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Forum Cinema em Cena

Alexei

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Everything posted by Alexei

  1. Valeu, Fernando. Essa é bem mais difícil que a montagem por anos. Aí vão meus indicados nas categorias principais e vencedores - em negrito - para os anos 2000. Ficou bem pulverizado, como, aliás, deveriam ser os Oscars (não consigo aceitar que um filme com 8 ou mais indicações não teve todo esse reconhecimento devido ao hype, em detrimento de outros cujos atores ou parte técnica, isoladamente, deveriam ser indicados). Melhor Filme: - O Novo Mundo - De Corpo e Alma - As Coisas Simples da Vida - Cidade dos Sonhos - Fale com Ela Melhor Diretor: - Terence Malick (O Novo Mundo) - Pedro Almoóvar (Fale com Ela) - Robert Altman (De Corpo e Alma) - Edward Yang (As Coisas Simples da Vida) - David Lynch (Cidade dos Sonhos) Melhor Ator - Tom Wilkinson (Entre Quatro Paredes) - Ralph Fiennes (Spider) - Joseph Gordon-Levitt (Mistérios da Carne) - Javier Cámara (Fale com Ela) - Liam Neeson (Kinsey) Melhor Atriz - Tilda Swinton (Até o Fim) - Julianne Moore (Longe do Paraíso) - Imelda Staunton (Vera Drake) - Isabelle Huppert (A Professora de Piano) - Samantha Morton (Terra de Sonhos) Melhor Ator Coadjuvante: - Clifton Collins, Jr (Capote) - Andy Serkis (O Senhor dos Anéis) - Owen kline (A Lula e a Baleia) - Willem Dafoe (A Sombra do Vampiro) - Dennis Quaid (Longe do Paraíso) Melhor Atriz Coadjuvante: - Miranda Richardson (Spider) - Fionulla Flanagan (Os Outros) - Dame Maggie Smith (Assassinato em Gosford Park) - Meryl Streep (Sob o Domínio do Mal) - Blanca Portillo (Volver) Melhor Roteiro Original - As Coisas Simples da Vida - Fale com Ela - Cidade dos Sonhos - Femme Fatale - Amor à Flor da Pele Melhor Roteiro Adaptado - Mistérios da Carne - Spider - A Essência da Paixão - Antes do Pôr do Sol - O Senhor dos Anéis Melhor Filme de Animação - Os Incríveis - A Viagem de Chihiro - Monstros S/A - Wallace & Gromit - As Bicicletas de Belleville Melhor Fotografia - O Novo Mundo - Herói - De Corpo e Alma - A Marcha dos Pingüins - Moça do Brinco de Pérola Melhor Trilha Sonora - O Senhor dos Anéis - Reencarnação - Longe do Paraíso - Fale com Ela - As Bicicletas de Belleville Melhor Montagem - Sin City - O Segredo de Brokeback Mountain - Femme Fatale - A Última Noite - Os Infiltrados
  2. Ontem eu vi um dos que listei como "Filmes com potencial": Eclipse Mortal (Pitch Black, 2000), de David Twohy. Não daria para colocá-lo na lista, nem como menção honrosa, mas o fato é que o filme tem muitas coisas interessantes, ainda que recicladas, e diverte. Pitch Black se inicia com um transporte espacial, com 40 pessoas a bordo, saindo de sua rota e caindo num planeta em órbita de três sóis, que se revezam no céu de forma a nunca haver escuridão, salvo quando um deles entra em eclipse (o que ocorre a cada 22 anos e está prestes a se repetir, para azar dos sobreviventes). Nesse momento, criaturas nada agradáveis saem de suas tocas e o filme ganha contornos sinistros. Os personagens são risíveis e os atores que os interpretam, mais ainda (nem a Radha Mitchell se salva). Há alguns chavões bem questionáveis, como o fato de que entre as primeiras vítimas estão um almofadinha efeminado e muçulmanos praticantes, todos retratados de forma nada lisongeira, mas esse não é um filme a ser levado muito a sério. Melhor aproveitar o inspirado desenho de produção de Tim Lawrence e a fotografia do filme, um verdadeiro achado: na primeira metade é excepcionalmente brilhante, variando as tonalidades ao sabor dos sóis que estão no céu; na parte final, faz jus ao título e alterna toda aquela escuridão com a visão noturna das criaturas e do Riddick, o assassino (Vin Diesel, canastrão como ele só mas obviamente se divertindo - e nos divertindo - com o papel) que incorpora a tagline do filme - combater o mal com o mal. Pena que esse personagem deu origem a uma continuação tão ruim, A Batalha de Riddick. E o festival continua!
