Jump to content
Forum Cinema em Cena

Cineclube em Cena


Nacka
 Share

Recommended Posts

  • Members
Minha análise de Psicose II será a melhor de todos os tempos do Cineclube... 0505

 

(o mais convencido... 06)

 

Depois não há competição no Cineclube...06 Mas isso é saudável' date=' só temos a ganhar, todos nós. E cuidado pra não subir demais, Dook, se cair...1906
[/quote']

 

Mas sempre houve uma pequena pontinha de competição no Cineclube. Talvez não exatamente de competição, mas o fato de que todos quererem manter o nível de excelência das resenhas por aqui. Por isso, acho que todos se esforçam ao máximo para conseguir esse objetivo. E isso é ótimo!!!!16

 

E se consegue! Basta ver como SEMPRE se fala em Pablito de Ouro, todas as semanas. E o Thico está se fazendo.06 Com ele não será diferente...
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Anúncio Oficial:

Amanhã, 2ª feira - dia 16 de Abril - Não percam mais

uma resenha inédita no Cineclube em Cena:

 

 moulin-rouge-poster01.jpg

 

Moulin Rouge - Amor em Vermelho

(Moulin Rouge, Dir.: Bazz Luhrmann, 2001) 

 

By Fernando.

 

Musical estrelado por Nicole Kidman e Ewan McGregor. 

Ganhador de 2 Oscars e 3 Globos de Ouro.

 

Comunicado:

A resenha de Sonata de Outono By Thico ficará para dia 23 de Abril.

 

E ainda está no ar:

 

 img362/8391/webc2770xu7.jpg

 

Blow Up - Depois Daquele Beijo

(Blow-Up, Dir.: Michelangelo Antonioni, 1966) 

 

By Alexei.

  

 

Agenda Cineclube 

 

PRÓXIMOS FILMES

Moulin Rouge (by Fernando) – 16 de abril<?:NAMESPACE PREFIX = O /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

Sonata de Outono (by Thico) – 23 de abril<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

Casa de Areia e Névoa (by Th@th@ Patty) – 30 de abril

A Criança (by Garami) – 7 de maio

 Touro Indomável (by The Deadman) – 14 de maio

O Novo Mundo (by J. de Silentio) – 21 de maio

Os Bons Companheiros (by Veras) – 28 de maio

  SUMÁRIO

 

Página 1 = Forasteiro (A Lista de Schindler) 

Página 8 = Mr. Scofield (No Rastro da Bala) 

Página 17 = Dook (A Última Tentação de Cristo) 

Página 28 = Silva (Amnésia 

Página 34 = Garami (Fogo Contra Fogo)

Página 37 = Alexei (Fale Com Ela)

Página 39 = Engraxador (Peixe Grande)

Página 40 = Rubysun (Era Uma Vez no Oeste)

Página 42 = Thico (A.I. - Inteligência Artificial)

Página 44 = The Deadman (Sob o Domínio do Medo)

Página 45 = J. de Silentio (Cantando na Chuva)

Página 46 = ltrhpsm (Estrada Para Perdição)

Página 47 = Nacka (Além da Linha Vermelha)

Página 51 = Rubysun (Pulp Fiction – Tempo de Violência)

Página 53 = Forasteiro (Dogville)

Página 54 = Dook (Cidadão Kane)

Página 55 = Vicking (A Lula e a Baleia)

Página 57 = Juliocf (Se7en – Os Sete Crimes Capitais)

Página 59 = Enxak (Embriagado de Amor)

Página 59 = Jailcante (Huckabees – A Vida é uma Comédia)

Página 60 = ltrhpsm (O Homem que não estava lá) 

Página 61 = silva (Crepúsculo dos Deuses)

Página 62 = Troy Atwood (Beleza Americana)

Página 63 = Noonan (Herói)

Página 68 = Alexei (Blow Up - Depois Daquele Beijo)
Jailcante2007-04-15 20:51:43
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Moulin Rouge - O Amor em Vermelho<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

by Fernando

 

moulin-rouge-poster02.jpg

 

Filme: Moulin Rouge – Amor Em Vermelho ( Moulin Rouge ! , Austrália/EUA , 2001) . Direção de Baz Luhrmann . Com Nicole Kidman , Ewan McGregor , Jim Broadbent , Richard Roxburgh e John Leguizamo .<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

 

Sinopse : Na Paris de 1900 , um escritor inglês, enquanto escreve um texto, relembra sua história de amor com a cortesã mais famosa do cabaré Moulin Rouge . A história de amor é contada através de canções pop do século XX .

