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Lucy in the Sky

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Posts posted by Lucy in the Sky

  1. Mas pqp, prq não matam a Tara denovo... Ô mulherzinha insuportavel...

     

    Tara melhorou depois de ter virado vampira. Pensei que ela ficaria revoltadinha, reclamando o tempo todo, mas está se adaptado. Não está chata como antes. O que me incomoda é que Pam deixou de fazer dupla com Eric pra fazer dupla com Tara, e Pam merece coisa melhor.

     

    A trama principal tem segurado a série. Deu sinais de fraqueza nos episódios 7 e 8, mas no 9 se recuperou. Algo importante aconteceu e a série aponta para uma guerra.

     

    Estou interessada no novo xerife rockstar. Torcendo muito pra que saia coisa boa daí.

  2. Deu trabalho pra entrar. O fórum não quis aceitar minha senha.

     

     

    Não tenho assinatura.

     

    Adicionei uma qualquer, só pra não ficar sem. Estou pensando em colocar um trecho de uma das músicas de Noel's Band. Talvez Soldier Boys And Jesus Freaks.

  3. Atualizando:

     

    Agnes Grey (Anne Brontë)

     

    Marie Antoinette (Antonia Fraser)

     

    Fashion of the 70s (Ed. Jim Heimann)

     

    Jane Austen's Guide to Good Manners (Josephine Ross)

     

    Emma (Jane Austen)

     

    Mary Queen of Scots (Antonia Fraser)

     

    The Great Gatsby (F. Scott Fitzgerald)

     

    O diabo (Leon Tolstói)

     

    A corista & outras histórias (Tchékhov)

     

    Inside the victorian home (Judith Flanders)

     

    Before I Go to Sleep (S. J. Watson)

     

    The deep end of the ocean (Jacquelyn Mitchard)

     

    The Big Book of Pain: Torture & Punishment Through History (Daniel Diehl e Mark P Donnelly)

     

    The Castle of Otranto (Horace Walpole)

     

     

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    Warm Bodies (Isaac Marion)

     

    A ideia de um livro no qual um zumbi se apaixona por uma garota viva assusta, mas é bom não ser conservador e entender que seres de fantasia famosos não precisam ser mostrados sempre da mesma forma. Até onde eu li, é um livro principalmente sobre a diferença entre estar vivo e morto-vivo. Foi muito fácil gostar de R, o zumbi protagonista, e os pensamentos dele não deixam de ser fascinantes, apesar de haver um problema com eles...

     

    O autor comete erros graves. Não espero que uma história de fantasia seja totalmente coerente, mas há incoerências que incomodam. R não lembra de nada própria vida, mas consegue fazer reflexões que exigem conhecimento sobre o mundo. E a garota por quem ele se interessa é rasa e irritante, com uma personalidade que tenta ser cool. Supera rapidamente uma situação traumática e faz o relacionamento com o namorado, tão importante para a história, parecer superficial. É estupidez demais.

     

     

    Estou lendo:

    The House of Mirth (Edith Wharton)

    Lolita (Vladimir Nabokov)

    Fish: A Memoir of a Boy in a Man's Prison (T. J. Parsell)

  4.  

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    A noiva estava de preto (La mariée était en noir, François Truffaut, França, 1968)

     

    É incrível como a assassina, a noiva que o título menciona, consegue caçar os homens. Ela é engenhosa, mas precisa que os acontecimentos se desenrolem de forma conveniente. O filme não é muito plausível, e é aí que está parte do seu charme. Inicialmente há o mistério sobre as intenções dela, e, no tempo certo, a história é relevada. Então a curiosidade vira compaixão, motivada pelo sofrimento que ela passa, e vontade de que consiga realizar sua vingança. Não há reflexão, há um filme que diverte com uma mulher arrasada indo atrás de seus alvos um por um, alimentando nosso próprio desejo de vingança.

     

     

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    Beautiful Sunday (Tetsuya Nakashima, Japão, 1998)

     

    Direção lenta para representar as vidas letárgicas e insípidas de pessoas deprimidas. Nem todas têm destaque, três delas são praticamente figurantes que não ajudam muito nem atrapalham. A que mais despertou meu interesse foi uma mulher jovem e casada, que simplesmente espera receber felicidade do marido, e demostra rancor o tempo todo em seu olhar. Não há histórias e os motivos de tanta tristeza não são explorados. Há diversos momentos que mostram a depressão aparecendo no comportamento mais ou menos estranho das pessoas. O filme é razoavelmente bom. Eu teria gostado mais se a frieza da direção não funcionasse em parte do jeito errado.

