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A Dama na Água


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Será que no próximo filme do M. Night o Pablo inova ao dar zero?

Tomara que seja 5 estrelas.... daí forma um ciclosmiley4.gif

 

Será ao contrário do que ele fez com A SOGRA....chegará em uma estrela irá dar um volta da cotação e marcar 5 estrelas!smiley36.gif

 

Não entendeu? Veka aki:

 

 http://www.cinemaemcena.com.br/crit_editor_filme.asp?c od=2432

 

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Eu adorei o filme, continuo achando q M. Night Shyamalan é o novo Hitchcock e fico imaginando como são (ou seriam) os filhos do Pablo...talvez um bando de moleques chatos q não têm noção de bom, mau, certo, errado...não devem ter infância, alguma lição moral pra aprender, fazer o q?

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Mais um comentário oportuno no fórum de rodapé da crítica do Pablo:

Comentário original:
O Sentido da Arte - João Inácio
- 1/9/2006 -
[email protected]

Comentário: Pablo' date=' Não sei se você se lembra de mim. Nos conhecemos pessoalmente no ano passado, quando esteve em SP para lançar seu livro. Sou crítico da Folha de S. Paulo, lembra-se? Devo dizer, antes de qualquer coisa, que graças aos seus textos e ao Cinema em Cena eu resolvi me tornar crítico de cinema, profissão que exerço hoje e adoro. Se um dia eu escrever um livro, como fez, você estará na dedicatória impressa, pode ter certeza. Pela primeira vez na vida eu fiquei triste ao ler um texto seu. Ao falar de "A Dama na Água" você ignora uma das maiores máximas da arte: quem produz significado é o expectador. É ao redor disso que gira a maior parte das críticas feitas aos críticos. Ao tentar interpretar a arte e escrever sobre sua interpretação, se anula o efeito que a arte exerce no indivíduo para fazer com o que o efeito seja massificadamente o mesmo. Ao comparar os expectadores que se sentiram eventualmente tocados com a obra com pessoas "que encontram significado até mesmo na borra do café" você indiretamente ofende e até mesmo envergonha quem gostou do filme. Muito se fala do papel da crítica (ontem mesmo participei de um debate com o Amir Labaki e o Jean Michel Frodon, atual editor da Cahiers du Cinemá, sobre isso), e tenho certeza de que concorda comigo que, acima de qualquer coisa, o papel da crítica não é dizer para o público consumidor "filme bom" "filme ruim" e muito menos criar um eventual embarasso naqueles que tenham gostado dque qualquer obra. Ao escrever sobre "A Dama na Água" você parece tentar impedir seus leitores de gostarem do filme. Devo dizer, com pesar, que nunca te vi tão distante de Pauline Kael (sua referência maior, segundo você mesmo), que apesar de "ardilosa e mordaz" - como a define Daniel Piza - não falaria mal de um filme desta forma, desconsiderando o individualismo e a subjetividade na interpretação da arte. abraços Ps. Adoraria assistir ao "Homem Melancia".... já vi que estão fazendo campanha por este filme! hahaha

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Puxa, meu primeiro post no Cineclube em Cena foi exatamenet sobre isso, sobre o descabimento de uma crítica de cinema afirmar se o filme é bom ou ruim. Mas se o comentário do Pablo Villaça foi muito além disso, é de se lamentar mesmo.

Muito pertinente a reprodução do comentário (e que redação gostosa de se ler, hein?) aqui, Dook.

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Puxa' date=' meu primeiro post no Cineclube em Cena foi exatamenet sobre isso, sobre o descabimento de uma crítica de cinema afirmar se o filme é bom ou ruim. Mas se o comentário do Pablo Villaça foi muito além disso, é de se lamentar mesmo.[/quote']

Pior que foi além, caro Alexei... muito além...

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Este é mais longo, mas bem mais quente:

Comentário original:
Tiro no Pé... - Carlos Eduardo Canhameiro
- 1/9/2006 -
[email protected]

