Jump to content
Forum Cinema em Cena

Conan o bárbaro

Members
  • Posts

    5018
  • Joined

  • Last visited

  • Days Won

    1

Everything posted by Conan o bárbaro

  1. Se você me mostrar onde na França teve relato disso entre os muçulmanos ficarei satisfeito...
  2. Vamos obrigar as mulheres andarem sem camisa pelas ruas!!! 8D A sociedade impõe que as mulheres usem vestimentas humilhantes para cobrir o torso. E caso não usem, sofrem coerções do próprio Estado como atentado ao pudor! Que Estado retrógrado! Só esta parte faz rir e tira qualquer credibilidade: "Estados muçulmanos mais primitivos e retrógrados" Povo primitivo que não foi iluminado ainda pela santa sabedoria européia. "É muito simples. Meu direito de ver sua cara é o começo, assim como é direito seu ver a minha. Logo em seguida vem o direito das mulheres de mostrar sua cara" Por que o autor não continuou na lógica e parou por aí? Muito conveniente. Cadê o meu direito de ver o resto do corpo das mulheres? Como dizem, pimenta nos olhos do outro é refresco... Comparar com Ku Klu Klan foi triste. Daqui a pouco vai aparecer um Jason ou Micheal Myers... Conan o bárbaro2010-05-28 16:10:11
  3. Tenho que concordar com o Plutão. Só quem leu os livros sabe como que é. O próprio Arnold foi uma escolha não tão adequada. Apesar de músculos ele era um grande banana. A escolha não deve vir dos músculos, não é isso que caracteriza o personagem, apesar de não haver ninguém que lute como ele. O que caracteriza o personagem é o adjetivo bárbaro. Ele era um selvagem que fazia a vida do jeito dele, ninguém entrava no caminho: Ele não seguia nenhum, abria o próprio. Era do tipo indomável que não obedecia nenhuma lei a não ser a própria. O Arnold era um probre coitado por detrás dos músculos. Ele era muito dócil. Ele foi escravo, humilhado, instrumento de diversão dos outros, teve que usar de disfarce para enganar. O cimério nunca dissimularia algo pois ele fazia o que queria, sem dever nada a ninguém. Faltava aquele olhar de "fera pronta para dar o bote" Ironicamente a escolha mais adequada era o Gerard Butler, apesar de não ser "musculoso". Mas é o que mais encarna a hostilidade, selvageria e carisma do personagem.
  4. O grupo ter apoio do governo incide com uma conjuntura social específica que permite que o movimento se espalhe. Como a gente discutiu antes, talvez governo e sociedade estão interagindo o tempo todo. Não são a mesma coisa, mas um está respondendo ao movimento do outro. Neste sentido que são fatores interconetados. Quando eu disse que existem terroristas e terroristas foi para mostrar que existem motivações diferentes. Não entro no mérito do ato em si que é bárbaro de qualquer jeito. Mas em nome do quê leva a pessoa se explodir é que varia bastante. Isto é, cada "espécie" de terrorista está agindo em contextos específicos. Vamos lá, você entendeu o que eu quis dizer... Esse trecho inteiro foi perda de tempo (seu de escrever e meu de replicar... ) O pior é que não. Juro. Não sou analfabeto funcional, acho, mas não consigo entender como que os hebreus têm um direito que os deixam acima de todo o resto da humanidade. Direito que não seja derivado a não ser de Sagradas Escrituras. Se for, aí há uma falta de sincronia entre pressupostos básicos. Sim, eu entendi que segundo a tradição judaica e cristã, povos chegaram lá pacíficamente e ocuparam sem maiores problemas, e que os hebreus surgiram naquela terra. Mas o passo daí para a posse indeterminada da terra, não importa se não estão mais lá ou se outros povos migraram para aquela região, é que não consigo entender. Pessoalmente acho que entrar pela vertente de filho prometido de Abrão e o seu irmão não serve para uma análise histórica. Acho que são figuras imaginárias e simbólicas, pois não deram origem de fato aos dois povos. Seriam mais uma espécie de mito fundador, figuras emblemática tais como Adão e Noé. Está desviando o foco de novo... Estou vendo que terei q parar de responder... Não tenho tempo pra perder com discussões assim... OK. Mas acho que o que está escrito na Bíblia a respeito de dados históricos não é 100% confiável. Mas aí não quero entrar no mérito de falsidade ou verdadeiro na religião.