     

     

    Dente Canino (Kynodontas' date=' 2009)

     

     

     

    Filme grego estranhíssimo que nos faz pensar sobre o que aprendemos, super-proteção dos pais para com os filhos, a "bolha" que de uma forma ou de outra todos nós somos inseridos e o controle, o controlador e o controlado. O filme mostra como as pessoas (desde cedo) são condicionadas pelo meio em que vivem a aceitar uma verdade e quando esta é questionada, as respostas são distorcidas. É uma crítica ácida à sociedade em que vivemos, tanto dentro de casa quanto fora de casa. Até que ponto vão os limites do que pode ser considerado aceitável em relação a uma vida comunitária ou privada? Será que tudo o que aprendemos é verdade? Será que não somos condicionados a acreditamos em uma mentira achando que estamos acreditando na verdade?

     

     

     

    Mas afinal de contas, o que é a verdade?[/quote']

    Interessante a sua opinião. Eu gostei bastante do filme, mas não me incentivou a refletir sobre a situação. Apenas achei curioso e engraçado o experimento que os pais fazem com os filhos. Foi um passeio no zoológico sem ter pena dos animais porque eles estão presos. Bem... Talvez eu tenha sentido um pouquinho de pena.

     

  5.  

     

     

     

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    You are not alone (Du er ikke alene, Ernst Johansen / Lasse Nielsen, Dinamarca, 1978)
     
    Garotos fazendo o que eles fazem, principalmente pensar em sexo, e o filme celebra a fase da vida em que eles estão. Dá atenção principalmente a dois garotos pré-adolescentes, que se envolvem um com o outro numa mistura de amizade apaixonada e desejo sexual em amadurecimento. A relação deles é desenvolvida através de cenas soltas, e não de uma história específica. Gestos e olhares demonstram o que eles sentem. Acredito que tem um pouco mais de nudez do que o necessário, embora eu não tenha nada contra mostrar jovens nus e concorde com a naturalidade ao tratar da sexualidade deles. Deixaria muita gente escandalizada, por causa do conteúdo homossexual, da nudez e da idade dos atores, mas não é um filme vazio que apenas atira cenas ousadas, é uma obra sincera e corajosa sobre as transformações que marcam a adolescência, e um grande filme.

     

    Lucyfer2012-05-03 11:14:25



  6. justiceleague4.jpg

    Justice League of America (Félix Enríquez Alcalá, EUA, 1997)

    Três dos homens são gordos. Os uniformes têm o pior design possível, cores brilhantes e não parecem feitos com material da melhor qualidade. Os efeitos especiais são toscos, principalmente os poderes de um deles. Há situações ridículas em que os heróis não são reconhecidos(pintar as bochechas de verde e prender o cabelo de outro jeito não torna ninguém irreconhecível), e Flash chega a usar seus poderes sem uniforme no meio das pessoas, mas ninguém percebe. Eles não se impõem como super-heróis e têm dificuldade pra vencer um vilão que não é muito mais do que um sujeito com uma mala no telhado. E por que dar depoimentos, como num documentário, se ninguém pode descobrir a identidade secreta deles? O filme não tem estrutura de filme, o que é normal, por ser o piloto de uma série (que nunca deu certo). Mas não é impossível uma série assim funcionar. Além da capacidade de desenvolver bem a história e os personagens, coisa que o piloto não faz, é importante saber adaptar os poderes e os uniformes dos super-heróis de forma que não fiquem ridículos em live-action, o que exige talento e muito dinheiro. Tudo é ridículo. Da comédia, passando pelos dramas pessoais, até a jaqueta sem mangas do Lanterna Verde... "Filme" obrigatório.

  7.  

     

     

    Quanto a discussão, acredito que se busca muito uma tentativa de amenizar situações concebidas como "não desejáveis moralmente". As pessoas morrem de medo de termos como extinção da vida (daí ficam argumentando que aquilo não é vida), abertura de precedentes, exageros como se TODAS as mulheres do mundo fossem abortar obrigatoriamente por lei, etc.