Comentário: A crítica do Pablo sobre A Dama da Água revela, talvez, o pior papel q uma crítica possa exercer e chafurda nas próprias regras. No princípio, um presságio q se comprova. Há dois anos Pablo previa que a grande promessa (termo típico de críticos, e terão mais q comprovam q críticos são, em diversas vezes um apanhado de clichês) Shyamalan estava a cair em qualidade (imposta pelo modo de aferir qualidade do crítico!) e que com A Dama, chegava ao fundo do poço. Coisa de crítico, se orgulhar das premonições. E melhor, definir: o q é grande promessa e o q é o fundo do poço. Para no mesmo parágrafo criticar aqueles que “cismam” em batizá-lo como o novo Hitchcock... Faça o que falo... Em seguida, o desfiar de adjetivos: “desastre total”, “roteiro pedestre”, “versão empobrecida”, “encheção de lingüiça”, “falha miseravelmente”, inúmeras variações de fracasso(!), “desonestidade artística” e mais uns tantos a chegar na “falta de humildade”. E aqui fica claro que a tendência da crítica é uma exposição exacerbada do seu ponto de vista e foda-se o mínimo da dialética. Entretanto isso é comum, e sabemos, fácil de ser rebatido. Sempre com “mas é o meu ponto de vista mesmo”. Logo, a mesma lógica não pode ser aplicada aos artistas, apenas aos críticos. Vamos por partes, ainda: Para que serve a crítica? é a crise da crítica contemporânea. Já sabemos da lógica mercadológica (adorei a aliteração) da ditadura das estrelinhas. O próprio Pablo já se defendeu em artigo neste site sobre o porquê da avaliação estrelar. Q questão não é o fast-food da estrela, e sim, q a tendência da estrelinha tem influenciado a escrita. Então, ver a estrelinhas ou ler um texto de duas laudas, dá na mesma. Não há nada nas palavras da crítica q acrescentem mais do que ver Uma Estrelinha no rodapé. Na verdade, a crítica deixa a dever a estrelinha. Mas, voltemos à crítica em questão. Como pode um crítico julgar (e esse verbo na mão de crítico é uma ofensa à própria profissão) de maneira tão categórica e unilateral que um Artista está a ser desonesto com sua arte? Q poderes de Galvão Bueno foi dado a esse crítico de ler a mente do diretor e dizer que falta a este, humildade. O quanto sabe o Pablo da vida de Shyamalan para julgá-lo arrogante, desonesto ou qualquer outro adjetivo dessa natureza. Repete um reacionarismo pernicioso e jogo a crítica no pior papel que ela pode exercer: o de revista de fofoca. Oras, não seria nada ruim uma leitura sobre a Crítica Genética (procure a autora Cecília A. Salles). Enfim, escrevo porque além das questões acima abordadas, o q mais me incomoda numa crítica é a onisciência do crítico, q se cerca de todos os lados para dar razão a sua crítica. Diz Pablo na crítica q o diretor obriga o “brilhante” ator Paul Giamatti a errar em sua atuação (interpreto assim, qdo diz da gagueira artificial). Pergunto: como sabe ele da obrigação do diretor sobre o ator? Qtas vezes não é um ator quem sugere um detalhe para sua personagem? E qtas vezes um diretor não é condescendente com o ator por julgar q aquilo inspira o trabalho do mesmo? Qtos meandros existem na construção de uma obra artística? Um filme, uma atuação, não é algo que possa se encaixar num compêndio técnico e limitante. Grandes atores erram e qq artista erra pq seu trabalho não tem compromisso com o “certo e errado” dos críticos, tem compromisso com seus anseios pessoais e sua subjetividade. Artistas erram e podem e devem errar. A cultura do acerto e da evolução ao ápice pertence ao mundo capitalista. Faz bem para um engravatado de Wall Street, e não para um artista. Um pouco de telhado de vidro não faz mal a ninguém. Lembro-me do Walter Kerr, crítico teatral norte-americano dos anos 50, q destruiu Esperando Godot de Beckett qdo do lançamento nos Estados Unidos. Ele errou (e feio!). Não acredito em complacência, acredito q não seja papel da crítica esse tipo de julgamento... Seguindo na onisciência. Se o diretor usa um recurso narrativo que o crítico não entende, o diretor fracassa. Se o diretor diz q é uma história para crianças, é porque está antecipando as críticas, (e o sofisma impetrado por Pablo é pueril: Monstros, Nemo e Expresso Polar são animações, o que coloca o público de cara no mundo da fantasia – alhos e bugalhos no mesmo balaio de gato não dá!). Se coloca a figura de um crítico é para me defender das críticas porque critica os críticos... Ah, deus do céu... Tenha o mínimo de paciência. Essa leitura rasa da mente de um artista é difícil de engolir. Depois, uma crítica àqueles que gostarem do filme. Logo, a suposta falta de humildade do diretor parece ter contagiado o crítico. E vamos ao desfile de preconceitos e sofismas. Qual o problema em quem lê borra de café? Qual o problema em gostar do filme? O q quer um crítico: uma religião, seguidores fieis e cegos q acatem sua crítica e a tomem por verdade incondicional? Não posso deduzir outra coisa de uma frase como: “Por outro lado, como há aqueles que encontram significado até mesmo na borra de café que permanece no fundo da xícara, não há como evitar que uma fraude como A Dama na Água ganhe novas interpretações.” Então, meu caro crítico, quem encontrar leituras diferentes desta q vc faz em sua crítica é uma fraude? E sabemos q outros críticos viram o filme com outros olhos, então, eles são uma fraude? Cadê a ética q vc tanto proclama e cobra de seus pares? Façam o q falo... Por fim, quem sabe quando vc se tornar um artista, e tiver meios de produção em suas mãos, vc não crie o seu Homem-Melancia. E compreenda que qdo alguém diz “história para crianças” não quer dizer “filme para crianças”. Compreenda q o desejo de criar de um artista passa por razões outras do q se proteger dos adultos cínicos. Q uma mente q se sabota e se tolhe não pode ser a de um artista. "A arte é o mais intenso tipo de individualismo que o mundo já conheceu." Oscar Wilde. Tenho outras ressalvas ainda sobre a crítica, mas já escrevi o suficiente. Deixo por fim, algumas palavras de um bom filósofo, Vilém Flusser, que estão em seu livro: Fenomenologia do Brasileiro. Diz ele sobre a crítica e o crítico. “A falta de tradição vivida e a incompetência dela decorrente são muitas vezes compensada por inteligência brilhante e fantasia fecunda, e assim resultam em obras que não raras vezes revelam originalidade. Uma crítica merecedora do nome poderia apontar nessas obras esforços disciplinados e inspirados que em contexto histórico seriam bem-sucedidos, mas aqui murcham por falta de raiz e por falta de eco. Mas a falta de tal crítica parece condenar essa cultura toda a permanecer, pelo menos para o futuro previsível, no limbo. Porque o crítico que vegeta em tal cultura tem apenas duas atitudes: ou a atitude de profunda reverência, para mostrar quão bela é esta cultura e sua própria cultura, ou a atitude de violento insulto, para mostrar que ele é um dos poucos que não permite ser enganado por tal cultura. Se de vez em quando ocorrer uma crítica honesta e interessada no assunto, mas não na pessoa do criticado, este e sua panela reagem como se se tratasse de ofensa pessoal ou ofensa à ideologia que a panelinha professa.” "Tudo importa na arte, excepto o assunto." – O.W. Há braços

