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A Dama na Água


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previsível... nao vi o filme ainda claro, mas dá pra fazer umas observações desde já:

Aliás, isto me fez lembrar justamente de O Sexto Sentido, quando o personagem de Bruce Willis tenta contar uma história para o garotinho vivido por Haley Joel Osment e este reclama da “falta de reviravoltas”, de acontecimentos interessantes, ao longo da narrativa – e, <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em A Dama na Água, Shyamalan parece introduzir uma nova informação a cada dez minutos, como se tentasse justamente evitar que percebêssemos o fato de que nada faz muito sentido ou é particularmente interessante. Basta dizer que sempre que a história empaca, o protagonista recorre a uma velha chinesa que mora no prédio para que esta conte mais um pedaço da fábula que parece refletir os acontecimentos que ele está vivenciando – e por que ele não pede que ela termine a maldita história de uma vez, para que ele possua todos os dados relevantes e possa agir de acordo, é algo que não sei responder. (Aliás, sei: se fizesse isso, o filme chegaria ao fim.)

oportuno citar O Sexto Sentido aqui... pq o menino não diz logo para Bruce Willis que ele está morto? Já sei, se ele fizesse isso, o filme chegaria ao fim, logo depois de começar

e chega a ser espantoso que o cineasta, descendente de indianos, inclua estereótipos absurdamente ofensivos de asiáticos e latinos em seu filme.

legal... e os estereótipos de asiático fanatico por armas e negros burros que tem Crash? pq não houve uma palavra sobre eles? será que é pq o diretor é americano e, portanto, carrega de qualquer forma toda uma bagagem cultural cheia de idéias e noções de como são outras etnias? ou será que já que o tema preconceito é relevante, a gente deve deixar de lado uma falha tão horrorosa?

Finalmente, Shyamalan inclui, na história, a figura de um crítico de Cinema que, vivido pelo ótimo Bob Balaban, encarna todos os defeitos normalmente atribuídos ao estereótipo dos profissionais da área: é arrogante, cínico e desagradável. Assim, o diretor parece preparar uma armadilha fatal: se ataco A Dama na Água, é porque fiquei ofendido com a forma com que minha profissão foi retratada.

mas é o que parece... e é legal falar em arrogância da crítica quando se encontra algo interessante na crítica de Superman Returns:

"Porém, a partir do momento em que um diretor se estabelece definitivamente em Hollywood, o risco de se deixar levar pelo próprio ego torna-se imenso: cercado por uma legião de “colaboradores” que, de fato, só querem agradá-lo, a tentação de se entregar sem reservas a qualquer impulso “criativo” torna-se quase irresistível – e, caso não estabeleça uma disciplina rigorosa para si mesmo, o artista corre um risco imenso de se levar excessivamente a sério, abandonando a auto-crítica para se considerar como um gênio incapaz de cometer erros. Muitos cineastas já passaram (ou ainda passam) por isto – M. Night Shyamalan, Kevin Costner, Oliver Stone, Glauber Rocha, entre outros – e apenas um fracasso inesperado pode, como um balde de água fria, trazê-los de volta à realidade e permitir que recuperem a perspectiva adequada para que continuem a brilhar."

alguém comentou este trecho no tópico de A Dama na Água e disse:

"Pergunta: qual o problema de se entregar a qualquer impulso criativo? Não é justamente isso que a crítica reclama hoje, a falta de criatividade? Pq censurar alguém que tenta fazer algo diferente? Quem a crítica pensa que é para dizer ao artista como ele deve exercer seu ofício? Ora, a arte por si só já não é uma manifestação de sentimentos e emoções que não seguem regras nem padrões?

Ao adotar esta postura de censura sistemática, a crítica não estaria se achando acima do bem do mal, consequentemente sendo....... arrogante?

Será que Kubrick não se levava a sério e por isso era um gênio? Será que podemos aferir isso baseado no tom farsesco com que ele dirige 3 de suas melhores obras (Dr. Fantástico, Laranja Mecanica e Barry Lyndon)?

Será que um diretor que se entrega a qualquer impulso criativo estaria necessariamente abandonando a auto-crítica?

