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Progger58

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  1. Ou seja, vai à cata de toda a discografia delas, independentemente do que digam a respeito deste ou daquele disco? As minhas (atualmente) são estas: - Pink Floyd - Camel - Renaissance - Porcupine Tree - Iona - Isildurs Bane - The Church - Steely Dan - Mike Keneally - October Project - Nils Petter Molvaer - Erik Truffaz - Dredg - Jeff Golub - The Blue Nile - The Tea Party - Afro Celt Sound System Quais são as suas? (bandas e artistas, bem entendido. ) Demétrio.
  2. Sabem aquelas bandas e/ou artistas que você gosta tanto que sai à procura de tudo que possa encontrar por aí afora? Você já tem praticamente tudo que a banda lançou e, de repente, saem novas edições remaster, e aí você compra tudo de novo, só pelo prazer de ouvir como ficou a implementação do áudio em relação ao original e para conseguir aquelas famigeradas faixas bônus, inéditas, etc. Pois é, tem uma banda relativamente nova cuja música me conquistou a tal ponto que hoje estou justamente nesta fase, à caça de tudo o mais que venha a ler lançado no mercado. O nome desta banda é PORCUPINE TREE.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Trata-se de uma banda inglesa cujo primeiro disco, On the Sunday of Life, lançado em 1992, apresentava uma fusão de rock progressivo psicodélico/experimental com reminiscências de Pink Floyd era-Syd Barrett com space rock na linha Hawkwind (e até um pouco de Gong também). Para mim o disco mais inconsistente do Porcupine Tree (apesar de já conter uma das melhores músicas por eles já composta, Radioactive Toy), pois o melhor ainda estava por vir. Depois desse primeiro disco, a sonoridade da banda mudou um pouco, tendendo mais para um prog/space rock na linha Pink Floyd fase Wish You Were Here (se bem que o som do Porcupine Tree é ainda mais viajandão). Nessa fase foram lançados os discos Up The Downstair (1993), o CD/EP Staircase Infinities (1994) e o magnífico álbum The Sky Moves Sideways, de 1995 (por muitos considerado como sendo a obra prima do PT, tendo sido recentemente lançado em edição remaster, na forma de cd duplo, assim como também o Up The Downstair, lançado há pouco tempo na versão cd duplo, sendo que o segundo disco é justamente o citado CD/EP Staircase Infinities). O excelente Signify, de 1996 (também recentemente lançado em edição dupla remasterizada) marca, por assim dizer, a transição entre essa fase tipicamente floydiana e uma sonoridade um pouco mais pesada. O disco seguinte é um ao vivo, Coma Divine, de 1997 (também recentemente lançado em edição dupla, remasterizada, e que pessoalmente considero um das melhores gravações ao vivo já registradas no gênero), e é resultado de um show da turnê do disco Signify, gravado em Roma. O disco subseqüente, Stupid Dream (1999), flerta um pouco com Indie Rock, lembrando também eventualmente o Radiohead. Em 2000 foi lançado o disco Voyage 34: The Complete Trip (junção de dois EP’s originalmente gravados em 1992 e 1993, ou seja, lembram bastante o Pink Floyd). Em 2000 também foi lançado um disco novo, Lightbulb Sun, que segue mais ou menos a linha do disco precedente (Stupid Dream), se bem que com um pouco mais peso. Em 2001 sai mais um excelente ao vivo, o Warszawa, resultado da turnê do Lightbulb Sun. Depois disso, e talvez até influenciada pelo fato do líder e guitarrista da banda, Steven Wilson, haver se envolvido na produção dos discos do grupo Opeth, a sonoridade do Porcupine Tree também passou a incorporar alguns elementos de Prog Metal, conforme se pode perceber pelos dois últimos discos da banda, os também magníficos In Absentia, de 2002, e Deadwing, de 2005 (ambos também disponíveis, a quem interessar possa, no formato DVD-A, com qualidade de áudio multicanal realmente magnífica, inclusive uma faixa do DVD-Audio In Absentia faz parte de um disco demo da famosa marca inglesa de caixas acústicas high-end B&W). Em 2001 foram lançados dois discos contendo outakes e raridades: Recordings e Metanoia (este último contendo jam sessions realizadas durante as gravações do excelente álbum Signify), ambos também muito bons. Tem ainda uma compilação, em forma de cd duplo, lançada em 2002, sob o título Stars Die, contendo inclusive várias faixas inéditas, sendo portanto uma excelente opção para aqueles que queiram eventualmente explorar o maravilhoso mundo musical desta banda. E a banda acaba de lançar seu primeiro DVD, intitulado Arriving Somewhere... (lançado oficialmente no último dia 10 de Outubro). Quem já teve a sorte de receber o seu só tem elogios a respeito do DVD e eu também não vejo a hora de receber o meu, que se encontra neste momento a caminho. Este é o link para o site oficial da banda: http://www.porcupinetree.com Demétrio.
  3. Esta é uma das minhas bandas prediletas da atualidade também (juntamente com as também fenomenais Porcupine Tree, Dredg, The Tea Party, dentre outras). Os meus discos prediletos da banda são OK Computer e Kid A, com suas atmosferas extremamente sombrias, introspectivas e melancólicas, onde melodias tristes combinam-se perfeitamente com a voz angustiada do Thom Yorke para criar uma sonoridade realmente cativante. Demétrio.
  4. É isso aí, Luis Eduardo. Então aqui vai mais uma: Grupo: ANATHEMA<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: A Fine Day to Exit Ano: 2001 Origem: Inglaterra Gênero: Prog Metal Músicos: Vincent Cavanagh – guitarra, vocais Danny Cavanagh – guitarra, teclados Dave Pybus – baixo John Douglas – bateria Faixas: 1 – Pressure 2 – Release 3 – Looking Outside Inside 4 – Leave No Trace 5 – Underworld 6 – Barriers 7 – Panic 8 – A Fine Day to Exit 9 – Temporary Peace Depois de enveredar pelo Doom / Death Metal na fase inicial de sua carreira (1992 a 1996), a banda inglesa Anathema mergulhou fundo no progressivo a partir de seu disco Alternative 4, de 1998, consolidando definitivamente essa nova tendência no álbum seguinte, Judgement (1999), e nos seus dois mais recentes trabalhos de estúdio, A Fine Day to Exit (2001) e A Natural Disaster (2003). Bastante introspectivo e macambúzio, A Fine Day to Exit constitui-se num dos melhores trabalhos do Anathema. A produção de Nick Griffiths (que trabalhou com o Pink Floyd em The Wall) é a maior prova do mergulho definitivo da banda nas melodias intrincadas do progressivo. O disco todo é uma viagem, emotivo, climático, soturno, melancólico, com destaques para as faixas "Release" (2) e "Leave No Trace" (4), ambas com sua harmonia belíssima e uma atmosfera viajante e hipnótica, e as duas músicas finais, "A Fine Day to Exit" e "Temporary Peace", também viajantes e extremamente emotivas. Um must para fãs de bandas como Porcupine Tree, Opeth (fase Damnation), Radiohead e Pink Floyd, sendo especialmente indicado para aqueles que também apreciam essa deliciosa fusão de peso e agressividade com melodias e atmosferas altamente sensíveis, que nos tocam fundo n'alma. Demétrio.