  5. Lindo, maravilhoso... mas qual seria o fator social/político/econômico que seria o estopim de atos tão hediondos? Resposta do Conan: "não sei..." E você sugere que tudo é obra de um maluco que mandou fazer isso? Mas já respondo que não existe apenas O fator, mas a convergência de diversos fatores. Mas muito claramente o fenômeno se alastrou e ganhou força com as intervenções norte-americanas e a intransigência da política de Isreal. E é óbvio que existem terroristas e terroristas, cada um fazendo um atentado por motivos diferentes. Não são tudo a mesma coisa... Conan, será que vou ter q desenhar? Eles são donos pq tiveram a posse mansa da terra na época de Abraão. Simples. Em momento nenhum estou afirmando que essa premissa é a base para legitimar a expulsão dos palestinos ou coisa parecida... Sim, os indíos são donos do Brasil pois estão aqui há mais tempo. Embora o fator da coexistência, isto não muda o fato. E se fôssemos "despejados" (o que duvido e não estou defendendo isso), para onde iríamos? Ora, para o lugar de onde viemos, aquela terra luzitana que hoje é considerada a escória da Europa. Não, não iríamos para a Europa pois não somos portugueses. Quem veio de lá são os portugueses, assim como veio africano da África. Mas não somos nenhum dos dois. Assim como não somos índios, muito embora compartilhamos traços culturais. Embora seja difícil dizer o que é o brasileiro, o que somos só faz sentido em relação ao território. Território conquistado violentamente pelos porrugueses dos indígenas e com a escravidão negra. O povo se formou aqui! Mesmo com este processo violento, nós somos os resultados disso e o nosso lugar é aqui. No caso dos hebreus não precisa desenhar, mas somente mudar o tempo verbal da afirmação, aí fica perfeita: Os hebreus FORAM os donos daquela terra. E não há nada que garanta a posse eterna de uma terra, pelo simples fato de que a natureza não pertence a ninguém. Há sim pessoas que reividicam a sua propriedade e uso, mas com o passar do tempo estas pessoas mudam e mudam os povos. E todos se relacionam da mesma maneira à esta terra. O que se deve garantir é que esta relação das pessoas com o seu meio seja preservada. Não são o mesmo povo, mesmo sendo filhos do mesmo pai... É difícil entender isso? Que mesmo pai?? Não está falando de Abraão né? Se bober os palestinos de hoje são pessoas mais próximas dos hebreus bíblicos do que os judeus de hoje... E claro que ser descendente não é ser a mesma coisa. Você é a mesma coisa que a sua mãe? Não, você é único. Que coisa... e onde estão os líderes genuinamente palestinos para discutirem como partes legítimas que são sobre a situação ora posta? Onde está essa liderança que representa a causa palestina quando os loucos do Hamas se explodem levando dezenas de pessoas junto? As negociações estão andando. Mas liderança moderada perde a razão quando os loucos de Israel explodem casas palestinas levando dezenas de pessoas junto. veja que interessante, a população legitima o Hamas ao eleger o partido deles. O Hamas seria legítimo? A população diz que sim... Os loucos estão dos dois lados, sabotando o discurso moderado. Tudo por causa da intransigência de cada lado ao se considerarem os únicos donos legítimos daquele pedaço de terra...
  6. Duvido muito... no caso de terroristas islâmicos a razão para isso é a religião que é distorcida por eles para legitimar seus atos. É claro que existe um motivo, mas o motivo em si mesmo não torna legítimo o ato. Não acho que o principal ingrediente seja a religião. Se assim fosse, porque estes tipos de atos terroristas é um fenômeno extremamente recente? Mesmo o fundamentalismo é algo moderno. Ambos usam o discurso religioso, mas não é um ato vindo da religião em si. A religião é distorcida sim, mas por de trás dos atos tem toda uma carga política e social. É necessário que haja um amibente favorável para o discurso fundamentalista, assim como na Alemanha pós primeira guerra teve um ambiente favorável ao nazismo. Ainda hoje há um discurso fascista na Europa, mas as condições sociais não permitem que ele se torne hegemônico. Não digo que é legítimo. Mas ver em que situações que o fundamentalismo aparece é algo bem complicado. Ver questão de miséria, injutiça social, rancor histórico e um discurso de uma liderança que se aproveita destes elementos. O fanatismo tem diversas raízes, e ele não surge por geração espontânea de uma simples distorção da religião. Nunca sugeri que não pode haver coexistência. Apenas salientei que qualquer discussão sobre o tema deve começar com o fato de que os judeus são DONOS daquela terra. E palestinos são descendentes dos árabes, até onde eu sei... Tão donos quanto os índios no Brasil (aliás deveríamos devolver a terra para eles? E para onde iríamos depois?), em toda América. O México é dono do texas. Os árabes são tão donos da Península Ibérica, quanto os romanos, os cartagineses, os gregos... A história do homem é feita a partir de movimentos, nada está parado, inclusive a identidade do povo judeu hoje que é muito diferente daquela que tinham os hebreus na época bíblica. Dizer que são as mesmas pessoas é chapar as coisas. Podemos dizer que os judeus têm o lugar sagrado na Palestina. Mas não são donos de lá por nenhum motivo Do mesmo modo hebreus e árabes são aparentados também, da mesma etnia e etc. Ser descendente não implica ser a mesma coisa. Aliás, a identidade palestina é algo bem peculiar e regional. E uma das coisas que os incomodam bastante são os estados árabes pretendendo ser os representantes da causa palestina, uma espécie de tutela. Mas na verdade, eles usam o conflito da Palestina para objetivos próprios, de projeção e liderança política, e não necessariamente um altruísmo entre irmãos. E muitas vezes a interferência externa de países árabes (e o Irã) altera, e muito, a própria causa palestina. Não existe simples constatação de fatos sem algum interesse por detrás. Então, me diga, com base nos fatos: os palestinos são igualmente donos daquelas terras? Vendo a validade dos valores universais, você acha que a tomada da terra dos palestinos violou estes valores?