Nem perderei tempo tecendo maiores observações à parte final do quote que faço questão de reprisar aqui:

e apenas um fracasso inesperado pode, como um balde de água fria, trazê-los de volta à realidade e permitir que recuperem a perspectiva adequada para que continuem a brilhar

Particularmente, não consigo visualizar nada mais arrogante do que isto!

por ora é só. quando ver o filme, comento mais 

 

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Aliás' date=' isto me fez lembrar justamente de O Sexto Sentido, quando o personagem de Bruce Willis tenta contar uma história para o garotinho vivido por Haley Joel Osment e este reclama da “falta de reviravoltas”, de acontecimentos interessantes, ao longo da narrativa – e, em A Dama na Água, Shyamalan parece introduzir uma nova informação a cada dez minutos, como se tentasse justamente evitar que percebêssemos o fato de que nada faz muito sentido ou é particularmente interessante. Basta dizer que sempre que a história empaca, o protagonista recorre a uma velha chinesa que mora no prédio para que esta conte mais um pedaço da fábula que parece refletir os acontecimentos que ele está vivenciando – e por que ele não pede que ela termine a maldita história de uma vez, para que ele possua todos os dados relevantes e possa agir de acordo, é algo que não sei responder. (Aliás, sei: se fizesse isso, o filme chegaria ao fim.)[/quote']

oportuno citar O Sexto Sentido aqui... pq o menino não diz logo para Bruce Willis que ele está morto? Já sei, se ele fizesse isso, o filme chegaria ao fim, logo depois de começar

Peraí, até onde sei, o menino não sabia que ele estava morto
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Vixe... A esperadíssima uma estrela se concretizou' date=' e a polêmica já paira no ar. smiley32.gif [/quote']

Pois é, a guerra está declarada. Vamos ver no que vai dar. Eu vou ter que ficar no meio, já que não nem pró-Shy, nem anti-Shy. Só vou ter opinião formada depois de ver o filme.

P.S.: Pablo, todos querem ver o filme do Homem-Melância...smiley36.gif

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e essa crítica é matadora:

Enviado por Rodrigo Fonseca - 31/8/2006 - 15:52
O esplendor da magia

Manoj Night Shyamalan é catalisador de rancores. Poucas pessoas na indústria do entretenimento - talvez só Jim Carrey e Robin Williams, quando provaram seu brilhantismo - são capazes de despertar tanto ódio e alimentar tanto a imbecilidade dos que não conseguem tolerar a fantasia como via de criação cinematográfica adulta. Shyamalan lança esta sexta-feira no Brasil um novo longa-metragem. Quer dizer, Shyamalan lança esta sexta o melhor filme de 2006.



"A dama na água" (veja o trailer), título em português para "Lady in the water", narra a incrível transformação na vida de um introspectivo zelador, Cleveland Heep (Paul Giamatti, perfeito) depois que ele encontra na piscina de seu prédio uma ninfa. A criatura pode ser entendida como um símbolo de beleza que mexe com a percepção dos mortais - principalmente os do sexo masculino. A ninfa é Bryce Dallas Howard, filha do diretor Ron Howard, com quem Shyamalan trabalhou em "A vila". Juntos novamente, musa e realizador oferecem ao espectador uma reflexão sobre a solidão e a incapacidade humana de acreditar no improvável que enche mais o coração do que os olhos. Um fedor de tristeza perfuma os fotogramas do longa até o momento em que Giamatti conduz o espectador a uma viagem por sua carência, por sua necessidade de carinho.

Apesar de toda a expectativa que se criou lá fora, "A dama na água" foi um retumbante fracasso de público. A crítica também fez sua festa profana. Destruiu o cineasta apoiada na truculenta argumentação de que há puerilidade no uso de elementos mágicos em cena. Pior: seria grosseiro a forma como ele espinafra os críticos na tela ao incluir um resenhista de cinema arrogante na trama.

Mas "A dama na água" vai muito além da vaidade da intelectualidade americana e brasileira. Fiel à discussão recorrente sobre a falência do altruísmo e da incapacidade do herói para lidar com seu destino, Shyamalan faz do longa um conto de fadas delicado, angustiante e lírico. Mas não tira dele o espaço para o assombro. Há pelo menos duas seqüências de arrepiar a espinha, em que criaturas lupinas garante o aumento de adrenalina da platéia. Giamatti uma vez mais prova o grande ator que é. Jeffrey Wright idem. O que mais interessa, contudo, é a habilidade do cineasta para diluir o que seria a "moral da história" ao longo da narrativa, fazendo do filme um argumento na tese de que a vida real, ao contrário da ficção, não comporta arquétipos absolutos.