     

    Eu sou radicalmente a favor e não me importo também com os termos que usem. A distorção da discussão não me tira do foco: são fetos anencéfalos. Causa grande sofrimento aos pais a manutenção de uma gravidez do tipo e a criança não sobrevive. A família deve ter o direito, ao meu ver, de escolher se quer ou não ter o bebê. E aqui, pelamor, não leia-se "matem esse bebê" e enfatizem em "escolha".

     

    Se quiser ter o filho baseado em suas crenças (tanto de sobrevivência quanto religiosas, éticas, etc) que tenha, se não quiser não tenha. Não acho que seja papel do estado DETERMINAR o que fazer (muitas vezes contra a vontade da família) nesse caso.

     

     

     

     

     

    [/quote']

    Mesmo que se considere o feto anencéfalo como vida, ele não sobrevive após o nascimento. Tem quem adote um discurso pretensamente lindo e benevolente sobre a vida ter importância suprema, mesmo que dure apenas um segundo. E a gestante que pague um preço altíssimo, em forma de sofrimento, pelo segundo de vida.

     

  8.  

    Eu repudio é quem deseja fazer uma mulher passar pela

    crueldade de carregar por meses um cadáver no ventre. É simplesmente

    doentio...

     

    Exatamente. É uma moral hipócrita que pretende

    submeter pessoas a um sofrimento que chega a ser macabro' date=' e para

    proteger um morto. Lindo, não? Um das saídas que eles encontram é

    fantasiar sobre a vida de fetos anencéfalos. Existem aqueles que

    procuram vida até em pedra, para sustentar sua moral tacanha, enquanto

    fecham os olhos para o sofrimento dos outros e se dizem bondosos

    defensores da vida. Eu vejo o mundo

    avançando e vejo pessoas que não avançam junto esperneando a cada

    mudança. Elas podem atrasar as transformações positivas, e assim privar

    mais gente de direitos necessários por mais tempo, mas não podem fazer o

    mundo parar.

     

    E se a questão é o sofrimento da família, então vamos eliminar todas as pessoas com má formação ou qualquer deficiência já que suas respectivas famílias TAMBÉM sofrem (talvez até mais) com as deficiências de seus filhos.

     

    Mas terão filhos que viverão' date=' será difícil, certamente, mas eles poderão criar uma criança, se alegrarem com cada conquista dela (e, em um caso como esse, cada conquista é uma vitória sensacional!)... não vão viver uma expectativa de uma gravidez para simplesmente enterrar um corpo ao final do processo... Obrigar alguém a passar por esse sofrimento é cruel, é desumano, é criminoso...
    [/quote']

    A escória humana...

     

  9. Nem sei se existe um conceito determinado e nunca pensei no assunto. Eu penso em reboot quando recomeçam uma série de filmes que poderia ter mais continuações, como é o caso do Batman de Nolan. Não penso em refilmagem porque a idéia não é seguir mais ou menos a mesma história, mas pegar o mesmo universo dos filmes anteriores e fazer algo diferente. Ou reboot de um único filme que era pra ter continuações, mas que não deu certo, então o primeiro é ignorado e alguém recomeça, como eu creio que será o caso de Demolidor se resolverem fazer um novo filme. Nunca pensei em reboot de um filme que não foi feito pra ter continuações. E prefiro usar a palavra reiniciar, assim como eu digo prequêcia ao invés de prequel.

     

     

  10. Mais fatos & mitos sobre a sua saúde (Fernando Lucchese)

    Quase todos os mitos abordados são questões médicas objetivas (dois ou três são questões morais sobre as quais o autor dá sua opinião). O livro é descontraído, simples, direto e sem explicações aprofundadas.

     

    Rabbit Hole (David Lindsay-Abaire)

    Nada de melodrama. O texto é brilhante em sua sutileza. Uma tensão envolve os membros da família, e mesmo quando ninguém fala abertamente sobre o assunto, o menino que morreu está lá o tempo todo. Termina deixando uma perspectiva sombria, que é conviver com o luto pelo resto da vida.

