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Forum Cinema em Cena

Jess Franco

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    Jess Franco got a reaction from CharlesEmave in A_ética   
    Curta bem produzido com um enredo inteligente, porem não achei ele muito bem utilizado. Achei a trama muito previsivel conforme vai passando os minutos e o deselvolvimento acabo ficando fraco, assim como a atuação da vitima. Mas valeu, achei legal o Pablo ter dirigido e escrito. 6/10
     
    E dificil falar sobre a etica.
    Jess Franco2008-09-30 18:23:31
  2. Like
    Jess Franco got a reaction from KarenENZYPE in Paul Verhoeven   
    O S. Alpendre da Paisa escreve super legal sobre A Espia vejam:
     

    A Espiã

    BLACK BOOK.
    (Holanda, Alemanha, Bélgica, 2006). De Paul Verhoeven. Com Clarice Van
    Houten, Sebastian Koch. Europa. Projeção: 2.35:1. 145min.
     



     
     
     

     
     

    Verhoeven
    nunca foi muito querido em sua terra natal. Sua insistência em retratar
    a sordidez humana e sua falta de cerimônia na hora de abordar o sexo e
    o poder que resulta dele, não fazem com que ele seja visto como uma
    pessoa confiável para tocar um filme que envolva dinheiro. Por isso,
    Verhoeven se mandou para os EUA, onde fez seus melhores filmes, Robocop e Tropas Estelares,
    e também foi tido como persona non grata. Em entrevistas ele costuma
    reclamar que nos últimos anos ele só podia fazer filmes de
    ficção-científica. Depois do fracasso de O Homem Sem Sombra (2000), filme bem irregular, mas que tem alguns fãs respeitáveis, ele foi meio que jogado para escanteio.

    Seis anos depois, Verhoeven volta a filmar na Holanda com A Espiã,
    a história de Rachel Stein, uma judia que, depois de ter visto sua
    família sendo assassinada por nazistas no meio de uma fuga para a
    Bélgica, país não invadido, resolve trabalhar para a resistência. Uma
    tardia tentativa de conter a dominação nazista, que tomava para si
    riquezas e orgulhos da pátria invadida. Na Holanda, Verhoeven comenta,
    uma parcela pequena dos judeus sobreviveram ao Holocausto, e isso se
    deve ao alto índice de colaboracionismo do povo holandês, considerado
    "povo germânico" pelos alemães, ressaltando as mesmas origens dos dois
    países.

    A resistência já havia sido tema de um outro filme holandês do diretor, Soldado de Laranja
    (1977), filme mais comportado e bem humorado, com o futuro astro Rutger
    Hauer e um inspirado Jeroen Krabbé, e com muito pouco da melancolia
    torturante de A Espiã. Foi durante a pré-produção de Soldado de Laranja que
    surgiu a idéia do novo filme, mas ela ficou congelada até meados dos
    anos 80, quando o roteiro e as pesquisas tiveram início. Talvez a
    pesquisa não fique tão evidente porque Verhoeven realiza aqui o seu
    filme que mais se aproxima de um classissismo. Existe, acima de tudo,
    uma preocupação com a narrativa que é muito maior que em qualquer outro
    filme seu - exceção feita a Instinto Selvagem. Tudo parece
    estar a serviço do bom entendimento da história, de seu desenrolar e da
    construção dos personagens. Há um senso muito grande de contenção, mas
    também de uma justeza absoluta no tom.

    Justeza no tom
    é justamente algo que falta à maioria de seus filmes, e muitos se
    beneficiam desse desequilíbrio. Em O Quarto Homem, o melhor da primeira
    fase holandesa, Jeroen Krabbé vive o personagem que está submerso na
    lógica de um pesadelo, e desse pesadelo podemos ter consecutivamente: o
    mais exagerado dos tons, assim como o mais morno. Em Tropas Estelares,
    talvez o seu filme mais bem-sucedido nessa operação de desequilíbrio
    constante, há uma alternância tão grande nas entonações dos atores, que
    em alguns momentos nos perguntamos se foi operado um crossover entre o
    filme original e mais uma versão de Invasores de Corpos, mas essa
    operação é o que faz o filme funcionar perfeitamente na chave política
    a que ele insistentemente se afilia. Se pensarmos em Casper van Dien
    como um herói tradicional, ou em Denise Richards como o contraponto
    feminino clássico, o filme nos escapa, logo, é necessária uma
    calibragem em nosso tom como espectadores, para que nos adaptemos à sua
    estranheza. Showgirls é outro exemplo, mas aí seria necessária uma operação tão ousada como a que ele aplicou depois, em Tropas Estelares,
    mas, por receio de que a vulgaridade excessiva do filme fosse
    prejudicar sua carreira comercial - como de fato acabou prejudicando -,
    houve o recuo. Verhoeven ficou no meio do caminho, realizando apenas um
    bom filme, no lugar do divisor de águas que poderia ter sido.

