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Forum Cinema em Cena

Vingadores


Jorge Soto
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Postado em 20 de abril de 2012 por Breno Ribeiro em Ação, Críticas, HQ's

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Há quem goste dos filmes isolados dos heróis dos Vingadores, mas há também quem os ache bastante superficiais. O fato é que exceto Homem de Ferro (preferido pela maioria) e O Incrível Hulk, nenhum dos outros longas teria sido realizado caso não houvesse um desejo da Marvel de levar para os cinemas uma trama envolvendo o grupo da S.H.I.E.L.D. E desde então o receio era comum: será que Os Vingadores seria um filme tão mediano quanto Thor e Capitão América são para boa parcela do público ou será que teria o que faltava nas produções isoladas faria todo mundo sair da sala de projeção satisfeito?

A julgar pela nota acima (que, devemos deixar claro, por pouco não chegou a 9), a segunda probabilidade se confirmou. Os Vingadores vale – mesmo – o ingresso e mostra ser um ótimo blockbuster, bem diferente do divertimento acéfalo regado por cenas de ação que só existem por existir. E é bom ressaltar que este texto não foi feito por um fã dos quadrinhos, então você pode ficar tranquilo quanto à questão da imparcialidade.

Os Vingadores
Por Breno Ribeiro

Gostaria de começar este texto deixando bem claro que não sou fã das HQs de nenhum dos heróis presentes em Os Vingadores, muito menos gosto de qualquer um dos longas individuais dos mesmos. Com exceção de Homem de Ferro e O Incrível Hulk (com Edward Norton), encaro todos os outros como um festival de bobagens. Assim sendo, Os Vingadores surge como uma agradável surpresa, ao entender a importância de cada um dos heróis individualmente e se saindo bem ao dosar a história do projeto com momentos cômicos e cenas de ação bem conduzidas.

O filme começa no momento em que o irmão de Thor chega à Terra prometendo escravizar o planeta como vingança ao irmão. A partir de então, o comandante da S.H.I.E.L.D., Nick Fury (Samuel L. Jackson), convoca os heróis para a batalha que definirá o destino do mundo. Contudo, o comandante também precisa fazer com que Viúva Negra (Scarlet Johansson), Hulk (Mark Ruffalo), Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert. Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) aprendam a trabalhar em prol do bem comum.

O roteiro do longa está longe de poder ser considerado genial, mas é suficientemente eficiente no que se propõe. Todos os personagens principais têm seu momento de importância ao longo da projeção. O grande vilão do filme, Loki, está muito mais convincente agora do que em seu filme original em seus motivos e intenções. Aliás, justamente por já conhecermos todos os personagens ali presentes de algum outro filme dessa grande franquia que se cria, a interação entre os egos e as personalidades dos mesmos é muito mais crível. A comicidade, muito bem encaixada também em algumas cenas de ação, vem principalmente – como já podia se esperar – de Tony Stark. O roteiro é muito bem inspirado principalmente na relação entre este e o Capitão América, a quem o bilionário não cansa de fazer piadas por sua idade, embora a melhor tirada surja quando o Homem de Ferro resolve “dar uma carona” para o Gavião Arqueiro até o topo de um prédio. Assim, é triste ver o roteirista (e diretor) Joss Whedon se mostrar preguiçoso ao lidar com o Hulk. Temido pelos próprios companheiros como uma possível ameaça dada sua natureza instável e bestial, a criatura parece no terceiro ato da trama se esquecer de que devia sair pela cidade matando e atingindo qualquer um, não só o exército de vilões.

Ainda assimo, Whedon faz um trabalho mais do que satisfatório como diretor. As cenas de ação são bem dirigidas e não empregam a insuportável técnica da câmera tremida para esconder falhas da coreografia de luta ou dos efeitos visuais, e ainda estabelecem planos incomuns (como o da câmera posicionada dentro de um carro quando este gira após ser atingido por uma bomba). A grande batalha final, deve-se apontar, é um show a parte. Podendo usar todos os truques e capacidades dos heróis à exaustão, Whedon é capaz, em certo momento, de criar uma sequência completa que, sem cortes aparentes, começa com o ataque da Viúva Negra a uma nave inimiga e passeia por todo o campo de batalha focando por poucos segundos em cada um dos seis heróis.

Do ponto de vista técnico, o longa é quase impecável. Concebendo um Hulk que convence na maioria das cenas em que aparece (há uma cena que, embora engraçadinha por demonstrar a rivalidade entre a besta e o único que pode lutar de igual para igual com ele, Thor, apresenta um Hulk que parece borrachudo e aquém da qualidade que o filme demonstrara até então),  os efeitos visuais ainda surgem com esquemas não computadorizados e, portanto, mais convincentes. Também eficiente é a trilha de Alan Silvestri (que também compôs para o pavoroso Capitão América), que cria um tema eficiente para o que provavelmente será uma série de tantos filmes.

Competente em dosar a aparição e importância de um número enxuto de protagonistas, Os Vingadores se sai muito bem na missão de continuar as (fracas, na maioria) histórias dos filmes individuais de seus heróis, mostrando que eles funcionam melhor juntos do que separados. Com um encerramento que flerta de certa forma com o final proposto em O Cavaleiro das Trevas (de Christopher Nolan), o longa promete em seus minutos finais outros filmes em conjunto para os super-heróis. Só resta que a bilheteria seja grande o suficiente para que isso possível (só se todos estiverem juntos novamente) – o que é bastante provável.

PS: há uma cena pós-créditos (muito bons, por sinal) que fez os fãs vibrarem.

——————————
The Avengers (EUA, 2012). Ação. Marvel Studios.
Direção: Joss Whedon
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Jeremy Renner, Mark Ruffalo, Samuel L. Jackson
Promoção

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Crítica: Os Vingadores (The Avengers/2012)

date.png Sexta-feira, Abril 20, 2012 user.png Celo Silva

 

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Apesar de hoje em dia os heróis dos quadrinhos (independente da editora) significarem praticamente sucesso certo para o mercado cinematográfico ianque, infelizmente, o mesmo não pode ser dito para o mercado de “historias em quadrinhos”. Diferente de outras épocas, em que os saudosos “gibis” eram populares e tinham um largo alcance midiático, hoje em dia, a dita 9ª arte está bem restrita a rodas particulares. Ler uma boa HQ tornou-se algo elitizado, até pelo alto preço que anda sendo aplicado. Há anos, a própria Marvel tinha ciência dessa inevitável curva descendente que o mercado de quadrinhos tinha entrado, os motivos podem ser enumerados facilmente. Então, interessada em tornar seus personagens atraentes para uma nova geração, a editora resolve apostar todas suas fichas no cinema (afinal, ainda é uma das maiores mídias catalisadoras dos olhares e cifras atuais).  Em um primeiro momento, vendeu direito de adaptação de seu material para grandes estúdios. Alguns bons filmes foram realizados, como o Homem Aranha de Sam Raimi, mas a intenção da Marvel era outra, ela almejava adaptar para a 7ª arte o universo intrínseco de suas publicações.

