Jump to content
Forum Cinema em Cena

SergioB.

Members
  • Posts

    4958
  • Joined

  • Last visited

  • Days Won

    118

Everything posted by SergioB.

  1. Gust84, ontem à noite eu revi "Ali", que também tem fotografia do Lubezki (quase nunca citam esse trabalho dele). Já cumpriu o item obrigatório do currículo de um grande fotógrafo de arrasar em filme de boxe. Esse homem é um gênio. Sobre "The Revenant", eu só ficava assim: "Poupem os cavalos, seus motherfuckers!"
  2. "Cartel Land" impressiona. O bagulho é loco!!!! Se o tema é difícil, duro, importante, polêmico, lá está o nome de Kathryn Bigelow, desta vez na produção executiva deste documentário premiado em Sundance. Que mulher! Que artista! Só os brasileiros idiotas para acharem que ela faz propaganda americana, quando entrega dois filmes estupendos como suas duas últimas produções. Sem contar os magníficos "Point Break" e "Strange Days". Sou fã número 1. O assunto mais uma vez é guerra, só que a guerra contra as drogas. E seu fiasco. Suas milícias, seus líderes carismáticos, sua bala que - como num desenho animado - volta-se de novo para o cano da arma. O diretor Matthew Heineman teve acesso irrestrito a grupos paramilitares, a vigilantes, policiais, políticos demagogos - bandidos em última instância. Ele acompanha o arco todo da situação. Talvez reconheça-se a coragem do diretor: dormir em carros, dormir no deserto, estar no meio do tiroteio... Ou talvez tudo soe meio "tropicalone" para os votantes. De qualquer forma, está indicado ao DGA. Vamos ver o que acontece. É difícil entender como se forma um vencedor do Oscar em Documentário. Se é a importância do assunto, se é o apelo emocional, se é a intenção de premiar um documentarista pela sua trajetória, se é o "momento". Nunca sei em quem votaria. Pablo Villaça gravou vídeo em que diz que o documentário, que ele viu em Tribeca, deveria vencer todos os prêmios deste ano. https://www.vice.com/video/talking-to-the-people-behind-the-new-mexican-drug-war-documentary-cartel-land-815
  3. Anne Thompson tem certeza que George Miller irá ganhar o DGA e o Oscar de Direção. Argumenta que o branch dos diretores ficou alucinado com o filme; que eles não premiarão consecutivamente o Iñárritu; eles votam por big movies (filmado durante 120 dias; 400 horas de imagens antes da montagem; participação do Cirque Du Solei para realizar aqueles incríveis ataques sob varas) não por pequenos como "Spotlight". Ela torce pelo filme. Não tanto quanto eu.
  4. Pete Hammond traçando um cenário que remonta a 1981/1982, quando 3 competidores fortes ("Reds", "Raiders of the Lost Ark", On Golden Pond" ) se estraçalharam e o que que deu? "Chariots of Fire". Ele faz o mesmo case para "Room", em virtude da surpreendente indicação em Direção. Só que o processo não é mais o mesmo, né? Convenhamos. Ele raciocina baseado em uma corrida aberta, mas se Mckay vencer DGA? Aí acabou. Eu aceito melhor o raciocínio dele mas com "Mad Max" vencendo. hehe Eu adoro o Pete Hammond porque ele sabe tanto de Oscar, faz paralelos tão interessantes, traz tanta curiosidade, tanto bastidor. A fofoca da semana é que o PGA foi decido a favor de "The Big Short" por apenas 3 votos de diferença!!! Eu, particularmente, gosto do filme, mas não o aaaaamooooo, e não vejo ninguém que o ama tanto assim. Lembra, Pete, de como é difícil para "Mad Max" vencer Best Picture sem indicação a Roteiro (mesmo caso de "The Revenant"; algo que só aconteceu com "Titanic", "The Sound Of Music, e, claro, "Hamlet") e sem indicação de atores. Seria um raio num céu azul. Ele ainda conta a história deliciosa do estupendo Irving Berlin abrindo o envelope do Oscar de Best Song em 1943 e dizendo: "I won!" (hahaha), isso para ilustrar por que Iñárritu não vai apresentar o prêmio de DGA no sábado e sim Tom Hooper. Com reforço da estatística, lembra que um diretor não vence o Oscar duas vezes consecutivamente desde, nada mais nada menos, Joseph Manckiewicz em 1950 e 1951, e nunca, jamais, um mesmo diretor obteve duas vitórias consecutivas de Best Picture. Esses dados nos dão parâmetros de como podem ocorrer momentos históricos mesmo neste ano. Um Best Picture com apenas 2 Oscars não acontece desde "O maior espetáculo da Terra", em 1953, que também teve 5 indicações, então "The Big Short" tem uma parada realmente bem difícil. Essa DGA é fundamental. Estou ansioso.
