, o comandante dos patrulheiros da fronteira descobre quem fora o assassino de Melquiades e conta ao xerife. Infelizmente para Mike, Rachel (a garçonete da cafeteria da cidade) ouve a conversa e apressa-se em contar a Pete. Após uma última tentativa frustrada de tentar fazer justiça pelos meios legais, Pete revolta-se e, à noite, invade a casa de Mike, rendendo o oficial e sua esposa, Lou Ann. Em seguida, leva Mike, algemado, até o cemitério para que ele exume Melquiades. Após isso, seguem para a casa de Melquiades, onde Mike é obrigado a sentar-se na cadeira do mexicano, beber em sua caneca e vestir-se com suas roupas (essa cena, diga-se de passagem, é a chave dos verdadeiros objetivos de Pete, sobre os quais explanarei mais adiante). Antes do amanhecer, Pete, Mike e Melquiades partem em uma jornada para Jimenez, terra natal de Melquiades, onde este desejava ser sepultado. Com o final deste “ato”, o filme deixa de abordar a aridez, a melancolia, o tédio e a superficialidade das vidas dos personagens para adentrar neles e mostrar o que essas características de vida - que todos têm em comum - causam neles separadamente. A Viagem começa.

 

A VIAGEM

A desolada paisagem texana, repleta de colinas e pedras é o primeiro desafio de Pete, Mike e Melquiades, que seguem viagem sobre montarias: Pete, montando um cavalo que fora presente de Melquiades; Mike e Melquiades dividindo uma mula e uma mula adicional que leva os mantimentos.

 

Na manhã seguinte ao rapto de Mike, a polícia entra em ação e passa a patrulhar com mais vigor a fronteira com o México, a fim de encontrar Pete. Entretanto, a área rochosa oferece dificuldades à busca, provendo, assim, vantagem à jornada de Pete e Mike.

 

Tentando argumentar com Pete, Mike explica que a morte de Melquiades não fora intencional. Porém, Pete não parece disposto a ouvir as explicações do policial, mantendo-se concentrado em chegar a Jimenez.

 

tres_enterros05.jpg

 

A viagem prossegue com algumas dificuldade, como a perda de um cavalo e o fato de precisarem dormir em cavernas, onde formigas tentam jantar Melquiades (que resulta em uma cena de humor negro, macabramente hilária). Entretanto, no dia seguinte, após encontrarem-se com um senhor cego que morava no meio do deserto, Mike consegue fugir de Pete. Correndo o mais rápido que pôde, Mike tenta se esconder em uma caverna, onde acaba sendo mordido por uma cobra. Encontrado, mais tarde, por um grupo de mexicanos que tentava cruzar a fronteira, Mike estava à beira da morte. Porém, após um acordo com um dos mexicanos, Pete consegue atravessar a fronteira em direção ao México, em uma cidade onde encontrariam uma mulher capaz de curar Mike.

 

Mariana, a mulher a que o mexicano se referia, era uma das pessoas que Mike agredira em seu trabalho como patrulheiro. Ela, a princípio, se nega a tratá-lo, mas Pete consegue convencê-la. Nesse meio tempo, Pete entra em contato com Rachel, pedindo para que esta fosse até o México casar com ele. Após a recusa de Rachel, Pete percebe que o que lhe resta é somente a promessa que fizera ao amigo Melquiades.

 

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Após ser curado, Mike se junta a Pete novamente, para que possam prosseguir viagem. Dessa vez, contudo, Pete dá uma chance a Mike, deixando-o continuar a viagem sem as algemas e, dessa vez, calçando botas. Sem maiores problemas, a dupla vai percorrendo vilarejos, em busca de Jimenez. Porém, ao chegarem em uma cidade que, segundo Melquiades, era próxima a Jimenez, Pete e Mike descobrem que ninguém jamais ouvira falar no rancho onde Melquiades vivia. Convicto de que havia algum engano, Pete parte em busca da esposa de Melquiades. A mulher, entretanto, nega ter sido casada com o vaqueiro e, assustada, pede para que os dois se retirem.