                                                                                                                

Desde o Homem de Ferro (2008), a Marvel, agora detentora de um estúdio próprio – subsidiado pela Disney - mostrava que sedimentar o seu universo no cinema não era apenas intenção, era um projeto visto com muita seriedade. Claro que o sucesso da primeira aventura de Tony Stark (Robert Downey Jr.) na telona foi fundamental para ditar o ritmo que as tramas teriam: cheia de aventuras, alguma dramaticidade, mas dotadas de humor e referencias ao próprio universo dos quais eram originadas. Em seqüência, tivemos O Incrível Hulk (2008), Homem de Ferro II (2010), Thor (2011) e Capitão América (2011). Filmes de personagens próprios, contando suas origens, alguns superiores, outros inferiores, mas que de uma maneira ou de outra armavam um gancho para o projeto (até agora) mais grandioso (e por que não dizer pretensioso?) da Marvel Studios: Os Vingadores. A equipe criada em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby trazia personagens diferentes dessa formação composta para a obra do diretor Joss Whedon. Os heróis escolhidos para esse filme são mais icônicos, mas o importante mesmo era saber o resultado final dessa incursão cinematográfica de um dos grupos de super heróis mais queridos dos quadrinhos.


Como toda superprodução incensada pelos fãs, Os Vingadores, mesmo antes de começar a ser filmado, já era amplamente discutido. Será que os personagens seriam bem delineados? O Homem de Ferro de Downey Jr. roubaria a cena e transformaria o filme em uma terceira parte de sua cine-serie? Seria uma aventura insossa como foram as do Quarteto Fantástico? Na verdade, as dúvidas pairavam mais do que as certezas. Quando trocaram o diretor Jon Favreau por Joss Whedon à credibilidade despencou, até porque os principais trabalhos de Whedon tinham sido nas series televisivas Buffy e Angel. Realmente o diretor não inspirava muita confiança, mas não é estranho a Marvel ter confiado a um realizador praticamente inexperiente em longas-metragens esse ambicioso projeto. Desde sempre o cinema americano costuma apostar em diretores novatos (mesmo para grandes produções). Tenho duvidas se esse tipo de expediente deva-se a facilidade de manipular o corte final ou se para investir em um novo talento. Talvez, essa resposta nunca seja dada com propriedade e ainda sirva como uma desculpa para ambos. Afinal, se o resultado final for ruim, o estúdio pode culpar o diretor, por ser inexperiente, ou o diretor pode culpar o estúdio, por ter mexido demais no seu trabalho.


Enfim, caro amigo leitor, é com muita felicidade que esse humilde escritor escreve em letras garrafais: PODEM IR AO CINEMA SEM MEDO PARA ASSISTIR OS VINGADORES! O filme é bom demais, realizado com esmero e respeito aos velhos e novos fãs/espectadores. Sim, os 142 minutos de projeção (que passam voando) são suficientes para desenvolverem os conflitos de cada personagem. Cada um deles tem seus dramas pessoais pincelados e interligados. Claro que a profundidade dramática de Os Vingadores é pertinente à dinâmica limitada que um bom blockbuster pode ter. Existe muita ação em cena, mas também vemos diálogos ácidos e divertidos. E apesar de toda presença e carisma de Downey Jr, Os Vingadores não se tornou um Homem de Ferro 3. Cada herói tem seu momento principal no filme, e, diga-se de passagem, em sua maioria, bem empolgantes. Reafirmo que o filme foi feito com esmero, porque percebemos as simbologias “quadrinescas” que exalam das cenas para satisfazer os fãs ardorosos, mas elas são cometidas de uma maneira para não se tornarem extremamente referenciais. As concessões e as novas apostas são medidas na dose certa para não se extrapolar ou parecerem overacting. Pode-se até dizer que o filme aposta em escolhas seguras (como trilha sonora simples, fotografia tradicional e soluções edificantes) mas até os clichês são bem inseridos e executados.

                                                                                     

Eu poderia até ficar aqui citando as melhores cenas de Os Vingadores (vontade não falta), mas não o farei porque, além de não soltar incômodos spoilers do filme, faço questão que o espectador o aprecie e se surpreenda com essa ótima realização na tela grande. Algumas coisas podem ser ditas sem me preocupar em parecer estraga-prazeres: não falta vivacidade nos duelos verbais entre o Capitão América (Chris Evans) e o Homem de Ferro ou nas disputas físicas entre Hulk (Mark Ruffalo) e o Deus nórdico Thor (Chris Hemsworth). Situações enquadradas com funcionalidade na trama sobre uma invasão ao nosso planeta (oras, para que se formaria um grupo como Os Vingadores, senão para salvar a Terra?) Das belas curvas da Viúva Negra nem preciso falar, até porque Scarlett Johansson é um colírio para os olhos. O Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) tem seus momentos, assim como o vilão Loki (Tom Hiddleston) e o chefe da SHIELD Nick Fury (Samuel L. Jackson). O aparato de efeitos especiais é dos mais modernos e vistosos, fazendo render momentos de tirar o fôlego. Os Vingadores tem boas surpresas e gostosas reviravoltas (apesar de previsíveis, mas quem liga?). Parabéns a Marvel que mostrou como se faz um bom arrassa-quarteirão, desses que une varias gerações no cinema. Avante Vingadores!


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Em respeito aos leitores do blog, o texto abaixo não contém spoilers.

“E assim nasce uma das maiores equipes de super-heróis de todos os tempos! Poderosa! Imprevisível! Unidos por um acaso do destino, os Vingadores estão em ação e são as mais novas estrelas do Universo Marvel!”