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Acho que só vou assistir o filme segunda feira' date=' mas mesmo assim já li a analise do Pablo. Apesar de conter alguns spoilers (?), não revelou muita coisa que eu não sabia. Sobre a critica, extremamente coerente, voltou a falar sobre arrogância do Shyamalan, que havia previsto que seria um fracasso e blá, blá, blá... Não sei, o filme até pode realmente ser ruim, mas acho extremamente difícil que seja merecedor de apenas uma estrela, até pela qualidade dos trabalhos anteriores do diretor, mas vamos ver...

Mas o engraçado, é que ontem eu li uma critica do Pablo, a de Cidade dos Sonhos, do Lynch.  Nela ele acusava certos criticos de terem má vontade com algumas obras, e até citou o exemplo do próprio Cidade dos Sonhos, no qual ele havia visto em uma sessão fechada com outros críticos, e todos deram risadas do filme o desrespeitando. Quem vê o Pablito escrevendo essas coisas, jura que ele é um critico de mente aberta, que vê todo e qualquer filme sem preconceito algum... isso até lermos criticas como A Vila e Gladiador.

O interessante, é que além do Pablito ser vidente (claro, já que preveu o fracasso de "A Dama na Água" dois anos antes de ele ter sido feito), foi que em seu Blog, ele falou que foi ver o filme quando estava  estressado, segundo suas própiras palavras, "com mãos e braços doendo, olhos lacrimejando, cabeça latejando, costas doloridas, pernas que não param de balançar e etc...". É claro que existem filmes que quando assistimos nesse estado, até são capazes de nos fazerem relaxar, mas como crítico de cinema, acho que você deveria saber que nem todos são assim. Não acho certo tratar com tanta displicência um filme que você próprio sabia que teria grandes chances de não gostar, o minimo que poderia ter feito, é te-lo essistido quando estivesse em condições melhores, mesmo que atrasasse um pouco. Não sei se isso te influenciou (em mim influenciaria), mas existem vários fãs do diretor que lêem suas críiticas, então seria justo mostrar-lhes um material digno, não estou falando que deve elogiar o filme, tem que falar o que você achou mesmo, mas pelo menos mostrar um texto livre de pré-conceitos e escrito por alguém que tenha visto o filme em condições favoraveis. Se, por exemplo, eu tivesse visto Touro Indomável nas condições descritas por você, eu tenho certeza que não teria gostado nem da metade do que gosto hoje.

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concordo... e na crítica inteira o pablo deixa transparecer que assistiu o filme com uma tremenda má-vontade; como se estivesse assistindo para concretizar a própria profecia. quando ele fala da incribilidade da história (das criaturas nela presentes), parece que ele esqueceu a svd estante. e o que ele critica da história e que está coerente, não condiz com a quantidade de adjetivos negativos que ele atribue. a crítica de a vila pelo menos era coerente com o que ela mesma propunha. pode ser muito indiscreto, mas parece que o pablo só foi ver este filme para poder concretizar a profecia de dois anos atrás.

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Sei lá... achei que essa crítica ficou com um belo toque de "birra" do Pablo. No momento em que ele fala sobre o "estereótipo" do crítico do filme (dizendo que ele é uma armadilha), deu a noção de que ele deu uma nota tão baixa ao filme apenas para mostrar que "não tem medo da armadilha". Enfim, a pré-disposição ao se assistir um filme pode trazer efeitos lamentáveis. Essa pode não ser uma obra-prima de Shyamalan, mas esté MUITO longe de ser um filme medíocre...