 

Mesmo com Mike jogando-lhe a crua verdade na cara (“Seu amigo mentiu, Pete”), Pete prossegue procurando por Jimenez. Após algumas horas a cavalo, encontram a estrutura de uma casa, abandonada há anos. Decidindo que aquele lugar é Jimenez, Pete faz com que Mike o ajude a construir um novo telhado para a casa e deixa lá dentro a foto que Melquiades lhe havia dado. Compreendemos, então, que Pete entendia muito bem os motivos que levaram Melquiades a mentir: a falsa família, a falsa casa, a falsa vida... eram as coisas que mantinham o mexicano em pé em uma vida repleta de agruras. Pete entendia essa necessidade de Melquiades em sonhar com algo maior. A necessidade de acreditar que possuia um lugar para onde voltar e a necessidade de acreditar que sua entrada clandestina nos EUA tinha um significado muito maior do que a mera sobrevivência. Na seqüência, Pete ordena a Mike que cave uma sepultura para Melquiades.

 

 

tres_enterros04.jpg

 

O TERCEIRO ENTERRO DE MELQUIADES ESTRADA

Melquiades finalmente teve o enterro que havia pedido a Pete. Entretanto, ainda havia assuntos pendentes. Fazendo Mike ajoelhar-se em frente à foto da “família” de Melquiades, Pete o obriga a pedir perdão. Em uma cena comovente, Mike chora, implorando pelo perdão de Melquiades. É aí que mora a verdadeira intenção de Pete: dar o enterro que o amigo lhe pedira era um de seus objetivos, mas, ao perceber que Melquiades mentira, Pete encara o fato de que havia arrastado Mike até aquele lugar inutilmente. Para reparar a situação, ele dá a Mike uma oportunidade de redenção. O choro e a voz trêmula que pedia perdão insistentemente foi a forma de Mike expiar seu crime e, finalmente, perdoar-se por ter matado um homem. Mike, enfim, estava redimido.

 

Pete, por outro lado, desaparece a pé no rochoso e árido cenário mexicano. É chegada a sua vez de procurar redenção.

 

Fechando, assim, seu primeiro trabalho na direção,. Tommy Lee Jones mostra ser capaz de construir um drama forte e impactante. Resta-nos, portanto, esperar que a experiência como diretor tenha sido agradável ao ator veterano e que ele possa repetir tal feito em filmes futuros.

 

Preste atenção: Nas atuações densas de Tommy Lee Jones e de Barry Pepper, sobretudo na cena final; na cena em que Mike ajuda os mexicanos a descascarem o milho.

O que já se disse: A solidão, a falta do diálogo, o medo de mudar, de deixar coisas para trás, a imigração, todos estes temas estão presentes neste filme, a amizade de Pete e Melquiades, o fio condutor desta trama que vai envolver diretamente todas as personagens e mudar as suas vidas, pois todos ali vivem numa cidade limítrofe, eis que chega um dia em que à vida de todos também vai encontrar esse limite, entre um lugar e outro, entre o fazer ou deixar como estar, entre o se perdoar e o perdão ao próximo e o velho sentimento de culpa decorrente dos atos.” – Marcelo Hailer, do site www.cranik.com

Porque não perder: Além de ser um belíssimo filme sobre amizade, “Os Três Enterros de Melquiades Estrada” é a primeira experiência de Tommy Lee Jones como diretor.

Dados do dvd: A edição especial brasileira, lançada pela Califórnia Filmes, vem no “maravilhoso” aspect ratio 4x3.  Conta com audio Inglês 5.1, Inglês 2.0 e Português 2.0. Como extras, temos alguns trailers, entrevistas, making of, a avant-première, uma entrevista com Marco Beltrami (compositor) e comentários de Tommy Lee Jones.

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COMUNICADO:

Por causa da baixa audiência (sim! Nós também dependemos de ibope), a 3ª Temporada do Cineclube se encerra por aqui, com a resenha do Garami postada semana passada sendo a última dessa Temporada.

 

Em alguma data do ano que vem, voltaremos com a 4ª temporada do Cineclube (talvez, futuro incerto...).

 

Grato por todos que participaram até aqui,

 

Equipe Cineclube.
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Opa. Só agora consegui ter tempo de ler a resenha do Ed.