 

O que eu acho : “ Eu não quero realismo ! Eu quero magia !” . Essa frase proferida por Vivien Leigh <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em Uma Rua Chamada Pecado é a melhor definição para a condução desde musical pós-moderno que , desde o seu lançamento em 2001 , divide ferozmente público e crítica .

 

Baz Luhrmann é um cineasta australiano que começou sua carreira como ator , dançarino e diretores de óperas . Possui uma enorme paixão pelas artes e um gosto exravagante e exagerado . Sua grande paixão pelas artes cências e senso estético kitsch podem ser conferidos nos seus três trabalhos para  o cinema : Vem Dançar Comigo ( 1992) , Romeu + Julieta (1996) e Moulin Rouge- Amor Em Vermelho (2001) . Os três filmes compõem o que o diretor chama de “ Trilogia da Cortina Vermelha “ , destinada a juntar os recursos cênicos teatrais com a possibilidade fílmica . Neles , o diretor utiliza um aspecto teatral como fio condutor do filme a fim de escancarar a ilusão artística e testar a possibilidade da junção de recursos de meios diferentes . Em Vem Dançar Comigo é a dança de salão ;  Romeu + Julieta traz uma clássico teatral da era elizabetana para o presente ; Moulin Rouge é um musical onde canções populares contemporâneas contam uma história de amor ambientada no mais famoso cabaré francês do final do século XIX .Se essa mistura fascina alguns , causa repulsa em outros .

 

Desde o momento em que o cinema se fortaleceu como arte , na década de 1930 , tem sido celebrado como o mais próximo da realidade a ser recriada . Construiu-se a idéia entre acadêmicos e espectadores que a grande missão do cinema é ser a mais próxima reprodução da realidade . Muitos teóricos de cinema , como André Bazin , valorizavam o cinema puro , obtido através desse ideal e encontrados nos filmes de diretores como Yasujiro Ozu e Robert Bresson. Aceitava-se a influência de fontes teatrais e literárias , mas desde que tais fontes não agredissem o resultado . A comédia musical , com sua fantasia descarada , seria menor por esse motivo , embora trouxesse momentos divertidos .

 

O musical é o gênero que mais se afastava da reprodução da realidade e talvez por isso seja sempre tido quase como “ o gênero menor por excelência " . Seu auge de popularidade se deu entre as décadas de 1930 e 1940 , onde platéias mais ingênuas e românticas se deliciavam com as produções de histórias tolinhas que eram desculpa para o desfile de imagens deslumbrantes regadas a muito canto e dança . Essas produções representavam muito do ideal estético e sentimental do público , além de ser o veículo ideal para o hit parade , lançando compositores como Cole Porter e Irving Berling , além de astros cantores/atores como Frank Sinatra , Bing Crosby , entre outros .

 

moulin-rouge02.jpg

 

Com a perda definitiva da inocência no segundo pós-guerra e a transposição de lançamentos musicais para a televisão , o filme musical foi perdendo espaço . As platéias começaram a achar ridículo esse estilo de produção , havendo alguns momentos de produções de musicais , mas nada que pudessem resgatar definitivamente o prestígio do gênero .

 

Com Moulin Rouge , Baz Luhrmann realizou uma verdadeira tour-de-force pop para trazer o gênero musical de volta à ordem do dia . Para isso , o diretor utilizou todo tipo de recurso possível para que a idéia de “ história contada através da música “ : ritmo acelerado de videoclipe , hits extremamente conhecidos da atualidade e milhares de referências .

 

Como em todos os musicais , a trama é bem simples : Christian , um jovem sonhador , abandona a casa do seu pai em Londres para se tornar um escritor na efeverscente Paris da bèlle époque , em 1899 . Chegando lá conhece o boêmio Toulouse- Lautrec e sua trupe de amigos , que precisam de um autor para um musical que consagre os valores libertários defendidos por eles . O musical deve ser mostrado a Harold Zidler  , o dono do cabaré Moulin Rouge ( ponto de encontro dos boêmios) e ser estrelado por Satine , cobiçada cortesã que é a maior estrela da casa noturna . Christian e Satine se apaixonam perdidamente , mas a cortesã está prometida para um riquíssimo duque . Um final trágico espera a bela ruiva que enlouquece os freqüentadores do cabaré/bordel/danceteria .