  5. "O Menino e o Mundo" é lindo. Comentário social em forma de animação. Uma animação que retoma suas bases de desenho mesmo, de arte pictória, desprovida da necessidade, que foi sendo construída ao longos desses anos Pixar, de haver uma "história genial" por trás. Por ventura essa necessidade de roteiro ixxxperto acaba se transformando em uma muleta. A animação do Alê Abreu vem nos alertar para esses caminhos e mostrar que existem outras forma de fazer. Inteligentemente desprovido de sotaque ou cor local, é realmente a história de um menino e o mundo que o cerca. Sensível a ponto de começar na forma de um ponto, e se agigantar como uma mandala (Os mais místicos entendem e compartilham o recado). No maravilhoso final, o desenho se abre para se converter em um outro tipo de "imagem" - levando esta animação a outro patamar. Não deixem de ouvir a canção do Emicida ao término dos créditos. Rola um bobo complexo de vira-latas entre nós de que o Brasil se dá mal no Oscar, já que nunca ganhamos e tudo. Mas é bom notar que esta inédita indicação em Animação vem a se somar a outras indicações brasileiras em Fotografia, Roteiro Adaptado, Direção, Montagem, Canção, Atriz, Documentário, e, claro, Filme Estrangeiro. Não é pouco, não. Quem acompanha com atenção a história do Oscar sabe que essa plêiade é muito difícil de alcançar. Nós temos um cinema para nos orgulhar.
  6. Sim, só que já há alguns anos a festa de homenagem acontece antes (novembro), privando os reconhecidos de subirem ao palco na festa do Oscar. Tudo para poupar tempo na cerimônia. Os agraciados com o Honorary Award este ano são: Gena Rowlands, Debbie Reynolds, e Spike Lee.
  7. Espero ver todos esses ao longo de 2016, Muviola. Netflix não emplacou "Beasts of no nation", mas, como você bem lembrou, tem emplacado indicações nesta categoria. Seria maravilhoso se mais documentários chegassem aos cinemas brasileiros.
  8. "Winter on Fire: Ukraine`s Fight for Freedom": Fiquei o tempo todo me questionando como passei vários meses acompanhando pela CNN e outras redes tal conflito e mesmo assim não deu para ter a dimensão do acontecido, senão por este documentário. Ele não é uma conversa de diplomatas ou homens de poder, ao contrário, a câmera está com o povo da praça Maidan. Nesse ponto de vista, trata-se de um documentário de molde clássico, regido pela imediaticidade, preocupado em mostrar os fatos quando estão acontecendo, pegando fogo. Os depoimentos são usados, mas são apenas complementares às imagens que estamos vendo. Daí a importância da coragem do diretor de estar sempre no meio do levante. Vale a pena ser visto. Netflix, manda mais!!! Documentário é sempre a categoria de nível mais parelho. Quase sempre todos os indicados seriam justos merecedores da estatueta. O favorito é o "Amy", mas esta produção poderia correr por fora. Meu lado economista fica perplexo em constatar que em 2015 o Brasil quase conseguiu ter uma recessão pior que a desta Ucrânia em guerra. Quase. Todavia, em 2016, teremos a proeza de crescer menos do que ela. Vai vendo.