 

Ed.. No geral, está realmente bem elaborada. Entretanto, há um óbvio conflito de idéias e o texto está um pouco desconexo. Falta uma continuidade, sabe? Mas parece que você atingiu a proposta. Réquiem for a Dream é uma produção que abusa da montagem fragmentada (uma das edições mais incríveis que já conferi no cinema). Um estudo psicológico absolutamente fenomenal que, embora se aproprie de um moralismo, é doloroso e faz refletir. Já disse que foi o filme que me fez por decidir ser cineasta? Assisti quando tinha meus 13 anos e quando terminou, olhei para os créditos e disse: 'quero fazer cinema'. 0603
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  • 3 weeks later...
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Faz um tempinho que assisti Os Três Enterros, e lembro que na época fiquei super chateado com Oscar, pois o filme foi totalmente esnobado e para mim era um dos melhores daquele ano.

 

No mais, gostei da resenha, e me deu vontade de assistir o filme de novo. 
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  • 2 weeks later...
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COMUNICADO:

Por causa da baixa audiência (sim! Nós também dependemos de ibope)' date=' a 3ª Temporada do Cineclube se encerra por aqui, com a resenha do Garami postada semana passada sendo a última dessa Temporada.

 

Em alguma data do ano que vem, voltaremos com a 4ª temporada do Cineclube (talvez, futuro incerto...).

 

Grato por todos que participaram até aqui,

 

Equipe Cineclube.
[/quote']

 

Pô, eu vim babando aqui para comentar Sexta-Feira 13 - Parte 6 e agora isso??

 

Ok, vamos aguardar o retorno incerto do Cineclube.
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  • 1 month later...
  • 2 months later...
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Um dos 10 concorrentes abaixo, a melhor texto, estará brilhando aqui, na semana que vem, na reabertura das portas do "Cineclube em Cena":

 

 

"Eu, Robô" - Por -THX-

"Onde Os Fracos Não Tem Vez" - Por Dreyer

"2 Filhos de Francisco" - Por Albergoni 

"Adoráveis Mulheres" - Por Veras

"Pecados Íntimos" - Por DaniloDalmon

"O Piano" - Por Vicking

"Matrix" - Por Renato

"Speed Racer" - Por Faéu

"O Nevoeiro" - Por Vidoni

"A Noviça Rebelde" - Por Kika

 

 

Acompanhe a avaliação dos participantes, pelos jurados, no tópico "Cinéfilos".

 

 

 

 

 

 
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Durante os próximos meses, será escolhida, através de uma bancada de jurados, a melhor resenha do mês, elaborada por usuários do fórum em geral. No mês de maio, 10 usuários participaram dessa seleção, no tópico "Cinéfilos", enviando suas resenhas, e o resultado foi o seguinte:

 

"CINÉFILOS" - MAIO 08 - RESULTADO

 

CONCORRENTES:

CALVIN

BAUER

SCOFA

FRAM

BAT

TOTAL

 

 

 

 

 

 

 

Onde Os Fracos Não Tem Vez (Dreyer) 

9

10

9

10

7

45

Speed Racer (Faéu) 

7

7

7

9

9

39

O Piano (Vicking) 

9

4

9

7,5

9

38,5

2 Filhos de Francisco (Albergoni)

7

10

6

8

6

37

O Nevoeiro (Vidoni) 

6

6

6

7

10

35

Adoráveis Mulheres (Veras)

5

3

9

10

6

33

Pecados Íntimos (DaniloDalmon) 

7

2

5

6

6

26

Matrix (Renato)

2

0

10

5,5

0

17,5

4

1

5

5

0

15

A Noviça Rebelde (Kika) 

4

0

5

4

?

13

 PARABÉNS AO DREYER PELA VITÓRIA! SEU TEXTO SERÁ PUBLICADO EM BREVE NO "CINECLUBE EM CENA". 101010

Enxak2008-06-03 11:24:14
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Título Original: No Country for Old Men
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial:
www.nocountryforoldmen.com
Estúdio: Paramount Vantage / Miramax Films / Mike Zoss Productions / Scott Rudin Productions
Distribuição: Miramax Films / Paramount Pictures
Direção: Ethan Coen e
Joel Coen
Roteiro: Ethan Coen e Joel Coen, baseado em livro de Cormac McCarthy
Produção: Ethan Coen, Joel Coen e Scott Rudin 

 

 

CINEMA PARA OS FORTES

 

“Gosto de ouvir sobre os velhos tempos...”