Um dos melhores trabalhos do diretor de "O sexto setido", "Dama na água" é, ao lado de "Superman, o retorno" e "A lula e a baleia", o melhor filme de 2006.

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Uma estrela? Pablo' date=' corra, corra, eles estão vindo atrás de você !!! smiley36.gif

 

[/quote']

Acho que o pessoal pode ir se acostumando pois, sem dúvida, essa será a opinião da maioria..você vai ver o pessoal quebrando as salas de cinema depois da exibição do filme e alguns gatos pingados masturbadores mentais (como eu, por exemplo) extasiados e reflexivos, tentando digerir o que acabaram de ver. smiley2.gif

 

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Mal estreeou e já as respostas no tópico já começam a aparecer smiley36.gif:

 

Fundo do Poço - murilo - 31/8/2006 - Respostas:0

Criticas do Editor - Ana Lira Santos Andrade Lobo - 31/8/2006 - Respostas:0

Criticas do Editor - Bruno Ondei - 31/8/2006 - Respostas:0

Homem-Melancia...OSCAR VEM AÍ!! - Wellington Pinheiro Lacorte Filho - 31/8/2006 - Respostas:0

Crítica a Shyamalan, ou auto-crítica, Pablo??? - Jose Roberto Costa - 31/8/2006 - Respostas:2

Oz: Homem-Melancia! - Paulo Marcelo - 31/8/2006 - Respostas:1

Queremos O Homem Melancia - Luiz Fernando Riesemberg - 31/8/2006 - Respostas:0

Se preparem!! E que venha o novo C&C. smiley32.gif

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Acho que só vou assistir o filme segunda feira, mas mesmo assim já li a analise do Pablo. Apesar de conter alguns spoilers (?), não revelou muita coisa que eu não sabia. Sobre a critica, extremamente coerente, voltou a falar sobre arrogância do Shyamalan, que havia previsto que seria um fracasso e blá, blá, blá... Não sei, o filme até pode realmente ser ruim, mas acho extremamente difícil que seja merecedor de apenas uma estrela, até pela qualidade dos trabalhos anteriores do diretor, mas vamos ver...

Mas o engraçado, é que ontem eu li uma critica do Pablo, a de Cidade dos Sonhos, do Lynch.  Nela ele acusava certos criticos de terem má vontade com algumas obras, e até citou o exemplo do próprio Cidade dos Sonhos, no qual ele havia visto em uma sessão fechada com outros críticos, e todos deram risadas do filme o desrespeitando. Quem vê o Pablito escrevendo essas coisas, jura que ele é um critico de mente aberta, que vê todo e qualquer filme sem preconceito algum... isso até lermos criticas como A Vila e Gladiador.

O interessante, é que além do Pablito ser vidente (claro, já que preveu o fracasso de "A Dama na Água" dois anos antes de ele ter sido feito), foi que em seu Blog, ele falou que foi ver o filme quando estava  estressado, segundo suas própiras palavras, "com mãos e braços doendo, olhos lacrimejando, cabeça latejando, costas doloridas, pernas que não param de balançar e etc...". É claro que existem filmes que quando assistimos nesse estado, até são capazes de nos fazerem relaxar, mas como crítico de cinema, acho que você deveria saber que nem todos são assim. Não acho certo tratar com tanta displicência um filme que você próprio sabia que teria grandes chances de não gostar, o minimo que poderia ter feito, é te-lo essistido quando estivesse em condições melhores, mesmo que atrasasse um pouco. Não sei se isso te influenciou (em mim influenciaria), mas existem vários fãs do diretor que lêem suas críiticas, então seria justo mostrar-lhes um material digno, não estou falando que deve elogiar o filme, tem que falar o que você achou mesmo, mas pelo menos mostrar um texto livre de pré-conceitos e escrito por alguém que tenha visto o filme em condições favoraveis. Se, por exemplo, eu tivesse visto Touro Indomável nas condições descritas por você, eu tenho certeza que não teria gostado nem da metade do que gosto hoje.