 

Trata-se de um plot simplório e batido , já utilizado inúmeras vezes em romances , óperas e filmes . Aliás , a história de Christian e Satine é retirada de fontes como o mito de Orfeu ( o jovem e talentoso músico que desce aos infernos em busca de sua amada) , a ópera La Bohème ( um casal boêmio vive um trágico romance no submundo pariense) e a ópera La Traviata ( um jovem ingênuo se apaixona por uma cortesã tuberculosa  – que sua vez é uma adaptação do romance A Dama das Camélias ) . Isso sem falar nas referências a vários filmes clássicos ( O Anjo Azul , Gilda , Cabaret , Lola Montez , Rocky Horror Picture Show ) e a utilização de hits de Beatles , Madonna , Elton John , Queen , Nirvana , The Police , entre outros . É uma colcha de retalhos estilizada que celebra todos os possíveis veículos culturais e os reúne em um único filme.

 

moulin-rouge03.jpg

 

Essa fusão de fontes é amplamente elogiada e criticada . Para alguns defensores , Luhrmann , além de ressucitar com sucesso o gênero musical , fez um filme antenado à cultura de sua época : não se sabe mais a origem dos meios culturais e todos atualmente são possíveis de serem encontrados , de uma maneira antes não imaginada , como os videoclipes da MTV e a Internet e suas constantes inovações que trazem acesso a todo tipo de manifesto cultural ( como o recém-surgido YouTube) . Para os detratores , o extravagante cineasta australiano realizou um “ bordel da roubalheira “ , onde o espectador é torturado por todos os tipos de excessos fílmicos , escondidos sobre uma auto-indulgência , disfarçada de “ celebração da cultura de referências “ , com nada muito relevante e personagens bidimensionais .

 

De fato , os métodos de Luhrmann são um tanto quanto caóticos , excessivos e auto-deslumbrados . No entanto  , o talento e a paixão do cineasta transformam o filme em uma experiência agradável .Luhrmann não esconde o articialismo de sua produção . Muito pelo contrário , faz questão de jogar na cara do espectador de que o que está assistindo é uma ilusão , é uma realidade fantasiosa , uma representação artística . Tal como Federico Fellini ( uma notória influência) construiu em Satyricon uma Roma que , além de ser um reflexo assumido dos valores e da estética da sociedade de consumo cultural de 1969 , só existe em sua imaginação , Luhrmann fez o mesmo : sua Paris e Moulin Rouge absolutamente fantasiosos , são um reflexo da cultura de consumo do início do século XXI : a obsessão por referências ( como um alimento para a construção de algo novo , ainda não definido ou estabelecido) e a desfragmentação , o excesso e a rapidez como obtenção de prazer e diversão contemporâneos , encontrada nos novos meios tecnológicos . A fantasia estridente de Luhrmann é tanto uma confissão de que o cinema é uma mentira , uma ilusão feita a partir da visão do diretor , como um pedido de entrega a essa fantasia como forma de se entreter com o espetáculo mostrado .

 

Luhrmann tenta procurar , dentro desse mundo de mentira e fantasia , o que há de real , o que realmente conecta o espectador com uma produção artística . Na modesta opinião desde que vos escreve e que admite não entender nada de cinema ou de arte , mas que gosta assim mesmo , Luhrmann conseguiu dentro desse universo assumidamente falso e exagerado , dois triunfos de real conexão emocional : a utilização de canções representativas para a cultura popular das últimas gerações ( como “ Diamonds Are A Girl ´s Best Friends “ , “ Heroes “ , “ The Show Must Go On “ , “ Like A Virgin “ e “ Smells Like Teen Spirit “ ) , perfeitamente adaptadas e encaixadas em uma proposta psicodélica e kitsch e , principalmente isso , à bela entrega e dedicação de seu elenco .

 

Os personagens são mesmo bidimensionais , começar pelo nome : Christian ( “ cristão ”)  é o romântico , bondoso e ingênuo , enquanto Satine ( “ Satã “ , assim como “ satin “ – cetim , lençol de cetim ...) representa a sedução , a aventura e o perigo . No entanto , Ewan McGregor e Nicole Kidman , especialmente carismáticos e talentosos , conseguem emocionar e conquistar , e se arriscando a cantar e dançar , mesmo sem formação musical prévia . Jim Broadbent ( o empresário que é um misto de cafetão e figura paternal) , Richard Roxburgh ( o duque de voz irritante) e John Leguizamo ( o boêmio anão Toulouse-Lautrec) também driblam tiques e caricaturas , com bom-humor e espírito esportivo apropriado para o circo luhrmianno .

