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Forum Cinema em Cena

leomaran

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Everything posted by leomaran

  1. Cidade de Deus - Fantástico Ensaio sobre a cegueira - Filme forte, muito bom. Infelizmente subestimado. O Jardineiro Fiel - Chato O Menino Maluquinho 2 - Porcaria
  2. Esse é o filme master do choro, muito pior que Marley e Eu. No último terço, é impossível se segurar.
  3. Rio (2011) - 2/ 5 Brincar com estereótipos é uma coisa interessante. O principal problema de Rio é que ele abraça os estereótipos (seja em relação ao Rio de Janeiro ou mesmo aos seus aspectos narrativos)e os repete incansavelmente até que seja inevitável que o próprio espectador se canse. Um exemplo: todas as vezes que alguém toca nas palavras samba ou carnaval,que não são poucas, os personagens começam a dançar, cantar e etc. Para mim, o que isso conseguiu causar foi mesmo uma certa raiva do tema e, pior ainda, a impressão de que todas as pessoas que moram no Rio são meio retardadas (claro, isso é uma visão de alguém que mora dentro do Brasil e sabe que quase nada daquilo é verdade). Não foi nem a visão carnavalesca da coisa, mas o exagero e a repetição que me irritaram profundamente. Agora, se o filme funciona para as crianças, que é o principal público? Nem disso eu tenho muita certeza. A sessão em que eu fui estava cheia de crianças e as risadas foram poucas e meio sem graça. Quem acabou rindo mais foram aqueles pais sem noção, que dão a impressão de que riem mesmo de tudo. O grande problema é que o filme perde bastante na apresentação de seus personagens, que é rápida e descuidada. Dificulta nosso envolvimento com a trama. Os personagens em si são pouquíssimo densos e eles mesmos estereotipados. Blu é o nerd mimado, Jade é a ave que quer liberdade, o vilão é um pássaro feio e mau. Ponto. Não há outras características que os definam melhor, detalhe que normalmente é tão bem construído em produções da Disney, por exemplo. A própria história é tão previsível que a tentativa de esconder o vazio do roteiro com constantes piadinhas soa ridícula e artificial. No fim, as maiores surpresas estão ligadas mesmo às características gráficas e visuais do filme, que, aí sim, conseguem ser belíssimas e bem desenvolvidas. Aliás, um dos poucos pontos positivos dessa produção que oscila entre o mediano e o ruim.leomaran2011-04-21 01:03:57
  4. 1- A Bela e a Fera 2- O Rei Leão 3- Pinóquio 4- Branca de Neve e os Sete Anões 5- Alice no País das Maravilhas 6- O Cão e a Raposa 7- A Espada era a Lei 8- Mogli 9- A Bela Adormecida 10- Robin Hood 11- Bernardo e Bianca Incluí alguns que talvez nem sejam tão clássicos, como O Cão e a Raposa e Bernardo e Bianca, porque eram meus favoritos de infância, que assisti milhares de vezes e para os quais sempre tenho um lugarzinho guardado no coração. Eu também adoro Robin Hood, apesar de o filme receber muitas críticas negativas. Haha e, sim, tem redondos onze, porque eu não podia deixar nenhum desses de fora leomaran2011-04-20 11:18:11
  5. Cópia Fiel (2010) - 5/ 5 O filme de Abbas Kiarostami trata da questão do ponto de vista em diversos níveis. O próprio nome do filme (mesmo do livro escrito por James na trama) tem relação com a importância que se dá a um produto considerado original em detrimento de suas cópias. O mais interessante, no entanto, está em sua escolha narrativa, que, ousada, acaba se mostrando certeira, principalmente pela forma como é conduzida.
  6. Adrenalina (2006) - 3/ 5 Melhor do que eu achei que fosse. O filme prima pelo exagero absurdo (pleonasmo proposital), fazendo de seu herói Chev Chelios (um nome, aliás, praticamente inesquecível) um homem quase imortal. Ao mesmo tempo, ao fazer com que concordemos e torçamos por Chelios, o filme força a aceitação de basicamente todas as atrocidades que ele comete durante sua fúria sanguinária, o que o torna pior do que aqueles que o perseguem. O filme não mostra sentimentos verdadeiros e mesmo a dor da perda do irmão do vilão parece artificial e forçada. Statham, que parece só servir mesmo pra filmes de ação, está bem neste aqui como o anti-herói às vezes violento e às vezes engraçado. O final, onde é sugerido que Chev sobreviveu a uma gigantesca queda de um helicóptero, pode ser uma faca de dois gumes. Torna o filme todo uma piada, mas não deixa de ser uma referência interessante às convenções do gênero. Para mim, funcionou como uma crítica aos filmes de ação enlouquecedora, pontuando diversos momentos cômicos durante a narrativa. A direção é legal, mas passa longe do brilhantismo, e o argumento é escandalosamente fraco, embora no fim acabe servindo a suas próprias necessidades. Parece que tem uma continuação onde o coração dele é trocado por uma prótese artificial. Pretendo, se possível, passar bem longe desse filme.