 

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Pois ao contrário do que dizem, eu QUERIA gostar do filme, pois li o livro que Shyamalan co-escreveu sobre sua "luta" para realizá-lo e, embora seu egocentrismo seja evidente ao longo de todo o texto, confesso que admirei sua vontade de manter sua visão intacta.

Infelizmente, Nina Jacobson tinha toda a razão: o roteiro era irrecuperável, uma porcaria.

Dizer que dei uma estrela pro filme por "birra" é algo tão infantil que não vou nem comentar. O curioso é que escrevi quase duas mil palavras de argumentos contra o filme e vocês se limitam apenas a tentar me desqualificar. Tsc, tsc, tsc.

Na minha opinião, o filme é uma porcaria. Se alguém gostou, ótimo. Mas tenho os argumentos para justificar a opinião e acho uma pena que se limitem a "contra-argumentar" com termos como "birra", "má vontade", etc.

(E, Dook, voce viu o filme, não sabia o que dizer e ficou claro que preferiu esperar para ver a reação da maioria antes de se manifestar. Feio, feio.)

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Por motivos de força maior não consegui assistir o filme hoje, mas ...

Pablo, ao comentar na sua crítica que existem pessoas que encontram interpretações até mesmo numa borra de café vc não está desqualificando quem supostamente irá tirar algum proveito do filme colocando-se como o único entendedor do que realmente o filme quer provar, que na sua opinião, é nada ?

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  • Administrators

Não. Estou dizendo apenas que Shyamalan joga para a torcida. Ele sabe que há pessoas mais do que dispostas a encontrar subtextos em seus filmes e joga alguns elementos mais do que óbvios (referencias ao Iraque, por exemplo) esperando que, com isso, as pessoas façam o trabalho para ele e leiam o que nao está lá.

Em geral, as metáforas dele são óbvias, claras, batidas, clichês. Ler profundidade de significados num filme de Shyamalan é dar mais crédito do que ele merece. Ele é um excelente diretor (menos neste filme), mas não é um comentarista social como Oliver Stone e muito menos um conhecedor da condiçào humana como Bergman, Ozon e outros.

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Não. Estou dizendo apenas que Shyamalan joga para a torcida. Ele sabe que há pessoas mais do que dispostas a encontrar subtextos em seus filmes e joga alguns elementos mais do que óbvios (referencias ao Iraque' date=' por exemplo) esperando que, com isso, as pessoas façam o trabalho para ele e leiam o que nao está lá.

Em geral, as metáforas dele são óbvias, claras, batidas, clichês. Ler profundidade de significados num filme de Shyamalan é dar mais crédito do que ele merece. Ele é um excelente diretor (menos neste filme), mas não é um comentarista social como Oliver Stone e muito menos um conhecedor da condiçào humana como Bergman, Ozon e outros.

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O que impede que se diga o mesmo de Kubrick, pois pra mim ele é assim como o Shyamalan é pra vc, ou seja, "joga pra torcida" ( e não estou me referindo a questão da subjetividade, o poder de eu achar ou não o que bem entender )  ? E se pararmos pra pensar, será que gostamos de filmes "mastigados" e que nos satisfaçam prontamente ou nos permita refletir, repensar ou até mesmo rever conceitos ?

E pra mim soa contraditório afirmar que o diretor "joga para o público" e ainda assim se utiliza de metáforas óbvias ... se são óbvias, são claras ... se são claras ... logo são facilmente perceptíveis, logo descaracteriza essa condição ... extremamente pessoal, diga-se de passagem ...

Thiago Lucio2006-9-3 11:12:12
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Não. Estou dizendo apenas que Shyamalan joga para a torcida. Ele sabe que há pessoas mais do que dispostas a encontrar subtextos em seus filmes e joga alguns elementos mais do que óbvios (referencias ao Iraque' date=' por exemplo) esperando que, com isso, as pessoas façam o trabalho para ele e leiam o que nao está lá.

Em geral, as metáforas dele são óbvias, claras, batidas, clichês. Ler profundidade de significados num filme de Shyamalan é dar mais crédito do que ele merece. Ele é um excelente diretor (menos neste filme), mas não é um comentarista social como Oliver Stone e muito menos um conhecedor da condiçào humana como Bergman, Ozon e outros.

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Será que realmente não está lá? Acho que cabe a cada um decidir.

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Como as discussões estão bacanas, e a relação “Pablo-Shyamalan” foi um dos focos do Fórum há dois anos, resolvi ler a crítica do Pablo, para poder comentar, apontar discordâncias, etc.