  5. Luis Eduardo, Eu até concordo que é muito sombria realmente, mas em termos de sonoridade macabra eu estou para conhecer alguma coisa como este disco aqui: Imagine uma fusão de Stravinski com King Crimson, é mais ou menos por aí uma descrição aproximada de como é a sonoridade do Univers Zero. Tem que ser muito macho pra escutar este "Heresie" completo, sozinho em casa, com as luzes apagadas e o volume no talo. Demétrio.Progger582006-10-21 13:30:39
  6. Outra banda excelente dos anos 70: Grupo: STRAWBS<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Hero and Heroine Ano: 1973 Origem: Inglaterra Gênero: Progressivo Sinfônico Formação: David Cousins – vocais, guitarras acústica e elétrica Dave Lambert – vocais, guitarras acústica e elétrica John Hawken – pianos, órgão, mellotron, sintetizador Chas Cronk – baixo, sintetizador, vocais Rod Coombes – bateria, percussão, vocais Faixas: 1. Autumn: Heroine's Theme, Deep Summer's Sleep, The Winter Long (<?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />8:27) 2. Sad Young Man (4:09) 3. Just Love (3:41) 4. Shine on Silver Sun (2:46) 5. Hero and Heroine (3:29) 6. Midnight Sun (3:06) 7. Out in the Cold (3:19) 8. Round and Round (4:44) 9. Lay A Little Light on Me (3:27) 10. Hero's Theme (2:28) Bonus tracks: 11. Still Small Voice (2:28) 12. Lay A Little Light on Me [early version] (2:20) Grupo progressivo inglês com fortes raízes no folk, o Strawbs foi fundado pelo vocalista e guitarrista David Cousins e, ao longo dos anos, com a entrada e saída de vários músicos em sua formação (dentre os quais o tecladista Rick Wakeman, que fez parte da banda entre 1970 e 1971, participando da gravação de um disco ao vivo, Just a Collection of Antiques and Curios, e um de estúdio, From the Witchwood, antes de seguir para o Yes), foi incorporando outros elementos à sua música, notadamente sinfônicos, embora permanecendo predominantemente focado no formato canção e em suas levadas folk características ao longo de toda sua (prolífica) carreira. A princípio o nome do grupo era The Strawberry Hill Boys (numa alusão ao local onde ensaiavam e se apresentavam no início da carreira, chamado Strawberry Hill, ainda no final dos anos 60), depois simplificado para The Strawbs. Hero and Heroine, um de seus trabalhos mais sinfônicos, começa com aquela que eu particularmente considero a melhor música do grupo e uma das mais belas mini-suites progressivas de todos os tempos: "Autumn". Com quase nove minutos de duração e composta de três movimentos, ela começa um pouco soturna, num ritmo grave e cadenciado construído por timbres de sintetizador / baixo / bateria, evoluindo numa belíssima e inspirada intervenção de mellotron, depois uma passagem mais suave, com os vocais do Cousins acompanhados por delicados riffs de guitarras acústica e elétrica (sempre com aquele som mágico do mellotron ao fundo), em seguida outra parte, igualmente suave, acompanhada de delicados solos de piano, nova mudança de ritmo para uma cadência mais forte, terminando num crescendo sinfônico e arrasador de mellotron, valendo ainda mencionar a inspiradíssima performance vocal do Cousins nesta música, bastante melancólica. "Sad Young Man" (faixa 2) começa no típico estilo folk do Strawbs, mas assume logo em seguida características bastante sinfônicas também, com ótima presença de órgão e mellotron, além de guitarras elétrica e acústica. "Just Love" (faixa 3) é bem rock 'n' roll, enquanto "Shine on Silver Sun" (faixa 4) restabelece um pouco a calmaria do disco, numa bonita balada comandada por mellotron. "Hero & Heroine" (faixa 5), uma música com andamento meio frenético e psicótico, é outro ponto alto deste álbum, começando num crescendo bombástico e arrasador, comandado por timbres de mellotron, seguido dos vocais do Cousins e riffs de guitarra com timbre de banjo, depois com novas intervenções de mellotron e órgão, terminando com bonitos riffs de guitarra e já interligando-se com a faixa seguinte, "Midnight Sun", uma belíssima balada semi-acústica com timbres de guitarra flamenca e de flautas (sintetizadas, presumo) com reminiscências andinas. "Out in the Cold" (faixa 7) é outra balada semi-acústica com ótimas reminiscências folk e letra de uma certa conotação erótica ("I sucked on your breasts, your legs opened wide / I could scarcely believe all the pleasures inside"), ao passo que "Round and Round" (faixa 8) é mais sinfônica e agressiva, com uma atmosfera meio soturna e psicodélica em algumas passagens, começando com timbres de sintetizadores, baixo e bateria, seguidos das características intervenções vocais do Cousins. "Lay A Little Light on Me" (faixa 9) é outra balada sinfônica bem interessante, com boa presença de riffs de guitarras, interligando-se em seguida com a faixa de encerramento do álbum, "Hero's Theme", bastante sinfônica e com boa presença de vocal coral. As duas faixas bônus (contidas na edição remaster) também são muito interessantes, a primeira ("Still Small Voice") começando bem suave, com riffs de guitarra semi-acústica, progredindo em seguida para uma sonoridade mais rock e finalizando tranqüila como começou, ao passo que a segunda ("Lay A Little Light on Me [early version]") é uma versão mais rock da faixa 9, com boa presença de bateria e piano. O som do Strawbs não costuma fazer muito aquele padrão de música cativante à primeira audição. As eventuais reminiscências às características folk / bluegrass de suas origens, a voz do Dave Cousins com seu timbre bastante peculiar (lembrando eventualmente o Cat Stevens), são detalhes que normalmente demandam por parte de neófitos algumas audições repetidas para se habituarem, mas uma vez assimiladas essas características todas a gente aprende a apreciar em toda sua plenitude a música realmente bonita e cativante do Strawbs. No entanto, uma característica muito especial no som dessa banda tende a agradar imediatamente todo e qualquer fã do bom e velho rock progressivo: a farta utilização de mellotron, instrumento este por cuja sonoridade eu particularmente tenho uma afeição toda especial e sei que muitos outros fãs do gênero também o têm, portanto fica aqui a dica a outros aficionados no som mágico desse instrumento, no sentido de que também procurem imediatamente conhecer o Strawbs. Hero and Heroine constitui indubitavelmente um dos melhores trabalhos do grupo (juntamente com outras pérolas como Grave New World e Ghosts). Mesmo se acaso não contivesse o épico "Autumn", eu ainda assim concederia quatro estrelas e meia a este álbum, mas com uma pérola progressiva como esta seria inadmissível não lhe atribuir nota máxima, pois se trata realmente uma música que, por si só, já justificaria a aquisição deste disco. Demétrio.