Foi deste modo, ao mesmo tempo simples e grandiloquente, que Stan Lee apresentou os Vingadores para seus leitores em 1963. Foram necessários quase 50 anos para a superequipe ganhar um filme à altura da sua importância nos quadrinhos.  Valeu a pena esperar.

Os Vingadores, que estreia no próximo dia 27 no Brasil, é um dos projetos mais ambiciosos da história do cinema, maior até mesmo que Star Wars e Senhor dos Anéis. Diferentemente destes, não foi concebido como uma megassaga contada em uma ou mais trilogias; foi construído a partir de filmes solos dos personagens principais ao longo dos últimos anos.

A estrada para Os Vingadores começou a ser pavimentada em 2008, quando a Marvel readquiriu os direitos para cinema de seus principais personagens e passou a produzir ela mesma os filmes.

O primeiro foi Homem de Ferro, seguido por O Incrível Hulk (que consertou a monumental bobagem dirigida por Ang Lee anos antes). Em 2010, Homem de Ferro ganhou continuação e, em 2011, estrearam Thor e Capitão América – todos ótimos filmes.

É aí que reside a grandiosidade de Os Vingadores. Cada longa-metragem construiu parte da mitologia do grupo e foi entrelaçado a outro por meio de vários elementos dispersos nas tramas individuais. Coulson, por exemplo, o agente da SHIELD que vigia Tony Stark em Homem de Ferro, é o mesmo que investiga a queda do Mjolnir na Terra em Thor. As cenas pós-crédito, em que eram revelados os ganchos para o próximo filme, viraram uma obsessão entre os fãs.

Restava saber se a soma seria tão boa quanto as partes. A resposta é um categórico SIM. Os Vingadores é o melhor filme de super-heróis de todos os tempos, empatado com Superman (1978) e O Cavaleiro das Trevas (2008).

Livre do compromisso de apresentar as origens e motivações de cada super-herói, o roteiro de Os Vingadores parte logo para ação e é ela que predomina nos 142 minutos seguintes.

O Tesseract (também conhecido pelos leitores de quadrinhos como Cubo Cósmico) é roubado por Loki (Tom Hiddleston) de uma instalação da SHIELD. Aliado a alienígenas de outra dimensão, seu plano é abrir um portal para que a Terra seja invadida e ele possa governar o planeta ao mesmo tempo em que se vinga de seu irmão adotivo, Thor.

Imediatamente, o diretor da SHIELD, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca as pessoas “especiais” que a agência de espionagem vinha monitorando há algum tempo.

De início, há um óbvio estranhamento inicial entre os super-heróis. Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), um gênio milionário; Capitão América (Chris Evans), um soldado da 2ª Guerra; Thor (Chris Hemsworth), príncipe de um reino de outra dimensão; e Bruce Banner (Mark Ruffalo), brilhante cientista que carrega um monstro interior, têm, de fato, pouca coisa em comum.

Por conta disso, os confrontos de Vingador contra Vingador, tanto verbais como físicos, estão entre as melhores partes do filme. Um destes confrontos lembra a famosa luta de dois titãs na série em quadrinhos Vingadores vs. Defensores

Loki se aproveita da situação e potencializa os ressentimentos dos heróis. Um ataque ao porta-aviões da SHIELD e uma trágico acontecimento são a motivação para que os Vingadores passem a agir como uma equipe de verdade.

A decisão chega tarde demais. Loki tem tempo para abrir o portal e dá início à invasão dos Chitauri. As cenas de batalha que se seguem, em pleno coração de Nova York, são de tirar o fôlego.

O elenco está totalmente à vontade nos papéis, até mais que nos filmes solos.O mesmo vale para personagens que tiveram participação menor anteriormente: Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner).

Mark Ruffalo, em sua primeira atuação como Bruce Banner, se sai muito melhor que seus antecessores Eric Bana e Edward Norton. E Tom Hiddleston mantém a excelente atuação como Loki – apesar de que sua maldade está bem menos sutil do que em Thor.

Joss Whedon tem uma direção segura e soube fazer um filme, acima de tudo, divertido. Mesmo quando apela para o mais puro non sense, o humor em Vingadores é orgânico, inteligente.

O diretor também resolveu — muito bem — um dos maiores problemas de filmes (e gibis) que envolvem grupos: alguns dos personagens virarem meros figurantes de luxo. Não é o caso de Os Vingadores. Cada herói brilha igualmente, sem excessos ou omissões.

Assim como aconteceu nos filmes individuais, Os Vingadores mistura elementos das versões clássicas dos quadrinhos com o Universo Ultimate. Além do visual dos heróis, deste último saíram os Chitauri – porém sem os poderes transmorfos. Da fase clássica, o filme rende homenagem à origem da equipe ao colocar Loki como o pivô da trama.

Os Vingadores é grandioso, empolgante, sensacional. É pura HQ, dos enquadramentos às cenas de ação. É gibi da melhor qualidade em live action. Um filme imperdível, um sonho de fã realizado. Mesmo os não iniciados encontrarão motivos de sobra para garantir a diversão no cinema.

E, claro, também este longa tem sua cena pós-crédito – que arrancou aplausos de uma sala cheia de jornalistas.

Rei do cuco2012-04-21 01:28:53
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Cercado de expectativas, chega aos cinemas brasileiros no próximo final de semana – uma semana antes que nos Estados Unidos – o filme Os Vingadores. A primeira vez que o Brasil ouviu falar da equipe, o Capitão América lançava o seu escudo, o Homem de Ferro tirava onda de cientista espacial, o Thor era o “barra limpa” e o Hulk… esse, coitado!… sempre viveu na fossa. Naquela época, a equipe era mostrada com várias formações diferentes, mas ninguém estranhava o fato do Gavião Arqueiro ser o vilão no desenho do Homem de Ferro e aparecer como aliado do Capitão América no outro.

 

O Cubo Cósmico (ou Tesseract) é a chave para a invasão alienígena.

Hoje, os tempos mudaram e a inocência daqueles desenhos não agradaria o público atual. Tudo precisa ser muito bem explicado e mais focado na realidade. É por isso que o longa da superequipe demorou tanto para chegar às telas. Numa estratégia digna de elogios, a Marvel primeiro preparou o terreno e espalhou sementes de filmes individuais dos personagens, apresentando-os ao público. Agora, pode colher os frutos. Os Vingadores é o filme que todo fã de quadrinhos gostaria de ver nas telas. Repleto de ação, roteiro muito bem amarrado, momentos de humor na medida certa e, claro, batalhas memoráveis.