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Ao escrever sobre A Vila' date=' há dois anos, comentei que o cineasta M. Night Shyamalan vinha caindo em meu conceito a cada novo filme. Pois a jornada está completa: depois de surgir como uma grande promessa em 1999, com O Sexto Sentido (antes disso, ele havia realizado Praying with Anger, que não vi, e o bom Olhos Abertos), Shyamalan levou apenas sete anos e quatro filmes para chegar ao fundo do poço, que atinge com este seu novo A Dama na Água. Se seus roteiros já vinham deixando a desejar desde Sinais, ao menos seu talento como diretor trazia algum elemento interessante às produções que comandava - algo que apontei ao escrever sobre A Vila. Desta vez, porém, nada resgata seu projeto do desastre total: além de um roteiro pedestre (para dizer o mínimo), o filme conta com uma direção corriqueira que não faz jus àquele que alguns cismaram de batizar como “o novo Hitchcock”. [/quote']

 

Discordo que tenha chegado ao fundo do poço, embora considere este seu “filme menor”, da fase grande (o que exclui “Olhos Abertos”). Tampouco acho que venha deixando a desejar nos roteiros – sou um dos que acha maravilhoso o roteiro de “A Vila”.

 

Continuo vendo semelhanças com Hitchcock em Shyamalan, no tipo de suspense, ritmos, etc. E como o usuário João Inácio apontou no Fórum lá do site:

 

não pude deixar de notar uma contradição. Em sua crítica de Corpo Fechado você escreve: "Aliás' date=' não posso deixar de me lembrar de um outro diretor que se tornou notório pela utilização `ativa` dos movimentos de câmera em seus filmes: Alfred Hitchcock. E acreditem-me: a comparação não é nada infundada." Me parece estranho, então, te ver dizer "o filme conta com uma direção corriqueira que não faz jus àquele que alguns cismaram de batizar como `o novo Hitchcock`".[/quote']

            

Elaborado a partir de uma história de ninar que Shyamalan criou para as filhas, o roteiro de A Dama na Água tenta conceber um universo mitológico que, em vez de apresentar-se fascinante e inventivo, soa mais como uma versão empobrecida de mundos fictícios infinitamente mais criativos e abrangentes. Quando a trama tem início, somos apresentados ao introspectivo Cleveland Heep (Giamatti), zelador de um condomínio que, certa noite, descobre uma jovem nadando na piscina do edifício. Pálida e misteriosa, ela revela ser uma narf, criatura das águas que veio ao “mundo dos Homens” para inspirar um indivíduo em particular – alguém que escreverá uma obra que influenciará o destino de todos. Ela também explica que está sendo perseguida por um scrunt, uma espécie de “lobo-grama” (na falta de termo melhor) que quer matá-la apesar das regras existentes contra este tipo de crime – regras impostas pelos Tartutics, espécie de “macacos-árvore” (na falta de um termo melhor). Assim, ela recorre ao auxílio de Cleveland para conseguir encontrar o humano que deve inspirar e também para permanecer em segurança até o momento em que será levada por uma Grande Eatlon, espécie de águia gigante (na falta de... hum... não, na realidade isto descreve exatamente o que é a tal Grande Eatlon).

 

Acho fascinante e inventivo o universo criado para o filme.

            

Embora ver atores talentosos como Paul Giamatti e Jeffrey Wright dizendo coisas como “narf”, “tartutic” e “kii” não deixe de ter sua graça ocasional, o fato é que o roteiro de A Dama na Água parece ser exatamente aquilo que é: uma história inventada na base do improviso para levar crianças ao sono, não apresentando qualquer estrutura ou significado mais profundo (mais sobre isto daqui a pouco). Aliás, isto me fez lembrar justamente de O Sexto Sentido, quando o personagem de Bruce Willis tenta contar uma história para o garotinho vivido por Haley Joel Osment e este reclama da “falta de reviravoltas”, de acontecimentos interessantes, ao longo da narrativa – e, <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em A Dama na Água, Shyamalan parece introduzir uma nova informação a cada dez minutos, como se tentasse justamente evitar que percebêssemos o fato de que nada faz muito sentido ou é particularmente interessante. Basta dizer que sempre que a história empaca, o protagonista recorre a uma velha chinesa que mora no prédio para que esta conte mais um pedaço da fábula que parece refletir os acontecimentos que ele está vivenciando – e por que ele não pede que ela termine a maldita história de uma vez, para que ele possua todos os dados relevantes e possa agir de acordo, é algo que não sei responder. (Aliás, sei: se fizesse isso, o filme chegaria ao fim.) Assim, quando o cineasta julga já ser o momento de assustar o público mais uma vez, atira uma cena ao acaso na qual Cleveland tenta confrontar o scrunt enquanto, através de rádio-comunicador(!), a narf lhe informa que ele pode enxergar os olhos da criatura através do reflexo em um espelho. Faz sentido? Não importa; o que Shyamalan persegue é o suspense que isto poderia provocar.

 

O fato da história ser contada aos poucos entra no enorme contexto de “bedstory” que o filme investe, e pesado. Pelo menos pra mim, essa coisa de parcelar a fábula vem do hábito culturalmente divulgado, e também lógico, dos pais contarem aos poucos as histórias de ninar para as crianças, que no dia seguinte imploram para que “termine de contar a história”. Quanto ao suspense, resta dizer que discordo, já que julgo ótimo, como sempre no caso do diretor.