  7. É isso aí, pessoal, vamos continuar agitando o tópico!! Aproveitando o ensejo, mais um disco do magnífico Eloy: Grupo: ELOY<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Silent Cries and Mighty Echoes Ano: 1979 Origem: Alemanha Gênero: Rock Progressivo Formação: Frank Bornemann – guitarra, vocais Klaus-Peter Matziol – baixo, pedais, vocais Detlev Schmidtchen – órgão, mini-moog, sintetizadores, Mellotron, coro Jürgen Rosenthal – bateria, percussão Faixas: 1. Astral Entrance (<?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />3:03) 2. Master of Sensation (6:01) 3. The Apocalypse (14:55) a) Silent Cries Divide the Nights The Vision - Burning c) Force Majeure 4. Pilot To Paradise (7:03) 5. De Labore Solis (5:06) 6. Mighty Echoes (7:13) Remaster Edition Bonus Tracks: 7. Child Migration (4:05) 8. Let the Sun Rise in my Brain (3:29) Formado em 1969 e depois de seis discos lançados (Eloy, Inside, Floating, Power and the Passion, Dawn e Ocean), o grupo alemão Eloy (nome inspirado no livro "A Máquina do Tempo", de H.G.Wells) chega ao seu sétimo trabalho no melhor de sua forma, a esta altura contando apenas com o vocalista e guitarrista Frank Bornemann da formação original. O grupo, que quase encerrara atividades depois do quarto trabalho (Power and the Passion) em razão de divergências musicais intensas que resultaram na debandada de três de seus músicos de uma só vez (o tecladista Manfred Wieczorke, o baixista Luitjen Harvey Jansen e o baterista Fritz Randow), retornou totalmente reformado em Dawn com três novos membros (o baixista Klaus-Peter Matziol, o tecladista Detlev Schmidtchen e o baterista Jürgen Rosenthal), que ajudariam a moldar o novo som do Eloy, do típico hard progressivo dos três primeiros trabalhos para o característico progressivo sinfônico / espacial da fase seguinte, iniciada ainda que transitoriamente em Power and the Passion e consolidada definitivamente em Dawn. O que temos aqui (a exemplo dos dois trabalhos anteriores, Dawn e Ocean) é um progressivo sinfônico/espacial da melhor qualidade, caracterizado por passagens instrumentais bem viajantes (ainda que mantidos alguns elementos hard em determinadas passagens), com deliciosas reminiscências de Pink Floyd e Tangerine Dream. Detlev Schmidtchen, um mago dos teclados, era exatamente do que o Bornemann precisava para criar os sofisticados arranjos sinfônicos agora presentes na música do Eloy. A faixa de abertura, a totalmente instrumental "Astral Entrance", começa com um timbre grave de teclado, seguido de um melancólico solo de guitarra do Bornemann, bem na linha "Shine on you Crazy Diamond – Part 1" do Pink Floyd. "Master of Sensation" (faixa 2) marca a passagem de uma atmosfera melancólica e viajante para levadas mais hard, comandadas por riffs de teclados analógicos e sintetizadores, ótima performance vocal do Bornemann e excelente presença de guitarra e seção rítmica também. "The Apocalypse" (faixa 3) é uma suíte de quase 15 minutos de duração dividida em três partes, sendo a primeira delas com incríveis solos de órgão, guitarras e sintetizadores, a segunda mais viajante, marcada por um melancólico solo de teclado, riffs de guitarra à la Gilmour e um vocal feminino na linha "The Great Gig in the Sky" do Floyd, e a terceira bem cósmica, à base de sintetizadores (à la Tangerine Dream) e baixo, complementada ao final por riffs de guitarra e bateria. "Pilot to Paradise" (faixa 4), a exemplo da segunda faixa, também é uma música mais cadenciada, construída predominantemente em cima de timbres de baixo e teclados, mas com boa presença de guitarra e bateria também, além de uma excelente e inspiradíssima performance vocal do Bornemann. "De Laboris Solis" (faixa 5) é outra música bastante atmosférica também, comandada por timbres de teclados e outra boa participação do Bornemann aos vocais. A faixa de encerramento, "Mighty Echoes", também tem seus momentos mais hard, com ótima presença de todos os músicos da banda. A edição remasterizada deste disco, a exemplo de todas as outras do Eloy que eu conheço até agora, também é de uma qualidade técnica excepcional, razão pela qual a recomendo sem reservas. Além disso, contém duas faixas bônus também excelentes, inclusive a última com algo que eu considero bastante incomum no som do Eloy: flauta (será por isso que alguns também conseguem identificar alguns elementos esparsos do Jethro Tull no som da banda?). De uma forma geral eu considero este trabalho todo excelente realmente, mas destacaria com especial ênfase as faixas "The Apocalypse" e "Pilot to Paradise", além da bonita e melancólica faixa de abertura, como minhas prediletas. Detalhe: o disco é de 1979, uma prova cabal de que, nessa época, diferentemente do que muita gente pensa, ainda se fazia rock progressivo de ótimo nível. Uma pena que, depois deste álbum, o tecladista Detlev Schmidtchen e o baterista Jürgen Rosenthal acabaram deixando o grupo para formarem uma outra banda, a Ego on the Rocks (a qual lançaria apenas um álbum, Acid in Wonderland, ainda em 1979). Silent Cries & Mighty Echoes foi o álbum de maior sucesso comercial na carreira do Eloy e constitui, na minha opinião, um dos melhores trabalhos do grupo, no mesmo nível de clássicos como Dawn, Ocean e Power and the Passion. Demétrio.