     

    The Importance Of Being Earnest (Oscar Wilde)

    Debocha do comportamento e da forma de pensar da alta sociedade inglesa. Tem várias falas atrevidas e o autor demonstra tino para a comédia. A personagem mais engraçada talvez seja uma dama conservadora, capaz de mudar de opinião sobre uma pessoa imediatamente, dependendo de quanto dinheiro ela tenha.

     

    O Capote seguido de O Retrato (Nicolai Gogol)

    Duas histórias atemporais. Em O Capote a desonestidade, a soberba, a indiferença e outras características humanas fazem com que nada dê certo, e no fim o autor exprime um desejo de justiça (ou vingança) que infelizmente jamais seria concretizado no mundo real. Em O Retrato um artista trai a própria a arte para se encaixar no gosto popular. É um bom conto de mistério e uma homenagem à arte, mas a segunda parte da história é um erro por trazer um discurso moralista, enjoativo e desnecessário e uma explicação também desnecessária.

     

     

    Estou lendo Agnes Grey, de Anne Brontë.

     

     

     

  11.  

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    Criminal Lovers (Les amants criminels, François Ozon, França, 1999)

     

    Casal de namorados mata alguém e depois vira vítima de um homem seboso que mora no mato. Enquanto o filme aborda aos poucos a motivação dos dois, mostrando a sordidez de um e a fraqueza do outro, vemos o homem maltratar o casal através de atos que para ele são a realização de uma fantasia sexual, como prender o rapaz numa coleira e servir uma refeição nojenta. É assustador estar sob o controle de um maluco tarado, e a bizarrice é doentia e dá pena. Mesmo assim é divertido ver os dois sofrendo, mas não por causa da indignação que seria causada pelo assassinato. É simplesmente a satisfação contraditória de ver o outro sofrer, sem deixar de torcer para que consiga escapar.

     

     

    Confessions (Kokuhaku' date=' Tetsuya Nakashima, Japão, 2010)

     

    Suspense melancólico e sombrio sobre o valor da vida, dois garotos assassinos, um assassinato revoltante e pessoas corroídas pelo rastro de vingança, infelicidade e mais mortes. Ao mostrar um adolescente inteligente que tem perfeita consciência do que faz quando mata ou planeja mortes, questiona a impunidade de jovens que matam e não são tratados pela lei como adultos. Sem ficar confusa, a história vai pra frente e pra trás, revelando pormenores à medida que cada personagem dá sua contribuição narrando os acontecimentos. O que chama mais atenção é o filme ser praticamente todo em câmera lenta. Exagero arriscado que poderia facilmente ter ficado cansativo. Surpreendentemente, funciona. A lentidão da câmera ajuda a imprimir a sensação de depressão e, com a excelência das imagens, é capaz de levar o espectador a apreciar cada detalhe. O final causa impacto pelo que a história reserva e pelo virtuosismo do diretor.

    [/quote']

    esse filme é mto bao! desde a revelacao inicial da profe ate o desfecho bem louco.. a trilha tb' date=' tanto q baixei na hora! smiley9[/quote']

    Quando a música toca o filme parece um clipe. É estranho, não é ruim. 01

     

  12. ko11.jpg

     

    Confessions (Kokuhaku, Tetsuya Nakashima, Japão, 2010)

     

    Suspense melancólico e sombrio sobre o valor da vida, dois garotos assassinos, um assassinato revoltante e pessoas corroídas pelo rastro de vingança, infelicidade e mais mortes. Ao mostrar um adolescente inteligente que tem perfeita consciência do que faz quando mata ou planeja mortes, questiona a impunidade de jovens que matam e não são tratados pela lei como adultos. Sem ficar confusa, a história vai pra frente e pra trás, revelando pormenores à medida que cada personagem dá sua contribuição narrando os acontecimentos. O que chama mais atenção é o filme ser praticamente todo em câmera lenta. Exagero arriscado que poderia facilmente ter ficado cansativo. Surpreendentemente, funciona. A lentidão da câmera ajuda a imprimir a sensação de depressão e, com a excelência das imagens, é capaz de levar o espectador a apreciar cada detalhe. O final causa impacto pelo que a história reserva e pelo virtuosismo do diretor.

     

     

     

  13.  

