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Forum Cinema em Cena

Noonan

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Everything posted by Noonan

  1. Eu não chorei, mas fiquei puto por ser no Rio. Se tivesse sido em São Paulo, eu teria ido, de alguma maneira.
  2. Primeiro episódio de Ergo Proxy. Enredo intrigante, visual muito bom, traço e animação excelentes, e se mostra bem atual quando aborda temas como preconceito para com imigrantes, consumismo desenfreado e "o tipo de cidadão que o governo quer". Não dá para falar muito mais porque foi só o primeiro, mas a série promete, acho.
  3. O mais engraçado são os posts de gente que, pelo jeito, já sabe se o filme vai ser bom ou ruim... Que tal assistir antes de sair elogiando ou criticando?
  4. Estão em aquecimento... Essa é uma tônica que não me agrada nada' date=' você sabe. Fica me parecendo um festim de hienas, uma coisa que foge completamente da idéia do programa. Como sou minoria absoluta nessa questão, não posso fazer nada, não é mesmo?[/quote'] Noonan2007-05-02 17:04:17
  5. Nossa, nem me lembro. Sei que meu primeiro Kubrick foi 2001, e, se não me engano, o primeiro Hitchcock foi Janela Indiscreta ou Um Corpo Que Cai. De outros diretores, nem faço idéia de qual foi o primeiro filme que vi... Quando vou atrás de algum diretor que ainda não conheça (ou mesmo que conheça, mas pouco), procuro ver em ordem cronológica, se a disponibilidade permitir e a filmografia dele não for muito longa. Quando não se encaixam em nenhum caso (especialmente no segundo), vou assistindo mesmo o que é considerado como o melhor pela maioria, e depois vou caçando os filmes mais obscuros do diretor em questão.
  6. Meu Deus, essa é a melhor resenha que já li, não no Cineclube, mas na vida. Parabéns!
  7. Terminei Noein. Não fossem os episódios iniciais, seria quase OP. No entanto, mesmo com eles e ocasionais quedas numa infantilidade irritante, é muito, muito bom, um dos melhores que vejo em tempos.
  8. Já eu não sou muito fã do mangá de Eva... o traço é foda (e a maior razão para eu comprar), mas os momentos novela mexicana são demais pra mim...
  9. Assinatura da THX hoje:
  10. Muito, muito boa a resenha do Fernando. Gostei do que ele falou sobre a relação da salada que Moulin Rouge é com a transformação cultural de nossa época, em que as mídias se fundem de diversas maneiras e mesmo as fronteiras culturais estão deixando de existir. Acho Moulin Rouge bem mediano... o filme se equilibra entre um exagero suportável, até mesmo cativante em alguns momentos, e a completa overdose estética, e é uma pena que a tendência seja para este último, na maior parte do tempo. Mas talvez haja algum mérito nisso também, nessa coragem que Luhrmann tem de fazer um filme inegavelmente anormal, às vezes puramente ridículo, que força os limites do imaginário, como o Fernando citou. Seja uma obra-prima ou um lixo completo, merece muito ser visto, e com atenção.
  11. Ainda não vi a justificativa para se referir aos "finais felizes" (vou desconsiderar aqui a questão se eles podem mesmo ser classificados assim) dessa maneira acusatória. Algo que me diz que não a verei tão cedo, de qualquer forma... E meu preferido também é A Vila, na maior parte do tempo. Há alguns dias em que prefiro Sinais.
  12. Noonan

    300

    Não estou puxando o saco de ninguém. A verdade é que, sempre que vejo posts com tamanha concentração de merda como os seus, a vontade de me manifestar é grande demais. E não é o filme que incomoda as pessoas, e sim os fãzóides, cujos neurônios não parecem ter capacidade suficiente para entender que ninguém precisa gostar do objeto de adoração deles. Enfim, continue. Está engraçado.
  13. Noonan