 

Definitivamente , Moulin Rouge não é e nunca será uma unaminidade . Está destinado a provocar amores e ódios intensos eternamente . Porém Luhrmann e sua equipe merecem o meu respeito por terem coragem de criar um mundo afetado , bizarro , cafona , nonsense , mas absolutamente apaixonado pelas artes cênicas e todas as possibilidades de recursos do cinema . Vamos ver o que ele vai aprontar no épico romântico “ Austrália “ , que tem a pretensão de ser um novo “ ... E O Vento Levou “ . Sim , Luhrmann é um pretensioso exagerado e maluco , mas dono de uma grande paixão pelo espetáculo . Provavelmente , é o herdeiro de Cecil B. DeMille na estética do “ pão e circo “ para o século XXI .

 

moulin-rouge01.jpg

 

Preste atenção : nos números musicais e como as canções famosas foram inseridas e modificadas para integrarem a narrativa , como “ Sparkling Diamonds “ , “ Spectacular Spectacular “ , “ Elephant Love Medley “ e “ El Tango de Roxanne “ , entre outros .<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Porque não perder : trata-se de uma produção extravagante e bizarra ,mas divertida para os fãs da cultura pop . No filme , o diretor inseriu uma quantidade imensa de referências , algumas mais evidentes ( como a trilha sonora de hits) e outras mais escondidas ( como os personagens e figuras retratados pelo pintor Toulouse- Lautrec ) para criar um mundo imaginário , delirante , quase felliniano .

 

O que já se disse antes :

 

Estética de videoclipe torna longa experiência exaustiva

por Inácio Araujo ( Folha de São Paulo)- 24/08/2001 – Bola Preta

Moulin Rouge" é o que se pode chamar de uma experiência exaustiva.
Exaustiva pela combinação de cores agressiva, que em certos momentos lembra os filmes de Terry Gilliam (tipo "Brazil, o Filme"), em que os olhos não têm descanso _o subtítulo "Amor em Vermelho" é o que se pode chamar de literal, e não lhe falta exatidão.
Exaustiva ao optar de forma radical por uma estética de videoclipe que, talvez pela primeira vez na história, se prolonga durante duas horas, praticamente sem parada.
Exaustiva pelo uso e abuso das trucagens e dos movimentos da câmera ostentatórios.
Exaustiva pelas canções, que lembram uma interminável entrega do Oscar.
Exaustiva pela banalidade da ficção (em resumo: aspirante a escritor apaixona-se por cortesã do Moulin Rouge; mas esta também é pretendida por um duque milionário e poderoso).


 É verdade que alguns poucos aspectos parecem tirar o filme da modorra. Um deles é a presença de Nicole Kidman. Infelizmente, Kidman termina soterrada sob o estilo pernóstico de Luhrmann.

 
No geral, é impossível deixar de concluir que, se o inferno for um filme musical interminável, é muito difícil que este não tenha a cara de "Moulin Rouge".

 

 

 

O SOM E AS CORES DAS NOSSAS VIDAS – Kleber Mendonça Filho – 09/05/2001 – Quatro estrelas

 

Embora Luhrmann chame seu cinema de "teatral", seu trabalho não poderia ser mais fervorosamente cinematográfico. Como em Romeu & Julieta de William Shakespeare, Luhrmann enche a tela de gelo seco e purpurina, efeitos digitais mesclados vertiginosamente com cenários de papelão, múltiplos cortes e uma explosão ininterrupta de cores. É um filme que festeja o absinto em tons verdes e a vontade de dançar e viver em todas as outras cores disponíveis, muito embora o faça em mais de duas horas que praticamente esgotam o espectador.

Luhrmann dá um gracioso golpe nos sentidos ao nos mostrar a suposta sociedade parisiense de 1899 celebrando a arte do entretenimento ao som de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana ("entertain us!!"). Se Lars Von Trier nos deu, ano passado, um musical que vinha de dentro da alma, Luhrmann parece nos lembrar que a trilha sonora de nossas vidas já existe, basta ser lembrada.