  7. Não acho que os caras da Al qaeda tenha um pingo de legitimidade. Mas só sei de uma coisa: ninguém se explode por nada. Não é por ter alguém falando na sua cabeça que vc vai se explodir se não tiver condições que favoreçam isto. Tem algo de errado ali que gera muito rancor a ponto de fazer alguém sacrificar a própria vida. E quem é reponsável? iih, Deus e o mundo! Mas com certeza existe alguma força oprimindo e que dá argumento para estes fanáticos conseguirem adeptos. Muitas vezes o Estado se sentindo no direito de punir acaba fomentando mais ódio, que acaba levando à mais atos terroristas em resposta e... algo sem fim! E bom, pessoalmente não acredito no Estado como simples servidor da sociedade. Acho que há mais nuanças aí, mas isso é papo de cientista político... Talvez eu não tenha sido claro... o povo judeu NASCEU nas terras que hoje são o Estado de Israel... Desceram ao Egito por causa da fome que atingiu a região e lá se multiplicaram e se tornaram escravos por 400 anos. Depois disso saíram e voltaram para a sua terra e a encontraram ocupada. Para retomarem a posse da terra tiveram que usar da força, óbvio. Nada é tão óbvio que não possa ser questionado. Segundo algumas pesquisas eles desceram ao Egito junto com os hicsos quando estes invadiram e dominaram o Egito, depois quando os invasores foram expulsos os hebreus continuaram lá. Mas bom, o povo palestino também é um povo que nasceu lá (e não estou falando de povo árabe). Não acho que seguir o caminho de um povo legítimo e outro ilegítimo para uma região seja recomendável. Afinal não pode haver uma coexistência? Um outro povo que se instalou ali depois não seria tão legítimo quanto? É crime por qual referência? A nossa, não é? Mas eu estou me abstendo de olhar o quadro pela minha perspectiva cultural (não sei qual dos dois lados devo defender até pq, como já disse, não conheço todo o problema em detalhes), estou simplesmente tentando olhar para ótica mais enxuta possível: Judeus sempre foram donos daquilo ali, saíram daquele território duas vezes e nessas duas vezes o território foi ocupado por pessoas que não são dali, ponto. Bem-vindo ao relativismo! Sim eu sei que estou transportando uma categoria nossa, mas estou aplicando um valor que deveria ser absoluto: o direito das comunidades. E nada o que Israel passou (ainda mais milhares de anos atrás) justifica o que ele fez contra a população local. Afirmar que judeu sempre foi dono daquilo é uma afirmação muito perigosa ao meu ver. Nega toda a dinâmica e movimentação da humanidade (os próprios hebreus não teriam vindo da Mesopotâmia?) Não entendi isso aqui... Muçulmano é aquele cuja fé repousa nas doutrinas islâmicas, independente de nacionalidade. Posso ser muçulmano (religioso) e brasileiro (nacionalidade). Judeu é judeu por questões de sangue, nacionalidade e TAMBÉM de credo religioso. Estou me referindo apenas ao primeiro "tipo" de judeu, ou seja, o nascido ou descendente de nascidos em Israel. Mas o problema é quando isso vira argumento para a formação de um Estado que tem a sua legitimidade baseada em critérios religiosos. Por que não formar um Estado laico sem nenhuma relação com credp, e que teria como cidadãos tanto muçulmanos ou judeus? Ou porque a necessidade de se criar um Estado? Muitos sionistas eram a favor da simples migração e da convivência com a população local.
  8. O Estado não pune todos os desvios por uma série de razões... Conveniência, partidarismo, falta de estrutura adequada para vigiar todo mundo e garantir a punição de todos os infratores, etc. E porque não diz respeito a ele. Um dos pressupostos da sociedade moderna é da liberdade individual. Então se esta não atrapalha o Estado, ele não deveria se meter em assuntos particulares, tais como a vida amorosa da pessoa. Terroristas são agentes qualificados e autorizados pelo Estado a executarem punições? Não. Então... Em outras palavras então somente o Estado seria um agente qualificado para executar atos terroristas? Deste modo seria totalmente inválido inssureições populares contre ditaduras. E é uma das estratégias de governos autoriários usar o termo terrorista para desqualificar movimento "guerrilheiro", esvaziando-os de alguma motivação. Acho que o terrorismo é um ato bárbaro sim, mas ele não está sozinho, pois vem acompanhado de um sentimento de impunidade contra o Estado agressor (neste caso quem seria o agente qualificado para punir?) (Não estão fazendo apologia ao Terrorismo, heim!) Não estou lidando com questões religiosas, mas com fatos. Os judeus ocuparam a terra sem maiores problemas por quase dois milênios, desde a saída do Egito até 70 d.C. - e nesse meio tempo ainda encararam um exílio de 70 anos na Babilônia. As populações locais que lá residiam quando eles chegaram do deserto ocupavam um lugar que JÁ era deles (leia A História dos Hebreus, de Flavio Josefo para mais informações). E a posse de fato gera a presunção de propriedade em qualquer nação democrática civilizada. Em nosso ordenamento jurídico chama-se usucapião. Mas não vejo legitimidade da formação de um Estado por um ator externo e a expulsão de pessoas instaladas há muito tempo numa região que não seja a força (o que não necessariamente é a negação de judeus se dirigirem àquela região). Foi pela força que os hebreus (que não é necessariamente sinônimo de judeu) chegaram lá e se mantiveram. Igualmente foi pela força que os árabes chegaram lá depois. Em qualquer caso é "crime" a expulsão de comunidades e a violação de seus direitos Muitos e muitos povos passaram por lá. E muitos povos igualmente tem pontos de referência que não necessariamente implica na posse deles. Ou então qualquer muçulmano estaria no direito de declarar a nacionalidade da Arábia Saudita ou um católico se considerar do Vaticano. Conan o bárbaro2010-05-11 18:00:04
  9. Mas bom, o estado não pune todos os desvios, mas principalmente aqueles que atrapalham o seu funcionamente. Neste sentido que acho que ele não é fala por nome de absolutos. (e se é que falar de absolutos envolve o ato de punir) A questão dos judeus e palestinos é bem cabulosa. Mas os terroristas não estariam igualmente punindo (dentro da suas capacidades) os danos que sofreram? A justificativa da terra prometida pertencer aos judeus perpassa por questões religiosas que não fundamentariam a existência de um Estado. Eles também expulsaram populações locais quando migraram para lá. E igualmente os palestinos habitavam aquela região. E no caso deles não estamos falando de um discurso justificando a posse, mas uma posse de fato, pelo simples fato de habitarem ali por mutias gerações. Mas igualmente isso não é motivo para destruir o estado de Israel...