  9. VES Visual Effects Awards Winners: Outstanding Visual Effects in a Photoreal Feature Star Wars: The Force Awakens Roger Guyett Luke O’Byrne Patrick Tubach Paul Kavanagh Chris Corbould Outstanding Visual Effects in an Animated Feature The Good Dinosaur Sanjay Bakshi Denise Ream Michael Venturini Jon Reisch Outstanding Visual Effects in a Photoreal Episode Game of Thrones; The Dance of Dragons Joe Bauer Steve Kullback Eric Carney Derek Spears Stuart Brisdon Outstanding Visual Effects in a Commercial SSE; Pier Neil Davies Tim Lyall Hitesh Patel Jorge Montiel Outstanding Animated Performance in a Photoreal Feature The Revenant; The Bear Matt Shumway Gaelle Morand Karin Cooper Leandro Estebecorena Outstanding Animated Performance in an Animated Feature Inside Out; Joy Shawn Krause Tanja Krampfert Jacob Merrell Alexis Angelidis Outstanding Animated Performance in an Episode, Commercial, or Real-Time Project SSE; Pier; Orangutan Jorge Montiel Sauce Vilas Philippe Moine Sam Driscoll Outstanding Effects Simulations in a Photoreal Feature Mad Max: Fury Road; Toxic Storm Dan Bethell Clinton Downs Chris Young Outstanding Effects Simulations in an Animated Feature The Good Dinosaur Stephen Marshall Magnus Wrenninge Michael Hall Hemagiri Arumugam Outstanding Effects Simulations in an Episode, Commercial, or Real-Time Project Game of Thrones; Hardhome David Ramos Antonio Lado Piotr Weiss Félix Bergés Outstanding Visual Effects in a Student Project Citipati Andreas Feix Francesco Faranna Outstanding Visual Effects in a Real-Time Project The Order: 1886 Nathan Phail-Liff Dana Jan Anthony Vitale Scot Andreason Outstanding Virtual Cinematography in a Photoreal Project Star Wars: The Force Awakens; Falcon Chase / Graveyard Paul Kavanagh Colin Benoit Susumu Yukuhiro Greg Salter Outstanding Visual Effects in a Special Venue Project Fast and Furious: Supercharged Chris Shaw Alysia Cotter Ben White Diego Guerrero Outstanding Created Environment in a Photoreal Feature Star Wars: The Force Awakens; Falcon Chase / Graveyard Yanick Dusseault Mike Wood Justin van der Lek Quentin Marmier Outstanding Created Environment in an Animated Feature The Good Dinosaur; The Farm David Munier Matthew Webb Matt Kuruc Tom Miller Outstanding Created Environment in an Episode, Commercial, or Real-Time Project Game of Thrones; City of Volantis Dominic Piche Christine Leclerc Patrice Poissant Thomas Montminy-Brodeur Outstanding Models in a Photoreal or Animated Project Star Wars: The Force Awakens; BB-8 Joshua Lee Matthew Denton Landis Fields Cyrus Jam Outstanding Compositing in a Photoreal Feature The Revenant; Bear Attack Donny Rausch Alan Travis Charles Lai TC Harrison Outstanding Compositing in a Photoreal Commercial SSE; Pier Gary Driver Greg Spencer Grant Connor Outstanding Compositing in a Photoreal Episode Game of Thrones; Hardhome Eduardo Díaz Guillermo Orbe Oscar Perea Inmaculada Nadela Outstanding Supporting Visual Effects in a Photoreal Feature The Revenant Rich McBride Ivy Agregan Jason Smith Nicolas Chevallier Cameron Waldbauer Outstanding Supporting Visual Effects in a Photoreal Episode Vikings; To the Gates Dominic Remane Bill Halliday Paul Wishart Ovidiu Cinazan Paul Byrne
