SergioB.

São gigantescas as chances de você não gostar, Sync. Eu adorei o filme, como gostei de toda a cinematografia dele, principalmente "Além da Linha Vermelha". "A Árvore da Vida" me ganhou com aquele catálogo subjetivo da vivência: cenas de Jessica Chastain tomando água nos tornozelos, estendendo roupa no varal, e as crianças jogando pedras nos telhados. Gosto de ver esse tipo de filme reconhecido, aos quais a trama é desprezada em prol das atuações, fotografia, trilha, edição...

Guidon, talvez não tenha me feito muito claro. Quis dizer que a Academia errou no timing ao indicar tardiamente Aronofsky e Paul Thomas Anderson (Este, pra mim, já teria umas 3 indicações). Indicar Reifn seria uma forma de dizer: "Estamos mais atentos aos novos talentos". Dura é a sina de quem faz de repente um filme acachapante. As pessoas ficam se perguntando de onde apareceu esse cara?, será que isso é realmente bom?, e aí optam pela segurança dos nomes tradicionais. Paul Thomas Anderson e Aronofsky sofreram com isso. Nada contra Allen, ou Malick. Adorei os dois filmes, por sinal. Mas vibro a cada prêmio concedido a Drive. Aliás, esta é uma das funções da crítica: não deixar que grandes trabalhos sejam ignorados. Nathaniel Rogers escreveu que os observadores do Oscar preferem boas surpresas a estarem certos. Bingo! Reifn indicado seria lindo de se ver. SergioBenatti2011-12-29 14:50:34

Indicar Refn por Drive seria como indicar, mal comparando, Paul Thomas Anderson e Darren Aronofsky, na época certa. Indicações essas que a Academia tardou a fazer, para desespero de todo mundo que espera mais do cinema. Poxa, ia ser lindo!

E Gosling pra ator! Essa quinta vaga tá aberta, gente! Não custa nada eles compensarem o absurdo da não indicação do ano passado. Boto fé!

Cartaz nostálgico. Considerando as luzes de cada década, vejo que: odeio Gladiador; detesto Forrest Gump; não sinto nada por Conduzindo Miss Daisy; Poderoso Chefão é hors concurs; sou apaixonado por A Noviça Rebelde, Assim Caminha a Humanidade,Casablanca, E o Vento Levou... Realmente, por esse cartaz, a cada década, o cinema fica pior. Rsss (tô bricando!!)

Beale, "Menino de Lugar Nenhum" é estupendo! De livros narrados por adolescentes, é o melhor que eu conheço. Alguém falou na ascensão do Michael Shannon rumo à quinta vaga, mas eu tenho percebido é a ascensão de "Drive", como um todo, incluindo Gosling.

Não acredito, Cremildo. Aquela declaração em Cannes prejudicou a carreira do filme, como um todo. A categoria está muito forte esse ano, concorrentes com várias indicações no currículo: Robert Richardson, Janusz Kaminski, Serra, Menges, Cronenwerth, além, do que parece ser a barbada do ano, Emmanuel Lubezki. Pra tirar o Oscar do mexicano (que deveria ter vencido por Filhos da Esperança, em 2007), só o Guillame Schiffman de "The Artist".

Aposto na canção de The Help, com a maravilhosa Mary J. Blige: The living proof.

Atriz, nesse momento, está entre Meryl Streep e Michelle Williams, IMO.

E que fim levou Elizabeth Olsen?

O NC-17 matou Shame, assim como Blue Valentine (antes de ser revertida. Não foi isso?). Os lançamentos tardios hão de modificar um pouco a lista. Fico feliz pelo bom e velho Woody, mas a indicação por elenco é um exagero. Por enquanto, The Artist está na dianteira. Entrou em ator, atriz coadjuvante (a menina de The Descendants não entrou), e elenco.

Eu subestimei as chances de "Drive" e superestimei as de "Shame". Glenn Close passando batido, assim como Carey Mulligan. Pena! Não achei estranho "The Descendants" ganhar Los Angeles, afinal, salvo engano, Payne já foi premiado duas outras vezes lá. ................... Adoro "The Reader". Quem já conviveu com algum analfabeto (e ainda são mais de 10% no Brasil) sabe o quanto de vergonha eles têm. Não é um exagero de enredo! Pior, nem é enredo, trata-se do livro! Alguns comentários aqui pareceram desejar que o Daldry tivesse alterado a história original de Bernhard Schilnk. Que ideia! A parte em que Hanna ouve pela primeira vez a fita gravada me emociona demais, fora a cena do dinheiro devolvido na lata de chá. Isso pra mim é das coisas mais tocantes que vi naquele ano pra lá de fraco.