  10. "o agente que matou a pessoa era legitimado pelo Estado a realizar o serviço?" Aí que eu acho que entra a coisa. Não se trata da busca da moral ou do idealmente correto, mas a manutenção da ordem. O que torna o assassinato pelo Estado "correto" é porque ele é legítimo segundo as suas leis, não? Fazer justiça com as próprias mãos é também crime, não é? Mas dúvida: como que é o julgamento de crimes passionais? A vítima pode ser considerada culpada? Muitas vezes a vítima pode ser moralmente culpada, mas completamente inocente se for agredida, certo? O terrorista, independente de suas convicções religiosas, fere bens jurídicos que não lhe pertencem quando pratica seus atos. Deve então ser punido por ter ferido tais bens, independente do que crê ou não. Mas os bens jurídicos dão conta de toda dimensão da humanidade? Você acha que olhar o conflito Israel e Palestina somente pela perspectiva jurídica dá conta da compreensão? E no caso de uma guerra? Também não são culpados?
  11. Não entendi... a legitimidade em se eliminar alguém culpado é justamente a paga pelo crime cometido. Toda ação tem uma consequência. Neste exemplo a consequência de se matar alguém inocente seria a morte do que matou o inocente. Não vejo demonização aí, vejo retribuição da sociedade em face de um ato ilícito. Mas se por acaso ao inocente morto for atribuída uma carga de culpa (imaginária ou real), o seu assassino se torna menos assassino por isso? Do tipo aquela frase "ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão". Então, a sociedade para tirar a culpa da consciência por mortes que ela foi a responsável não poderia demonizar alguém? Sei que parece algo cabeludo, falar que terrorista não é culpado por na ótica dele não está matando inocentes. Mas no conflito entre Isreal e Palestina, por exemplo, tem um lado inocente? Ou então, tem um lado que leva toda a culpa da situação, merecendo, assim, ser retaliado? (tá estou fugindo do indivíduo para o coletivo. Mas é para pensar na questão do que é justo)
  12. "Nossa mas o governo Lula é tão maravilhoso. Quem poderia pensar que uma coisa dessas aconteceria... Essa acusação é bastante séria. Tem provas? Se tiver eu vou adorar porque é mais munição para eu falar mal do Lula." Sim. Vi num artigo do Le Monde Diplomatique uns meses atrás. Depois eu procuro e te passo a referência. Política e religião são coisas totalmente distintas. Comparar as duas coisas é o mesmo que tentar comparar matemática e amor. E eu não tenho dificuldade alguma em ver o que é feito de ruim em nome da ordem, do progresso, da paz, da ciência, do comunismo, do capitalismo... ou do que quer que seja. O problema é que você só falou contra a existência de governos e apontou pontos fracos óbvios. Mas não propôs nenhuma alternativa viável. E esquece que a existência de um Estado, dirigindo a população ao mesmo tempo que é dirigido por ela, funciona bem na maior parte do mundo. Não acho que seja coisas tão distintas assim. Em conteúdo sim. Mas o uso e consequências acho que estão bem próximos. Tanto é assim, que muito frequente religião e política darem pitaco no assunto do outro. Mas não só isso, a mobilização das pessoas que os dois fazem em nome de idéias e orietam atos a partir destas idéias, acho bem próximo. E não só nos atos, como no simbólico também: O culto aos heróis nacionais, todos juntos cantando o hino nacional, idolatrando a bandeira, o sacrifício em nome da nação, etc... Sei que a crítica é mais fácil que a solução, mas apontar alguns problemas ajuda a pensar o que muita gente vê como óbvio e nem pára para pensar. Mas bom, voltando à questão do tópico propriamente dita. A maconha deveria ser legalizada? Qual diferença dela para o tabaco ou o álcool? Nas sociedades muçulmanas é proibido consumir álcool. Os outros não são tão prejudiciais quanto?Conan o bárbaro2010-05-10 12:12:14