Filme visto na sala Debussy, Cannes, Maio de 2001

 

Curiosidades :

 

Catherine Zeta-Jones e Heath Ledger eram as segundas escolhas do diretor para os papéis de Satine e Christian ;

 

Courtney Love e Renée Zellweger também foram consideradas para o papel de Satine ;

 

Entre as canções que foram consideradas ou gravadas para a trilha sonora , mas que não entraram na produção estão “ My Way “ (Frank Sinatra) , “ Father And Son “ ( Cat Stevens ) , “ Physical “ ( Olívia Newton –John ) , “ Never Tear Us Apart “ (INXS) , “Under My Thumb “( Rolling Stones) e “ Slave To Rhytmm “ ( Grace Jones) .

Bônus :

 

Fanvideo do You Tube –

 

 “ Diamonds Are For Material Girls “  :

 

Verbetes da Wikipedia –

 

Moulin Rouge ( o cabaré ) : http://en.wikipedia.org/wiki/Moulin_Rouge

Toulouse-Lautrec ( o pintor) : http://en.wikipedia.org/wiki/Toulouse_Lautrec

 

Dados do DVD :

 

Gênero : Musical / Romance

 

Duração : 127 minutos

 

Idiomas : Inglês (5.1) , Português (2.0) e Espanhol (2.0)

 

Menus : Inglês , Português e Espanhol

 

Tela : Widescreen Anamórfico - 2: 35 .1

 

Edição Especial :

 

Disco 1 : Filme , Comentários da Produção com Baz Luhrmann ( diretor e roteirista) , Craig Pearce ( co-roteirista) , Catherine Martin (cenógrafa e figurinista) e Donald Mc Alpine ( diretor de fotografia ) .

 

Disco 2 : Making Ofs , Entrevistas com elenco e equipe técnica , galeria de fotos , erros de gravação , seqüências  integrais de danças e escolha de ângulos diferentes (para cancan , tango e musical hindu) , videoclipes ( " Lady Marmalade " - versão original e apresentação na MTV e " Come What May Remix " ) e trailers ( original internacional , exclusivo japonês e o de " Romeu + Julieta " ).

 

 

Colegas do Cineclube, eis Moulin Rouge, do australiano Baz Luhrmann. O cuidado do Fernando ao preparar a resenha, especialmente no campo da pesquisa sobre o filme e a história do cinema como um todo, é digno de aplausos e demonstra seu grande conhecimento sobre a arte cinematográfica.

 

Tenho sérios problemas com Moulin Rouge, confesso. Sua edição excessiva, desenfreada, o torna uma experiência extremamente desagradável para mim, além do visual que me cansa após 15 ou 20 minutos de filme. Como o próprio Fernando sabiamente mencionou, é um filme para se amar ou odiar. E vocês, o que acham?

 

Post semanal autorizado.
Alexei2007-04-16 23:40:43
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Também te amo, Scarlet ! E você sabe disso .08

 

Quanto ao filme ( que eu gosto mesmo ) ,posso dizer que 99 % dos meus amigos o abominam veementemente  . Um amigo até ficou indignado por ter gostado : " Pô , Fernando : você gosta de Kubrick , Leone , Hitchcock e também dessa merda ?" ,hehehe .

 

É que eu adoro música e cultura pop , a própria figura do Moulin Rouge histórico ( o verdadeiro cabaré retratado pelo Toulouse-Lautrec nos seus quadros) e uma bizarrice kitsch ,heheh . Descobri com o filme que adoro kitsch ,heheh .

 

No entanto , procurei controlar o lado fãzóide e tentar abordar os excessos e as críticas . De vez em quando eu surto , mas estou bem controlado no presente momento ,hehehe .

 

P.S : Alexei , você não consertou os meus erros de português ! Estou besta com os meus erros ,hehehe .
Fernando2007-04-17 16:04:54
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não há como negar - para o bem ou para o mal - que "Mollin Rouge" é um espetáculo visual nos moldes da cultura pop desse século. Baz Luhrmann não poupou excessos e extravagâncias para retratar essa história e retratar isso. Isso, é claro, causa repulsa em muitas pessoas, por conta de sua edição excessiva, videoclípica até. Mas não se pode negar que, repulsas à parte, Baz Luhrmann, nos seus três filmes, imprimiu um estilo próprio, que ele não têm o menor pudor de assumir.