  10. Relutei, relutei, mas se faz parte dos indicados, mais cedo ou mais tarde, eu me obrigaria a ver... Não vou me estender muito no assunto, porque eu nunca gostei, nem quando eu tinha 6 anos, nem vai ser agora. Houve sempre uma distância e um estranhamento. Então eu vou comentar de forma desinteressada, sem querer arranhar os sentimentos da enorme quantidade de pessoas que sinceramente ama essa produção... Amor não se explica, só se reconhece. "Star Wars: The Force Awakens" é o melhor episódio das últimas décadas. Fato. O que não o exime de ter tudo que eu odeio na série: a xaropada sentimentaloide, as piadinhas de showbizz americano, aqueles diálogos técnicos jogados para a plateia que tem de engolir tudo porque se-trata-de-um-filme-de-ação- então-filme-de-ação-não-precisa-ter-lógica. O sucesso do filme original foi tão retumbante nos anos 1970 que de certa maneira autorizou toda uma cadeia de filmes chamados "de entretenimento" a serem, dali por diante, sem pé nem cabeça, obrigando a todos a trabalhar a capacidade de suspensão da descrença ao máximo. Foi a verdadeira força do mal. Contudo, neste filme, aquelas características estão melhor contornadas. Talvez porque o George Lucas não seja o diretor, não sei. Neste episódio VII, todos os atores defendem seus personagens de maneira digna, especialmente esse John Boyega e, claro, o Harrison Ford, que, de resto, é uma lenda . Não temos por exemplo Ewan McGregor ou Samuel L. Jacson completamente deslocados, fora de quadro, sem saberem o que fazer das mãos e dos pés. Ponto para o J.J. Abrams. Não sou capaz de avaliar se eu gostei mais desse filme por causa do roteiro, que é melhor, que tem esse final que chama a atenção, ou se é por causa da direção. Tenho de refletir. Mas sem dúvida nenhuma um fator que me fez gostar mais deste filme em relação aos outros foi um maior bom gosto na concepção das criaturas, uma redução dos níveis de cafonice. Não temos coisas constrangedoras como Carrie Fisher de biquini dourado deitada em frente a um monstro de gosma flatulento, por exemplo. Não sei como algum diretor pode ter feito isso um dia a Carrie Fisher! Uma mulher inteligentíssima, capaz de escrever um livro/roteiro bacaníssimo como "Postcards from the edge"! Enfim, só de não ter esse tipo de coisa já me ajudou a fazer a travessia. Falando do Oscar que é a razão deste fórum: Não endosso as indicações de Trilha Sonora e nem a de Montagem. A trilha é um subproduto de tudo que ouvimos desde a maravilhosa e marcante trilha de 1977, premiada com o Oscar inclusive. Não tem nada aqui que seja especial. Ela está muito presente no filme, acompanhando as naves, as lutas, sim, mas não é a quantidade de música que justifica uma indicação. Bem como a montagem não é um trabalho especialmente marcante. Concordo, entretanto, com todo o trabalho de som indicado. É muito curioso ver o editor de som dos filmes do Paul Thomas Anderson, Matthew Wood, trabalhando com ação, em um projeto dessa envergadura. E , falando em mixagem de som, pensa-se em Andy Nelson. Mais uma vez duplamente indicado ("Bridge of Spies"), acho até que 2 Oscars são pouco para ele. Efeitos Visuais...ok. Se tivesse visto o filme antes, não teria imaginado por tanto tempo que ele entraria na lista final de Best Picture. Ele é melhor do que quase todos os outros, mas a Academia continua pé atrás historicamente com sequências. O que só reforça a excepcionalidade de "Mad Max: Fury Road" e "Toy Story III", que são realmente de outra galáxia de tão bons. É coisa de fanboy colocar esse filme como o melhor do ano passado, encabeçando várias listas. Vamos ser sinceros, né, pessoal?! Não é.