  13. Uai, mas o assunto ficou non-sense foi quando você disse que quem não gosta muda de país, como se fosse algo trivial. Eu proponho uma outra alternativa: Não está gostando das leis da maioria? Então faça as suas próprias leis e separa-se de maioria. Não se adequa a lugar nenhum? Então faça o seu próprio lugar. Afinal, o que está te ligando à maioria? Se não é problema do resto da sociedade, então se separe dela e fique com a sua. Se os gaúchos não estão gostando das leis que beneficiam a maioria, porque não não se separarem e formarem um novo país com as próprias leis. Não seria legítimo também? Sim, o governo "expulsa". Ele faz ameaças sim! O que ele oferece como compensação muitas vezes beira o rídiculo. Sem mencionar que além disso faz vista-grossa para outras violências no campo. Não sei até onde você está por dentro da situação rural do país, mas o lugar mais violento do país não é Rio de Janeiro, mas o interior. Mas me diga uma coisa, ser talibã ou nazismo. Ter o apoio da maioria ou não, faz alguma diferença? Isso diminui o estrago que o Estado fez? O Estado tem que garantir o direito dos seus cidadãos, não é isso o que você fala? E isso independente de qualquer situação. Não se trata de troca de favores, mas de direitos. E não é nome da maioria que estes direitos serão infrigidos. E isso tem a ver com o tópico na medida em que sentenças como "Seria melhor então parar o desenvolvimento do país porque meia-dúzia de caipiras não querem se deslocar alguns quilômetros para lado? Menos drama, por favor" são tão ideológicas quanto à religiosa. Em nome do bem do país, quantas e quantas coisas bizarras não foram feitas? E tem gente que só vê as coisas podres feitas em nome da religião. Conan o bárbaro2010-05-09 02:31:34
  14. Extamente, Nostromo, você respondeu a pergunta: não nos perguntam se queremos ser homem ou mulher, branco ou negro. Então se uma mulher ou negro sofre discriminação basta pedir uma "bolsa-transforma-em-homem-branco". Tão simples assim. Só precisa querer. Se as coisas não são assim foi porque não quiseram. (e não respondeu sobre a questão de ser integrado em outra sociedade) Alguns Estados são impostos e outros são aceitos. "E daí?" eu que te pergunto! Você me diz que o Estado está para servir ao bem da maioria. Foi para quando você disse: "Se nossa sociedade em sua maioria não aceita determinada prática, o Estado pode sim proibi-la e punir a minoria que insistir nessa prática" E eu disse que os Talibãs usam este argumento para eliminar minorias. "Dar algo em troca???" Então o serviço médico levado pelo Estado dá o direito dele chegar lá e simplesmente afugentar e expulsar os moradores locais? É o fato de você pagar o bolsa-pastel que lhe dá o direito sobre as propriedades e posses deles? Sinto muito, mas é uma lógica perversa e comparação fora de escala. Tá certo sobre os brasileiros. Agora me fale: A única coisa em comum entre eles, a única coisa que os ligam, é estarem subordinados ao Estado?Conan o bárbaro2010-05-08 13:46:52
  15. Este é um ponto interessante que demanda cautela... A humanidade é diversa em que sentido? Valores morais, por exemplo, podem ser relativizados devido à "diversidade" da humanidade? O que pode ser relativizado e o que não pode? E aquilo que pode ser relativizado, qual o critério utilizado para a sua relativização? A humanidade é diversa em sua cultura, em sua forma de organização social, em sua forma de ver o mundo. Nós reconhecemos muito os direitos individuais. Mas outros povos vêem os direitos coletivos. Talvez nós temos muito o que aprender com eles. O relativismo vem aí: "o que eu digo não é absoluto. Posso e devo aprender com outros pontos-de-vista, outras perspectivas que não somente enriqueceriam minha visão de mundo como ajudariam a compreender melhor aquilo que nos é próprio" Há sim critérios absolutos, mas será que eles conseguiriam abarcar toda visão de mundo da humanidade, todas as peculiaridades sem que sofram alguma modificação? Conan o bárbaro2010-05-07 14:52:11
  16. É mais ou menos por aí mesmo. Depende de quais seriam as possibilidades, e depende do que é absoluto. Acho que a maior discussão não é se exista ou não estes absolutos, mas o que realmente consiste estes valores. Na minha opinião, existem sim, mas não estão vinculados ao Estado. Quando relativizo os valores da sociedade é para questionar o Estado como um agente moral que se preocupa com valores ideais da humanidade (e se realmente há esta correspondência entre sociedade e Estado). É mais um aparato pragmático que busca o próprio bom funcionamento e a reprodução de valores que o legitimam e o organizam. Mas um exemplo em que o relativismo seria legal: Todos nós concordamos que quem mata inocente é bandido. Mas então, aquele que mata gente culpada deixaria de ser bandido? Se assim for, existe todo um discurso construído que visa demonizar e culpar alguém, legitimando a sua eliminação. Aí eu pergunto: estes absolutos se manifestariam através de que? Pelo Estado? Pela sociedade? Qual veículo que seria o representante destes valores?Conan o bárbaro2010-05-07 14:54:05