     

    Copy_of_Sansho.jpg

     

    Intendente Sansho (Sanshô dayû, Kenji Mizoguchi, Japão, 1954)

     

    É possível sentir o sofrimento da família que é separada e arruinada por comerciantes de escravos, e o diretor não apela para o equivalente a um constrangedor comercial de margarina. A cena final apenas se aproxima da pieguice, enquanto o resto fica distante, ainda que seja uma história dramática sobre escravos. Eles vivem numa sociedade na qual a idéia de se meter na propriedade dos outros para proibir a escravidão é absurda. Dá um exemplo de como ricos e poderosos são um perigo ao usarem o poder para colocar seus interesses pessoais acima de tudo, e de como é fácil ser indiferente à tragédia do outro. Embora tenha poucos momentos violentos num sentido estrito, durante os quais a câmera olha para o outro lado, a violência está presente o tempo todo e é arrasadora. Ver escravos sendo tratados como se o desejo de liberdade fosse um defeito é surreal.

     

     

    Por ordem de preferência:

     

    1. Contos da Lua Vaga

    2. Intendente Sansho

    3. Gion bayashi

    4. Os amantes Crucificados

     

    O próximo será A Vida de O'Haru, se eu conseguir o filme. O diretor tem uma filmografia estensa, começando em 1923. Não é fácil encontrar os filmes dele.

     

     

    Amores Imaginários

    Criativo e estilosa “historia de não-amor” do canadense Xavier Nolan q trata com delicadeza das emoções' date=' paixões e amizade, dentro de um triste triângulo amoroso fantasioso. A trama é centrada na paixão platônica (e obsessiva) q Marie e seu amigo gay inseparável, Francis, nutrem pela mesma pessoa. Esta, por sua vez, flerta com uma ora com outra discretamente, colocando em cheque a suposta amizade destes dois primeiros. Recheada de mta viadagem e enxertos documentais correlatos, o filme é bem exagerado em detalhes, cores e repetições. Umas cansam e outras não. Com estupenda atuação do trio principal, trilha sonora sessentista ok, direção de arte bacaninha, figurinos de brechó e um quê de “Os Sonhadores” + “Jules & Jim” no miolo, o filme já vale por mostrar o qto a idealização do amor é perigosa num relacionamento (1), explorando melancolicamente as vulnerabilidades da amizade (2) e da ilusão do amor. Bater a cabeça uma vez é aceitável, mas perdurar nela é questão de escolha. 9/10
    [/quote']

    (1) Gosto de filmes que tratam do amor assim.

    (2) Ótimo. Amizade é um dos meus temas preferidos, mas geralmente apenas está lá, sem ser o tema abordado.

     

    Amores Imaginários acabou de entrar na minha longa de lista de filmes para assistir.

     

    A propósito... Adoro Três Formas de Amar.

     

    Um dos trechos dos “depoimentos” me pareceu especialmente interessante. Aquele dito pela personagem de Magalie Lépine Blondeau. Ela narra o fim de seu relacionamento e fala, lá pelas tantas: “… Estava acabado. Claro que, no começo, não queríamos admitir porque nos sentíamos mal, entende? A mudança, o transporte, todas essas coisas. Isso é jogar muita grana fora. Ao mesmo tempo, ‘meu homem está ganhando bem, agora ele pode ir se danar’. É como se nós estivéssemos… e quando digo ‘nós’, falo por mim. Eu… para mim, eu era apaixonada pelo tipo de amor que tivemos. (…) Isso não existe. O que se ama é o conceito. Você ama mais o conceito do que a ele. É a distância que você ama, mas, quando não há mais distância, quando não há mais oceano para atravessar, e o que há para atravessar é um corredor, enfim… está acabado agora”. E eis um dos pontos fundamentais… muitas vezes, não amamos ou estamos obcecados por uma determinada pessoa, mas pelo conceito de uma certa história de amor. Que, muitas vezes, para completar, é apenas imaginada. Escancarar isso de forma tão prazerosa é o mérito do filme.

    Ela falou bem.

     

    Lucyfer2012-03-30 12:45:12

  14.  

    Ta uma loucura' date=' cada atualização de página é uma lista de emoticons diferentes yesss[/quote']

    Acabou a mesmice. Acho que é uma estratégia pra tornar o fórum mais movimentado. O usuário tende a querer passar mais tempo aqui e atualizar as páginas muitas vezes, pra ver quais emoticons aparecem.

     

  15.  