 

Quer brigar? Pode vir!

É um gibi na tela: primeiramente os heróis se desentendem e saem no pau uns contra os outros, para depois se unirem contra o inimigo comum. E essas brigas reservam momentos pra lá de empolgantes: tem a batalha entre Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e Thor (Chris Hemsworth) na floresta, a Viúva Negra (Scarlett Johansson) contra o Hulk (Mark Ruffalo)  no porta-aviões aéreo da Shield (que, por sinal, tem um visual de cair o queixo!), o Hulk contra o Thor no mesmo local e até mesmo uma batalha verbal entre o Capitão América (Chris Evans) e o Homem de Ferro (quem lê quadrinhos sabe que eles sempre tiveram pontos de vista diferentes). Por trás de tudo, claro, está Loki (Tom Hiddleston), manipulando os acontecimentos, como sempre.

 

Loki está mais cruel e impiedoso do que nunca

Hiddleston está muito mais maléfico neste filme do que no longa do Deus do Trovão. Cansado de viver à sombra do seu meio-irmão Thor, o deus do mal mostra toda sua crueldade e faz de tudo para manter os holofotes sobre si. Causando terror em nosso planeta, ele chama a atenção dos humanos e ajudando a promover a invasão extraterrestre, ele conquista a confiança dos alienígenas.

 

Eles estão entre nós. E o Homem de Ferro está sozinho!

Os aliens, por sinal, são um segredo guardado a sete chaves pelos produtores e só na tela do cinema é que sua raça é revelada (não, não vou entregar o ouro!). Vale dizer, porém, que não são eles os únicos vilões da história. Há uma outra mente por trás de tudo, que vai surpreender o público – infelizmente, aqueles que não acompanham as HQs não saberão de quem se trata. Portanto, não saiam da sala antes dos créditos, sob a pena de perderem a cereja do bolo.

 

Cada herói tem sua importância

Ao contrário do que ocorre com filmes de grupos, o roteiro de Os Vingadores distribui bem os papéis e todos têm seu momento para brilhar, dos personagens principais aos secundários – como Maria Hill (Colbie Smulder) e Pepper Potts (uma interpretação graciosa de Gwyneth Paltrow). Quem rouba a cena, como sempre, é Robert Downey Jr. com suas piadas sarcásticas sobre tudo e todos. Mas isso se deve ao talento do ator e não a um roteiro que privilegie mais o seu personagem em detrimento a outro. Todos são importantes para a trama e nada que acontece é gratuito. Até o Gavião Arqueiro, que teoricamente é o menos relevante para a equipe, tem um papel fundamental para o andamento da trama.

 

"US$ 220 milhões? Só? Pode por na minha conta!"

O investimento para a realização de Os Vingadores foi de US$ 220 milhões, o maior até então nos filmes da Marvel Studios (Homem-Aranha 3 tem valor superior – US$ 258 milhões – mas foi produzido pela Sony). O diretor Joss Whedon aproveitou cada centavo e fez aquilo que já está sendo chamado pela mídia especializada como “o maior filme de super-heróis de todos os tempos”. É a vitória do diretor que foi protelado na realização do filme da Mulher-Maravilha e quase teve sua carreira em Hollywood encerrada após o fracasso do longa Serenity. A diretoria da DC deve estar se remoendo…

 

A postos para a batalha. E o público delira!

Os momentos finais do longa, com a batalha contra os aliens nas ruas de Nova York são sequências de tirar o fôlego. Com cenas extremamente realistas, que contaram, inclusive, com a participação de 25 membros do Batalhão de Polícia Militar de Ohio, o público verá explosões, carros voando, prédios desabando e naves, muitas naves espaciais, além, é claro, dos heróis mostrando porque são conhecidos como “os maiores heróis da Terra”. Depois de resolver seus problemas de relacionamento, é hora da ação em grupo. Nesse sentido, é o Capitão América a peça fundamental para liderar os heróis, pois possui a visão estratégica de como agir numa guerra e sabe como extrair o melhor de cada um.

 

"Hulk arrebenta!" Arrebenta?!?!

Só para não dizer que o filme não tem defeitos, há dois deles: a relação do Capitão América com o Homem de Ferro não foi bem resolvida, uma vez que Steve Rogers conheceu o pai do Vingador Dourado e isso é pouco trabalhado na trama. O outro é que não há o grito de guerra Avante, Vingadores!. Uma outra falha não é do filme, mas da companhia que realizou a dublagem: traduziram Ark Reactor como “Reator do Arco” e, o pior de tudo, Hulk Smash como “Hulk arrebenta”. Total falta de conhecimento das produções anteriores e dos personagens!

 

Peraí, vamos com calma. Os Vingadores foi apenas o começo. Vem mais coisas por aí! Avante!

Por tudo isso, Os Vingadores já entrou na lista das melhores adaptações de super-heróis, juntamente com O Cavaleiro das Trevas, Homem-Aranha 2 e Superman – O Filme. Não é apenas “mais um” filme de super-heróis, é “O” filme de super-heróis, que traz para as telas tudo aquilo que a Marvel traz para os quadrinhos há mais de 50 anos: heróis humanos, que são poderosos, mas que também têm defeitos, problemas de relacionamento e até podem morrer, mas sobretudo, tentam fazer a diferença, apesar das imperfeições. Daqui pra frente, só podemos esperar produções melhores e mais empolgantes. A Nona Arte tem assunto de sobra para render bons temas e boas adaptações. Avante!

Rei do cuco2012-04-21 01:36:22
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“Os Vingadores” só ganha elogios! Leia tudo que a crítica está dizendo sobre o filme da Marvel!

Por Phelipe Cruz em 20/04/2012, 16:41

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Tá chegando a hora de ver “Os Vingadores”. Os fãs já estão pirando e, com certeza, vão amar o filme, mas e a crítica especializada? Gostou do que viu? Sim! Aliás, não só gostou, mas amou.

Alguns já dizem que o longa-metragem da Marvel vai estourar nas bilheterias por ser um dos mais competentes de todos os tempos. Olha o que os veículos especializados estão falando…

Variety: ”Por mais caro e gigantesco que ele pareça, o filme não é monstruoso. Escrito e dirigido por Whedon, ele é limpo nas explosões e entretenimento redondinho que exala disciplina em cada momento. Desde a igualdade sincera do roteiro, do humor singelo até os efeitos bem integrados para dar noção de proporção para o conjunto da história”.