Vocês me desculpem, mas ninguém aqui torce o nariz para "O Discurso do Rei" tanto quanto eu! Que filmeco, digno de cenário de filme pornô (sabem da história?)! Não vejo nunca mais. "A Rede Social" simplesmente o humilha! Não sei se a adaptação foi fiel ao livro, mas a personagem da mãe do garoto, interpretada pela Sandra Bullock, tem apenas um momento digno de Oscar, em "Extremamente alto & Incrivelmente Perto". No mais, tudo é o personagem do garoto. Se Thomas Horn for mesmo um prodígio, vejo chances de indicação, mesmo num ano tão competitivo. O final do livro é pra fazer qualquer diretor pegar uma câmera e filmar imediatamente.

Sync, quase ausência... Best Ensemble: The Help

Que isso, gente, a menina ganhou uns bons prêmios de crítica. Não discuto se maiores, ou menores, mas ganhou. O fato é que, pensando em Oscar, até a Mãe Diná deve ser um parâmetro melhor para Atriz Coadjuvante do que o NBR. Olhem só as últimas vencedoras: 2010: J. Weaver 2009: Anna Kendrick 2008: Penelope Cruz (Acertou) 2007: Amy Ryan 2006: O'Hara 2005: Li 2004: Laura Linney 2003: Patricia Clarkson

Terminou de mãos abanando. É só a minha impressão, Saulo. Você acha que ela ganha o Oscar de Spencer, Mulligan, Redgrave, Chastain?

Shailene Woodley, de The Descendants, está me cheirando a Hailee Steinfeld 2012. Na hora, a coisa não vai.

Ihhh, coitada da Tilda Swinton, nem será indicada.

Garbage, eu li vários livros excelentes esse ano: "Liberdade" e "As Correções" (parece que será adaptado para série na HBO)do Jonathan Franzen; "Dois Irmãos" do Milton Hatoum (que será adaptado pelo Luiz Fernando Carvalho), entre outros, mas nenhum, nenhum, conseguiu me emocionar tanto quando "Só Garotos". Que livro estupendo! É o melhor presente de Natal que um amigo "alternativo" poderia ganhar. Diferente de você, eu adoraria ver aquela Nova York louca dos anos 1960/1970 nas telas. E a Charlotte Gainsbourg seria perfeita fisicamente, né?. É quase uma sósia. Gente,não descartem o filme do Daldry! A história de "Extremamente alto & incrivelmente perto" é fodástica. Só de pensar no que o Daldry pode fazer com o final do livro..

Rselistre, também adoro a Charlotte Gainsbourg em "Melancholia". Não sei se você sabe, mas ela está cotada para interpretar a Patti Smith, na filmagem, do melhor livro do ano - "Só Garotos". Com o sucesso que o livro fez nos USA, seria uma boa oportunidade pra ela ser indicada. Eu também sou a favor de premiar os que estão melhores no ano, sem olhar para carreira, ou qualquer outro tipo de apelo. A lógica da compensação só serve para premiar ótimos atores por papéis menores, estimulando as injustiças. Vira uma bola de neve.

Philip Seymour Hoffman é a Libra esterlina do mercado de atores. Os outros, simplesmente, valem menos. Não sei vocês, mas eu vou torcer como um louco pela Carey Mulligan (a quem já teria dado meu voto por Educação). "Shame" só cresce aos meus olhos.

A verdade é que estamos no meio de Novembro e, ao contrário dos últimos anos, não podemos cravar nenhum vencedor nas principais categorias! Nossas previsões ainda são uma mistura de desejo + pensamento. O mais próximo de uma vitória parece ser Christopher Plummer.

Sobre os méritos de composição da Judi Dench, basta, pra mim, uma única cena: ela alisando os punhos de Cate Blanchett em "Notas Sobre um Escândalo"... (Só fui ver "Biautiful", hoje, pois sabia que ia detestar e não deu outra. Que coisa pavorosa!)

Uma das coisas mais importantes em marketing é o timing. Por exemplo, um amigo meu viu Begginers em los Angeles e disse que é ótimo, extremamente comovente (e que o Plummer está chutando tudo). Se estivesse sendo lançado por agora, talvez cavasse uma vaguinha em Roteiro. Tancredo Neves dizia que "uma decisão certa na hora errada é uma decisão errada". É a mesma coisa.

Eu não tenho nada contra o Oscar ser um prêmio da indústria do cinema norte-americano. Se houvesse essa ampliação, Beale, a entrega duraria ainda mais tempo, prejudicando o evento, como um todo. Fora que os votantes já não veem os filmes deles para votar, quanto mais os de outros países...O Oscar seria uma fábrica de injustiças em escala mundial.