  3. Nossa, Tim Burton é muito bom. É claro que não poderia fazer parte da enquete, mas o Desventuras em Série, do Brad Silberling, deve muito à linguagem estética do Burton. Não só os cenários e os figurinos (Colleen Atwood), mas também a concepção dos personagens, a maneira pela qual foram transpostos do livro para a tela, é muito burtoniana. Eu gosto desse filme e infelizmente não vi comentários a seu respeito aqui no fórum. Além do visual extraordinário, as crianças estão muito bem e há participações pequenas, mas muito especiais, do Billy Connolly e da Meryl Streep. E os créditos finais estão entre os mais bonitos que já vi num filme.
  4. Texto grande, com alguns spoilers. Se incomodar, basta não ler. Lá vou eu, mais uma vez, ficar na posição desconfortável do cara que não viu tudo isso no filme que todos estão amando. É meu carma aqui no CeC? Hehe Eu acho que Os Infiltrados começa muito bem, com toda aquela imoralidade sendo exposta sem concessões, de forma frenética. Ótima a cena da entrevista/interrogatório/tortura do Bill Costigan (DiCaprio, falarei dele depois), feita pelo Queenan (Sheen, bom) e pelo Dignam (Wahlberg, perfeito; por que ele não teve mais tempo em tela?), assim como a progressão dos dois personagens principais. Nicholson, Baldwin e todo o elenco secundário maravilhosos, assim como a edição, que caminha no limiar entre a agilidade e a histeria, e a fotografia cintilante. Nem o Damon compromete, pelo contrário. Depois de uma hora, mais ou menos, parece que o Scorsese percebeu que a estória que tinha para contar não era lá grande coisa, ou simplesmente perdeu o prumo. Um sinal disso está nas sobrancelhas do Nicholson. Pra mim não falha: quando ele começa a erguê-las demais, as coisas não andam bem no filme. Não coincidentemente, nessa hora Infiltrados se torna um jogo de esconde-esconde, um tanto raso, com soluções misógenas (os bambambans da estória são supermachos, o traíra é broxa e por aí vai) e exageros crescentes - personificados pelo próprio Nicholson, que vai se tornando uma mera excentricidade à medida que o filme evolui. Há lampejos de brilhantismo, como a passagem da ópera e a simbologia do retrato, mas considero isso muito pouco para tanto tempo de filme. Concomitantemente e não coincidentemente, aparece outro grande problema do filme, a personagem da Vera Farmiga, que nem o nome eu lembro. Um peso-morto de duas toneladas - apesar dos esforços da atriz - cuja única função parece ser unir os dois protagonistas a partir do que tem no meio das pernas. Um triângulo insosso e bobo, que nem amoroso chega a ser e que demonstra, pra mim, a barriga que o roteiro faz da metade até o final. Falando no final, com ele vêm outros problemas. De repende infiltrados começam a pipocar de ambos os lados, um monte de gente se revela agente duplo e, invariavelmente, morre no final (fechando com o plano do rato, que parece ter funcionado com muita gente mas que pra mim ficou muito óbvio, beirando o ridículo). O que salva muito essa última meia hora - talvez o filme inteiro - é o Leonardo DiCaprio, que está perfeito. Ele parece entender seu personagem muito mais que o próprio Scorsese, dá textura e tridimensionalidade ao Billy Costigan. Isso nem o Mark Wahlberg conseguiu fazer por ter tão pouco tempo em tela, tornando Dignam uma sinfonia de uma nota só. Agradável de se ouvir, mas de uma nota só ainda assim. Para terminar, minha teoria é que Os Infiltrados - que começa muito bem, termina mal e poderia ter sido muito melhor - é um filme que os admiradores do Scorsese e do cinema em geral querem muito gostar, e eu me incluo nisso. Mas comigo não rolou, infelizmente.