  8. Ué, gente, ninguém mais? Então aqui vai mais um do Eloy: Grupo: ELOY<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Floating Ano: 1974 Origem: Alemanha Gênero: Hard Progressivo Formação: Frank Bornemann – guitarra, vocais Manfred Wieczorke – órgão, guitarra Luitjen Jansen – baixo Fritz Randow – bateria Faixas: 1. Floating – <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />3:59 2. The Light from Deep Darkness – 14:35 3. Castle in the Air – 7:13 4. Plastic Girl – 9:07 5. Madhouse – 5:15 Remaster Edition Bonus Tracks: 6. Future City (Live) – 4:59 7. Castle in the Air (Live) – 8:08 8. Flying High (Live) – 3:30 Antes de mergulhar de vez no som progressivo sinfônico / espacial que caracterizaria muito bem a fase seguinte de sua carreira, o grupo alemão Eloy (nome inspirado no livro "A Máquina do Tempo", de H.G.Wells), capitaneado pelo guitarrista e cantor Frank Bornemann, gravou três discos bastante focados no hard rock: Eloy (1971), Inside (1973) e Floating (1974). Floating, terceiro trabalho da série, é um exemplo bem característico da sonoridade tipicamente hard progressiva dessa primeira fase do grupo, caracterizada ainda por longas jams instrumentais com nítida proeminência de órgão Hammond e guitarra e algumas influências de bandas como Uriah Heep, Pink Floyd, Nektar e Jane. Na verdade Floating é um disco ainda mais hard que o anterior (Inside), um hardão de primeira realmente (coincidência ou não, na mesma época o Bornemann produziu um disco do grupo Scorpions, "Fly to the Rainbow"). O disco abre logo com um petardo, a faixa título, uma música relativamente curta (4 minutos), mas cheia de energia e variações, com excelentes intervenções de órgão e guitarra. "The Light from Deep Darkness" (faixa 2) começa bem tranqüila, comandada por timbres de órgão, mas evolui logo em seguida para uma sonoridade mais hard a partir da entrada da guitarra do Bornemann, prosseguindo com ótimas variações (lideradas por órgão e guitarra, mas com excelente trabalho de baixo e bateria também) ao longo de seus quase 15 minutos de duração. Algumas sonoridades meio cósmicas aparecem na segunda metade da música, provavelmente já anunciando o rumo que a banda tomaria a partir do trabalho seguinte. "Castle in the Air" (faixa 3) começa com alguns riffs psicodélicos de guitarra à la Nektar, prosseguindo com climas meio orientais (música árabe) construídos à base de ótimos riffs de guitarra do Bornemann (ainda com algumas reminiscências psicodélicas de Nektar) até a segunda metade da música, onde uma guitarra mais ácida dá lugar a excelentes intervenções do baterista Fritz Randow. "Plastic Girl" (faixa 4) é outra música igualmente excelente, com deliciosas passagens instrumentais comandadas por órgão e guitarra, além de alguns efeitos de sintetizador moog (ao que me consta esta foi a primeira vez que o instrumento foi utilizado num disco do Eloy). E finalmente a faixa 5, "Madhouse", outro excelente petardo, inclusive com uma magnífica imagem estéreo, onde em determinado momento alguns riffs de guitarra ficam passeando entre um canal e outro. Ótimo trabalho de bateria e percussão nesta faixa também, fazendo desta uma das minhas prediletas do álbum, apesar de que, a bem da verdade, todas as cinco músicas que constituem a edição original deste disco são absolutamente extraordinárias, sendo realmente difícil dizer quais seriam as melhores dentre músicas tão sensacionais como estas. Recomendo bastante a aquisição da edição remasterizada, que além de apresentar uma qualidade técnica excepcional ainda contém três faixas bônus muito boas também: "Future City (Live)", "Castle in the Air (Live)" e "Flying High (Live)". As letras são todas em inglês e, como já é sabido pelos fãs do Eloy, a pronúncia do Bornemann cantando as músicas carrega um forte sotaque germânico, mas isso não chega a comprometer a experiência extraordinária que é escutar um disco dessa magnífica banda. Demétrio.
  9. Mais um ótimo disco das antigas: Grupo: ELOY<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Inside Ano: 1973 Origem: Alemanha Gênero: Hard Progressivo Formação: Frank Bornemann – guitarra, vocais, percussão Manfred Wieczorke – órgão, guitarra, vocais, percussão Fritz Randow – bateria Wolfgang Stöker – baixo Faixas: 1. <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />Land of No Body – 17:24 2. Inside – 6:35 3. Future City – 5:35 4. Up and Down – 8:25 Remaster Edition Bonus Tracks: 5. Daybreak – 3:39 6. On the Road – 2:30 Antes de mergulhar definitivamente no som progressivo sinfônico-espacial que o caracterizaria em sua fase seguinte, o grupo alemão Eloy (nome inspirado no livro "A Máquina do Tempo", de H.G.Wells) gravou três discos bastante focados no hard rock, a saber: Eloy (1971), Inside (1973) e Floating (1974). O som do Eloy desta época era caracterizado por longas jams instrumentais com nítida proeminência de órgão Hammond e guitarra e algumas influências de bandas como Uriah Heep, Pink Floyd, Nektar e Jane. Inside, segundo trabalho da série, é um exemplo perfeito dessa sonoridade tipicamente hard progressiva dessa primeira fase do Eloy. A faixa de abertura, "Land of No Body", com 17 minutos de duração, pode ser tranqüilamente categorizada como uma boa faixa progressiva, com alternâncias entre momentos mais hard e passagens bem viajantes, proporcionadas por ótimas intervenções de órgão e guitarra, apresentando interessantes reminiscências de Nektar e Pink Floyd (inclusive uma parte da música contendo ecos de sonar bem na linha do épico floydiano "Echoes"). A faixa título do disco (2) inicia-se com toques de pratos alternados entre os canais direito e esquerdo, em seguida órgão, guitarra, baixo e vocais, depois progredindo para passagens mais hard. "Future City" (faixa 3) começa mais compassada para, em seguida, entrar numa cadência mais forte e, finalmente, numa incrível e alucinante sessão rítmica, com ótima presença de guitarra e percussão. Excelente imagem estéreo e definitivamente um dos pontos altos deste trabalho. "Up and Down" (faixa 4) é outro destaque do álbum, lembrando bastante o Nektar e o Jane, com ótima presença de órgão (bastante proeminente nesta faixa) e guitarra, além de excelente trabalho da seção rítmica também. Recomendo bastante a aquisição da edição remasterizada, que além de apresentar uma qualidade técnica excepcional também contém duas faixas bônus: "Daybreak" e "On the Road". Estas faixas são ainda mais ritmadas, a primeira com marcante presença de guitarra e a segunda com proeminência de órgão. As letras são todas em inglês e, como é do conhecimento de todo fã do Eloy, os vocais do Bornemann são carregados de um forte sotaque germânico, mas isso não chega absolutamente a comprometer a experiência que é escutar um disco dessa magnífica banda. Demétrio. Progger582006-10-13 21:00:52