 

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Como fazia falta ver o melhor do cinema dos irmãos Coen. Na obra de Joel e Ethan, os dois irmãos de Minneapolis que construíram carreira marcante no cinema americano desde 1984, existem basicamente dois tipos de filmes. Os Coen percorrem os caminhos distintos da comédia e de um estilo de filme que não tem, propriamente, uma classificação. Mas é esse estilo que, invariavelmente vai trazer o mais comum ( e o pior ) do ser humano que guarda, também as melhores mostras do talento dos irmãos. Não que as comédias sejam comuns. Longe disso. “ Roda da Fortuna”, “Arizona Nunca Mais”, “O Grande Lebowski” e  “O Brother Were Art Thou?” não podem ser consideradas padrão na cinematografia americana. São ácidas, inteligentes, ágeis, críticas e muito, mas muito cínicas. Mas é quando resolvem simplesmente contar uma história sem se preocuparem com o riso que os irmãos oferecem o melhor de seu talento para a história do cinema. Foi assim com sua estréia, o impactante “Gosto de Sangue”. Foi assim com “Miller’s Crossing”. Foi assim com “Fargo”, que era o melhor de seus filmes. É assim com “Onde os Fracos Não Têm Vez”, que traz nos homens das modernas pradarias americanas – e hotéis de beira de estrada – os substitutos da caipira de Fargo no posto de grande filme da carreira dos irmãos.

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Como a maior parte dos filmes dos dois, “Onde os Fracos Não Têm Vez” não é um filme fácil ao público “mainstream”.  É uma releitura que pode criar um novo parâmetro para um gênero que parecia não ter inovações. Ao trazer para as paisagens desérticas dos Estados Unidos a mitologia do western, os Coen mostram que, se mudaram os tempos e os personagens, pouco mudaram as motivações - em seu âmago, o ser humano ainda é um selvagem. Lutar contra esse sentimento é inútil, apesar de nobre. A paisagem árida das pradarias, o ambiente dos hotéis de beira de estrada, as  “rotas 66” que cruzam esse ambiente árido  e, principalmente, as motivações de quem vive ( e sobrevive ) nesse ambiente não foram feitas para quem ainda vive nos velhos tempos. É disso que trata o título original do romance de Cormac McCarthy, ( o livro teve uma tradução mais fiel, "Onde os Velhos Não Têm Vez" ), ligado diretamente ao personagem interpretado por um ainda ótimo Tommy Lee Jones. É no diálogo final que se entende isso, mas é uma constatação que vai sendo contruída desde sua primeira aparição… desde as primeiras falas do filme. De certa forma, o título nacional não resume esse sentimento - os velhos representados por Jones não são necessariamente fracos – mas, mesmo fora de contexto, não ficou de todo mal: pelo menos, seu sentido não é mentiroso. Os fracos também não têm vez nesse cenário. Os fracos simplesmente imploram, ou argumentam. Os fortes desse ambiente árido não pensam duas vezes. Os fracos dizem “Você não precisa fazer isso.” Os fortes respondem de forma seca. “Isso é o que todos dizem…”

 

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Jones é um xerife de uma cidade pequena no Texas, cuja trajetória durante o filme se confunde com a do típico texano interpretado por Josh Brolin (crescendo na cotação americana depois de deixar o bigode crescer e ficar com cara de Nick Nolte) e do matador profissional Javier Bardem, o dono do filme. Como o assassino Anton Chigurh, ele cria um personagem antológico – uma personalidade doentia, de frases curtas, desconcertantes, olhar perdido e um cilindro de ar comprimido (!!!). Seu diálogo com o dono de um armazém de beira de estrada é genial, simples, desconcertante e tenso ao extremo.  O que une esses três personagens, assim como nos antigos faroestes, é o que menos importa: a busca por 2 milhões de dólares que o caçador texano de Brolin encontrou ao dar de cara com o cenário desolado de uma negociação fracassada de venda de drogas. O que mais importa aos Coen é ter as motivações necessárias para exporem seus demônios. Dão ao cinema a prova de que essas motivações podem ser modernizadas e criar um novo gênero, o western moderno.