 

Quanto ao fato de que lado estou - dos amantes desse filme ou dos detratores - diria que estou no meio termo: apesar de considerar alguns excessos do filme "demais para a minha mente acompanhar", reconheço o valor cinematográfico dele e suas qualidades, especialmente a entrega dos atores em participar desse Universo bizarro, extravagante e kistch. A estética do filme não podeia ser retratada de outra forma, mesmo com os excessos, que fazem parte desse mundo de "Mollin Rouge".

 

Faalr da resenha do Fernando é  [mode Jailcante ON] "chover no molhado" [mode Jailcante OFF]: ele demonstra conhecimento da história do cinema (essencial para analisar esse filme), uma construção muito boa do texto, além da paixão necessária para retratar um filme que ele adora (e nãotem medo de expor isso). Parabéns, rapaz!10
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Pô, nem acho, Dook. Hehe.

 

O problema é que vi há um booom tempo Moulin Rouge e Chicago. Lembro que não achava/acho nenhum dos dois fenomenais ou extremamente memoráveis, mas sei que tenho uma preferência pelo segundo. Acho as musiquinhas mó divertidas, hehe.

 

Infelizmente não tenho Moulin Rouge disponível aqui (mas vou ver o que consigo) por perto para poder discutir ou deixar uma impressão exata, só uma lembrança de um filme "só bom" que me permitiu um certo entretenimento durante a sessão. De qualquer forma, muito bom esse texto aí do Fernando. Parabéns mesmo, de verdade!

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Bem, não acho a edição de Moulin Rouge videoclipesca, acho histérica mesmo. Salvo engano, se algum plano do filme durar 5 segundos ou mais, é muito. Essa é uma informação que nossa enciclopédia cinematográfica, o Fernando, deve ter, hah!

 

Acerca de Chicago, também não gosto de sua edição, mas por outras razões. É que os cortes durante as apresentações das cantoras - e assassinas, heh - disfarçam, pra mim, a ausência de graça dos números de dança; se o Rob Marshall tivesse usado mais planos abertos, a natureza um tanto mecânica das apresentações ficaria ainda mais evidente, eu creio. Ao menos não é um filme tão visualmente poluído quanto Moulin Rouge.

 

Entre coisas tão extremas quanto o exagero drag de um e a falta de sabor do outro, não sei com quem ficar, realmente.

 

Anjo da Semana no BBBCeC

Post 1 de 10
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Valeu pelos elogios ,hehehe .

 

Ô , Carioca : está sumido , hein ? Seja bem-vindo de volta .

 

De fato ,  Luhrmann fez o que o KMF chamou de misto de " Studio 54 com o Sambódromo " . Ele deve ser o Joãozinho Trinta australiano ,rsrsrs .

 

 

Na época do lançamento eu fiquei encantado com o filme e com a Nicole Kidman ( que nessa produção está parecendo mesmo uma das aquelas estrelas da Hollywood clássica . Nesse filme ela é um misto de Marilyn Monroe , Marlene Dietrich e Rita Hayworth . Aliás , a sua personagem foi construída assim ). Eu admito os excessos e alguns equívocos , mas me divirto com o filme . Até por causa dele comecei a me divertir mais com o kitsch ( o brega  , o cafona , o " espetaculoso ") . O bom de Luhrmann é a sua auto-consciência e até auto-crítica sobre a mentira do cinema e os recursos que a indústria do cinema utiliza para mentir e seduzir , ainda que exagere na dose , em praticamente tudo .  

 

Acho que Luhrmann tem a virtude de ter coragem até de errar , se for possível , para atingir o que pretende : no caso assumir radicalmente que é um espetáculo , um circo mesmo .  Eu acho interessante ver artistas que têm coragem de levar sua visão até o fim ( mesmo cometendo equívocos) . Às vezes prefiro filmes irregulares , mas com algum carisma e personalidade do que os corretos irritantemente certinhos ,heheh . Acho que me divirto mais com Barbarella e Rocky Horror Picture Show do que aqueles dramas ingleses , absolutamente certinhos .

 

Acho que não vou para o paraíso dos cinéfilos por causa disso. Eu gosto de cada filme brega ,rsrsrs .

 

E , Alexei , acredito que quase não existe alguma cena com mais de cinco segundos . E nas que existem , sempre há uma música de fundo . Não há silêncio , por um único instante .   
Fernando2007-04-17 16:28:49
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ótima resenha do Fernando. Amo Moulin Rouge, é meu musical preferido, mesmo não conhecendo muitos.