  10. Aí, pessoal, mais uma resenha de um disco do grande Camel: Grupo: CAMEL Álbum: Dust and Dreams Ano: 1991 País: Inglaterra<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Gênero: Progressivo Sinfônico Formação: Andrew Latimer – guitarras, flauta, teclados, vocais Colin Bass – baixo Ton Scherpenzeel – teclados Don Harriss – teclados Paul Burgess – bateria Christopher Bock – bateria Neil Panton – oboé John Burton – corneta francesa Kim Venaas – tímpanos, harmônica David Paton – vocais Mae McKenna – vocais Faixas: 1. Dust Bowl 2. Go West 3. Dusted Out 4. <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /> Mother Road 5. Needles 6. Rose of Sharon 7. Milk n' Honey 8. End of the Line 9. Storm Clouds 10. Cotton Camp 11. Broken Banks 12. Sheet Rain 13. Whispers 14. Little Rivers and Little Rose 15. Hopeless Anger 16. Whispers in the Rain Grupo seminal do rock progressivo setentista inglês, o Camel passou por diversas formações e alguns períodos de inatividade ao longo dos anos, tendo, em 1991, após um longo período de hibernação (seu último trabalho de estúdio antes disso tinha sido Stationary Traveller, de 1984), e a esta altura tendo como único membro remanescente da formação original e dono definitivo do nome Camel o guitarrista Andrew Latimer, finalmente voltado à carga com novo disco e gravadora própria (a Camel Productions). A exemplo de diversos outros trabalhos do Camel, Dust and Dreams também é um disco conceitual, inspirado no livro The Grapes of Wrath (As Vinhas da Ira), de John Steinback, contando a saga de uma família de trabalhadores rurais pobre durante a Grande Depressão de 1929, gente que perdeu seus bens na crise e que parte em busca de uma vida melhor, de Oklahoma para a Califórnia, onde dizem ser um lugar mais próspero e de melhores oportunidades. Durante a viagem eles se deparam com a nova realidade, ao mesmo tempo em que descobrem que o lugar onde estão indo pode ser até pior do que aquele que deixaram para trás. Este é um disco extremamente melancólico, onde melodias belíssimas e arrebatadoras unem-se a letras com intensa carga emocional para nos proporcionar uma experiência realmente marcante, de sensações fortes sobre drama, sofrimento e desilusões, tal como vivenciado pelos personagens do livro em que se inspirou. As músicas são interligadas e vão fluindo de uma forma tão cativante e agradável aos nossos ouvidos que fica realmente difícil deixar de escutar o disco inteiro, e após escutá-lo por completo a vontade que nos dá é escutar de novo. Latimer, como sempre, um mestre em transmitir emoções profundas com seus inspiradíssimos solos de guitarra, flauta e eventualmente também aos teclados (a propósito, o disco também conta com a participação do excelente tecladista Ton Scherpenzeel [Kayak]). Colin Bass igualmente brilhante em seu trabalho no baixo, assim como também todos os demais músicos, valendo ainda registrar os belíssimos arranjos sinfônicos e a utilização de harmônica, trazendo ao bojo deste belíssimo trabalho toda aquela atmosfera típica dos lugares e época em que é vivenciada a narrativa. Todas as composições são de autoria do Latimer, com exceção de duas faixas (Rose of Sharon e End of the Line), co-escritas por sua esposa Susan Hoover, a quem ele dedica este trabalho. São letras profundamente emotivas, que vão retratando sentimentos como esperança ("Go West, Go West / Where there's fruit in every place / a smile on every face... / Go West, Go West... / Where there's work (so I'm told) / California's never cold... so / Go West..."), incertezas ("Rose, I will try to settle down / but I can't tell the future / Rose, I will try to stay around / but I don't know the future") e desilusões ("On the road again / for a job I never find / People talking... / as if we're not their kind / I got a handbill / says there's work up here / Left my homeland... / and paid a price too dear"). As últimas oito faixas do disco (da 9 à 16) são instrumentais e interligadas, como se fosse uma única longa suíte com variações diversas. Maravilhosa esta segunda metade do álbum também. Para mim, pelo menos, Dust and Dreams é um disco que faz jus à melhor tradição conceitual do rock progressivo e está definitivamente entre os melhores trabalhos conceituais do Camel, junto com The Snow Goose e Harbour of Tears. Demétrio.
  11. Sem dúvida, meu caro Silva!!! Então segue aqui mais um belíssimo trabalho do Camel: Grupo: CAMEL Álbum: Moonmadness Ano: 1976 País: Inglaterra<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Gênero: Progressivo Sinfônico Formação: Andrew Latimer – guitarras, flauta, vocais Peter Bardens – teclados, vocais Doug Ferguson – baixo, vocais Andy Ward – bateria, percussão Faixas: 1. Aristillus 2. Song Within a Song 3. Chord Change 4. Spirit of the Water 5. Another Night 6. Air Born 7. Lunar Sea Moonmadness é outra prima do rock progressivo dos anos 70 e constitui, juntamente com Mirage e The Snow Goose, a chamada trilogia de ouro da fase setentista do Camel, sendo por muitos considerado o melhor disco de toda a carreira do grupo. De certa forma podemos dizer que, a exemplo de muitos outros trabalhos da prolífica discografia do Camel, Moonmadness também é um álbum conceitual, na medida em que, conforme informações contidas no próprio encarte do disco, algumas músicas foram concebidas em torno da personalidade de cada um dos integrantes da banda (musicalmente apenas, não liricamente): "Air Born" sendo Andrew Latimer, "Lunar Sea" sendo Andy Ward, "Chord Change" sendo Peter Bardens e "Another Night" sendo Doug Ferguson. Além disso podemos constatar que se trata de um trabalho com uma sonoridade bem viajante e uma temática nitidamente cósmica, tanto é que a faixa de abertura, "Aristillus", conforme também esclarece o próprio encarte do disco, foi inspirada em duas crateras da lua (Aristillus e Autolycus), e a faixa de encerramento, "Lunar Sea", inspirada no mar lunar de Imbrium. Aqui também estão presentes, de forma bastante cristalina, todos aqueles elementos que tão bem caracterizam o som do Camel: melodias inspiradíssimas e arrebatadoras, longas passagens instrumentais com reminiscências jazzísticas à la Canterbury, presença marcante de guitarras, flauta e teclados e arranjos vocais de intensa melancolia e beleza. Uma outra característica sônica bastante evidente neste trabalho, como já mencionado en passant, são as atmosferas cósmicas criadas, realmente presentes em todas as faixas do disco. Além disso, as longas passagens instrumentais e os elementos canterburianos estão mais presentes do que nunca, tornando este trabalho bastante singular sob este aspecto também. A sinergia e integração dos quatro músicos neste trabalho são simplesmente perfeitas. Andrew Latimer, líder da banda, é indiscutivelmente um dos melhores guitarristas que já surgiram dentro do gênero rock progressivo (além de ser também um brilhante flautista). É realmente incrível o quanto ele consegue transmitir de emoção num solo de guitarra ou num toque de flauta. Os outros músicos são todos de altíssimo nível também e têm participações igualmente importantes ao longo de todo este trabalho: Pete Bardens, um verdadeiro monstro nos teclados, contribuindo sobremaneira para a criação das belíssimas atmosferas aqui presentes; e a dupla Doug Ferguson (baixo) e Andy Ward (bateria) cuidando da seção rítmica com toda a competência que lhes é peculiar. O disco contém três clássicos do Camel: "Lunar Sea", uma autêntica viagem cósmica de mais de 9 minutos, "Air Born", definitivamente uma das músicas mais belas já gravadas por esta incrível banda, e "Song Within a Song", igualmente belíssima. As outras faixas do álbum também são todas excelentes, fazendo deste um trabalho realmente bastante coeso. Demétrio.