            

Repleto de cenas sem propósito e trazendo um número excessivo de personagens, o roteiro se esforça ao máximo para estender sua narrativa, mesmo que a trama frágil obviamente não o permita. Desta maneira, temos longas cenas nas quais acompanhamos Cleveland fazendo perguntas através do telefone para uma garota que, em seguida, as repete para a mãe em chinês, ouvindo as respostas e voltando a traduzi-las para o zelador – e a mesma lógica da “encheção de lingüiça” se aplica à seqüência que traz o protagonista sondando vários inquilinos sobre as atividades literárias de cada um. Para piorar, A Dama na Água é recheado de diálogos expositivos, dependendo das conversas entre os personagens para revelar desajeitadamente detalhes sobre, por exemplo, o passado de Cleveland. Como se não bastasse, há um momento em que uma informação é repetida, em off, apenas alguns segundos depois de ter sido fornecida ao protagonista, como se o espectador fosse incapaz de perceber, sozinho, o que ele está procurando no “fundo” da piscina.

 

As chinesas: já comentado acima, mais o fato de que essa história ter de passar por duas pessoas e duas línguas para chegar a Heep age, para mim, como ilustração do que é “contar histórias”, outro enorme foco do filme (nome da narf, o livro, a fábula, o filme em si); histórias que passam de geração para geração, de línguas para línguas, de culturas (outro foco) para culturas.

 

As perguntas: objetivo é encontrar o escritor. Como é feito é um processo narrativo, que apresenta (ou dá continuidade a isso) personagens em sua assumida simplicidade enquanto “bedstory”, algo que chega a virar brincadeira nas falas do crítico.

 

A abordagem direta deve-se ao que “A Dama na Água” em nenhum momento esconde ser: “bedstory”. Não vejo como desculpa, not at all.

            

Obrigando o normalmente brilhante Paul Giamatti a exibir uma das gagueiras mais artificiais do Cinema, M. Night Shyamalan não parece saber sequer como desenvolver seus personagens, utilizando uma tragédia genérica para justificar as ações de Cleveland – e chega a ser espantoso que o cineasta, descendente de indianos, inclua estereótipos absurdamente ofensivos de asiáticos e latinos em seu filme. Porém, talvez sua maior falha como “contador de histórias” resida em sua incapacidade de levar o público a aceitar os absurdos de seu universo: enquanto todos os adultos presentes em A Dama na Água parecem aceitar com inacreditável facilidade tudo o que Cleveland revela, o espectador se sente deixado de fora, já que, aqui, a suspensão da descrença falha miseravelmente. Além disso, o roteiro erra ao incluir uma introdução que, através de animação, explica praticamente tudo o que veremos a seguir, eliminando qualquer elemento-surpresa que o filme pudesse explorar.

 

Gostei da gagueira, que ainda permite entender um pouco mais a narf (já que a gagueira é interrompida quando ela está próxima). E aproveito para citar o Guga, ex-usuário: “E meu irmão era gago quando moleque, e a gagueira do Giamatti me lembrou muito a dele.”

 

Você contaria uma tragédia toda elaborada para seus filhos quando fosse contar histórias de ninar para eles? A meu ver, trata-se primeiramente de um filme simples.

 

Estereótipos: me falaram que alguém lembrou de estereótipos em “Crash” nessa discussão. Acho que esse comentário deve estar lá no começo do tópico. Eu encarei mais como personagens simplificados, como provavelmente seriam numa história de ninar comum.

 

Há uma explicação muito clara para a “aceitação inacreditável”: se as pessoas mudam quando são apresentadas a narf e próximas a ela, podendo, inclusive, mudar o comportamento (gagueira, sensação de fascínio), o “acreditar” é o de menos.

 

E eu não sabia que “suspensão (voluntária) da descrença” era capaz de falhar. Se é “voluntária”, então, hmm, é só querer.

 

Mas... pelo que percebi, “A Dama na Água”, ao contrário dos 4 filmes anteriores, não quer trabalhar com elementos-surpresa (com exceção dos papéis dos personagens secundários, o que independe da introdução). A introdução, aliás, é perfeita para, repito, o jeito “bedstory” de ser do filme.

            

Mas a grande decepção deste projeto encontra-se mesmo na fraca direção de Shyamalan – algo inédito em sua carreira. Empregando uma lógica visual pouco inspirada, o cineasta abusa de ângulos baixos, do contra-foco e de composições que buscam trazer os atores sempre para o centro do quadro e olhando diretamente para a câmera – e mesmo aqueles enquadramentos que poderiam ter melhores resultados (como o que traz uma atriz ajoelhada em frente ao box do banheiro, conversando com alguém que se encontra oculto por uma parede) acabam fracassando em função da solenidade excessiva com que são tratados pelo diretor, como se este parecesse encantado com o resultado de sua composição. E por que, afinal de contas, Shyamalan parece tão empenhado em ocultar o rosto da atriz Cindy Cheung em diversos momentos (como sua primeira aparição em cena), como se ocultasse algo? É realmente uma pena constatar que nem mesmo o genial diretor de fotografia Christopher Doyle consegue tornar A Dama na Água mais interessante do ponto de vista estético (e é curioso perceber que, em contrapartida, a arte criada para o cartaz da produção é espetacular).