  5. Desculpem só poder me pronunciar agora, é que estou de férias em Recife, com acesso um pouco mais limitado à rede e, conseqüentemente, ao fórum. Entrei agora, só tive tempo de ler rapidamente as análises - nossa, que esmero, não? - dos jurados e daqui a pouco terei que sair de novo. Muito muito muito muito obrigado! Eu havia ficado tão feliz com esse tópico que cheguei a falar dele para os meus pais e meu irmão. Como resultado, todo mundo aqui ficou interessado no Cineclube! "Um clube virtual onde se discute cinema? Que legal isso!" E por aí vai. Meu irmão até falou que, futuramente, se cadastrará aqui no CeC (ele também é fanático por cinema como eu, mas no momento está enrolado em estudos para concursos). Obrigado a todos os julgadores - um barato o grande mosaico formado pelos comentários, em geral muito caprichados (e você está incluído aqui, Jail, pois concisão não é defeito), e pelas notas -, aos demais participantes que em muito enriqueceram o processo, ao Nacka que concebeu o festival e também aos grandes diretores de cinema que involuntariamente me ajudaram a construir, como o Scofield teve a sensibilidade de perceber, uma lista de filmes preferidos como uma viagem cinematográfica pelos elementos que delimitam o gênero sci-fi, meu objetivo desde o início. Fazer essa lista foi tão prazeroso que eu perdi completamente a noção do tempo: fui acabá-la às duas da manhã, quando percebi que estava fisicamente exausto, mas mentalmente renovado. Escrever é uma das paixões da minha vida e o Cineclube possibilita sua junção com uma outra, o cinema. E o Deadman acertou, o filme é o Explorers: Viagem ao Mundo dos Sonhos. Eu tinha preparado um texto bacana sobre ele, com fotos e tudo, mas ficou em Bsb. Vou tentar reconstruí-lo depois. De qualquer forma, para mim o tópico ainda vai render bons frutos daqui em diante, como está acontecendo com o 19 Dias de Terror e Suspense. Mais uma vez, muito obrigado, pessoal!
  6. Dook, com essa você não poderia ter sido mais... Dook! Hahahha
  7. Opa, desde o início eu achei que não iria ganhar. Isso significa que fui o escolhido pelo Júri? Hehe Qualquer filme da minha própria lista me deixaria bem feliz (inclusive das menções honrosas e dos cinco filmes que ainda não vi), especialmente Contatos Imediatos do Terceiro Grau ou algum do Tarkovsky ou do Kubrick. Sei que é pedir muito, mas quem não chora não mama, ué! Mas o melhor de tudo foi ler as listas e os comentários. Infelizmente teve pouca discussão sobre o que é sci-fi e sobre a importância do gênero para a história cinematográfica. Como o tópico não acaba com o prêmio, pois este serve apenas como estímulo, tenho esperança que as trocas de idéias prossigam. Tem um outro filme típico das Sessões da Tarde, que eu até tinha separado umas fotos para colocar aqui quando fosse listado, o que não aconteceu. Conta a estória de três crianças e a vontade de ultrapassar barreiras impostas pela gravidade e, por extensão, pelas convenções sociais. Um desafio para os veteranos da casa, Silva, Deadman e Nacka: Que filme é esse? Vi ainda pequeno, mas me divertia muito até o terceiro ato, quando ele se perdia um pouco. Ainda assim, uma pequena gema sci-fi.