Hollywood Reporter: ”Resumindo: o maior filme da Marvel já feito, destinado para a estratosfera das bilheterias. O diretor Joss Whedon mostra uma façanha impressiontante ao balancear esse circo de super-heróis engenhosamente para agradar a audiência geek e também os não-fãs“.

The Guardian: ”Joss Whedon prova ser um mestre em girar pratos ao trazer histórias rechunchudas de meia dúzia de super-heróis. (…) O detalhe crucial é a personalidade rabugenta do “Homem de Ferro” de Robert Downey Jr, que é amenizada por uma dose cavalar de medo imposta por um dos personagens principais do time, graças à linda e afinada atuação do Hulk de Mark Ruffalo”.

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Telegraph: ”Os Vingadores” é deliciosamente saboroso em tudo que existe de bom no cinema pipoca contemporâneo. (…) Sendo o primeiro dos três grandes filmes de super-herói que estão chegando (os outros dois são “Dark Knight Rises” e “O Incrível Homem-Aranha”), “Os Vingadores” eleva o nível de forma assustadora. E como faz isso de forma divertida fica melhor ainda. Muito do que o filme mostra já foi feito antes, mas nunca tão bem como agora“.

Empire: ”Os Vingadores foram reunidos e, na sua maior parte, eles se encaixam soberbamente. É uma mistura linda de heroísmo e humor que aumenta os riscos na mesma medida que mantém um firme controle sobre a individualidade e cada herói“.

Até agora, o filme tem 95% de aceitação no Rotten Tomatoes, um site que apresenta uma porcentagem de acordo com a quantidade de resenhas positivas e negativas em todos os principais veículos que cobrem cinema.

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Especial: Crítica de Os Vingadores

20/04/2012
Por Filipe Siqueira

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Desde que Nick Fury surgiu nos momentos pós-créditos de Homem de Ferro, o fã de quadrinhos que havia se amarrado no filme começou a ligar os pontos: um filme dos Vingadores vinha por aí. Com pequenas inserções e referências, a Marvel - que foi comprada pela Disney em 2009 - construiu uma gigantesca expectativa em torno da união de seus grandes heróis em um filme com grandes chances de ser épico.

Essa preocupação de preparar terreno para Os Vingadores chegou ao ponto de resultar filmes que, sozinhos, não valiam lá muita coisa, como é o caso de Thor em maior grau e Capitão América em menor proporção. Em outras palavras: se Os Vingadores dessem errado, boa parte do esforço da Marvel nos cinemas poderia descer pelo ralo sem trégua.

Alguns problemas rolaram: Jon Favreau, que havia ganhado força após dirigir os dois filmes do Homem de Ferro, brigou com os chefões da Marvel quanto ao seu salário e acabou por ser afastado do posto de diretor do filme com a reunião dos heróis da Marvel. O episódio deu uma forte impressão de que algo errado tava rolando nos bastidores da Casa das Ideias.

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Joss Whedon, nerdão responsável pelas séries Buffy e Firefly, além de ter roteirizado Toy Story (ganhou Oscar por isso) e ter escrito a série de quadrinhos Astonishing X-Men, considerada por muitos a melhor encarnação dos mutantes desde que Grant Morrison mudou tudo no mundo deles em New X-Men; acabou assumindo o posto de diretor. O medo de alguns fãs de que Whedon não apresenta currículo com AQUELA produção cinematográfica inesquecível pode ser desfeito, já Vingadores é um filmaço de heróis de primeira.

Os que estão caçando inovações, roteiros rebuscados, alguma dose de reflexão do papel dos heróis na sociedade, é melhor nem assistir - e ler WatchmenOs Vingadores é ação frenética do início ao fim, com uma estrutura-padrão de filmes de assalto: reunião-preparação-conflitos-clímax. Tudo é previsível, mas nem por isso menos impactante e divertido. Mas o que diferencia de um filme de ação genérico dirigido por um Michael Bay é dar um motivo para toda a grandiosidade das cenas de ação, que se colocam como o centro do filme.

O mérito é de Whedon e do roteirista que fez dupla com ele, Zak Penn, que também assinou o roteiro de Incrível Hulk - aquele com Edward Norton com trechos em uma favela carioca. Vamos admitir que não é fácil equilibrar cenas quando se tem seis heróis e um líder que também é um superespião na história toda. Mas a vantagem do desenvolvimento da Marvel com todos os seus filmes foi criar o envolvimento necessário para evitar cenas inúteis, que apresente os heróis e desenvolva a personalidade dele.

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O resultado é um filme balanceado, que vai arrancar urros de qualquer fã sentado numa cadeira. Ajuda um elenco afiado de primeira com Robert Downey Jr, Samuel  L. Jackson, Sacarlett Johansson, Mark Rufallo (que substitui Norton e faz um Hulk mais velho e condizente com o papel de supercientista). Até Chris Evans está mais a vontade como Capitão América, mesmo caso de Chris Hemsworth como o príncipe asgardiano.

A trama é baba: Loki faz um acordo com uma raça alienígena e ganha um exército de brinde para escorraçar os humanos, enquanto dá a seus mentores um poderoso artefato chamado Tesseract - que serve como fonte de energia e como portal entre mundos, além de ter sido utilizado pelo Caveira Vermelha no filme do Capitão América. Como a humanidade não tem muita solução para problemas desse tipo, decide-se retomar a Iniciativa Vingadores e reunir caras com poderes para enfrentar essa ameaça na base da força.

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Loki é o típico vilão que busca auto-afirmação, que não consegue nada por direito ou por carisma e resolve partir pra batalha. Ele é provavelmente o mair exemplo de mito do irmão rebelde, que é recorrente em diversas simbologias, assim como na Psicanálise - que nada mais é do que uma representação mitológica com ares científicos. Um grande exemplo é Seth, que aprisionou e assassinou o irmão Osíris no panteão egípcio, e Caim, autor do primeiro assassinato descrito na Bíblia. Esse conflito familiar estabelece uma subtrama no filme. Enquanto os Vingadores querem dar cabo de Loki na porrada, Thor crê que o irmão deve ser levado para ser julgado em Asgard. 