pc-nocountry533.jpg

 

Como a narrativa é o que importa, a música praticamente inexiste. É o público contemplando os personagens traçando seus destinos.  Como o ambiente tem tanta importância quanto os personagens que nele habitam, os longos planos abertos típicos dos diretores estão presentes. Como na realidade dos Coen a vida não é um mar de rosas, as pendências não precisarão, necessariamente, ser resolvidas. A vida é assim, o cinema dos Coen também. Quem se dispõe a acompanhar uma história – e não a querer contá-la num ciclo fechado - terá uma bela experiência… a melhor da carreira dos irmãos. É cinema para os fortes…".

~~~

FAÇA VOCÊ TAMBÉM PARTE DA GALERIA DE TEXTOS DO "CINECLUBE EM CENA"! PARTICIPE DO "CINÉFILOS"!


Enxak2008-06-03 12:18:51
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  • 4 years later...
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Caros amiguinhos, vejam bem...

 

Faltam 15 filmes para a minha lista no IMDb chegar a 2500 obras avaliadas. *palmas pra mim, hahaha*

 

Aí resolvi sair um pouco da zona de conforto - peguei um caminhão de filmes que tenho algum interesse em ver (uns estão no Top 250 do IMDb, uns no "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer", uns são ganhadores do Oscar, uns foram bem falados por vocês aqui no fórum e alguns apenas me chamaram a atenção por motivos aleatórios). Gostaria da ajuda de vocês pra definir os próximos 15 filmes que vou ver. É na base do vale-tudo: indiquem um filme da lista, façam um top 5, 10, 15, ou coloquem a lista toda em ordem de preferência, tanto faz. Quando eu tiver tempo, vejo que filme tá mais recomendado até o momento e vejo esse. Posso contar com a ajuda de vocês?

 

Aqui vai a lista:

 

 

50% (2011)

8 e Meio (1963) - VISTO

À Beira do Abismo (1946) - VISTO

Amor à Flor da Pele (2000)

Anjos da Lei (2012) - VISTO

Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (1967) - VISTO

O Castelo no Céu (1986)

Champagne (1928)

Como Era Verde o Meu Vale (1941)

The Dead (2010)

DeadHeads (2011) - VISTO

Doce Vingança (2010)

Dominados pelo Ódio (2010)

Downhill (1927)

E Sua Mãe Também (2001)

Easy Virtue (1928)

Ed Wood (1994) - VISTO

Era Uma Vez em Tóquio (1953)

O Espião que Sabia Demais (2011) - VISTO

O Franco-Atirador (1978) - VISTO

Fuga do Passado (1947)

Geração Roubada (2002)

O Grande Lebowski (1998) - VISTO

Greed (1924)

O Guarda (2011)

O Homem Elefante (1980) - VISTO

Intocáveis (2011)

J. Edgar (2011)

Jejum de Amor (1940)

Jogos Vorazes (2012) - VISTO

Juno and the Paycock (1930)

Magnólia (1999) - VISTO

The Manxman (1929)

Marnie – Confissões de uma Ladra (1964) - VISTO

O Mistério do Número 17 (1932)

Moonrise Kingdom (2012)

A Mulher do Fazendeiro (1928)

Na Natureza Selvagem (2007)

No Mundo de 2020 (1973)

Onibaba – A Mulher Demônio (1964)

Pai e Filha (1949)

Papillon (1973)

Patton (1970)

Persona (1966) - VISTO

Por uns Dólares a Mais (1965) - VISTO

Rede de Intrigas (1976) - VISTO

The Revenant (2009) - VISTO

Rich and Strange (1931)

O Ringue (1927)

Os Sapatinhos Vermelhos (1948) - VISTO

Se Meu Apartamento Falasse (1960) - VISTO

A Separação (2011)

Sete Dias com Marilyn (2011)

Shame (2011) - VISTO

Simon Verner Desapareceu (2010)

The Skin Game (1931)

Também Fomos Felizes (1951)

Testemunha de Acusação (1957) - VISTO

Touro Indomável (1980) - VISTO

Trainspotting (1996) - VISTO

Tucker e Dale contra o Mal (2010) - VISTO

A Turba (1928)

A Última Gargalhada (1924)

Vento e Areia (1928)

Yojimbo – O Guarda-Costas (1961) - VISTO

 

Votem aí. :)

 

P.S.: espero não ter problema usar o tópico do Cineclube, não consegui imaginar nenhum mais apropriado e não quis abrir um novo.