  7. A Mosca (1986) - 4/ 5 Nem vou falar muito desse filme. A história não é grande coisa e as atuações são boas, com destaque pro Jeff Goldblum. O que rouba a cena mesmo são os efeitos especiais e, principalmente, a maquiagem, que consegue ser realista, nojenta e assustadora ao mesmo tempo. Cronenberg faz um bom trabalho ao conseguir que nos importemos com o bicho, que mais parece um demônio no final. PS. Um dos filmes mais assustadores que eu já vi, se não o mais. Sei que tenho problema com pessoas que se transformam no que quer que seja (tirando o Homem-Aranha), mas essa é a transformação mais lenta, mais bem-feita, mais maléfica que eu já vi em um filme.
  8. Os Intocáveis (revisto) - 4,5/ 5 Hoje considerado também um clássico, o filme de Brian de Palma presta tributos a muitos outros clássicos da telona. Sem qualquer esforço, dá pra notar as referências ao Encouraçado Potemkin, faroestes, ao cinema noir, além dos próprios filmes de gângster mais antigos. O filme em si tem um ritmo marcado por explosões de violência chocante (que quebra alguns tabus ao atingir uma criança logo em seu início). A fotografia lembra um pouco O Poderoso Chefão quando mostra o lado bandido da coisa, embora o foco seja quase inteiro nos policiais e a sua tentativa de conter Al Capone (um Robert de Niro gordo, careca e não tão surpreendente).
  9. A sofrida história da Argélia já rendeu ótimos filmes, entre eles o fantástico "Exílios", do Tony Gatlif. O mais famoso talvez seja A Batalha de Argel, mas esse ainda não vi... Esse aí do Rachid Bouchareb achei muito sem imaginação. Ele puxa tanto pro lado gângster que acaba se apagando ao lado de outros do gênero (em especial os medalhões do Scorsese). O carro explodindo foi tão previsível que... ugh. E vc que gosto de Manu Caho, já ouviu a música "Denia"? É a melhor do cara, e fala justamente sobre a Argélia. Concordo com você. Achei um filme apagado, que tenta recriar aquela velha ideia da família de gângsters (bebendo demais na fonte do Poderoso Chefão), mas sem qualquer peculiaridade própria. O começo é interessante, mas a partir do momento em que eles passam a viver na França, o filme perde qualquer traço de originalidade e só sobrevive por causa da polêmica que causou em seu país. Achei o pior dos indicados a Melhor Filme Estrangeiro deste ano, pior até do que Biutiful. PS. A cena da explosão do carro é ridícula de tão óbvia e me fez lembrar muito aquela de Michael Corleone com a esposa, que é mais bem realizada e inesperada.
  10. A Outra História Americana (1998) - 4,5/ 5 Filme interessante e violento, que procura expor o ódio (que aqui ultrapassa os limites do preconceito) dos norte-americanos contra os estrangeiros, principalmente negros e latinos. Um dos seus muitos acertos é a interpolação de cenas coloridas com imagens em preto e branco, fazendo um paralelo óbvio com a incompatibilidade racial e servindo para separar os dois períodos vividos por Erik Vinyard (melhor interpretação da carreira de Edward Norton). As relações pessoais são o ponto alto do filme, que consegue evitar qualquer tipo de pieguice na trajetória de mudança de ponto de vista de Erik. Ao mesmo tempo, um problema é a aceitação de seu irmão Danny, que parece fácil demais, de tudo que Erik levou anos para descobrir. Em um momento, ele está empurrando seu irmão furiosamente contra a parede e no outro o está abraçando, pronto para retirar qualquer vestígio de neonazismo da sua vida. Soa um tanto forçado, quaisquer que sejam as virtudes de Erik como contador de história. A violência é o ponto central do filme e, por isso, mostra-se com todas as cores (mesmo que em preto e branco) e sons, tornando-se quase insuportável em alguns momentos. O final, apesar de previsível, é bastante eficaz, apesar de esbarrar ainda no problema que citei antes. Estruturalmente, isso acaba tornando o personagem de Danny um tanto maleável demais, um maria-vai-com-as-outras e tira um pouco de sua empatia.