  17. "Exato. Migrações. Ninguem está preso ao Brasil. Vá para a Noruega e seja feliz. Ou viva aqui e obedeça nossas leis." Um retirante do interior do nordeste tem todas as condições de mudar para um outro lugar melhor. Se nem dentro do próprio país ele consegue... E conseguir sair de um país não significa que ele consegue se integrar na sociedade do outro país. Não é questão de se querer viver num mesmo território ou não. Isso não é perguntado à ninguém quando ele nasce. "Outra bem diferente é querer dar aos gays o direito de fazer sexo no meio da rua só porque eles são gays ou porque eles tem outros valores. Isso é dar privilégios acima dos demais cidadãos." Anos atrás beijar em público era um escândalo. Mulher andar partes do corpo visíveis aos outros também... Acho falta ambição não discutir alguns temas só porque a maioria da população quer assim. "Os talibãs nunca foram maioria. Seu governo foi imposto pela força (armas) sobre uma população pobre, faminta e ignorante. Não instalado pela aceitação da maioria." Engraçado que isso repete em grande parte da História dos Estados. Esta sua frase poderia ser perfeitamente aplicada à guerra de Canudos aqui no Brasil. Você não acha que os Estados não são impostos? E que maioria é esta? 'Comunidades tradicionais" que vivem em certa região há muito tempo e nunca se sentiram brasileiros, chega alguém lá e diz que a partir de determinado dia aquele é um território brasileiro e eles são brasileiros e terão que ser enxotados de lá em nome do bem comum da nação, para que se possa construir uma hidrelétrica que fornecerá energia à pessoas que vivem milhares de quilomêtros de distância, lá na cidade de São Paulo. Que vínculo que existe entre estas pessoas? Neste caso o que é população brasileira? Pergunta besta, mas a resposta é mais ainda se alguém conseguir dar. Conan o bárbaro2010-05-07 12:59:38
  18. "Mas o Estado não é uma prisão. Você vê algum muro impedindo a saída da minoria insatisfeita por não poder usar maconha? Ou da minoria insatisfeita por não poder ter mulheres como escravas sexuais? Todos esses pequenos grupos são livres para se retirar." Para se retirar para onde? Ainda mais os pequenos grupos. Você está sugerindo migrações? Concordo com a parte do tem que obedecer as leis. Mas dizer que somos livres para escolher a sociedade é dizer que somos livres para escolher a nossa nacionalidade. Eu gostaria de ser um norueguês... "Se o grupo funda uma aldeia separada do resto da sociedade, mas ainda dentro do território brasileiro, ele ainda continua subordinado as leis brasileiras. " Isso já justificou inúmeros massacres de povos que existiam antes do próprio Estado. Mais uma vez: não é religião o principal problema. Quem são os grupos que matam adúlteras ou tomam chás perto destes assassinatos? Qual a relevância destes grupos ou a magnitude das suas ações em comparação a promoção de eliminação sistemática de grupos sociais dentro de um território? É em nome da maioria que grandes perseguições foram feitas. Mas tudo bem, eu entendo esta posição. Crime não é um ato que fere princípios morais ou do deireitos humanos, mas um ato desviante em relação à constituição de um Estado. "Se nossa sociedade em sua maioria não aceita determinada prática, o Estado pode sim proibi-la e punir a minoria que insistir nessa prática." É o mesmo argumento utilizado pelos talibãs em relação àqueles que não cumprem as leis fundamentalistas que são impostas. Mas o engraçado é que se realmente existe esta correspondência entre Estado e sociedade.
  19. "nós vamos ter que permitir assassinato em nome da liberdade religiosa?" Não tem que permitir assassinato em nome de ideologia nenhuma. E isso inclui a do Estado. O papo de Estado velar pelo bem comum é balela. O Estado detém o monopólio do uso da força, e é legítimo ela matar os desviantes da ordem (para os Estados com pena de morte). A própria prisão é vista como uma instituição bárbara para outros povos. Por exemplo, os índios que praticavam antropofagia consideram manter alguém enclausurado pelo resto da vida uma barbaridade sem tamanho contra o homem. Não acho que o Estado intervenha por motivo moral, mas pragmático mesmo. Aliás, ultimamente muito mais perigoso do que ideologia religiosa, são as ideologias políticas e nacionais, que por sinal promoveram as maiores atrocidades na contemporaneidade. O Estado não intervém na escolha religiosa, mas em compensação a todos nós é imposta uma identidade nacional. As lavagens cerebrais coletivas perigosas são os nacionalismos e patriotismos...