  8. Muito bem, Rafal. Não esqueça de fazer seus próprios comentários sobre os filmes. Eu já disse que o Cineclube é o mais importante tópico do CeC na atualidade? Já, né? Não custa repetir... Sobre Além da Linha Vermelha, o que dizer de um cara que fez apenas quatro filmes em trinta anos, cada um mais importante para a cinematografia mundial que o outro? Linha é, provavelmente, meu filme de guerra preferido, justamente por ser aquele que equilibra o horror da belicosidade humana, a filosofia por trás desse comportamento (natural? Provocado? O impulso auto-destrutivo do homem é um reflexo da natureza em constante embate ou uma aberração exclusiva do homo dito sapiens?) e, o mais importante, a dimensão humana dentro do conflito armado, de maneira tão harmoniosa. Esses três elementos, somados a uma edição de imagens e de som primorosa e uma direção e elenco impecáveis, tornam o filme um evento grandioso. Nada aqui é gratuito nem utilizado de maneira despropositada. Cada flashback, cada pensamento dos integrantes da Charlie Company reflete com singeleza as elucubrações de homens comuns, como o Nacka apontou, sem grande erudição - porém sábios à sua maneira -, para tentar dar um sentido ao horror que eles são obrigados a enfrentar. Em nenhum momento Linha soa piegas ou forçado, e a filosofia que impregna cada minuto de projeção é tão densa que suas palavras ecoam na cabeça por dias. A narração final, quando Train se pergunta quem seriam aquelas pessoas (eram seres humanos, afinal de contas, lutando contra sua desumanização no meio de tanto sofrimento) que dividiram com ele aqueles momentos e convida sua própria alma para ver, por seus olhos, o que havia sido forçado a fazer e testemunhar, é poesia em seu estado mais puro. Isso é Terrence Malick, gente! O Cineclube fecha sua primeira temporada com chave de ouro. Esse filme é um dos mais belos e importantes da década de 90 para mim, absolutamente indispensável.
  9. Olha o corajoso aqui. Só agora é que eu vi isso. Para quem já sabe minha opinião acerca do filme (a provocação parece ter sido feita pra mim, pois fui o único a me insurgir contra o altar virtual no qual os usuários desse fórum colocam Closer), minhas desculpas. Não considero Closer uma bomba, mas apenas um filme mediano, bem medíocre mesmo. Como já postei muito sobre o filme e em mais de uma oportunidade, resolvi fazer uma coletânea dos meus posts aqui. Aos que o acham essa Brastemp toda, vai servir como passatempo, já que não conseguirei dissuadi-los da idéia de que o filme é uma maravilha (nem vou me convencer disso também). Essas considerações foram feitas no tópico próprio do filme, durante uma troca de idéias com o Amfíbio:
  10. A lista do Thico tem alguns filmes que ficaram de fora da minha relação por pouco, como Blow Out e Raging Bull. A do Gago tem outros na mesma situação, inclusive Fitzcarraldo - esse chegou a entrar, depois saiu, mas é possível que ainda volte - e Crimes e Pecados (gosto muito, mas acho que ainda prefiro Maridos e Esposas, embora o páreo seja difícil; esse entrará na minha listagem dos anos 1990, sem dúvida). Mas foi bom ver Fanny & Alexander e Gêmeos - Mórbida Semelhança - provavelmente o melhor filme do Cronemberg, o que não é pouco - mais uma vez. Espero que esses consigam chegar à listagem final. Agora, Thico, cadê Veludo Azul? Se disser que não gosta, é um homem morto! Hehe
  11. Desta vez eu vou deixar de ser ranzinza e tentar um top 10, com alguns nomes que estou lembrando agora. Provavelmente editarei depois. Aí vai: 1. Veludo Azul, de David Lynch 2. Faça a Coisa Certa, de Spike Lee 3. Gêmeos - Mórbida Semelhança, de David Cronemberg 4. E.T. O Extraterrestre, de Steven Spielberg 5. A Lei do Desejo, de Pedro Almodóvar 6. Fanny & Alexander, de Ingmar Bergman 7. Vestida para Matar, de Brian de Palma 8. Crimes de Paixão, de Ken Russel 9. A Balada de Narayama, de Shohei Imamura 10. Ligações Perigosas, de Stephen Frears
  12. Apesar de não ter envelhecido muito bem no aspecto visual, ainda é um filme muito marcante. Oskar Werner e Julie Christie ótimos, cenas muito lindas - como a dos livros sendo arremessados no chão, filmada de baixo - e um dos finais mais bonitos que já vi. Rebeldia e gentileza misturadas em doses exatas e adequadas. Truffaut, Truffaut!
