Noonan
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Calma aí, há uma diferença entre dizer "quadrinhos são arte" e "quadrinhos são literatura". Para mim, quadrinhos são arte, tão arte quanto um livro, um filme ou uma música. Mas não entendo a revolta de Gaiman; afinal, quadrinhos não são mesmo literatura - são quadrinhos, ora. Outro tipo de linguagem, outro tipo de arte - mas ainda assim arte. Simples. Long foi interpretado erradamente.
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Na verdade eu não considero a violência de Kill Bill nem como uma violência que deva ser levada a sério. Acho que todos concordamos que tudo é exagerado demais, propositalmente. E sim, filmes podem ter o objetivo único de divertir o espectador (Os Caçadores da Arca Perdida, De Volta para o Futuro...). Minha única restrição é que não ofendam a inteligência (restrição básica para qualquer filme, com qualquer proposta, aliás) - e não provocar uma reflexão não se encaixa nisso. Além disso, há outros "intuitos" que um filme pode ter além dos que você citou, e um deles é falar sobre o próprio Cinema. Não sei se você já leu Se um Viajante numa Noite de Inverno, de Italo Calvino (se não leu, leia, é genial). É um livro dedicado à arte de escrever, e também à arte de ler. Os filmes de Tarantino são assim. Ele parece ser um diretor que realmente gosta do que faz, e há em seus filmes toda essa característica metalingüística. E um ótimo efeito surtido: desperta a curiosidade do cinéfilo para ver as obras que serviram de influência. São, enfim, filmes feitos por um cinéfilo e direcionados para outros cinéfilos. Como o Nacka disse uma vez, o cinema de Tarantino chega quase a ser exclusivo.Noonan2006-11-05 22:50:30
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A bruxa do 71 realmente quase não aparecia.
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Exato. Além de existir do risco de perder um bom filme simplesmente por achar que ele será ruim, perde-se o senso crítico. O cara que só assiste Kubrick e Truffaut tem tão pouca capacidade de avaliação quanto o que só assiste Michael Bay.
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Quando paro para ver um filme, eu geralmente o vejo até o final, não importando quão ruim seja.
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Um pouco, mas nada que prejudique substancialmente. Apesar de o romance existir no filme, nunca há a confirmação de que ele foi mesmo REAL. Ann tinha uma imagem formada de Driscoll antes de conhecê-lo, e o admirava de forma quase fanática. Quando se viu na frente de seu grande ídolo acabou cedendo a ele, simples assim. O que ficou meio inverossímil foi ele ter se apaixonado também, se que vejamos um motivo verdadeiramente forte. Esse inverossimilhança, no entanto, é compensada pelo que vem depois. O "par romântico" real de Ann no filme não é Driscoll, como descobrimos, e sim Kong. É aí que foge-se do clichê: depois do início desse romance-chave não há qualquer indício de que Ann continue apaixonada ou não pelo personagem de Brody, o que por si só já é digno de nota. Mas o contrário não acontece; Driscoll continua indo atrás de Ann, e entra a frustração de que falei por ter "perdido" uma disputa do tipo para um gorila enorme. Por causa disso, mais tarde vemos ele preocupado com Ann, mas pouco ligando para o que venha a acontecer com Kong - o que é interessantíssimo, já que ele é um dos mocinhos da história.
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Então experimente jogar Fatal Frame, Foras. Com headphones será ainda mais interessante.
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Bem-vinda. Não se assuste, somos todos loucos mesmo.