    Amores Imaginários

    Criativo e estilosa “historia de não-amor” do canadense Xavier Nolan q trata com delicadeza das emoções' date=' paixões e amizade, dentro de um triste triângulo amoroso fantasioso. A trama é centrada na paixão platônica (e obsessiva) q Marie e seu amigo gay inseparável, Francis, nutrem pela mesma pessoa. Esta, por sua vez, flerta com uma ora com outra discretamente, colocando em cheque a suposta amizade destes dois primeiros. Recheada de mta viadagem e enxertos documentais correlatos, o filme é bem exagerado em detalhes, cores e repetições. Umas cansam e outras não. Com estupenda atuação do trio principal, trilha sonora sessentista ok, direção de arte bacaninha, figurinos de brechó e um quê de “Os Sonhadores” + “Jules & Jim” no miolo, o filme já vale por mostrar o qto a idealização do amor é perigosa num relacionamento (1), explorando melancolicamente as vulnerabilidades da amizade (2) e da ilusão do amor. Bater a cabeça uma vez é aceitável, mas perdurar nela é questão de escolha. 9/10
    [/quote']

     

    (1) Gosto de filmes que tratam do amor assim.

    (2) Ótimo. Amizade é um dos meus temas preferidos, mas geralmente apenas está lá, sem ser o tema abordado.

     

    Amores Imaginários acabou de entrar na minha longa de lista de filmes para assistir.

     

    A propósito... Adoro Três Formas de Amar.

     

  16.  

     

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    Tabu (Gohatto, Nagisa Ôshima, Japão, 1999)

     

    No que parece ser uma escola onde samurais são treinados, a presença de um novato jovem e lindo causa tensão. O envolvimento amoroso e sexual entre homens não provoca escândalo, mas não é muito bem visto, porque sentimentos como desejo e ciúme podem afetar a ordem (não há uma moral que condene a prática como sendo abominável por si só). O que estraga o filme é o péssimo desenvolvimento.

     

    No início, aquilo que deveria ser mostrado é colocado em palavras na tela, e a trama avança rápido demais. O homem que supostamente tem um caso com o novato some do filme, sem qualquer motivo, e reaparece só no fim. O conflito entre o que sentem os homens e as regras que eles devem cumprir não é bem explorado, e o mesmo acontece com a angústia causada pela paixão não correspondida. O alvo de tanta atração em teoria é uma figura intrigante, e não se sabe ao certo o que se passa em sua mente, mas acaba ficando insossa. E por algum motivo que eu não sei explicar, fiquei constrangida com o tom homoerótico.

     

    Além da beleza do ator principal, gostei de ver uma mulher belissimamente equipada como gueixa, embora ela seja uma prostituta, deslizando numa cena que ficaria mais apropriada num filme de terror. A música triste é ótima e junto com a beleza visual da última cena, com uma árvore sendo cortada, não alcança a emoção que tenta evocar, tamanho o erro cometido no desenvolvimento da história. Pelo mesmo motivo, a conclusão a que alguém chega no final não faz sentido.

  17.  

     

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    Water Lilies (Naissance des pieuvres, Céline Sciamma, França, 2007)
     
    A garota quieta e calada e a antipática começam uma amizade improvável. Os sentimentos indefinidos que elas têm levam a uma provocação, que sinaliza a possibilidade de ir mais longe no relacionamento. A química entre as duas funciona tão bem que a cumplicidade é crível, mesmo com o pouco tempo que passam juntas. Há outra menina, amiga de uma das duas, feia e praticamente retardada, uma daquelas pessoas que dificilmente conseguem uma chance. Possibilidades aparecem, mas as pessoas são complicadas e a vida pode entregar ou negar o que oferece. Atração, ciúme, dúvida, insegurança e pressão para ter ou não experiência sexual preenchem este filme sobre adolescentes comuns. Destaque para as cenas de balé aquático, uma delas filmada embaixo d'água.
     