  11. Gust84, ela é muito boa, mesmo. Outro que parece que leu meus pensamentos foi o Pablo a respeito de "Joy". Fico pensando em como uma pessoa talentosa como David O. Russel (não estou falando que ele é um Lars Von Trier, estou dizendo apenas que ele tem talento) pode ter feito um filme tão equivocado como este. Para corroborar o meu ponto de vista a respeito do talento dele, aquela grande sequência dos bastidores da gravação do comercial é muito legal, muito bem feita, dinâmica, joga com as emoções do espectador, é convincente, tem graça, tudo funciona... O restante do filme...gente! Que calamidade! Pensando em estrutura e não em resultado, tudo bem fazer uma "mexicanização" da história, ok, nós entendemos, tudo bem usar a artificialidade como arma dramatúrgica, tudo bem, a escolha é sua, mas não aguento mais certas repetições de estilo dele. Encher a tela de personagens caricaturais, que andam atrás do protagonista o tempo todo como um coletivo, que falam um por cima do outro o tempo todo, que quebram objetos frágeis para chamar a atenção, que usam roupas chamativas...Amora Mautner faz isso aqui no Brasil com mais talento, e mais verdade, inclusive. De novo, eu não aguento mais essa repetição de estilo nos filmes do Russel. Estava esperando que a qualquer momento alguém estrasse em cena com um extintor e enchesse o ambiente de fumaça! Ou que um canário passasse voando no meio da sala! Ou que viesse um inesperado beijo lésbico no banheiro...Esse tipo de mise-en-scène louca, de duvidoso efeito cômico, não me surpreende mais. "American Hustle" já tinha muito disso, muito. Vou classificar como casca "Camp" (leiam Susan Sontag). É isso. "American Hustle" era só uma casca "Camp" a respeito de uma história que sequer é relevante nos Estados Unidos, quanto mais para o mundo. Por falar em significado reduzido, se lá era aquele estranho caso do FBI, em "Joy" é a criação de um esfregão. E nem adianta colocar aquele prólogo feminista, porque não vai colar. É uma história pequena. A minha família também construiu algo do nada. A família do meu vizinho da frente também. E a do vizinho do lado também. Não há essa importância. DEFINITIVAMENTE. David O.Russel precisa se renovar. Não sei. Ler coisas diferentes, ver uns filmes diferentes, sair com outras pessoas, sei lá. Dar uma guinada de 180 graus. E certamente trocar de turma. Nada contra a Jennifer Lawrence que ainda tem alguma coisa que salva esse filme de ser uma bomba completa, mas, convenhamos, já deu...Por último, por favor, diretores, não mostrem mulheres cortando o próprio cabelo de frente a um espelho como metáfora de "ir à luta". Não. Não,não,não,não,não,não,não!!!!
  12. ADG Art Directors Guild Awards Contemporary Film The Martian — Production designer: Arthur Max Period Film The Revenant — Production designer: Jack Fisk Fantasy Film Mad Max: Fury Road — Production designer: Colin Gibson
  13. Que mané Idris Elba o quê: https://www.instagram.com/p/BArIiZtHqJK/?tagged=roomthemovie
  14. Notas sobre o SAG: * Jacob Tremblay!!! Jacob Tremblay!! Jacob Tremblay!!! Ele dançando no red carpet foi demais. Haja carisma. * Queen Latifah ganhando provou que existe justiça neste mundo. É uma atuação espetacular. * Queria muito um cartão da Brie Larson. * Downton Abbey, saudades eternas. * Carol Burnett!!! * Brie Larson e Rami Malek são os astros da hora. "Short Term 12" deixou evidente o quanto eles eram ótimos. * Não sei se temos uma corrida para Best Picture. O PGA acertou tudo nos últimos anos. Nem preciso colocar a lista do tanto de Best Picture que não levou SAG, neste últimos anos... * Acho que o Stallone é cada vez mais favorito, já que nenhum adversário - Rylance, ou Bale - venceu aqui. * Leo + Kate abraçando-se, depois da vitória dele...ôôÔô, true love! * Li recentemente "A Luz entre Oceanos" e tenho certeza de que em 2017 a Alicia Vikander será indicada novamente, inclusive, podendo ganhar. Fazer o quê.
  15. Tom O`Neil relata que todos os votantes do SAG a quem ele perguntou votaram, sem exceção, na Kate Winslet. Não sei vocês, mas eu vivo muito bem em um mundo com Kate Winslet ( 7 indicações, 2 Oscars). Faz sentido. Amarra bem amarrado em nome do Senhor:
  16. Eu interpreto diferente. A personagem da Leigh é um saco de pancada sim, já começando de olho roxo, mas ela demonstra sua inteligência, sua força, sua resistência, de maneira até mesmo debochada. Tomam extremo cuidado com ela, pois ela é considerada perigosa (a metáfora social está dada). É o elemento de desequilíbrio do filme, a personagem mais interessante, a que ficará mais na memória. Não é por mostrar misoginia ou racismo que um filme se torna misógino ou racista. O final do filme é claramente um alerta de que ainda se levará muito tempo até que lados diferentes da sociedade possam andar de mão dada. De qualquer forma, acho que o Muviola captou o sentimento predominante: O filme não agradou.