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Só uma correção: A Vila está longe de ser aclamado pela crítica e pelo público em geral. Esse fórum, aliás, provavelmente é um dos raros lugares que concentra vários fãs do filme. Noonan2006-11-05 11:54:37
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O que eu acho que destrói toda essa segunda parte de O Dia Depois de Amanhã não é a jornada de Dennis Quaid em si; ela é clichê, mas a meu ver até funcionaria num filme do gênero, já que não devemos esperar aqui personagens tridimensionais ou complexos. A grande cagada é a inutilidade da jornada. Por que Quaid simplesmente não esperou a tempestade passar? Se o filho fosse morrer na tempestade, morreria com ou sem a presença dele. Quando o filme chega ao final e o espectador se dá conta de que a última hora inteira foi baseada em uma idéia totalmente incoerente, o filme perde muitos pontos. No mais, como eu já disse, até gosto do filme. A mensagem ambientalista nunca fica mais profunda que um pires, nem muito convincente, mas Emmerich merece crédito por ao menos ter tentado. E eu simpatizei - vá entender - com o personagem de Gyllenhaal.Noonan2006-11-04 22:21:20
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Outros pontos positivos de King Kong: - Resgate do clima de aventura de filmes como Os Caçadores da Arca Perdida; - É de uma grande beleza visual (o navio em meio à névoa, o ritual de invocação de Kong, o lago de gelo); - Cenas de ação MUITO boas, como a dos T-Rex e de Nova York; - Habilidade, tanto de Jackson quanto de (principalmente) Naomi Watts, para que o romance-chave da história não soe ridículo; - O personagem de Brody, de que pouca gente gosta mas que eu acho muito bom: o cara faz de tudo pela garota e ainda a perde para um gorila gigante; é uma frustração das grandes que ele tem que enfrentar; - Jackson não tem medo de incorporar elementos característicos dos romances de aventura do fim do século XIX (o próprio mapa para a ilha, a lenda da "muralha de 30 metros de altura que guardava um monstro que não era homem nem gorila") que poderiam soar ridículos hoje em dia. Depois me lembro de outros; o Alexei não me deixou muita escolha, ele citou vários dos pontos que mais se destacam.
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Nossa, tinha até me esquecido de Full Throttle, mas realmente é um dos melhores jogos que já vi.
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Fear realmente tem uma inteligência artificial admirável... mas acho que não passa muito disso. Parece que houve uma preocupação demasiada em criar gráficos espetaculares do que em tornar o jogo envolvente, o que é uma pena.
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Nossa, O Senhor das Moscas é MUITO bom.
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Mais tarde volto, mas vou apenas esclarecer um ponto: eu gosto de King Kong. Minha nota para o filme é inclusive 9/10. Como é que estão me chamando para acusá-lo? Noonan2006-11-04 14:32:25
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Uma Thurman se drogando ao som de Girl, you'll be a woman soon foi genial.
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Não sei não... É óbvio que torço para que ocorra o que você falou, mas acho mais plausível que esperem o volume 11. Só podemos esperar, apesar de eu já saber o que acontece no 10.
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Aliás, sobre a novela Eva e Conrad, vi um cara postando em outro fórum, e achei bem coerente, que provavelmente a editora está esperando o lançamento do volume 11 no Japão (ou possivelmente até do 12, que será o último) para que não fique com aquelas paradas irritantes - publica dois volumes, pára, mais dois, pára... Eu não havia pensado nisso, mas agora até apostaria nessa possibilidade. O que acham? Noonan2006-11-02 19:35:19
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Prefiro esperar para ver em casa.
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Lucy, cuidado com o preconceito de gênero... é algo de que qualquer um que goste de cinema deve fugir. (Não encare isso como um ataque pessoal. Mas deixar de ver filmes porque pertencem a este ou àquele gênero é realmente prejudicial.)Noonan2006-11-02 18:05:32
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Pronto, li tudo. Realmente, a Cozinha está se tornando um ótimo veículo para que conheçamos os usuários do fórum. Eu só tinha formado uma opinião sobre o Alexei como um cinéfilo, já que, como ele próprio disse, raramente vai na seção Geral e acaba assim criando um certo distanciamento dos outros membros. Por isso, vou admitir que, levando em conta o comportamento "frio" do Alexei no fórum, até esperava que a entrevista fosse desinteressante; no entanto, me surpreendi ao ver como estava enganado. Em suma, parabéns ao Alexei e aos cozinheiros, que estão mesmo cumprindo o prometido. (E, com isso, veja se começa a participar do Geral. )