Obviamente que muito do espírito Marvel se faz presente no filme, o que significa que veremos brigas e conflitos entre os heróis, que não perdem tempo e trocam sopapos a todo momento até se cansarem. Thor briga com o Homem de Ferro, que troca uns socos com o Capitão América - até os dois se unirem para brigarem com Thor. Todos ainda se reúnem para tentar segurar a onda de Hulk logo a frente.

Isso não é nenhuma surpresa para o conhecedor da Marvel, que baseia seus principais eventos em brigas de heróis, como Guerra Civil e a recente Vingadores vs X-Men. A ideia é seguir a cartilha moderna de quadrinhos e colocar heróis mais realistas, corruptíveis, algo que a DC fez até com os incorruptíveis da Liga da Justiça após o reboot na cronologia da empresa. Essa é a grande diferença entre os Vingadores e a Liga da Justiça e o motivo que tornaria um um possível filme da Liga diferente em relação a Vingadores: Batman, Superman, Mulher-Maravilha e cia representam arquétipos mitológicos, semi-deuses vigilantes, enquanto os Vingadores são caras com poderes, mais gente como a gente. Um grupo não é pior que o outros, são só diferenças de conceitos que às vezes funcionam muito bem, mas em outros casos tropeçam violentamente.

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Quem leu Supremos - melhor série dos Vingadores em muitos anos, mesmo situada no geralmente odiado Universo Ultimate - sacou que a a química dos personagens é que dá o tom do grupo, assim como o lado herói de cada um. Whedon e Penn foram inteligentes ao capturar de Supremos o lado meio fanfarrão dos heróis, mas deixar de lado toda crítica e o lado ácido da série, o que torna Os Vingadores muito mais acessível e atemporal, como é a proposta da maioria das série de heróis.

O humor é um elemento que segura tudo. Sério, Os Vingadores é mais engraçado que muito filme de comédia que estreia por aí, muito graças a Robert Downey Jr, que se ligará ao papel provavelmente da mesma forma que Sean Connery será sempre lembrado como o James Bond definitivo.

Em meio a tantos conflitos, cabe a Fury criar um arco dramático para unir os heróis e os apontar contra o inimigo em comum. E é aí que o filme culmina com uma invasão alienígena massiva em Nova York - que sofreu mais uma destruição, como era de se esperar - e surgem os seis heróis para mostrar que a humanidade não é fracote e pronta pra se submeter, como esperavam os tais aliens.

Ver Hulk verdão destruindo naves com o dedo mindinho - o herói protagoniza a melhor cena do filme, de fazer se revirar na cadeira, pode anotar -, Thor invocando raios com o Mjölnir, Homem de Ferro se metendo nas situações mais loucas possíveis e ainda arrumando tempo para fazer piadas, Viúva Negra arrancando cabeças com as pernas, Gavião Arqueiro flechando aliens enquanto conversa no rádio e Capitão América... bom, sendo o Capitão, é para mostrar porque super-heróis ainda são divertidos depois de tantas décadas.

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Acredite, não há minuto desperdiçado nos longos 140 minutos de filme que não desemboque em situações grandiosas. Tudo sempre apoiado por um apuro técnico impecável, com efeitos especiais de primeira e uma trilha que nunca se sobressai as imagens - a exceção é a invasão da base da S.H.I.E.L.D. -, mas servem perfeitamente para deixar o espectador sempre no clima.

O único problema é o futuro da Marvel no cinema. Os Vingadores foi o ápice de uma cuidadosa construção de identidade da empresa no ramo cinematográfico, que ainda arriscou entregar filmes medianos e que não funcionam bem individualmente - Thor e Capitão América - somente para prepararem o terreno para a chegada do filmaço do grupo de heróis. Tá bom, o filme possui um gancho empolgante para uma sequência - não vá embora antes do fim dos créditos -, mas a fórmula da empresa dá sinais de desgaste que provavelmente exigirão filmes com mais desenvolvimento de personagens, como foi o caso de Homem de Ferro, que não é o personagem principal de Vingadores à toa.

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Mas deixe que a Marvel e a Disney se preocupem com isso e curta Os Vingadores sem medo de ser feliz. Não é todo o dia que o mundo vê uma reunião tão engraçada, grandiosa, bem orquestrada, e épica de alguns dos heróis mais importantes da mitologia moderna. Não vai mudar sua vida, mas é o filme de verão perfeito, diversão de primeira garantida.

The Avengers (EUA, 2012)
Diretor: Joss Whedon
Duração: 142 min

NOTA: 8,5

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Sete heróis e um segredo: Ou como Hollywood acertou a mão com o primeiro grande filme de uma equipe de super heróis

Crítica: Os Vingadores

Por Renato Almeida

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Sonho infantil


Faça um exercício de pensamento rápido e imagine que você é um dos chefões da Marvel no momento em que o projeto de Os Vingadores recebeu o sinal verde. Qual a primeira coisa que você pensaria? Eu com certeza iria pensar: Como essa pepita de ouro que temos nas mãos pode dar errado? Qual será o segredo para que este filme seja o que as pessoas esperam dele? Com certeza nada me daria mais medo do que falhar com um projeto como esse, envolvendo uma ideia tão preciosa. Parei para pensar nisso e após ver o filme ficou fácil saber qual era o segredo (que revelo mais ao final do texto).

Toda criança fã de super heróis em algum momento da vida deve ter idealizado como maior sonho, a descoberta de super poderes. Rodeados por quadrinhos, filmes e videogames, não há quem possa resistir ao apelo de personagens que se destacam da maioria através de manifestações de poderes extraordinários e sobrenaturais. Não vou mentir, não sou mais criança e ainda sonho com isso. Porém, desconto minhas frustrações da mesma maneira que quando era um moleque, prestigiando os mesmos quadrinhos, filmes e games que sempre fizeram minha alegria. Dito isso, se você de alguma forma se identificou com as palavras acima, prepare-se para uma experiência inesquecível com este Os Vingadores. 

Traçando um paralelo com a própria vida real, onde a Marvel em sua investida no cinema "recrutou" cada um de seus heróis mais importantes para as telas, a história de Os Vingadores começa com toda a banca de Samuel L. Jackson, como Nick Fury, reunindo os tais heróis para uma  missão que agentes comuns seriam incapazes de lidar. Apresentados a conta-gotas nos últimos 4 anos, Hulk, Homem de Ferro, Thor, Capitão América, Viúva Negra e Gavião Arqueiro devem se unir sob o comando do agente Fury, para lidar com a ameaça do irmão adotado de Thor, Loki. O vilão planeja entregar um poderoso artefato a uma raça alienígena, recebendo em troca o domínio do povo da Terra, após uma inevitável guerra entre os mundos.