    UM MÉTODO PERIGOSO - 7.5/10 - Ao terminar de ver o filme, a minha vontade era de me transportar ao passado e tentar de alguma forma me aproximar das figuras de Jung e Freud para participar das discussões que eles mantinham com relação aos mais variados temas relacionados à mente e ao comportamento humano. E essa sensação acaba sendo inevitável porque o diretor David Cronemberg ao lado do roteirista Christopher Hampton conseguem realizar um verdadeiro duelo de gigantes entre estas duas personalidades da psicologia e da psicanálise, um confronto de idéias que se torna atraente justamente por ser travado por dois seres tão inteligentes e intrigantes. E o roteiro acerta ao mostrá-los como personagens fascinantes, o que pode parecer fácil já que de fato eles eram, mas a complexidade no duelo vai muito além da mera discussão de idéias, logo são apresentados como dois homens de personalidade forte, mesmo que os acompanhemos em "fotografias", ou seja, visualizando apenas momentos específicos da relação entre os dois. E os atores ajudam muito neste processo. Michael Fassbender na pele de Jung oferece uma atuação discreta, eficiente e elegante que chega a hipnotizar, pois ele ajuda a personificar a serenidade e a integridade do personagem de maneira orgânica e natural, logo os dilemas morais de Jung se tornam mais contundentes. Já Viggo Mortensem, quem diria, é um monstro na pele de Freud. Que ator incrível, parece um veterano, daqueles que você pode confiar de olhos fechados, é como se eu estivesse vendo Marlon Brando em cena tamanha a força da sua atuação, da postura, conduta, do rigor técnico e da excelência na condução do personagem, o que ajuda a compôr um personagem severo e inflexível. Vê-los atuando juntos através de 2 personagens tão fascinantes é um privilégio proporcionado pelo filme e a eficiente participação de Vincent Cassel como Otto Gross também ajuda a gerar sequências marcantes e incrementa o duelo de personagens/atuações. Em termos narrativos, o filme é um tanto quanto prejudicado pela sua irregular evolução no tempo, sempre dando saltos, muito mais para apresentar um ou outro evento que seja realmente importante dentro da proposta, mas o calcanhar de Aquiles da produção fica mesmo por conta da figura de Sabina Spielrein. Keira Knightley, logicamente, não consegue ficar à altura dos seus parceiros de cena, não que ela esteja terrivelmente ruim, pelo contrário, nota-se por parte da atriz um grande esforço para ilustrar toda a complexidade que a sua personagem carrega e exige, mas esse esforço nem sempre acaba sendo correspondido na mesma proporção pelo seu limitado talento, o que faz com que a sua atuação oscile demais ao longo do filme, especialmente em alguns momentos mais críticos, como no começo. Contudo, isso não deve ser colocado apenas na conta da atriz, o roteiro também penaliza Sabina já que ela se mantém uma incógnita mesmo ao final do filme, sendo que a sua jornada é essencial para a compreensão de parte da narrativa já que ela é uma ex-paciente que se torna amante de Jung e, de certa forma, acaba se colocando no meio da discussão entre ele e Freud e até adquirindo certo prestígio dentro da comunidade científica em que estão inseridos, o que não deixa de ser estranho já que ela é apresentada sempre de maneira claramente instável, uma bomba relógio prestes a explodir, diante da sua incapacidade de lidar com sua própria perturbação interna. De certa forma, isso acaba prejudicando o filme como um todo, o que é uma pena, mas tenho absoluta certeza que não terei problema algum em revê-lo por diversas vezes apenas para ter a oportunidade de rever meus velhos amigos: Jung e Freud.[/quote']

    Parabéns por falar mal de Keira Knightley. Por causa dos comentários sobre as atuações, você me deixou com vontade de ver o filme.
     
     
    OFF: acho que estou errando o tom de roxo. Eu me atrapalho quando posto aqui usando o netbook.
     

    Lucyfer2012-03-27 06:17:21

  18.  

     

     

    a-double-life-of-veronique-double_life_veronique-12.jpg

    A Dupla Vida de Véronique (La double vie de Véronique, Krzysztof Kieslowski, França / Polônia, 1991)

    Não entendi tudo o que acontece. O final enigmático é daqueles que só o seu criador entende de verdade, e a existência de Weronika e Véronique permanece misteriosa. Nem todas as perguntas precisam ser respondidas. Deixar a dúvida pode ser mais interessante, mas é divertido permitir que a imaginação vagueie pelo mistério. A música compondo momentos sublimes, a fotografia, as belas imagens e Irène Jacob transitando como uma musa são um privilégio para os sentidos.

    Lucyfer2012-03-26 10:23:45

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