  20. Obrigado por ter lido Razi, hehe. Pode descer a lenha mesmo sem medo de parecer desagradável. A intenção do conto foi esta mesma, ter toques de humor. Já o outro conto a dosagem de humor é menor, mas não significa que seja mais terror, pois eu tenho a mania (deve ser meu estilo, sei lá, rsrs) de não ficar preso a um gênero. Gosto de ficar passeando por lá e para cá e não ter algo único. Na verdade a única coisa fixa é o elemento fantástico. Mas acho porque sei disso. Acho a criação e escrita de um conto de horror puro um processo muito desgastante, sabe? (Vale também para histórias mais trágicas). Eu me envolvo com a história que estou escrevendo de tal modo que eles me afetam. Quando resolvo escrever coisas macabras pela noite, surgem cada imagens bizarras na cabeça que dá medo em mim mesmo! heheh... mais ou menos aquele papo de quem lê se deixar leva r pela história, isto é, ter envolvimento na história e de sentir o horror. Eu confesso que a primeira metade do conto ficou a desejar. Eu mesmo não fiquei satisfeito, principalmente com a parte do velho fazendo o pedido e a atendente. Ficou confuso e disperso. Não gostei mesmo desta parte, ficou falha, mas na hora não conseguia criar uma passagem adequada. Para mim pecou também no ritmo. Gostaria que fosse mais fluída, e que um trecho levasse a outro quase como uma sequência evoluindo gradualmente e naturalmente para o clímax. Mas tem que ser assim: você escreve uma história, deixa ela guardada numa gaveta por um bom tempo, e só depois de um bom tempo você volta nela e vê com outros olhos. Ambos os contos do blog estão mais ou menos no estado bruto, não passei o pente fino ainda, e tem erros grosseiros até. Mas vou levar em consideração o ue você disse. Realmente nunca tinha parado para perceber os advérbios. Agora uma coisa complicada a respeito de ler muitas coisas no gênero: se por um lado a falta da leitura limita o seu "vocabulário" de idéias, por outro a ler muito acaba também por limitar a possibilidade de criar algo original. Paradoxo? Deixe-me explicar. É que a gente vai estocando imagens e idéias na cabeça e, se elas dão variedade, acabam sendo também aquilo que a gente vai usar, consciente ou insconsciente, nos textos. E o problema vem quando você jura que criou algo original, mas na verdade você recuperou, sem perceber, um conceito que estava engavetado lá no fundo da sua cabeça. E nesta preocupação de tentar não repetir o que já foi dito, afinal seria um pecado capital falar o mais do mesmo, a história original acaba ficando meio segundo de lado. Meio assim: quando inocente, agente escreve segundo a nossa cabeça. Mas depois do "pecado original" temos uma responsabilidade na hora da criação do texto. Sinto isso agora que vou escrever o conto sobre o Lençol. Agora tenho uma preocupação a mais de não repetir o seu conto. Não que eu faça por mal, mas depois que eu li, o seu texo está armazenado no repertório de idéias. Aí posso repetir involuntariamente... Mas é só uma viagem, hehe Eu li o seu texto homenageando o Lovecraft. Ficou bem legal. Conseguiu recriar o clima, os jargões, o vocabulário, a forma e as idéias. Mas ao mesmo tempo você introduziu elementos pessoais na história. Como exercício de percepção e discussão posso tentar apontar os elementos que são peculiares de cada texto? (pois a homenagem já é visíveil por si só). - O seu texto é feito em cima de diálogos, que ocupam um espaço importante no desenvolvimento da trama. Nos contos do Lovecraft, os diálogos não têm esta posição tão importante, exceto quando surgem os monólogos, que servem como uma narrativa dentro da narrativa, isto é, apresentar uma situação dentro daquele conto. Geralmente os contos do Lovecraft são narrados em primeira pessoa, com uso de palavras subjetivas que expressam o estado mental e de espírito degradados do protagonista. Ou então é um narrador observador total que penetra a psique do protagonista (dos outros geralmente não) desenvolvendo longos trechos descrevendo este estado psicológico dele. É um autor que descreve não somente o cenário como também o estado mental, o que cria uns lapsos de tempo psicológico dentro do tempo cronológico. E o tempo cronológico, além destas incursões na psique, é quebrado pela inversão cronológica. Um dos artifícios que ele usa recorrentemente para prender a atenção do leitor logo no início da história é apresentar uma situação e a partir daí ele volta no tempo para contar como que tudo terminou assim. - Você introduziu também a ameaça física estrita com toques de "sadismo". A ameaça feita com faca e a arma dentro da boca é algo incomum dentro do universo de Lovecraft, pelo menos não ocupa um espaço importante. No seu texto funciona como aquilo que conduz o perigo, constante, e o que torna a situação tensa por uma ameaça física imediata (que deliciosamente se concretiza ao final) - E por fim, você fez uma sítese legal do universo do Lovecraft, passando por muitos elementos. Mas no caso dele, os "grandes deuses antigos" geralmente aparecem em novelas e não em contos. E são elementos soltos e esparsos dentro de várias histórias, e muitas vezes são apenas sugestões. Você faz sintese competente deste elementos em um único texto.