  13. Ando com pouco tempo pra ler e escrever aqui no fórum por esses dias, portanto cheguei atrasado na discussão, e uma muito interessante por sinal. Tem dois filmes, dois dramas, que eu gosto muito e que servirão para exemplificar meu ponto de vista. O primeiro é o Terra de Sonhos, do Jim Sheridan. Esse filme me toca muito por tratar, entre outras coisas, da dificuldade que algumas pessoas têm de perdoar a si próprias (sou daqueles cujos erros ficam martelando na cabeça por dias, às vezes meses, anos). Outro é Os Imorais, do Stephen Frears. Nesse a ênfase é completamente diferente: a assunção da porção ruim que cada pessoa tem, o lado maldoso e egoísta. É um filme que me atrai tanto quanto o primeiro, por razões diferentes. Ao gostar muito do Terra de Sonhos e dOs Imorais, certamente que há uma relação de identificação. Se eu não tivesse interesse em me aprimorar nestas duas dimensões da personalidade que mencionei, decerto esses filmes não teriam o mesmo apelo que têm para mim, independentemente de seus méritos artísticos. De outro lado, qualificar dois filmes diferentes como esses apenas como dramas é tão reducionista quanto dizer que, por gostar de dramas, minha personalidade é esta ou aquela. Resumindo, o gosto por determinados filmes pode, sim, ser revelador da personalidade, mas isso não justifica a rotulação das pessoas. Aquela que foi postada aqui é estreita demais, pois tem muitas outras coisas que me definem (o que me lembrou um bom tópico que o Pato Maluco abriu ano passado, 7 Filmes que me definem) além de tolerância e preocupação com os outros, inclusive meu lado mau, hehe.
  14. Que beleza esse texto do ltrhpsm (copiei e colei, viram?). Não sou bem um fã de críticas longas, prefiro as mais sintéticas. Mas essa do Estrada Para Perdição (filme que eu não aprecio muito) ficou excelente, de leitura agradável e quase totalmente limpa de aspas. Ótimo! O uso de certas palavras nela indica que o ltrhpsm vem se aperfeiçoando, lendo muitas coisas que outros postam aqui e aprimorando seu próprio estilo. É muito bom esse gosto pelo aprendizado que ele tem. O ltrhpsm vai longe.