    A Espiã
    mostra um outro diretor. Não temos um Verhoeven tão diferente, mas um
    Verhoeven maduro, ciente do potencial de seu filme. Com seu
    classissismo, não demorou para que eu lembrasse de Lili Marlene
    (1981), uma das obras essenciais de Fassbinder. E talvez a chave de
    tudo esteja em Douglas Sirk, alemão que foi aos EUA e realizou um dos
    mais tocantes melodramas de guerra já feitos: Amar e Morrer
    (1958). Tanto o filme de Fassbinder, como o de Verhoeven, parecem
    devedores da justeza tonal de Sirk. Não é uma herança facilmente
    sentida, justamente porque o tom é aquele elemento escondido entre as
    engrenagens da dramaturgia, encrustado sob muitas camadas mais
    sensíveis ao espectador.

    No entanto - e há sempre um
    "no entanto" em se tratando de Verhoeven -, os traços de sua autoria
    estão presentes o tempo todo, seja na interpretação irresistivelmente
    carnal de Carice van Houten como a espiã do título brasileiro, em cenas
    de sexo e nudez que feriam os censores de mercado americanos espumar de
    desespero, e a crueldade com que pinta os holandeses, em sua maioria
    tão próximos de abraçar um herói de araque quanto de torturar
    desumanamente uma suposta colaboracionista - como a maior parte deles
    foi, durante a guerra. O diretor ainda tem a coragem de dar as melhores
    características a um alto oficial nazista, responsável pela SS na
    Holanda. Esse oficial, interpretado pelo ótimo ator Sebastian Koch,
    pode muito bem ser considerado o nazista mais cativante da história do
    cinema, o que se deve muito ao carisma do ator. A crítica é sempre um
    ponto forte no cinema de Verhoeven, e não seria diferente ao lidar com
    um orçamento de 16 milhões de Euros.

    Traçando um paralelo com o filme-irmão Soldado de Laranja, em A Espiã
    é notável como o diretor consegue ao mesmo tempo ser mais sucinto, sem
    firulas ou tempo para o humor - que faziam a graça no outro filme, mas
    não caberiam aqui, e também imprimir uma melancolia extrema, uma
    sensação de perda da razão muito forte. Verhoeven consegue nos inserir
    num clima de guerra permanente, em que nem a libertação pode ser
    comemorada - como Rachel prevê, na segunda parte do filme, sem dúvida a
    mais dolorosa. O final mesmo se insere numa desesperança incrível, como
    se não houvesse saída para a personagem, seu destino era o sofrimento,
    contra o qual ela deveria lutar durante toda a sua vida. Voltamos ao
    kibutz do início, quando ela encontra uma antiga colega de romances com
    nazistas, que agora é bem casada. Mas estamos em 1957, e o processo de
    consolidação do Estado de Israel reservava ainda muito mais sangue. O
    que fica nas entrelinhas é o que a personagem passou para chegar até
    ali. O que ela teve que fazer para sobreviver entre o 1945 da
    libertação européia e o 1957 de sua vida casada e com filhos, no kibutz
    israelense. Como esquecer o amor entre ela e o oficial nazista, que se
    tornou tão forte a ponto de fazer com que a oprimida relevasse as
    raízes do opressor, e vice-versa, fazendo com que ambos sofram com o
    final da guerra. Sabemos que sua condição de judia foi exacerbada,
    alçada por ela mesma a uma questão vital: uma vida dedicada às suas
    origens, a educar crianças que fariam prosperar o futuro lar de seus
    iguais. Seu rosto, no entanto, guarda tanto sofrimento, tanta
    resignação, que é difícil não nos condoermos de sua frustração, não nos
    identificarmos com a sua projeção de uma vida que poderia ter sido, mas
    foi cruelmente abortada por estilhaços de uma guerra já terminada. Além
    de ser um belíssimo e impactante thriller de espionagem da II Guerra
    Mundial, A Espiã se revela, até com mais força, um triste e pessimista retrato de uma desilusão.

    Sérgio Alpendre
     
     
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    Jess Franco got a reaction from KarenENZYPE in Tom Cruise   
    Um dos melhores viloes dos ultimos anos, ninguem nunca imaginou Tom Cruise sendo o Bad guy, um matar frio e sinistro. Este Vincento seu personagem em Colateral e pra mim uma das mais foda atuações q eu ja vi de um ator pop. Amo o filme , o personagem e atuação dele nesse filme, o cara chega a ser carismatico e te convencer dos ideais dele.
     
    De Olhos bem Fechados, segunda maior atuação de Tom Cruise, como não interpretar bem um personagem sendo dirigido pelo genio maximo Kubrick?
    Sua atuação dramatica e faz a gente se sentir perturbado com ele e como ele durante o filme inteiro.
     
     
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