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Forum Cinema em Cena

laure

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Posts posted by laure

  1. Li os cometários com tristeza.

    Como é fácil lavar as mãos quando o problema não nos diz respeito!

    É sempre assim, até nos afetar pode fazer o que quizerem, já dizia Brecht: 

    "Primeiro levaram os negros
    Mas não me importei com isso
    Eu não era negro
    Em seguida levaram alguns operários

    Mas não me importei com isso

    Eu também não era operário

    Depois prenderam os miseráveis

    Mas não me importei com isso

    Porque eu não sou miserável

    Depois agarraram uns desempregados
    Mas como tenho meu emprego

    Também não me importei

    Agora estão me levando
    Mas já é tarde.

    Como eu não me importei com ninguém

    Ninguém se importa comigo."

                    (Bertold Brecht)

  2. Eita caso cheio de surpresas!!!!

     

    22/10/2008 - 20h15

    Agricultor da PB descobre que Lindemberg é seu filho desaparecido há quase 20 anos

    CAROLINA FARIAS
    da Folha Online

    O agricultor José Luciano, 64, analfabeto, que vive sozinho em um sítio na zona rural do município de Teixeira (PB), descobriu na semana passada que tinha um filho em Santo André (Grande São Paulo) que não via há quase 20 anos: Lindemberg Fernandes Alves,22 O rapaz manteve a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15, por mais de cem horas em cativeiro e atirou contra ela duas vezes antes de ser preso.

    "Eu soube agora, porque moro aqui em Teixeira", disse. Luciano afirma que uma madrinha, que mora em Patos (PB), telefonou e perguntou se ele estava acompanhando o caso. "Aí ela disse "é um filho seu'".

    O agricultou diz ter ficado "surpreso" porque sabia que, após Lindemberg deixa a cidade de Patos, onde nasceu, teria morado em Cuiabá (MT), mas o caso aconteceu em São Paulo. "Aí foi que eu vi. Quando passou a imagem da prisão dele", afirmou Luciano.

    O último contato entre pai e filho aconteceu há cerca de 20 anos, segundo o agricultor. Os pais de Lindemberg tiveram um relacionamento, mas não foram casados. O agricultor afirma que teve contato com a mãe do rapaz até, aproximadamente, os dois anos do menino.

    "Ela [mãe de Lindemberg] foi embora pra Cuiabá, trabalhar com o irmão. Aí, desde essa data, a notícia que eu tenho é essa de agora", disse.

    Luciano ficou entristecido com a partida de mãe e do filho para Cuiabá. Lembra que visitava ambos uma vez por semana. Nunca levou um presente para o garoto, somente alimentos e remédios.

    "A gente sente um pouco [de tristeza] porque tudo o que acontece na vida da gente às vezes a gente lembra, né?"

    Luciano não reconheceu Lindemberg logo nas primeiras reportagens que assistiu. Mas, ao ver as imagens da prisão, viu que o rapaz era seu filho.

    "Tenho um filho que se parece muito com ele", disse o agricultor sobre a semelhança de Lindemberg e um de seus outros seis filhos. Na seqüência de notícias que viu na TV, ao ver imagens da avó e de uma tia de Lindembeg, o agricultor teve certeza que ele era seu filho.

    Sentimentos ambíguos permeiam a cabeça do agricultor em relação às circunstâncias que o filho foi "reencontrado".

    "A gente não sabe nem dizer como é que fica. Se fica triste, se fica revoltado, a gente não sabe nem dizer. Porque é uma coisa que não devia acontecer nem com ele nem com ninguém, né? A gente, pra fazer as coisas, precisa pensar muito. Eu tenho 64 anos e nunca me passou pela cabeça fazer nada de errado na minha vida, graças a Deus. Nunca fui em uma delegacia. Apesar de ser pobre, analfabeto, mas me acho feliz porque, graças a Deus, não tenho inimizade, nada de ruim aconteceu ", disse.

    Luciano não sabe se um dia vai visitar o filho. Ele vive sozinho no sítio e os dias que deixa de trabalhar, deixa de ganhar.

    "Agora não posso ir. É que não sou aposentado, não tenho renda de nada, de nada, de nada. O que tenho que dizer é que ele aceite o que ele fez, que ele não é mais criança. Um cara com 22 anos já sabe o que ele quer. Se convença do erro que praticou e vai tirar a pena que for provada para ele e esperar porque a vida vai andar para a frente".

  3. Enquanto a sociedade achar normal "matar por amor" vamos ter Lindembergs, Doca Streets....

     

    Olha essa notícia: "Inglês mata esposa por mudar seu status no  Facebook - http://br.tecnologia.yahoo.com/article/081022/7/gjtvie.html

     

    Não gosto de analisar questão de gênero, mas a atual situação da violência contra a mulher está tão gritante, chego a dizer, que quase como em décadas passadas, onde matar em defesa da honra era 'normal', que  creio se faz necessário análises e discussões sobre esse fato!