  15. Bem, levando-se em consideração que ainda não vi Caché, meu Oscar 2006 seria assim, em suas categorias principais: <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Melhor Filme A Lula e a Baleia O Segredo de Brokeback Mountain O Novo Mundo - vencedor Marcas da Violência Mistérios da Carne Melhor Diretor David Cronemberg (Marcas da Violência) Terrence Malick (O Novo Mundo) - vencedor Steven Spielberg (Guerra dos Mundos) Noah Baumbach (A Lula e a Baleia) Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain) Melhor Ator Terrence Howard (Ritmo de um Sonho) Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain) Cillian Murphy (Café da Manhã em Plutão) Joseph Gordon-Levitt (Mistérios da carne) - vencedor Jeff Daniels (A Lula e a Baleia) Melhor Atriz Naomi Watts (King Kong) Jennifer Connelly (Água Negra) Q'Orianka Kilcher (O Novo Mundo) - vencedora Felicity Huffman (Transamérica) Joan Allen (A Outra Face da Raiva) Melhor Ator Coadjuvante Jake Gyllenhaal (O Segredo de Brokeback Mountain) Matthew Goode (Match Point) Gary Beach (Os Produtores) Clifton Collins Jr. (Capote) Owen Kline ( A Lula e a Baleia) - vencedor Melhor Atriz Coadjuvante Dakota Fanning (Guerra dos Mundos) Michelle Williams (O Segredo de Brokeback Mountain) - vencedora Amy Adams (Retratos de Família) Maria Bello (Marcas da Violência) Roberta Maxwell (O Segredo de Brokeback Mountain) Melhor Roteiro Original Boa Noite e Boa Sorte A Lula e a Baleia - vencedor Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais O Novo Mundo O pesadelo de Darwin Melhor Roteiro Adaptado O Segredo de Brokeback Mountain Café da Manhã em Plutão Mistérios da Carne - vencedor Amor em Jogo Munique
  16. Observações muito pertinentes, Deadman. Eu, particularmente, não agiria de maneira diferente neste fórum apenas por saber da presença desta ou daquela pessoa me observando. Bem, se esta é uma opção do pesquisador, não há muito a fazer, não é mesmo? Voltemos, porquinhos da índia, aos nossos postos dentro do labirinto. Vem de lá, Dead, vou tentar achar a saída por aqui...
  17. Essa questão do estudo, aliada ao anonimato, me incomoda um pouco. Mas se é a opção dele, paciência.
  18. Vi Debi e Lóide uma vez só e há muito tempo, no cinema mesmo, e lembro de não ter gostado. Desde então - e ao contrário do que provavelmente deve ter acontecido com o grande público, já que a bilheteria vem caindo ao longo dos anos - venho gostando cada vez mais dos filmes dos Farrelli Brothers, especialmente do Ligado em Você e, mais ainda, do Amor Em Jogo, que eu considero uma das estórias mais bonitas e naturalmente engraçadas que foram levadas ao cinema ano passado. Adoro esse filme, que trata da relação custo/benefício das concessões em prol da convivência quando confrontadas com a manutenção da própria identidade em uma relação a dois. E ainda mostra como as relações humanas, afetivas ou não, são dinâmicas. Tudo isso embalado por diálogos bem escritos e personagens completos, texturizados. Perfeito.
  19. Juliocf, eu gostei da sua lista. Como você mesmo afirmou, para quem ainda não viu alguns filmes que são realmente quintessenciais para o gênero sci-fi, ficou bacana a seleção. E é sempre bom ver um usuário novo como você, cadastrado há menos de três meses, participando de festivais temáticos como este. Muitos filmes não só da sua lista, mas de outras também, não suportaram meus critérios estreitos para serem considerados sci-fi, o que não significa que não sejam bons - como De Volta para o Futuro. Já O Segredo do Abismo figurou na minha primeira lista, mas não sobreviveu ao cutelo. Se não tivesse aquele finalzinho tão fora do contexto do resto do filme, talvez entrasse nas menções honrosas, pois a fotografia submarina do Michael Balhaus é linda demais. Tecnicamente falando, o filme todo é muito caprichado. E O Quinto Elemento apareceu, hein? Considero mais fantasia que sci-fi, mas ainda assim é bem divertido, a drag queen das space operas (Diva Plavalaguna!). Sem falar que tem a Milla Jovovich, aquele docinho de coco...