  12. Dito e feito. Grupo: CAMEL Álbum: Mirage Ano: 1974 País: Inglaterra<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Gênero: Rock Progressivo Formação: Andrew Latimer – guitarras, flauta, vocais Peter Bardens – teclados, vocais Doug Ferguson – baixo Andy Ward – bateria, percussão Faixas: 1. Freefall 2. Supertwister 3. Nimrodel / The Procession / The White Rider 4. Earthrise 5. Lady Fantasy (Encounter / Smiles for You / Lady Fantasy) Embora não tão famoso quanto os mais renomados medalhões do gênero, o Camel foi e continua sendo ainda hoje outro grupo seminal do rock progressivo inglês. Contava originalmente em sua formação com Andrew Latimer (guitarra, flauta, vocais), Pete Bardens (teclados, vocais), Doug Ferguson (baixo) e Andy Ward (bateria), formação esta com a qual gravou os quatro primeiros trabalhos de sua prolífica carreira, dentre os quais se inclui este Mirage, segundo trabalho da banda. Mirage é uma das obras primas do rock progressivo dos anos 70 e constitui, junto com The Snow Goose e Moonmadness, a chamada trilogia de ouro da fase setentista do Camel. É um disco que sintetiza, de forma magistral, o estilo que tão bem caracteriza o som deste magnífico grupo: melodias belíssimas e arrebatadoras, longas passagens instrumentais com sutis reminiscências jazzísticas à la Canterbury, presença marcante de guitarra, flauta e teclados e arranjos vocais de intensa suavidade e beleza. Andy Latimer, líder da banda, é simplesmente um dos melhores guitarristas que já surgiram dentro do gênero (além de ser também um brilhante flautista). O cara toca não só com a ponta dos dedos, mas sobretudo com o coração. É realmente incrível o quanto Latimer consegue transmitir de emoção num solo de guitarra ou num toque de flauta. Os outros músicos são todos de altíssimo nível e têm participações igualmente importantes ao longo de todo este trabalho: Pete Bardens, uma verdadeira fera no órgão, piano, mellotron e mini-moog; Doug Ferguson (baixo) e Andy Ward (bateria) cuidando da seção rítmica com incrível maestria e competência também. O disco contém dois épicos da banda: "Lady Fantasy", melhor faixa do álbum, com seus quase 13 minutos de puro deleite e emoção à flor da pele (incluindo aí alguns memoráveis e inspiradíssimos solos de guitarra do Latimer e de teclados do Bardens), e "Nimrodel / The Procession / The White Rider", outra peça igualmente belíssima, com seus quase 10 minutos de duração, inspirada no livro "Lord of the Rings", de J.R.R.Tolkien. As demais faixas do disco são todas excelentes também, fazendo deste álbum uma autêntica pérola progressiva, realmente extraordinária do início ao fim. Já tive este CD em edição normal e hoje possuo a edição remaster, a qual contém quatro faixas bônus, sendo três ao vivo ("Supertwister", "Mystic Queen" e "Arubaluba") e uma versão alternativa de estúdio do épico "Lady Fantasy". Aos colegas que ainda não possuem o CD e desejam adquiri-lo, eu certamente indico esta edição remaster, afinal as faixas extras são muito boas e a qualidade técnica excelente, mas àqueles que já possuem a edição normal eu diria que a melhoria da qualidade técnica em si não é assim tão significativa a ponto de justificar um novo investimento, afinal a edição normal deste CD já é de uma qualidade excepcional, portanto não havia muito realmente que melhorar na sua remasterização. Demétrio.
  13. Grupo: THE GATHERING Álbum: How to Measure a Planet? (CD) Ano: 1998 País: Holanda<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Gênero: Trip-Rock / Progressivo Integrantes: Anneke van Giersbergen – vocais René Rutten – guitarras, theremin Hans Rutten – bateria Frank Boeijen – teclados Hugo Prinsen Geerligs – baixo Faixas: CD 1 1. Frail (You Might as Well Be Me) 2. <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /> Great Ocean Road 3. Rescue Me 4. My Electricity 5. Liberty Bell 6. Red Is a Slow Colour 7. The Big Sleep 8. Marooned 9. Travel CD 2 1. South American Ghost Ride 2. Illuminating 3. Locked Away 4. Probably Built in the Fifties 5. How to Measure a Planet? O grupo holandês The Gathering surgiu em 1989, originalmente como uma banda de doom metal pesado, conforme se constata em seus dois primeiros discos – Always, de 1992, e Almost a Dance, de 1993 –, mas diante da crescente insatisfação do líder e guitarrista René Rutten com a proposta musical adotada, foi pouco a pouco mudando sua sonoridade para algo cada vez mais viajante, atmosférico, emocional por assim dizer, de forma que hoje a própria banda se autodefine como Trip-Rock. Tal mudança foi sendo especialmente percebida após a entrada da vocalista Anneke Van Giersbergen, ao longo de discos como Mandylion, de 1995, e Nighttime Birds, de 1997, consolidando-se definitivamente com o magnífico álbum duplo How to Measure a Planet?, de 1998, ora comentado. How to Measure a Planet? é um álbum duplo, onde eu classificaria o disco 1 como excelente e o disco 2 como bom. O álbum mescla momentos mais pesados com outras passagens bem viajantes e atmosféricas, um pouco na linha Trip-Hop. A título de comparação, lembra uma interessante mistura de prog metal com Massive Attack e Dead Can Dance. Minhas faixas prediletas são The Big Sleep, Frail, Great Ocean Road e Liberty Bell, mas o disco todo é muito bom realmente. Apesar, repito, do disco 2 não ser tão sensacional quanto o disco 1, ainda assim também tem seus momentos. Demétrio. Progger582006-10-09 07:28:52