 

Adorei a direção, embora considere a menos inspirada, mas ainda capaz de enfeitiçar em quadros, movimentos, focos, montagem, som etc.

 

A crítica ao enquadramento do box do banheiro, isso sim me parece ser “encheção de lingüiça”, um “procurar um motivo a mais para negativizar, mesmo que ninguém entenda exatamente”, assim como o apagar de luzes em “Kill Bill Vol. 1”, feito “apenas” para criar uma linda cena sob efeito de contra-luz. O enquadramento referido é belo, é inspirado, flui deliciosamente, e isso só pode ser positivo no meu julgamento.

 

Sobre inicialmente ocultar o rosto de Cheung, também fiquei no ar nessa aí.

 

Gostei muito da fotografia, um geral de “à meia-luz”, perfeito para o filme, que para mim é lindo.

            

E chegamos, finalmente, à desonestidade artística de M. Night Shyamalan, que procura empregar dois subterfúgios pobres para se “proteger” daqueles que inevitavelmente condenariam o fracasso deste seu novo esforço. Em primeiro lugar, ao cercar seu filme com a justificativa de que se trata de uma “história para crianças”, o cineasta tenta antecipar as críticas à falta de lógica do roteiro através da argumentação de que aqueles que não o apreciaram se tornaram incapazes de enxergar o mundo com um olhar mais ingênuo, puro – e um personagem chega mesmo a comentar que gostaria de “ser criança novamente” e de “conseguir acreditar”. Seguindo esta lógica incerta, filmes como O Expresso Polar, Monstros S.A. e Procurando Nemo deveriam ter sido destroçados por todos os adultos “cínicos” do mundo (além disso, sejamos sinceros: A Dama na Água está longe de ser um “filme para crianças”).

 

“Se proteger”? Talvez você tenha razão, mas talvez seja só paranóia. Não creio, de maneira alguma, que se tratar de uma “bedstory” seja para “proteção antecipada”, e sim o que justamente ele tenta fazer, e o que o filme não esconde ser em cada fotograma.

 

E também sejamos sinceros: “Alice no País das Maravilhas” está longe de ser “para crianças”; até “Os Três Porquinhos” está meio distante.

            

 

Finalmente, Shyamalan inclui, na história, a figura de um crítico de Cinema que, vivido pelo ótimo Bob Balaban, encarna todos os defeitos normalmente atribuídos ao estereótipo dos profissionais da área: é arrogante, cínico e desagradável. Assim, o diretor parece preparar uma armadilha fatal: se ataco A Dama na Água, é porque fiquei ofendido com a forma com que minha profissão foi retratada. Pois longe disso: a melhor cena do filme, aliás, é justamente aquela protagonizada por Balaban em um corredor escuro. Porém, se Shyamalan queria manifestar seu desprezo pelos críticos (ou pela “destruição” da Arte através da Análise), poderia tê-lo feito com mais talento e inteligência, como, por exemplo, Beto Brant fez em seu magnífico Um Crime Delicado. Além do mais, é no mínimo irônico que o cineasta acuse a Crítica de arrogância, mas escreva, para si mesmo, o papel de um artista cujo trabalho revolucionará o mundo.

 

Não estaria você tentando preparar uma armadilha fatal: se diz que a melhor cena do filme é aquela protagonizada por Balaban e seu crítico desagradável, então isso o absolve de atacar “A Dama na Água” por supostamente ter ficado ofendido com a forma com que sua profissão foi retratada.

 

Além do mais, é no mínimo irônico que você acuse o cineasta de arrogância, mas pareça questionar a capacidade interpretativa de demais espectadores que podem conseguir, e muitas vezes conseguem tirar outras leituras de obras artísticas (as de Shyamalan incluídas e evidenciadas): “Estou certo de que, assim como aconteceu com A Vila, surgirão aqueles que verão, em A Dama na Água, inúmeras metáforas sobre a “condição humana”, o espírito destrutivo do Homem e assim por diante.”“Por outro lado, como há aqueles que encontram significado até mesmo na borra de café que permanece no fundo da xícara, não há como evitar que uma fraude como A Dama na Água ganhe novas interpretações.”

 

E sei lá, teria sido John Huston um arrogante ao interpretar nada menos que Noé, deus, a serpente e o narrador em seu “The Bible”, por exemplo?

            

Estou certo de que, assim como aconteceu com A Vila, surgirão aqueles que verão, em A Dama na Água, inúmeras metáforas sobre a “condição humana”, o espírito destrutivo do Homem e assim por diante – afinal, o próprio diretor-roteirista tenta incutir um caráter mais profundo à história através de locuções constantes sobre a guerra no Iraque e, é claro, ao batizar sua heroína de História. (Percebem? A “História” só pode ser compreendida e salva por aqueles que acreditam em sua existência sem questionamentos! Incrível.) Por outro lado, como há aqueles que encontram significado até mesmo na borra de café que permanece no fundo da xícara, não há como evitar que uma fraude como A Dama na Água ganhe novas interpretações.