  11. A Viagem de Chihiro (2001) - 5/ 5 Este aqui tem alguns dos cenários mais belos de animações que eu já vi. Miyazaki se rendeu um pouco (mas não totalmente) à computação gráfica e o resultado é impressionante. A história, que pode parecer sem sentido ou fantasiosa demais no papel, funciona perfeitamente na lógica do próprio filme e consegue surpreender e emocionar na medida certa. O interessante é que, conforme o filme avança e Chihiro evolui, perdendo o medo e a timidez, o ambiente e personagens que a cercam também nos parecem menos intimidadores e perigosos, até o ponto de, no final da produção, serem engraçados e divertidos. O final, aliás, é um dos pontos fortes. (Spoiler) Sem apelar para o Foi Tudo Um Sonho (maior erro do Mágico de Oz, por exemplo), o roteiro deixa as possibilidades de reencontro em aberto, deixando de ser um final feliz para adquirir um tom mais contemplativo e reflexivo. É uma grande injustiça para ambos os lados dizer que Miyazaki é o Walt Disney japonês. São dois estilos completamente diferentes, fascinantes à sua própria maneira.
  12. Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979) - 4,5/ 5 Uma visão peculiar sobre a história do Drácula, esta versão de Nosferatu é, ao mesmo tempo, um belo tributo ao original (o melhor filme de vampiro que já assisti) e um exercício muito mais reflexivo do que assustador. Uma sequência, por exemplo, acompanha todo o demorado passeio de uma carruagem de um lado a outro da tela, embalado por uma flauta. Embora não consiga superar a primeira versão (na realidade, nem era essa a intenção), é um filme bastante interessante por si mesmo. O final, por exemplo, tem um significado muito mais sexual e erótico. O Conde Drácula é um personagem mais desenvolvido, com um quê depressivo, de inevitabilidade da sua condição. A peste trazida por ele ganha contornos bem definidos, surreais, tornando sua saída da Transilvânia ainda pior. O filme traz uma imagética gótica e sombria, que é bastante bonita e pertinente com o tema. Porém, é nas cenas clássicas (o conde levantando do caixão, sua sombra subindo a escada, aproximando-se da esposa indefesa) que o primeiro filme é praticamente imbatível. Este aqui nem tentou reproduzir, evitando fazer eco ao que já beirava o perfeito. Uma escolha inteligente.
  13. Há um certo exagero ao dizer que O Códio da Vinci é o pior livro da década. Ele só conseguiu esse prêmio por ser uma obra mediana, que mesmo assim conseguiu grande sucesso. O problema é que os piores livros reais acabam nem se tornando do conhecimento do público. O Dan Brown é um escritor extremamente limitado e tem uma fórmula de escrita que aplica em absolutamente todos os seus livros até agora. No entanto, dentro dessa lógica, Anjos e Demônios é seu melhor livro, com um ritmo ótimo e uma história bem construída. O filme, assim como o primeiro, é fraco e foi obviamente produzido por motivos comerciais (como a maioria deles, mesmo os bons). Me surpreendeu a falta de uma atuação convincente do Hanks. O Ron Howard segue uma linha tão convencional que é capaz de ficar vesgo olhando pra ela.
  14. Sim, mas nem toda jovem que se prostitui transforma-se em um ícone no país, expondo em um blog sua vida sexual com os clientes. E isso, em vez de colocar o assunto da venda do corpo na berlinda, simplesmente trouxe fama para ela (o Superpop que o diga), sem causar qualquer discussão aprofundada do tema. E, embora haja outras prostitutas (ou profissionais do sexo) famosas, poucas chegaram a isso simplesmente pelo que fazem: o sexo, que foi o que a Surfistinha fez.
  15. Curtindo a vida adoidado (1986) - 5/ 5 Quem diria que uma comédia adolescente estilo besteirol alcançaria tal grau de perfeição. Nenhuma fala ou cena (a parada, os artifícios de Bueller para escapar, Charlie Sheen drogado, os latinos escapando com a Ferrari, etc.) é desnecessária. O que acontece é uma grande explosão de alegria e juventude na tela, capitaneada por Ferris Bueller. E é impossível não adorar Bueller ou seus amigos. Ou até mesmo o diretor de sua escola, tão bizarramente rígido. É um dos filmes mais bem acabados que já assisti e sem fazer nada de tão especial assim. Cada cena, cada momento é antológico. Pena que comédias sejam tão desvalorizadas no mercado cinematográfico em geral. Esta aqui alcançou um patamar elevadíssimo.