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Sem ordem

 

Persona

8 e meio

Magnólia

O Grande Lebowski

Bonnie e Clyde

A Separação

Na Natureza Selvagem

Por uns Dólares a Mais

Trainspotting

Testemunha de Acusação

Mother's Day (Dominados pelo Ódio)

Patton

Rede de Intrigas

The Apartment

Doce Vingança

 

Meus preferidos são Persona, Na Natureza Selvagem, A Separação e Dominados pelo Ódio. Mas tem alguns aí que eu não vi.

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01. Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (1967)

01. O Grande Lebowski (1998)

03. O Espião que Sabia Demais (2011)

04. A Separação (2011)

05. Touro Indomável (1980)

 

 

Marcelão, pra mim esses são os 5 melhores da lista (dos que vi, claro). E esses dois primeiros estão entre os melhores filmes de todos os tempos.

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O Franco-Atirador (1978)

O Grande Lebowski (1998)

Jogos Vorazes (2012)

Magnólia (1999)

Marnie – Confissões de uma Ladra (1964)

Touro Indomável (1980)

Trainspotting (1996)

 

Vi só esses da lista. Tirando Franco Atirador (meia-boca) e Jogos Vorazes (o que ele tá fazendo nessa lista?) os outros eu recomendo. O melhor daí eu diria que é O Grande Lebowski seguido de perto de Magnólia.

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5/5

O Grande Lebowski (1998)

Trainspotting (1996)

Onibaba (1964)

Persona (1966)

 

4/5

O Homem Elefante (1980)

E Sua Mãe Também (2001)

 

3/5

Touro Indomável (1980)

 

Gostei de ver Onibaba na sua lista, por ser um filme obscuro, mas muito bom. Começa como drama e termina como terror. A paisagem opressora parece um personagem observando os outros personagens. Parece também ocultar segredos sinistros.

 

Touro Indomável eu considero apenas um bom filme com uma atuação impressionante de Robert De Niro, mas pela fama que o filme ganhou, eu acho interessante conhecer. Aqui eu chego em Trainspotting, que eu recomendo não só por ser icônico, um dos filmes representativos dos anos 90, mas pelo filme sem sim, que é uma viagem bizarra, algumas vezes repulsiva, e com sua cota de momentos memoráveis.

 

Persona é perturbador, quase um filme de terror. Uma espécia de Frankenstein muito bem fotografado e com ótimas atuações. Destaque para Liv Ullmann, que passa o filme calada.

 

O Grande Lebowski é minha comédia preferida e tem um personagem principal marcante.

 

 

01. Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (1967)

01. O Grande Lebowski (1998)

03. O Espião que Sabia Demais (2011)

04. A Separação (2011)

05. Touro Indomável (1980)

 

 

Marcelão, pra mim esses são os 5 melhores da lista (dos que vi, claro). E esses dois primeiros estão entre os melhores filmes de todos os tempos.

 

Eu gosto de Bonnie e Clyde, mas nem tanto.

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Esses são os q eu recomendo a vc assistr dos q já vi... em vermelho as prioriadaes... sem ordem certa...

 

Anjos da Lei (2012)

O Castelo no Céu (1986)

Doce Vingança (2010)

O Espião que Sabia Demais (2011)

O Franco-Atirador (1978)

J. Edgar (2011)

Jogos Vorazes (2012)

Papillon (1973)

Patton (1970)

Shame (2011)

Touro Indomável (1980)

Yojimbo – O Guarda-Costas (1961)

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É um dos poucos clássicos que eu realmente sou apaixonado.

 

Por que você não consegue gostar de mais clássicos?

É só uma pergunta, não é uma crítica.

Eu odeio o pedestal dos clássicos. Nem tanto no cinema. Mais na literatura, onde a questão alcançou um nível de demência insuportável.

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