  14. E ainda pra quem gosta de um rock progressivo moderno, outro disco excelente: Grupo: PURE REASON REVOLUTION Título: The Dark Third Ano: 2006 País: Inglaterrra Gênero: Progressivo Músicos: Jon Courtney – guitarras, vocais, teclados, baixo, programação Chloe Alper – baixo, vocais Jamie Willcox – Guitarra, vocais James Dobson – Teclados, violino, baixo, vocais, programação Gregory Jong – Guitarras, teclados, vocais Andrew Courtney – bateria, percussão Faixas: 1. Aeropause – 5:04 2. Goshen's Remains – 5:45 3. Apprentice of the Universe – 4:16 4. The Bright Ambassadors of Morning – 11:56 5. Nimos & Tambos – 3:44 6. Voices in Winter / In the Realms of the Divine – 6:35 7. Bullitts Dominae – 5:23 8. Arrival / The Intention Craft – 8:53 9. He Tried to Show Them Magic / Ambassadors Return – 13:14 Avaliação: O grupo inglês Pure Reason Revolution gravou alguns EP's (Apprentice of the Universe, em 2004, e The Bright Ambassadors of Morning e The Intention Craft, em 2005), além do mini-álbum Cautionary Tales for the Brave (2005), antes de finalmente lançar seu primeiro álbum completo, The Dark Third, neste ano de 2006. O grupo nos brinda com um rock progressivo muito bonito e moderno, alternando algumas passagens bem etéreas e viajantes com outras mais pesadas, numa interessante e deliciosa fusão de influências as mais diversas, dentre as quais (e mais notadamente) Pink Floyd, Porcupine Tree, Dredg, Yes e The Beach Boys. Pink Floyd e Porcupine Tree são, contudo, as duas influências mais evidentes no som do Pure Reason Revolution, inclusive uma das principais faixas deste álbum, The Bright Ambassadors of Morning, traz em seu título e na linha "a million bright ambassadors of morning" claras reminiscências à suíte Echoes, do Pink Floyd. Embora talvez não seja exatamente um disco conceitual no sentido mais estrito da palavra, a temática dominante neste álbum parece ser uma espécie de alternância entre o sono e o despertar. O grupo explora essa relação através de faixas que se iniciam normalmente bem viajantes e que pouco a pouco progridem para passagens mais pesadas. As harmonias vocais são simplesmente belíssimas (sem dúvida alguma um dos pontos mais fortes deste excelente grupo), com interessantes reminiscências ao Yes e The Beach Boys, valendo salientar que a banda também conta com uma vocalista, Jamie Willcox, que divide os vocais com os demais músicos. Espaço dedicado à banda no site MySpace: http://www.myspace.com/purereasonrevolution Demétrio.
  15. Mais um excelente do Dredg: Grupo: DREDG<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Catch Without Arms Ano: 2005 País: USA Gênero: Indie Rock, Progressivo Formação: Gavin Hayes – vocais Mark Engels – guitarras Drew Roulette – baixo Dino Campanella – bateria Faixas: 1. Ode to the Sun 2. Bug Eyes 3. Catch Without Arms 4. Not That Simple 5. Zebraskin 6. The Tanbark Is Hot Lava 7. Sang Real 8. Planting Seeds 9. Spitshine 10. Jamais Vu 11. Hung Over on a Tuesday 12. Matroshka (The Ornament) Conforme já mencionado na resenha precedente, este grupo norte-americano conta com três discos lançados até agora: Leitmotif (1998), El Cielo (2002) e Catch Without Arms (2005). Eu gosto bem mais destes dois últimos (El Cielo e Catch Without Arms), nos quais a banda faz uma interessantíssima fusão de rock progressivo à la Porcupine Tree / Pineapple Thief com rock alternativo na linha Coldplay / Ours / Radiohead. O primeiro disco, Leitmotif, embora também utilizasse mais ou menos essa mesma fórmula, tinha uma sonoridade bem mais pesada, um pouco mais na linha The Mars Volta, característica esta da qual eu particularmente não gostei muito não (embora conheça quem, por exemplo, prefira o Leitmotif a este último trabalho do grupo, Catch Without Arms). Comparado com os dois trabalhos anteriores, Catch Without Arms é um disco mais acessível (menos progressivo que o magnífico El Cielo, devo admitir), mas que nem por isso deixa de ser também deveras interessante. As típicas alternâncias de momentos mais viajantes com passagens de explosão mais roqueira, que bem caracterizam o som do Dredg, estão presentes também neste trabalho. Os bonitos riffs de guitarras à la The Edge (U2), o vocal carregado de emoção do Gavin Hayes, as canções bonitas e cativantes, tudo isso está aqui presente neste último trabalho também. Em suma, dentro da avaliação que eu faço de Catch Without Arms, este disco soa indubitavelmente tão bom quanto o magnífico El Cielo, apenas com a peculiaridade de ser um pouco menos complexo e progressivo que aquele. Dentre as faixas prediletas minhas neste trabalho eu destacaria as belíssimas "Bug Eyes", "Catch Without Arms", "Not That Simple", "The Tanbark Is Hot Lava", "Planting Seeds", "Jamais Vu" e "Matroshka". Com uma legião crescente de fãs, o Dredg assume cada vez mais esse interessante equilíbrio entre peso e melodia, entre o complexo e o acessível, com um rock alternativo / progressivo muito bonito e moderno onde essa alternância de passagens bem atmosféricas com outras de explosão instrumental dita o estilo. O baixista (Drew Roulette) é quem desenha as capas dos discos do Dredg e, além disso, ele também criou um quadro para cada uma das músicas contidas neste último trabalho da banda. Os quadros podem ser vistos neste link: http://www.dredg.com/art.html Espaço dedicado à banda no site MySpace: http://www.myspace.com/dredg Demétrio.