Tensor2006-9-1 0:6:22
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Mal estreeou e já as respostas no tópico já começam a aparecer smiley36.gif:

 

Fundo do Poço - murilo - 31/8/2006 - Respostas:0

Criticas do Editor - Ana Lira Santos Andrade Lobo - 31/8/2006 - Respostas:0

Criticas do Editor - Bruno Ondei - 31/8/2006 - Respostas:0

Homem-Melancia...OSCAR VEM AÍ!! - Wellington Pinheiro Lacorte Filho - 31/8/2006 - Respostas:0

Crítica a Shyamalan' date=' ou auto-crítica, Pablo??? - Jose Roberto Costa - 31/8/2006 - Respostas:2

Oz: Homem-Melancia! - Paulo Marcelo - 31/8/2006 - Respostas:1

Queremos O Homem Melancia - Luiz Fernando Riesemberg - 31/8/2006 - Respostas:0

Se preparem!! E que venha o novo C&C. smiley32.gif

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Até o Rei (o nosso bem entendido) deu as caras lá:

Resposta 1:
Vão se lascar! - Roberto Carlos - 1/9/2006 - [email protected]

Comentário: A Dama na Água é um filme simplório e ruim.. E pablo está realmente certo em botar pra lascar nessa bosta.. Agora A Vila.. é um filme simplório mas ele se adapta ao que está mostrando na tela.. mas A dama na Água não há desculpa. Tudo é imbecil e Simplório.. E pra M. Night fazer com que um personagem seja grandioso é só botar uma tragédia.. Sério.. esse filme é uma merda.. E quem diz que esse filme é bom.. é um burro. Ou cego.

smiley36.gif

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o moleque tinha MEDO dos mortos... ele sempre soube que via os mortos' date=' que aquilo que via era gente morta. não tem nada a ver esse lance de "aceitação". [/quote']

Ok. Pra você o menino, simplesmente, tinha medo de mortos e depois passou a não ter mais. É isso? Eu não vejo assim.

Na minha visão, ele sabia que via mortos, mas não aceitava o fato. Veja a diferença do menino no começo do filme e depois no final. Não é só o medo que ele perde.

No fim, ele passou a não ter mais medo dos mortos, porque simplesmente viu que aquele "dom" poderia ajudar as pessoas. Ele passou a aceitar a condição dele sem problemas. Ele poderia até continuar tendo medo dos mortos, mas já sabia lidar com aquela situação.

Jailcante2006-9-1 9:59:49
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o moleque tinha MEDO dos mortos... ele sempre soube que via os mortos' date=' que aquilo que via era gente morta. não tem nada a ver esse lance de "aceitação". [/quote']

Ok. Pra você o menino, simplesmente, tinha medo de mortos e depois passou a não ter mais. É isso? Eu não vejo assim.

Na minha visão, ele sabia que via mortos, mas não aceitava o fato. Veja a diferença do menino no começo do filme e depois no final. Não é só o medo que ele perde.

visão nao tem nada a ver com isso. o filme deixa bem claro que ele tinha medo dos mortos por isso nao se comunicava com eles. a convivência com o médico fez com que ele perdesse esse medo e soubesse lidar com esse dom dele. não sei onde tem esse lance de "aceitação". e veja que ele aceita tão bem esse dom, que ele se comunica com a avó dele, tendo mudado o pingente dela de lugar diveersas vezes deixando a mãe brava.

acho que voce precisa rever o filme.

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o moleque tinha MEDO dos mortos... ele sempre soube que via os mortos' date=' que aquilo que via era gente morta. não tem nada a ver esse lance de "aceitação". [/quote']

Ok. Pra você o menino, simplesmente, tinha medo de mortos e depois passou a não ter mais. É isso? Eu não vejo assim.

Na minha visão, ele sabia que via mortos, mas não aceitava o fato. Veja a diferença do menino no começo do filme e depois no final. Não é só o medo que ele perde.

visão nao tem nada a ver com isso. o filme deixa bem claro que ele tinha medo dos mortos por isso nao se comunicava com eles. a convivência com o médico fez com que ele perdesse esse medo e soubesse lidar com esse dom dele. não sei onde tem esse lance de "aceitação". e veja que ele aceita tão bem esse dom, que ele se comunica com a avó dele, tendo mudado o pingente dela de lugar diveersas vezes deixando a mãe brava.

acho que voce precisa rever o filme.

Ok. Você realmente acha que ele aceitava muito bem o dom dele...

Eu não acho. O garoto se diminuir perante o mundo, já mostra a não-aceitação dele. Se aceitasse tudo numa boa, ele não precisaria nem de psicólogo, já que não teria problemas por causa do dom que tinha.

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