     

    As mulheres não tem direito nem de ir e vir!  As vezes invento de ir embora  a pé, é só para ouvir gracejos imbecis de homens que se acham no direito de invadir minha privacidade!!!

     

    Desculpa, hoje estou meio p*** com uma situação em particular!

     
  4. Parte do artigo: “Brasil - Feminicídio ao vivo: o que nos clama Eloá” da socióloga Maria Dolores de Brito Mota e Maria da Penha Maia Fernandes : Inspiradora do nome da Lei Federal 11340/2006. Colaboradora de Honra da Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Mulheres<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    Faz um reflexão dos crimes contra as mulheres no Brasil. Bom para pensarmos o papel da mulher na sociedade. 

     

     

    “O feminicídio é um crime de ódio, realizado sempre com crueldade, como o "extremo de um continuum de terror anti-feminino", incluindo várias formas de violência como sofreu Eloá, xingamentos, desconfiança, acusações, agressões físicas, até alcançar o nível da morte pública. O que o seu assassino quis mostrar a todas/os nós? Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade). Assim o feminicídio é um crime de poder, é um crime político. Juridicamente é um crime hediondo, triplamente qualificado: motivo fútil, sem condições de defesa da vítima, premeditado.”
  5. Creio que a polícia e a imprensa deram muita moral para esse cara! Acredito que mais uma vez nossa polícia mostrou seu despreparo para situações críticas.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

    Eu queria saber se tem algum psicólogo na lista que pudesse comentar sobre a Síndrome de Estocolmo (acho que uma definição rasteira seria: estado desenvolvido por pessoas que são vítima de sequestro. A vítima acaba se identificando/tentando conquistar a simpatia do sequestrador), será que  é possível que a amiga tenha desenvolvido tal síndrome ao querer retornar ao cativeiro?

     

  6. bem a discussão está está se transformando em terapia de grupo. Legal!

     

    não quis dizer que fulano ou beutrano é dependente, existem pessoas assim, já passei por um relacionamente que era totalmente baseado na dependência e isso é horrível!

    Como sou ótima cia, me viro sozinha, e gosto de estar sozinha, pelo menos por enquanto!

     

    ah... Jorge... conheço vários homens que tem pavor de ficar sozinhos. Essa não é uma prerrogativa feminina.
  7. essa discussão só serve para colocar o ponto de vista de cada um, na maioria das vezes, que nem são colocadas em prática na própria relação, fica apenas no discurso.

    o medo de ficar sozinho assusta muita gente, por isso essa dependência, que chega muitas vezes, a ser doentia.
  8. De todos os filmes citados, o que eu mais gostei foi do 11 de setembro, claro entre os quais eu assisti.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

    O filme é uma coletânea com 11 curtas-metragens com um tempo exato de 11 minutos, 9 segundos e 1 imagem (11.09.01).

    Cada filme foi dirigido por um cineasta de um canto do mundo. São 11 pontos de vista diferentes para o mesmo fato que abalou o mundo de diferentes maneiras naquele 11 de setembro de 2001, quando as crianças brasileiras foram surpreendidas pelo noticiário mostrando os ataques as torres gêmeas, bem na hora do desenho animado!

    Proposta ousada, uma vez, que o projeto deu total liberdade de expressão aos diretores.

    Os sentimentos transmitidos pelos filmes vão da comédia ingênua de Idrissa Ouedraogo, de Burkina Fasso, que conta a história de um menino pobre que sai em perseguição a um homem barbudo que ele acredita ser Osama Bin Laden para poder receber a recompensa anunciada por George Bush para quem informasse sobre o paradeiro do líder da Al Qaeda, ao total sentimento de aprisionamento, com o filme do cineasta japonês Shohei Imamura (falecido em 30/05/2006) esse que foi seu último trabalho Imamura narra à história de um soldado imperial da II Grande Guerra, que fica louco e passa a agir como uma serpente.

    Como em toda coletânea tenho meus preferidos: um é curta dirigido por Sean Penn, filme delicado que mostra a vida de um viúvo à sombra das Torres Gêmeas e como a luz penetra seu pequeno apartamento no dia dos atentados.

    O outro que está no meu rol de preferidos é o dirigido pelo inglês Ken Loach, que faz uma analogia entre o 11 de setembro de 1973, quando aconteceu o golpe de estado apoiado pelos norte americanos que derrubou Salvador Allende no Chile e o 11 de setembro dos atentados aos Estados Unidos.

     

    Na minha opinião, esse é o filme que melhor retratou os sentimentos das pessoas ao redor do mundo com relação aos atentados e seus desdobramentos na política mundial a partir de então.

    Sensibilidade, ousadia, senso de humor, tragédia... são 11 curtas para todos os gostos!

     

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