De fã para fã

A dupla dinâmica por trás do roteiro do filme é formada por Zak Penn (O Incrível Hulk) e Joss Whedon (da série Buffy), que aqui também ocupa a cadeira de diretor do longa. Não há como negar, os dois fizeram a lição de casa: A base para o enredo do filme vem dos quadrinhos, mais exatamente de uma história de quase 50 anos atrás criada pelos mestres Stan Lee e Jack Kirby. O charme porém, vem  da construção competente de cada um dos personagens dentro do filme. Um diretor inexperiente, por exemplo, certamente perderia o pulso ao lidar com 6 ou 7 personagens de peso , transformando o filme num simples desfile de uniformes sem conteúdo. Dessa forma, é uma excelente surpresa ver que em Os Vingadores alguns dos heróis - e aqui cito o Capitão América como principal exemplo - ganham muito mais personalidade que em seu próprio filme solo. Penn e Whedon foram hábeis ao distribuir o peso e a importância de cada um dentro da trama para que ninguém fosse ofuscado, fosse pelo peso do personagem ou ainda pelo calibre dos atores. 

Com um elenco estelar liderado pelo favorito dos fãs, Robert Downey Jr. e pelo eterno badass Samuel L. Jackson, é incrível ver como cada um dos atores veste confortavelmente o uniforme de seu herói, conseguindo uma química similar a de filmes onde o elenco é o grande destaque, como na série Onze Homens e um Segredo. Robert Downey Jr. na verdade já nem serve mais de exemplo, já que nada de braçada com seu Homem de Ferro, tornando difícil dissociá-lo do personagem. As surpresas ficam por conta de Chris Evans, aqui realmente mostrando um pouco da personalidade de um dos principais  líderes dos Vingadores nos quadrinhos, e de Mark Ruffalo, que consegue criar sua própria interpretação do Dr. Bruce Banner sempre no limiar entre seu lado humano e seu lado, digamos...Hulk!

Sob a batuta de Whedon, um nerd e fã confesso de quadrinhos, o que mais esperavamos eram sequências de ação recheadas de fanservice e que deixassem nossos queixos no chão da sala do cinema. Infalível! O diretor não só mostra competência nas sequências menos importantes, como na primeira perseguição de carros logo no início do filme, como também abusa do poder que tem nas mãos para jogar com o melhor: como se não bastassem os conflitos entre os heróis e o exército do vilão Loki, Whedon ainda faz questão de pegar o coração de qualquer fanboy e literalmente colocar no colo, ao introduzir cenas de combate entre os próprios heróis. Thor contra Homem de Ferro. Homem de Ferro contra Capitão América. Capitão América e Homem de Ferro contra Thor. Todos contra o Hulk. O fanservice é tão grande que não ouso recomendar este filme para cardíacos. E falo sério!

Com o controle criativo estabelecido, bastava ao diretor cuidar da parte técnica de forma mediana. Só isso já garantiria um bom filme, mas quem tem uma oportunidade como essa nas mãos, não quer apenas um bom filme. Whedon acompanhou de perto toda a composição visual do filme, fazendo com que a direção de arte e a fotografia trabalhassem juntas para destacar aquilo que havia de mais importante: os heróis. Desse modo, é realmente uma grande satisfação ver que através das hábeis mãos da fotografia e da arte, o filme atingiu um equílibrio excelente em sua paleta de cores, destacando cada um dos uniformes, por exemplo, sem tornar tudo um carnaval ou algo longe do crível. A polêmica sobre super heróis e seus uniformes é longa, vem desde o primeiro filme dos X-Men, que lá optaram por deixar tudo mais "realista". Deu certo? Talvez, mas em Os Vingadores, o real é próximo da fonte original e não algo totalmente novo, mostrando que é possível sim ser fiel não só ao material original, mas também a realidade. 

Eu quero acreditar

Seguindo o excelente padrão de qualidade de todos os filmes anteriores dos heróis, o trabalho visual é rico ainda no que diz respeito aos efeitos especiais. Somente assim para podermos testemunhar um porta aviões/submarino cruzando os céus em direção à ilha de Manhattan ou então a incrível evolução e posterior desgaste do traje do Homem de Ferro ao longo das batalhas. Méritos ainda ao trabalho de composição do próprio Hulk, que distante daquele modelo verde de massinha do passado, consegue se encaixar naturalmente e até exprimir a humanidade dos olhos do Dr. Banner vivido por Ruffalo.

Ainda nos aspectos técnicos, vale ressaltar o competente trabalho do departamento de som, que consegue através dos efeitos e da mixagem, tornar o filme tão grandioso quanto esperado. As lutas e cenas de ação são épicas, então, era mais do que natural esperar por um trabalho que acompanhasse isso. E se o som dá conta do recado, também podemos dizer o mesmo da trilha. Conduzida pelo experiente Alan Silvestri (Forrest Gump, Naufrágo), a trilha original de Os Vingadores é inspirada, mas peca somente em um quesito: a falta de uma música tema marcante para o grupo de  heróis. 

A suspensão de descrença em Os Vingadores é outro capítulo à parte. Afinal, como acreditar em tudo aquilo? Heróis, alienígenas, organizações secretas. Parece demais, não? Mas funciona. A contextualização e o projeto a longo prazo da Marvel com os filmes de cada um de seus heróis, foram introduzindo o que antes seria absurdo, aos poucos. Assim, de uma hora para outra, estaríamos todos envolvidos e imersos nesse universo. E aqui reside o tal segredo que comentei no primeiro parágrafo. As coisas funcionam devido ao equilíbrio e a química. O segredo do sucesso de Os Vingadores é o modo como o filme encontra química e equilíbrio entre os atores, entre os personagens, na história e em todos os elementos do filme. É isso que possibilita a imersão, é isso que nos captura. Seria isso fuga da realidade? Gosto de acreditar que não. Prefiro acreditar nesse mundo de super heróis, em que a impossibilidade da existência de um grupo extraordinário de homens e mulheres não seja limite e sim motivo para que mais filmes, mais quadrinhos e mais games os tornem reais na porção mais importante de cada um de nós: nossa imaginação. Avante, Vingadores!