  17. "When Marnie Was There": É o banho de sempre! Grama, mato, e flores que o espectador pode arrancar com a mão. Ternura, delicadeza, pureza, pessoas sendo boas umas com as outras, mistérios dentro da natureza, uma música maravilhosa para condensar tudo...Parece que o livro original é de uma inglesa, mas fato é que os personagens aqui comem com pauzinhos. A cultura japonesa tem tanto a ensinar ao país do Zika Vírus: neste filme, crianças realizam campeonato de catar lixo na maior satisfação...Sem contar a busca pela temperança, paz, e mediação. E no fim: família é a base de tudo; a vida, budisticamente, é um ciclo! Não precisa nem escrever a moral da história, como aqui no Ocidente. Não precisa escrever a moral da história, porque a moral da história está em cada folha, em cada flor, em cada sorriso, na lasca da lua, na água que escorre, no sapo que grudou no seu pé...Samba na cara, mesmo, Japão!!!! Samba rude!!!! Interessante notar como as animações deste ano focam em sua maioria dramas subjetivos, deprês, melôs, e psico-afins. Depois do magnífico "O Conto da Princesa Kaguya" (minha mãe sonha com o livro de colorir deste filme) perder o Oscar para "Operação Big Hero" - leiam com revolta máxima - ano passado, eu não esperava sequer a indicação a esta produção. Está sendo tratado como o último longa-metragem do Estúdio Ghibli. Mas o que eu sei é que é uma interrupção temporária até eles se reorganizarem. Trabalhos como esses não podem ter fim.
  18. Opiniões a parte, eu também amo "All The President`s Men". É muito curioso que esta temporada seja verdadeiramente uma ponte com os filmes da temporada de 1976/1977. "Spotlight" e "Creed" bebem muito na fonte daqueles filmes dos anos 1970. Aliás, se formos pensar, que ano maravilhoso foi aquele! Pessoalmente, daria todos os Oscars possíveis e imagináveis para "Network", sem tirar os méritos, contudo, dos que acabaram vencendo naquele ano. Isso sem falar em "Taxi Driver", "Face to Face", "Carrie". Um ano icônico. Imborba, nós estamos sofrendo é com a falta de "Son of Saul".
  19. E o ranking de melhores do ano foi atualizado... Peço licença a "The Revenant" para ceder o segundo lugar para o "Todos os Homens do Presidente-2016". "Spotlight" já começa com a trilha linda do Howard Shore chamando a atenção, aí segue-se o trabalho do elenco, o assunto, a importância do assunto, a montagem de filme investigativo (Que bom que foi indicado), a maturidade do roteiro (Oscar!)... Todo ano neste fórum eu lanço a campanha "Deem um Oscar para o Mark Ruffalo, bastards"!!! Mas esse povo da Academia não me ouve.. Os olhos dele são diferentes, são olhos de dosha kapha, "olhos cheios de leite", como diriam os indianos, que transbordam sensibilidade. Ele é perfeito para esse tipo de papel. O restante do elenco está ótimo também, Stanley Tucci, Michael Keaton, Liev Schereiber...Adorei a Rachel McAdams também, é justa a indicação, mas pessoalmente espero vê-la em mais trabalhos de peso. Segue-se o costume de que se você é a única mulher entre homens, você é indicada. A verdade é que ninguém ainda sabe quem vai ganhar Atriz Coadjuvante, sendo possível angariar bons argumentos para todas as indicadas, e o dela certamente é muito bom: ser a única representante de um Best Picture. O trabalho do Tom McCarthy já me emocionara em "The Visitor", mas aqui é seu apogeu como roteirista e como diretor. Linda a cena em que lentamente os repórteres vão descobrindo mais e mais informações, ampliando o escopo da investigação, e a câmera vai abrindo o foco, abraçando a todos os personagens principais. Eu sempre gosto de filmes que retratam as pessoas trabalhando de uma maneira realista (Se pensarmos na dramaturgia brasileira, Agnaldo Silva é um dos poucos autores que mostram os personagens efetivamente trabalhando). Normalmente, o trabalho que se destaca é feito nas madrugadas, solitariamente, por pessoas obsessivas, que pensam nas repercussões de tudo que fazem. Nunca conheci nenhum excelente trabalhador, seja em que área for, cuja dedicação extremada não afete sua vida particular. Não é "heroísmo" da profissão, edulcoração, quem trabalha de verdade deixa a comida queimar no forno, não arruma a casa, não dorme... É muita falação? É muita falação. Quem não se importa muito com o assunto também achará o filme um saco. Mas é só parar para pensar. Cada cidade brasileira, cada um dos mais de 5.000 municípios (Não somente Mariana, Rio de Janeiro, Franca e Arapiraca, como se lê nos créditos finais), tem uma história dessas para contar. Só não têm um Boston Globe para publicá-las. Pelo visto o histórico tabu de filme sobre jornalismo não levar Melhor Filme continuará.