             

Já comentado acima. Claro, “A Dama na Água” deve ser uma fraude, e novas interpretações será apenas mergulhos em maionese de LSD, em vez de... hmmm... novas interpretações, geralmente enriquecedoras da arte.

 

Também como existem aqueles que encontram significado “até mesmo” na borra de café, há aqueles que encontram “deus” quando tudo parece ir bem na vida, não? Ou até mesmo na Bíblia...

            

Ao que parece, M. Night Shyamalan está sendo sabotado por acreditar no próprio mito, por julgar-se um artista cujo menor esforço é digno de grandes aplausos. Falta-lhe humildade para desenvolver melhor seus projetos e suas idéias – e, principalmente, para reconhecer que algumas destas não são boas o bastante. Eu também costumo contar historinhas para meu filho envolvendo “homens-melancia”, dragões e cachorros-pedra que cospem lava (eu os chamo de crancôrs!), mas daí a julgar que o que diverte uma criança de três anos de idade é interessante o bastante para ganhar uma versão para Cinema vai uma grande distância.

            

Ou, quem sabe, eu algum dia realize O Homem-Melancia?

 

Qualquer material pode render bom Cinema. Só precisa de talento. Eu ainda vejo muito em Shyamalan.

Serge Hall2006-9-3 4:48:12
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Não. Estou dizendo apenas que Shyamalan joga para a torcida. Ele sabe que há pessoas mais do que dispostas a encontrar subtextos em seus filmes e joga alguns elementos mais do que óbvios (referencias ao Iraque' date=' por exemplo) esperando que, com isso, as pessoas façam o trabalho para ele e leiam o que nao está lá.

Em geral, as metáforas dele são óbvias, claras, batidas, clichês. Ler profundidade de significados num filme de Shyamalan é dar mais crédito do que ele merece. Ele é um excelente diretor (menos neste filme), mas não é um comentarista social como Oliver Stone e muito menos um conhecedor da condiçào humana como Bergman, Ozon e outros.

[/quote']

Será que realmente não está lá? Acho que cabe a cada um decidir.

É como vc mesmo diz ... filmes são o que são + o que somos, logo levamos de um filme aquilo que dialoga conosco ... sim, sim ... é subjetivo, mas faz parte do processo ... não cabe a uma pessoa, seja ela crítico e/ou espectador, apontar o que é "verdade".

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(E' date=' Dook, voce viu o filme, não sabia o que dizer e ficou claro que preferiu esperar para ver a reação da maioria antes de se manifestar. Feio, feio.)[/quote']

Algum problema nisso? Particularmente, sou mais esperar mesmo a reação da maioria do que simplesmente me colocar num pedestal ilusório dizendo que quem achar interpretações em A Dama na Água não difere de quem divaga sobre a borra de café no fundo da xícara.

Em tempo: justamente por não saber o que dizer do filme (ainda não consegui processá-lo plenamente) é que darei uma segunda chance ao mesmo para fazer o que vc já admitiu que não faz em hipótese alguma: mudar de opinião (ou, no caso em tela, estabelecer uma concreta), algo que demonstra mais uma vez que a arrogância de alguns elementos da 'classe' a que vc pertence passa longe de ser estereótipo, como vc afirmou em sua crítica para se transformar numa triste e irônica realidade.

Quem será que está feio na história? smiley2.gif

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Não. Estou dizendo apenas que Shyamalan joga para a torcida. Ele sabe que há pessoas mais do que dispostas a encontrar subtextos em seus filmes e joga alguns elementos mais do que óbvios (referencias ao Iraque' date=' por exemplo) esperando que, com isso, as pessoas façam o trabalho para ele e leiam o que nao está lá.[/quote']

Curioso... Que espírito divino baixou em vc para afirmar que o que alguns enxergam nos filmes não está lá?

A cada nova investida sua, vc nos prova que Shyamalan tinha razão... Impressive, most impressive. 

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(E' date=' Dook, voce viu o filme, não sabia o que dizer e ficou claro que preferiu esperar para ver a reação da maioria antes de se manifestar. Feio, feio.)[/quote']

Algum problema nisso? Particularmente, sou mais esperar mesmo a reação da maioria do que simplesmente me colocar num pedestal ilusório dizendo que quem achar interpretações em A Dama na Água não difere de quem divaga sobre a borra de café no fundo da xícara.

Em tempo: justamente por não saber o que dizer do filme (ainda não consegui processá-lo plenamente) é que darei uma segunda chance ao mesmo para fazer o que vc já admitiu que não faz em hipótese alguma: mudar de opinião (ou, no caso em tela, estabelecer uma concreta), algo que demonstra mais uma vez que a arrogância de alguns elementos da 'classe' a que vc pertence passa longe de ser estereótipo, como vc afirmou em sua crítica para se transformar numa triste e irônica realidade.

Quem será que está feio na história? smiley2.gif

Isto é uma dúvida que tenho: os críticos chegam a mudar de opinião a respeito de algum filme?

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