Obs.: Não deixem de ficar para a cena ao final dos créditos. Aliás, deixe-me refazer essa frase: Pelo amor de Deus, fiquem até o fim dos créditos para a cena mais espetacular da história das cenas pós-credito.   

NOTA: 9,5

FICHA

Direção: Joss Whedon
Roteiro: Joss Whedon e Zak Penn
Elenco: Samuel L. Jackson, Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Chris Evans, Chris Hemsworth, Jeremy Renner, Scarlett Johansson, Tom Hiddleston, Stellan Skarsgard, Cobie Smulders e Gwyneth Paltrow. 

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Agora sim vou ver Os Vingadores....

 
 
 

were all speculating earlier this week as to which movie The Dark Knight Rises trailer #3 would debut with, and now thanks to Nolan Fans, we have an answer! Straight from Warner Bros.’ exhibitor website is the news that trailer #3 will play with 2D and 3D showings of The Avengers on May 4th. It’s also possible that Warner Bros. will release a new The Dark Knight Rises poster this week to get us ready for trailer #3. Stay tuned to Batman-News.com, I’ll have the trailer posted as soon as it hits the internet in HD!

Update: I know The Avengers opens earlier internationally, but I believe The Dark Knight Rises trailer #3 will make its debut with the US showing of The Avengers on May 4th. Don’t worry, it should be released officially online for everyone on May 7th. Stay tuned!

 

Read more: http://batman-news.com/#ixzz1sgSJqv12

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Não li nenhuma critica completa, muito medo de saber o que não devo saber. Mas e aí, quem não está com as expectativas na estratosfera?

 

 

 

Esse filme consegue uma façanha: Deixar os fãs da Marvel terrivelmente ansiosos no aguardo da maior Obra Prima da ação que o cinema vai conceber, e deixar os fãs da DC terrivelmente ansiosos por ver tudo o que sempre sonharam na tela mas serem obrigados a dizer que odiaram (mesmo adorando enlouquecidamente, para mais desespero ainda).

 

 

 

E as perninhas começam a tremer, tremer, tremer...

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  • Administrators

Eh verdade neh..pra ser sincero...acho que eh boato mesmo..o trailer sai mesmo em Dark Shadows...nao estou botando fe que saia junto com os Vingadores, sem contar que tem o Comic Con onde eles devem passar o trailer.. mas seria interessante junto com Os Vingadores ja que sera um gramde lancamento, praticamente o inicio dos blockbusters de 2012 nada melhor quwe sso pra fazer uma promo..

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Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge | Novo trailer será exibido antes de Os Vingadores nos EUA

Encontro de heróis nas salas de cinema acontece em 4 de maio

Natália Bridi
21 de Abril de 2012


batman

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge ganhará um novo trailer em breve.

O site Nolan Fans teve acesso à página de exibidores da Warner Bros. e revelou que uma nova prévia do morcego será exibida nos cinemas antes de Os Vingadores - The Avengers, que tem estreia comercial marcada para 4 de maio nos EUA. Não há informação sobre quando o trailer estará disponível online.

A terceira parte da trilogia de Christopher Nolan estreia no Brasil em 27 de julho de 2012.

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ate o Batima ta pegando carona nos Vingadores.. 06.gif

 

 

 

http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=43844&cdcategoria=1

 

 

 

Novo trailer de BATMAN estará nas cópias de OS VINGADORES

 

23/04 - 09h45

 

por Tullio Dias

 

Semana passada começaram os boatos sobre o lançamento do terceiro (e último?) trailer de O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de Christopher Nolan. Foi divulgado que ele seria lançado em maio, mas ainda faltava descobrir se ele acompanharia as cópias de Os Vingadores ou de Sombras da Noite.

 

De acordo com o site Batman-News, o próximo vídeo do último filme da trilogia do Homem-Morcego será exibido pouco antes dos norte-americanos assistirem ao aguardado projeto que misturará as aventuras de Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Hulk no supergrupo de heróis da Marvel. O trailer ficará disponível na internet após o dia 7 de maio.

 

 

 

A Warner também deverá anunciar o lançamento de um novo cartaz para a produção, que terá mais de uma hora de material filmado direto em IMAX. O Cavaleiro das Trevas Ressurge estreia no dia 27 de julho.

 

 

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Os Vingadores

A espera, enfim, terminou e valeu a pena! Eis um filmaço q cumpre o q promete, com acréscimos até. O nerdão Whedon captou a essência do q é um gibi complexo e transpôs pras telas, digerível pra td e qq espectador! Desnecessario falar do q trata o filme, mas se resume à convocação dos heróis, suas desavenças e sua sinergia pra, enfim, salvar a humanidade do Loki (mto melhor q no fraco filme do Thor), q deseja escravizar a humanidade com ajuda do Cubo Cósmico, ajudado por aliens interdimensionais. Nessa constelação de estrelas há espaço pra tds brilharem em seu devido tempo, nas quase 2:30hrs de duração, e vai fazer o Norton se arrepender da cagada q fez pq o Ruffalo mata a pau tanto qto ta “maduro” qto não o está. As duzentas (milhões) doletas estão presentes em cada frame a cargo da ILM e valeram o investimento, principalmente nos bacanas quebra-paus entre os heróis (Thor x Ferroso, Thor x Hulk, Viúva x Hulk, Ferroso x Capitas). O roteiro está longe de ser originalmente genial mas é eficiente no q se propõe. Ação desenfreada q vai mto além do mostrado no material promocional e diálogos afiados (e ácidos) colocam esta produção no mesmo panteão do 1ª  Zé-Cuecão, do Bátima nolistico, X-Men, Iron e Spider-Man! Atente pra batalha final e a cena pós-creditos, q fará os fãs delirar por apresentar outro gde vilão cosmico por trás de td confusão vista. Só faltou uma trilha do naipe do John Williams, mas  a do Alan Silvestri (de “Predador”, “De Volta pro Futuro” e “Capitão America” ) contém um tema q dá pro gasto. E não estranhe se sua legenda apresentar um horrível “Hulk, arrebenta!”. De qq forma, um blockbuster de responsa!  Da tal mencionada morte, so comento por mp sem soltar spoler aqui. 9,5/10

PS: lembrar q o diretor foi descartado pra tocar o filme-solo da Mulher Maravilhosa..

Jorge Soto2012-04-23 16:39:56

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