  21. Fala Razi! Tudo bom? É bom conversar com você a respeito. Mas concordo totalmente que ninguém nasceu gênio (talvez sim, mas poucos casos, hehe), e só treinando que se chega a algum lugar. Adoraria mesmo escrever algumas coisas "sob encomenda", pois são os meus melhores textos. Dão rumo, prazo e uma responsabilidade maior com o projeto. Se você quiser me passar um tema legal para escrever, eu gostaria de ouví-la (ler, no caso, hehe). Lendo o seu conto O Lençol, lembrei-me de um conto que há muito tempo que desenvolvi na cabeça mas nunca cheguei a dar contornos mais precisos ou pôr no papel. Mas não se preocupe, não é plágio! heheh. Apesar de ter algo em comum como ponto de partida é uma história totalmente diferente (e isso é o legal das leituras, de ver como que vários autores dão tratamento distintos para um mesmo tema!). Se você se dispôr a ler, eu escrevo... ou então, pode passar um outro tema mesmo. Mas pode deixar, vou abrir a minha mente às críticas! heheh Eu escrevi dois contos (e um poema de humor, hahah, para mudar os ares de vez em quando, e tb um texto sobre o filme Drácula) no blog: http://www.geleiademaca.blogspot.com/ - Primeiro Desafio - Texto (está assim, não tem título. Foi um texto que fiz quando um colega propôs um tema) - O estranho Caso da Pizza 57 (em setembro) Não são histórias de horror propriamente dito, ainda que sejam escritas em referência ao macabro. Na verdade, são mais contos fantásticos onde o absurdo que é a chave, e não o medo... E também muita gente não precebe o humor e a ironia. Mas estão lá, juro! hahaha É meio que uma mistura de deboche e história séria. Mas a questão não é ler tanto a sério... Por isso, acho que não faz tanta diferença ler a noite ou não. Sei lá, deve ser uma coisa minha. Eu leio um tipo de história mas escrevo outro... E ah, as palavras usadas também são homenagens (quase uma paródia homenagem, hehe) ao Lovecraft. E na verdade são mais esboços mesmo. Não cheguei a trabalhar ou desenvolver mais. Tem até alguns erros de português que estão lá ainda, rsrs, mas enfim... (Falando nisso, hoje vou ler o seu conto). E bom, tenho uma preocupação artística sim. Mas eu acredito que esta é a função dela. E uma obra de horror muito bem feita é uma obra de arte! (aquele papo da competência do escritor, lembra-se?). Mas também indico ótimos livros que servem de inspiração: livros de contos populares, "folclore", de histórias orais, tradicionais, etc. Muitos escritores se basearam nelas! Vale a pena!Conan o bárbaro2010-02-03 23:42:05
  22. Charles Dickens - Histórias de Fantasmas. Quem curte o gênero sobrenatural, leia este livro quando der. Não é um livro amedrontador, acho que em certos contos nem foi a intenção do autor fazé-lo assim, mas muito interessante assim mesmo. Principalmente para aqueles que gostam do sobrenatural e oculto (não necessariamente o terror). Vale a pena conferir pois, além de ser um autor clássico dono de uma escrita agradável e fluida, ele destrincha o tema em suas várias facetas (e não somente o terror). Por exemplo, no conto Uma criança sonho com uma estrela, é uma história bela e triste, que chega até mesmoa umedecer os olhos ao desenrolar da história, hehehe. Já em outras histórias, o humor e a ironia dão o tom do clima. E outros contos, por sua vez, os fantasmas de Dickens se encontram dentro da psique humana, e assim os personagens são mergulhados em situações que beiram a insanidade, mais do que o horror propriamente dito. E tem até um conto, Fantasmas de Natal, extremamente divertido por fazer um passeio pelos clichês das histórias de fantasma homenageando-as e nos mergulhando no clima arrepiante mas gostoso destas histórias. Neste livro não tem o Conto de Natal, o clássico dele sobre fantastmas, e um ótimo exemplo de com ele aborda o tema: ela usa o sobrenatural para escrever histórias que passam por todos os gêneros, sem nunca soar forçado ou inconveniente. E tem também O Sinaleiro, que está naquela coletânea dos melhores contos fantásticos do século XIX, que acho muito bom! Este sim, é um legítimo conto de horror... Informações sobre o livro: Treze dos melhores contos sobrenaturais de Charles Dickens acabam de ganhar uma edição da Coleção L&PM POCKET. Histórias de fantasmas pinça parte das tramas fantasmagóricas criadas pelo escritor vitoriano, como "O Sinaleiro", "Fantasmas de Natal" e "A noiva do enforcado". Conhecido pelos personagens que dão nome aos clássicos Oliver Twist (1837) e David Copperfield (1849), Dickens fez sua estreia como escritor publicando contos em periódicos ingleses. As criações de Dickens eram obras de crítica social da era vitoriana. Suas narrativas contêm comentários ácidos a uma sociedade que permitia a pobreza extrema, as más condições de vida e de trabalho e o maltrato infantil. De Dickens, a Coleção L&PM POCKET editou também Um conto de Natal. Conan o bárbaro2010-02-01 23:29:13
  23. Eu lerei conforme o clima de leitura permitir... Esta noite lerei mais um, se tudo der certo! hehe. Mas eu gostaria de entrar em contato mesmo! Você me passa? Mas tenho medo que com algumas críticas eu perco a minha individualidade na obra A pessoa não gostar, tudo bem. Apontar o que não gostou também. Mas o problema é que entre ela apontar o que precisa melhorar e o que é mais conveniente é um passo muito pequeno, e nisso eu perco a originalidade e começo a escrever conforme um esquema padronizado no ramo. A cartilha de como escrever bem um conto de horror... isso eu quero fugir. Às vezes o que me preocupa é a construção da narrativa mesmo. As orações, as palavras usadas. Cada termo não basta estar no lugar certo, mas tem que estar de modo que seja "artístico", sabe? A combinação das palavras tem que mexer com o leitor, provocar reações desejadas nele. Isso, Raziel, eu acho muito difícil mesmo. O controle das palavras. Agora quanto à história, eu escrevo o que me vem à cabeça, e isso ninguém pode me falar que não está bom, pois é uma expressão minha! Isso ninguém pode corrigir, pois se trata de um processo pessoal de criação. É um trabalho meio autista, né? hehehe... Mas acho que trabalho em equipe não entra muito bem, pelo menos na criação. Uma vez eu e um amigo fazíamos desafios de escrever textos a respeito de um tema, um sem consultar o outro, aí depois mostrávamos o que tínhamos escrito. E então fazíamos comentários, críticas, etc. Mas é algo muito difícil, pois esta sinceridade é amenizada pelo fator amizade, hehe... E pedir para que estranhos avaliem também é meio difícil, pois falta uma intimidade para ser mais aberto... A idéia de lançarem um tema para eu escrever é até legal. Funciona bem, pois te força e te obriga a escrever focado em um objetivo. Caso contrário, a gente fica perdido e meio sem rumo quando não temos muito bem em mente o que queremos escrever... Você ainda continua escrevendo os contos atualmente?
×
×
  • Create New...