  20. Avisem para a mulherada amiga de vocês para não chorarem muito pelo Fassbender por que em 2017 ele terá outra oportunidade. E a Alicia Vikander também. Não precisa ter pressa de premiá-los.
  21. Não é só na Venezuela, em Cuba, na Coreia do Norte,e nas universidades pública brasileiras, que o comunismo é levado a sério...Em 1947, Hollywood também tinha suas células...Mas "Trumbo" não se trata de um filme do passado, hoje em dia ainda existe perseguição à ideias alheias - mesmo àquelas que são realmente estapafúrdias, que nunca deram certo em lugar nenhum do mundo, nem nunca darão. Intolerância, essa palavra. Ou como escreveu Tolstói a respeito da tensão política da Rússia em "Guerra e Paz": "Metade quer assassinar a outra metade". Conhecem algum lugar assim? Estou até surpreso pele filme não ter repetido no Oscar o sucesso que teve no SAG. Como não podia deixar de ser, é pura referência à Academia, às suas sombras e à alguns luminares. Nunca soube que, outro comunista, Jean-Paul Sartre ("Existe uma liberdade total de crítica na U.R.S.S") fora indicado a um Oscar. Então aguentei duas horas de mediocridade cinematográfica, clichê atrás de clichê, piadinha que emenda outra piadinha até quiçá ao final dos tempos, para sair enriquecido dessa informação. E de quebra vi vídeos antigos de Deborah Kerr, Jean Simmons, Kirk Douglas...A memorabilia Oscarmaníaca agradece! É verdade: Bryan Cranston é o runner-up de Ator. Imita perfeitamente os trejeitos de Trumbo e presta um bom desempenho, realmente. Querem saber? Não doeu.
  22. Depois do PGA, vou me render à realidade. Jamais imaginei que um filme com apenas 5 indicações fosse levar Best Picture."The Departed" teve 6. Certo é que teve as indicações nas categorias fundamentais. Brad Pitt = Baile de Favela! Gostei muito do filme, mas não me emocionei. AwardsWatch ‏@awards_watch 24 de janVer tradução Of the 40+ critics BP awards this season, The Big Short has won zero. Last time an Oscar BP came in that low was The King's Speech with one.
  23. Falei a mesma coisa no meu comentário. Eu tenho a trilha de "As Horas" ( bem como o cartaz, o livro, o dvd...), ouvi zilhões de vezes ao longo da vida, e é patente a semelhança. Agora, não nomearem a Judy Becker (que também trabalhou em "As Horas") é o mais revoltante. Queria muito que alguém que gostou de "Steve Jobs" me explicasse por que cargas d`água a vida de alguém tão relevante pode ter gerado um filme tão irrelevante. Tem muita coisa boa no filme, a dinâmica da Kate Winslet com o Fassbender por exemplo, mas não gostei nada da decisão do roteiro de focar na figura dele como pai. Filme de redenção familiar é o que mais se faz em Hollywood. A cena final então é de matar.
  24. "Carol" e "Creed" no meu ranking, por enquanto, estão disputando o terceiro lugar. Acima deles, "The Revenant" e, claro, majoritário e matador, "Mad Max: Fury Road". Sobre as polêmicas: Sam Coffey ‏@SamRS72 3 hHá 3 horasVer tradução Critics needs to do a better job. Studios need to do better. The Oscars are the final step in a film's process, not the beginning.
  25. Faz 5 minutos que eu vi "Steve Jobs". Não sei se vocês sabem, mas o filme tem a Kate Winslet e tem o Michael Fassbender. Não tenho mais o que dizer. Já esqueci completamente.
×
×
  • Create New...