  20. Sem spoilers. Como eu havia dito em outro tópico, vi A Última noite agora há pouco. Tô cansado e, sendo muito honesto com vocês, com dor de cabeça por ter chorado muito o filme inteiro. Se eu tivesse visto o filme antes da morte do Altman, provavelmente aproveitara mais o lirismo leve das apresentações (a da fita adesiva é a minha preferida). O clima de alegria, alternado com melancolia, é comovente e encobre alguns problemas do roteiro, com personagens que são peso-morto ou que não desenvolvem muito bem. Ainda assim, acho que nenhum filme teria sido tão apropriado para encerrar a carreira do Altman como esse. Fotografia (Ed Lachman, como de hábito, faz um trabalho sensacional, dos melhores do ano até agora, com luzes e cores maravilhosas, em tons de terra), cenografia incrivelmente atenta aos detalhes e edição de imagens estupendas, as três entre as melhores deste ano de 2006. E um sentimento misto, de auto-reconhecimento misturado à idéia de "meu tempo já está chegando ao fim e eu cumpri meu papel, mas não lamentem minha partida" que só um gênio como Altman, que pode ser cruel e carinhoso simultaneamente, consigo próprio ou com os outros, poderia fazer. Uma filosofia quase oriental num filme que, paradoxalmente, reforça a cultura popular americana - mesmo que seja brega ou sem-graça - de forma positiva porque brota do coração, da vivência e da sensibilidade humanas (algo que o deplorável "indie pré-fabricado para as massas" Pequena Miss Sunshine fez às avessas, com extremo mau gosto, roteiro esquemático e piadas infames). Esteticamente, o filme é muito caprichado. A Câmera orgânica, quase viva, com os movimentos fluidos e precisos que marcaram a carreira do Altman, está mais forte que nunca, embora sem o mesmo impacto visto em De Corpo e Alma - um filme ainda superior, em minha opinião. A cena em que o rosto da Meryl Streep (bem livre, muito afinada mas um tanto exagerada, provavelmente resultado do improviso e da alegria de trabalhar com o Altman, como ela mesma afirmou) aparece num jogo de espelhos, no camarim, é maravilhosa, assim como as revoluções da câmera em torno das Johnson em sua segunda apresentação. A câmera do Altman é uma das coisas mais lindas de se ver em uma sala de cinema. Há uma determinada frase, belíssima, pronunciada pela personagem da Virginia Madsen, que sintetiza todo o filme: "Não há tragédia na morte de um homem velho. Perdoe suas deficiências e agradeça-o por todo o seu amor e carinho (que proporcionou aos outros quando em vida)". Ninguém é perfeito e Altman não só sabe disso por experiência própria (Dr. T e as Mulheres, por exemplo) como aplica a máxima a si próprio, sem se desmerecer. Noite é incisivo, analítico, honesto com a inexorável substituição do velho pelo novo e sem meias-palavras mas, ao mesmo tempo, carinhoso com a grandeza humana, como o cinema do próprio Altman. Um cinema que deixa um vazio enorme daqui para a frente.
  21. Vindo de dois usuários que considero tão significativos, eu tinha que me pronunciar. Valeu, Silva e Deadman! Dead, eu tinha feito duas listas, na verdade. Além da que foi publicada, uma anterior eu tinha rascunhado no papel, logo que soube que iria ocorrer o Perdidos no Espaço. Fui só rabiscando os nomes meio a esmo, e saíram uns 30-35 filmes, se não me engano. Alguns deles não sobreviveram ao corte, apesar de serem muito interessantes (Outland - Comando Titânio - é esse o claustrofóbico a que você se referiu? -, Estranhos Prazeres, Missão: Marte - que nos remete imediatamente a 2001 -, O Homem Sem Sombra) e eu já tinha resolvido extrapolar fazendo uma lista de menções honrosas. Talvez estejam presentes nas próximas listas, vamos aguardar. Silva, eu também acho que Contatos ainda não recebeu o devido reconhecimento, mas já foi pior. Em seu lançamento alguns críticos fizeram reservas quanto ao suposto tom messiânico do filme, Pauline Kael inclusa. Para mim eles não poderiam estar mais enganados. Ainda bem que inúmeros deles se retrataram e posteriormente reconheceram a genialidade do filme. Contatos, entre outras coisas, expressa uma teoria que o Carl Sagan já estava desenvolvendo e divulgando ou que iria divulgar muito em breve, acerca da evolução de espécies inteligentes, e que não foi superada até hoje, pelo menos no meu entendimento. Segundo ele, existe um - ou mais de um - ponto crítico na evolução tecnológica, na qual a civilização corre sérios riscos de sucumbir em razão da existência de um impulso de auto-destruição. Se esse momento crucial for superado, aí o crescimento científico será exponencial. Spielberg expande a teoria e indica que a superação desses momentos deve vir a partir da agregação de outros valores, inclusive - e isso eu considero genial - senso de harmonia e estética. Note que ele poderia ter feito discos cinzentos ou naves simplesmente feias, como os cubos dos Borg. Mas não, seus discos são a coisa mais linda do mundo e com isso ele afirma que o senso estético caminha junto, é um outro elemento da evolução (lembra quem são as pessoas que recebem o chamado extraterreno? Artistas, monges, crianças... A chave para a evolução não está apenas no intelecto). Sacada de mestre. Contatos foi feito em plena corrida nuclear, que representava um desses momentos críticos. O filme estava em consonância com seu tempo, em 1977, está hoje - a ameaça é ambiental, mas a situação continua crítica - e provavelmente estará daqui a 30, 50 anos. Talvez não envelheça nunca. Quem sabe, de tanto vê-lo, a gente aprende.
