Estou terminando de ler essa obra incrível de Aldous Huxley, e estou simplesmente perplexa de ver como ele é atual, apesar de ter sido escrito na dec. de 30. Fala de uma sociedade totalitária, na qual as pessoas possuem seus sentimentos controlados, não cultivam laços emocionais ou de fidelidade com o próximo, pois desde que "nascem" (são "produzidos" dentro incubadoras, em série e de forma idêntica, dependendo da classe de que farão parte - trabalhadores braçais, afas-menos, betas, ypsilons...) e vivem subordinados ao Estado, incrivelmente felizes por "amarem o que são obrigados a amar"... justamente por serem condicionados desde bebês, à base de repetições enquanto dormem (hipnopedia), a aceitarem suas condições e sentirem certa indiferença e repulsa em relação às demais classes, ainda que mais elevadas. A palavra-chave do livro é "estabilidade", pois consegue-se uma civilização estável com seres humanso emocionalmente estáveis. O livro tras uma realidade tão diversa da nossa, mas ao mesmo tempo tão assustadoramente real e 'aceitável', que paramos pra refletir sobre a condição humana e suas mazelas inevitáveis.
Quem leu poderia comentar mais sobre, e quem não leu, fica minha indicação. Simplesmente fenomenal.
Frase forte do livro:
"Sistema de castas. Constantemente proposto, constantemente rejeitado. Havia uma coisa chamada democracia. Como se os homens fossem mais do que físico-quimicamente iguais!"