  16. Pode ser resenha? Vou tentar postar algumas de discos dos quais gosto bastante, começando por este aqui: Dredg – El Cielo <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Grupo: DREDG Título: El Cielo Ano: 2002 País: USA Gênero: Indie Rock, Progressivo Formação: Gavin Hayes – vocais, guitarra acústica, mandolin Mark Engles – guitarras Drew Roulette – baixo Dino Campanella – bateria, piano Músicos adicionais: Ron Saint Germaine – vocais Zack Hexum – sax Greg Ellis – percussão Faixas: 1. Brushstroke: Debtfoabaaposba 2. Same Ol' Road 3. Sanzen 4. Brushstroke: New Heart Shadow 5. Triangle 6. Sorry But It's Over 7. Convalescent 8. Brushstroke: Walk in the Park 9. Eighteen People Living in Harmony 10. Scissor Lock 11. Brushstroke: Reprise 12. Of the Room 13. Brushstroke: An Elephant in the Delta Waves 14. It Only Took a Day 15. Whoa Is Me 16. The Canyon Behind Her Este grupo norte-americano conta com três discos lançados até agora: Leitmotif (1998), El Cielo (2002) e Catch Without Arms (2005). Eu gosto bem mais destes dois últimos (El Cielo e Catch Without Arms), nos quais a banda faz uma interessantíssima fusão de rock progressivo à la Porcupine Tree / Pineapple Thief com rock alternativo na linha Coldplay / Ours / Radiohead. O primeiro disco, Leitmotif, embora também utilizasse mais ou menos essa mesma fórmula, tinha uma sonoridade mais pesada, um pouco mais na linha The Mars Volta, característica esta da qual eu particularmente não gostei muito não (embora conheça quem, por exemplo, prefira o Leitmotif ao mais recente trabalho do grupo, Catch Without Arms). Comparado com os outros dois, El Cielo é mais espacial e introspectivo, embora mantendo as típicas alternâncias de momentos mais viajantes com passagens de explosão mais roqueira, que bem caracterizam o som do Dredg. El Cielo também é o mais progressivo dos três, sendo, a propósito, um disco eminentemente conceitual, com temática girando ao redor de dois temas específicos: 1) o fenômeno conhecido como "paralisia do sono" (estado durante o qual atingimos lucidamente o limiar entre sonho e vigília, ou, em outras palavras, aquelas situações em que, após nos deitarmos para dormir ou ao acordarmos, eventualmente nos damos conta do que acontece ao nosso redor, uma vez que nossos olhos e mente já estão ativados, mas, ao mesmo tempo, em decorrência de um mecanismo natural do cérebro que bloqueia os nossos movimentos a fim de evitar que o corpo se mova durante os sonhos, nossos músculos ainda estão totalmente paralisados, de maneira que não conseguimos falar ou mover absolutamente nenhuma parte do corpo, o que pode nos levar a experiências e alucinações as mais diversas, tanto tranqüilas quanto perturbadoras) e 2) um quadro do pintor surrealista espanhol Salvador Dali, intitulado "Dream Caused by the Flight of a Bee Around a Pomegranate One Second Before Awakening" (Sonho causado pelo vôo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo antes de acordar), representando o abrupto despertar de uma mulher de um sonho tranqüilo, num exemplo característico da influência de Sigmund Freud na arte surrealista e na tentativa do pintor Salvador Dali em explorar o mundo dos sonhos através de sua arte. O disco se inicia bem tranqüilamente para, logo na faixa 2, apresentar alguns riffs mais pesados, com bastante presença de guitarras à la The Edge (U2). A partir daí as alternâncias entre calmaria e explosões sonoras (proporcionadas mais notadamente pelos bonitos riffs de guitarras) tornam-se bastante recorrentes. Os vocais de Gavin Hayes constituem outro ponto alto neste magnífico trabalho do Dredg, além das atmosferas criadas através dos belíssimos tapetes de sons. Fica até um pouco difícil apontar quais seriam as melhores músicas deste álbum, já que todas são realmente belíssimas, mas se eu tivesse que escolher apenas duas para, digamos assim, apresentar eventualmente a um amigo, estas muito provavelmente seriam as faixas 3 (Sanzen) e 16 (The Canyon Behind Her), ambas realmente maravilhosas. El Cielo é, na minha opinião, a obra prima do Dredg até agora. Acessível e complexo ao mesmo tempo, trata-se indiscutivelmente de um dos melhores trabalhos desta safra atual de bandas que ainda cultuam, para nosso deleite, o bom e velho rock progressivo, mas com uma roupagem nova, moderna, mais atual, o que eu particularmente considero como fator altamente positivo. A quem interessar possa, este disco também está até disponível na versão DVD-Audio, com capa diferente da versão CD normal, conforme se vê nesta foto: Espaço dedicado à banda no site MySpace: http://www.myspace.com/dredg E aqui uma foto do quadro que inspirou este belíssimo trabalho: Demétrio.
  17. "School" na cabeça, claro!!! Demétrio.
  18. Grupo: MORCHEEBA Título: From Brixton to Beijing (DVD) Ano: 2002 País: Inglaterra Gênero: Trip-Hop Informações técnicas: - Opções de Áudio: Dolby Digital 5.1 e Linear PCM Estéreo - Formato de Tela: Wide-screen - Codificação: Região 0 - Duração total: 125 minutos Um dos expoentes do gênero Trip-Hop, o grupo inglês Morcheeba já conta com seis discos gravados, mesclando eletrônica com rock alternativo da melhor qualidade. Este DVD, From Brixton to Beijing, é resultado de um concerto filmado em 2002, na Brixton Academy. Também inclui um documentário de 24 minutos cobrindo a turnê realizada pela banda em 2003, na China, no qual aparecem imagens tanto das performances ao vivo em Chongqing, Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, quanto de passeios da banda pelo país, incluindo uma visita à Grande Muralha. Na parte principal do DVD (o show na Brixton Academy, com aproximadamente 1 hora e 41 minutos de duração), temos a banda apresentando o melhor de seu repertório, em performances arrasadoras, com excelente presença de guitarra (às vezes bem floydiana) e de teclados também. A vocalista Skye Edwards não só canta maravilhosamente bem, como também é o arquétipo perfeito da beleza negra. Que pedaço de mulher!!! Com um decote de fazer babar, o seu visual é um atrativo a mais neste excelente DVD. Este DVD é tecnicamente um primor também, com qualidade de áudio e vídeo de excelente nível. Demétrio.
  19. Artista: BJÖRK<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Título: Vespertine Live at Royal Opera House (DVD) Ano: 2002 Origem: Islândia Gênero: Pop Alternativo Faixas: 1. Frosti 2. Overture 3. All is Full of Love 4. <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />Aurora 5. Undo 6. Generous Palmstroke 7. An Echo, a Stain 8. Hidden Place 9. Cocoon 10. Unison 11. Harm of Will 12. It’s Not up to You 13. Pagan Poetry 14. Possibly Maybe 15. Isobel 16. Hyperballad 17. Human Behavior 18. Yoga 19. It’s in Your Hands Informações técnicas: Opções de Áudio: Dolby Digital 5.1 e 2.0 Formato de Tela: Widescreen Codificação: Codefree (Região 0) Este DVD é resultado de uma apresentação da cantora islandesa Björk, em 2002, na tradicional Royal Opera House, em Londres, na turnê de seu aclamado álbum "Vespertine", acompanhada de orquestra e coro (incluindo 12 coristas da Groenlândia), além da harpista Zeena Parkins (também acordeon e teclado) e da excelente dupla eletrônica Matmos. A exemplo do álbum "Vespertine", este DVD também é de uma beleza toda especial, tão emocionante quanto o referido álbum. Um must para os fãs da Björk e para qualquer um que aprecie boa música, independente do gênero musical a que pertença. Já disponível em edição nacional (Submarino, Americanas, etc.). Demétrio.
  20. Música eletrônica, tendendo para newage. Demétrio.
  21. Talvez não façam lá muito seu gênero, mas três das minhas prediletas são estas: Demétrio.
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