  22. Sobre as listas que foram postadas, as três estão bem diferentes da minha, mas isso só deixa o festival mais interessante, porque quanto maior a diversidade, melhor. As duas primeiras, a do Silva e a do Dan, parecem um pouco mais com a minha, embora eu ainda não tenha me conformado com a qualificação de simplório dada ao E.T. O Extraterrestre. O filme pode até ser despretencioso - eu o considero singelo, o que é bem diferente - mas simplório, não! Hehe Agora, apesar das grandes diferenças, inclusive quanto ao que é ou não sci-fi, eu gostei demais do caráter pessoal da lista do Itrsjskhsx, e mais ainda da escolha do filme para a crítica. Truffaut rocks! Fahrenheit 451 também está na minha lista, até numa posição inferior à que foi colocado na sua relação, Itrcwkndnkch. Mas o filme é muito bonito. Um dos livros lançados sobre o Truffaut (uma coleção de entrevistas com ele, salvo engano) conta um pouco sobre o filme e as dificuldades ocorridas em sua feitura - sendo uma delas o fato de que Truffaut e Werner brigaram e praticamente não se falaram mais, do meio até o final da produção - e de como o diretor preferiria o filme dublado em francês, pois achava que os diálogos haviam perdido muito de sua qualidade. Além do que você já falou, algumas coisas me chamam muito a atenção no filme, Itbxnsagvck. Veja se você concorda: * A abertura com as antenas, algo que só tem sua importância revelada lá pelo final. As antenas representam, obviamente, a inclusão social, e sua ausência já indica a transformação das pessoas que ali vivem em párias. * O fato de que Linda sofre de abandono afetivo por parte do Montag. Quase nunca eu vejo reflexões sobre isso, mas creio que Truffaut não atribuía a alienação da Linda apenas à TV não. Era também uma válvula de escape para o desamparo afetivo em que ela vivia. * O simbolismo contino na cena da fogueira da velha senhora. Seu sorriso é impressionante, e diz mais sobre o filme (tenacidade, triunfo da inteligência sobre a violência, impossibilidade de exterminar por completo o conhecimento) do que qualquer diálogo. * O final, uma das coisas mais bonitas que já vi em um filme. É maravilhosamente subversivo, perspicaz e, ao mesmo tempo, gentil. A cara do Truffaut. Aos que não viram Fahrenheit 451, vale muito a pena. A Parte técnica do filme não envelheceu bem - tem horas que o visual parece Os Jetsons - mas as simbologias usadas pelo Truffaut são admiráveis.
  23. Na verdade não é bem um tornado. O Mickey está regendo o universo inteiro do alto de uma montanha (não posso falar mais, tem que ver o filme para entender melhor). É O Aprendiz de Feiticeiro, composto pelo francês Paul Dukas. Eu vi Fantasia em VHS. Se foi lançado em DVD, vou até comprá-lo. É um dos filmes mais lindos que já vi em minha vida.
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