Adoro o modo como o diretor misturou a cultura pop atual com as músicas daquele tempo, criando músicas e cenas memoráveis, adoro El Tango de Roxanne, e sinto arrepios quando a Nicole canta One day I'll fly away.

Por falar em Nicole, ótima atuação dela, mas falar da minha deusa é chover no molhado 06, e o Ewan está ótimo como quase sempre.

E concordo com o Dook.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Parabéns pela crítica, e mais ainda pela pesquisa e ponderação na preparação dela, Fernando.

 

I dil Moulin Rouge!

 

Alias, sou um grande fã do estilo do Baz Luhrmann. Considero Vem Dançar Comigo o melhor filme sobre danças de salão (quase empatado com o Dança Comigo original), e gostei bastante da versão dele para o clássico Romeu e Julieta.

 

Pra mim, tudo em Moulin Rouge deu certo. Nada me incomoda, pelo contrário, a edição de que todos tanto reclamam, pra mim funciona bem de acordo com a intenção do Luhrmann. É um dos meus top 10 da década atual.
Link to comment
Share on other sites

Fernando' date=' vc sabe que eu te amo08, mas deteeeesto Moulin Rouge.14[/quote']

 

Sorry Paola mas eles não iam trocar o Ewan Mcgregor pelo o você sabe quem de qualquer maneira... hahaha.

 

Folks, Moulin Rouge tem a Nicole Kidman e cantando. Então nem mesmo Baz Luhrman com seus delírios consegue estragar isso.

 

 

 

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Eu tava vendo um clipe da Paris Hilton na TV ontem. Me lembra bastante o "caso" da Nicole...

Musical pra mim, só com cantores. É por isso que Dancer in The Dark é o único que me agrada. Nem botar perto a voz de taquara rachada da Kidman da voz angelical da magnífica, imaculada, estupenda, vitaminada e necessária Bjork!16
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

Pô, Scarlet, essa foi a maior covardia da história do CineClube: colocar Dançando no Escuro no meio de Moulin Rouge (e Chicago, vá lá, pois foi colocado nesse meio aí também).

 

Aí, sim, fazendo como o Dook, digo:

 

Dançando no Escuro >>>>>>>>>>>>>>>>>>> Moulin Rouge e Chicago.

 

Carioca2007-04-19 03:09:48

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Nào concordo com a Scarlet em relação a musical ser só com cantores sendo assim Dreamgirls era para ser um dos melhores musicais, já que tem pelo menos duas cantoras, mas eu considero Moulin Rouge muito superior a Dreamgirls, e acho que a Nicole canta bem mais que Beyonce e a Hudson, mas é questão de gosto mesmo.

 

E só para reforçar, foi covardia ter colocado Dancer in the dark no meio. 02
Link to comment
Share on other sites

  • Members
Só eu acho a Bjork uma  piada de mau gosto? Voz angelical? Pfff...[/quote']

Concordo plenamente. Sofri muito antes de descobri que muitas das minhas dores de cabeça surgiam-me em função da voz dela.

 

Sobre Moulin Rouge:

Não há como negar o espetáculo aodiovisual do filme. Mas a história é meio 'capenga', e se não fosse a excelente trilha e excelente direção, colocaria todo o filme a perder. (Pra mim, claro. Pra quem gosta de histórias de amor trágicas, Moulin Rouge é um prato cheio.)

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Eu vi Moulin Rouge uma única vez. Eu diria que na época ainda tinha frescura com gêneros, imagina o que dizer desse aí do império das cuecas meladas... mas o filme é um verdadeiro carnaval, uma putaria, um filme que leva ao máximo a magia, todo o fake que o Fernando levantou na crítica (muito boa, bem escrita, deixa bem claro a opinião dele e demonstra uma contextualização muito bem encaixada... sem falsa modéstia, podia ser convidado mais algumas vezes para escrever pra esse tópico). Um exagero kitsch, de mau gosto, cafona, drag, como quiserem. Não chego a achar obra-prima ou um dos melhores dos últimos anos, mas ver um filme absurdamente histérico, exagerado, com todos os compromissos direcionados à ficção, com um fiapo de trama clichezaça, com Nicole Kidman (yeah!) na sua melhor forma não é sempre... rubysun2007-04-19 19:40:42

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...