  16. Bruna Surfistinha (2011) - 2,5/ 5 Finalmente assisti este aqui. É um filme meio mais ou menos, meio não cheira nem fede. Não é bom e nem ruim. Deborah Secco está bastante convincente e até bonita e é um dos poucos pontos positivos do longa. A direção é razoável e tenta inovar (mas não muito), trabalhando com um roteiro extremamente limitado. O filme pega uma história que é polêmica por si só e a transforma em um filme médio, sem grandes atrativos, para que o povo possa gritar como a Deborah Secco é gostosa e fazer comentários maliciosos em diversas cenas (exatamente o que aconteceu na sessão em que fui). Enquanto Bruna tem paciência e escuta seus clientes, ela fica famosa. Quando começa a tratá-los como as outras prostitutas (fique o tempo combinado e depois rua!), seu poder de sedução decai. É uma típica história de ascensão e queda, embora aqui a heroína não tenha nenhum grande atrativo. Nem sua personalidade, que o filme alega ser tão maravilhosa, é realmente grande coisa. Assim como o filme em si, não dá pra odiá-le e nem pra amá-la. Fica no meio termo. Depois que ela some da tela, some das nossas mentes também.
  17. Sucker Punch (2011) - 1,5 /5 Ainda não entendi que diabos o Snyder queria com um filme desses. Devia ter vendido a história pra alguma empresa de games, que talvez fizesse algo mais interessante. O filme todo parece um clipe extremamente estendido, algumas vezes sem pé nem cabeça ou qualquer sinal visível de uma construção lógica. A impressão que dá é que tenta construir uma história mais ou menos inteligível de fundo só pra enfiar um monte de efeitos especiais, cenas de ação que chegam a ser cômicas e mulheres gostosas, tudo embalado por uma trilha sonora exagerada e barulhenta demais. Algumas imagens são realmente belas, mas a história é tão fajuta que não segura por nenhum momento o interesse. Repito: seria um script interessante para um video game (se melhor trabalhado), mas, como o tempo já provou, narrativas desse tipo não dão certo no cinema.
  18. VIPs (2010) - 3,5/ 5 Começa meio devagar, com o Wagner fazendo o papel de um adolescente com cabelo estilo Justin Bieber. Depois vai melhorando a ponto de quase se tornar um grande filme. A direção, aliás é um ponto alto do filme. O diretor é um tal de Toniko Melo, que antes só tinha dirigido uns episódios de Som e Fúria, da Globo, e o filme da série. Aqui ele se mostra bastante talentoso, principalmente na direção de atores. Gostei especialmente do reencontro de Marcelo com a mãe, que tem uma profundidade tão espontânea e verdadeira, que eu senti que já tinha vivido exatamente aquela cena com a minha mãe. O roteiro é bastante bom e não se mantém grudado ao livro no qual é baseado. A história falha em alguns momentos, mas quando acerta é simplesmente gratificante para o espectador. O final, do qual eu particularmente gostei, pode acabar sendo um tiro no pé da própria produção. O público estava simplesmente adorando, rindo quando era pra rir, se chocando quando devia se chocar, enfim, acompanhando a trajetória de Marcelo (ou Henrique, na maior parte do tempo) com o maior interesse. Só que, como o final não era como eles esperavam, saíram praticamente xingando o filme. Me arriscaria a dizer que não será um grande sucesso comercial, mas é bom ver um filme brasileiro que tem um diretor e não aquela coisa genérica que a Globo coloca na tela. Ah, esqueci de falar. O Wagner Moura é foda. A atuação dele aqui está até melhor do que em Tropa, também porque seu papel acaba sendo mais versátil.
  19. Por ser um filme bem antigo, não vai ser tão fácil de achar. Eu aluguei pelo Netmovies, mas, se não me engano, já vi pra vender na Fnac.
  20. Núpcias de Escândalo (1940) - 3/ 5 Outra comédia com Katharine Hepburn, que repete seu papel masculinizado e estranhamente atraente. É uma daquelas histórias em que todos terminam felizes com seus pares amorosos (que acabam se confundindo em meio à narrativa). Devo dizer que Cary Grant é um ator cômico muito bom, principalmente com o timing, embora geralmente não seja muito reconhecido. Há, muitas vezes, um excesso de diálogos, pelo fato de ser um roteiro adaptado de uma peça teatral. Embora se diga uma comédia, não é assim tão engraçado, e seu poder reside principalmente na indecisão da protagonista e na falta de clareza da intenção dos que a cercam. Apesar de parecer uma crítica social, o filme acaba estabelecendo que pessoas são só pessoas, independentemente de sua conta bancária. James Stewart está bem, mas poderia ter ganho o Oscar por outros filmes ( A Mulher Faz o Homem, por exemplo), em que estava ainda melhor. No fim, traz uma lição de moral um tanto duvidosa. Não importa se seu marido beba, não importa se a estiver traindo com uma dançarina qualquer, não importa se vocês são um casal que não tem onde cair morto. Se está feliz, tudo está bem.leomaran2011-03-25 00:01:10
  21. Recentemente, listei a performance de Elizabeth Taylor em Quem Tem Medo de Virginia Woolf como uma das 5 melhores que já assisti. Pena que mais uma pessoa tão importante para a história do cinema vá embora dessa forma.leomaran2011-03-23 20:37:53
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