    300

    Não lembro se ensinam a calcular porcentagem na primeira série...
  14. Noonan

    300

    Corrigindo: 7 anos é muito...
  15. Jail vs idiotas no tópico de 300: Deixa esclarecer uma coisa aqui para todos vocês da sua turminha: Ninguém aqui criticou vocês porque vocês discordavam do Pablo (mesmo porque aqui no fórum tem gente que discorda dele' date=' isso é normal). O fato foi: Um de vocês na tentativa de defender o Omelete (ou o 300 - sei lá!) vomitou uma inverdade sobre o CeC, o Pablo indagou o sujeito, e logo depois, ele disse que não tinha provas do que disse (claro que não tinha). E foi isso que foi criticado, não a opinião dele sobre a crítica do Pablo (se você não leu, ninguém disse um pio sobre a opinião desse sujeito...). Se você parassem um pouco para ler o que aconteceu, em vez de ficar berrando, não iriam gastar tanto tempo aqui só no blá, blá, blá... Repito: Dê um lida no que foi dito aqui nesse tópico e verá que foi isso que aconteceu. Nada mais que isso. Se você não sabe a gente respeita muito os novatos aqui. Tem um tópico só pra receber quem acabou de se cadastrar (e todo mundo é bem tratado lá). Mas é difícil de ver gente que só se cadastra aqui, já com 4 pedras na mão, só com o intuito de atacar o primeiro que aparece (e foi isso que sua turminha fez desde que chegou). Mas de certa maneira, obrigado por vocês terem aparecido. Essa discussão inútil serviu pelo menos para o pessoal daqui dar algumas boas risadas do que vocês diziam (berravam?) a cada 10 segundos...[/quote'] OWNED!
  16. Vou recomendar mais um, também de Makoto Shinkai: Vozes de uma Estrela Distante (Hoshi no Koe, de 2003). Tem cerca de 25 minutos e é fácil achá-lo no Youtube, dividido em três partes, com legendas em inglês. No entanto, recomendo que vejam em alta qualidade, pois o visual é impressionante.
  17. Para mim, Ilha das Flores é a melhor coisa que o Furtado já dirigiu.
  18. Bem, acho que então fechamos aqui. Realmente, ficaríamos andando em círculos e a discussão nunca terminaria... acho que já ficou bem claro a visão que cada um tem dessa questão. Vamos falar um pouco do filme, para variar...
  19. Calma, caras, senão vão acabar saindo na porrada. Vamos manter a cordialidade aqui, porra. Está havendo uma confusão lingüística aqui. Uns falam da narrativa, outros falam da história, outros falam do modo de contá-la... só que narrar significa exatamente contar uma história, donde se conclui que narrativa e modo de contar a história são a mesma coisa. E, na minha opinião, sim, a narrativa tem mais força que a história no resultado final. Voltando ao exemplo de Picasso: a idéia, a "história" do quadro, vamos dizer assim, pode ser descrita como "três músicos", nada além disso. Agora imaginemos que cem pessoas diferentes recebessem esse tema e fossem instruídas a fazer uma pintura a partir dele... os cem quadros seriam iguais? Claro que não. Mais ainda: se houvesse um julgamento das pinturas, o júri iria se basear em quê? Na idéia ou na realização? Se a base para análise fosse a idéia, todos os quadros receberiam a mesma avaliação, afinal, todos representam três músicos. Se a idéia fosse tão importante assim, o Foras, que achou o quadro do Picasso uma merda, conseqüentemente repudiaria qualquer pintura que retratasse três músicos, fosse ela cubista, impressionista, n-ista. Além disso, se ao tentar escrever o enredo de um filme nós invariavelmente acabamos por reduzi-lo, como o Dook fez com Dogville, já fica claro a importância da narrativa, do modo de contar a história. Por que o filme de Von Trier foi reduzido no resumo do Dook? Porque ele pegou apenas o enredo principal, arrancou todos os detalhes, e terminou sintetizando tudo numa única frase... mas não só por isso. Ele também ignorou um elemento fundamental - sim, o modo-como-a-história-é-contada. A ausência de cenários faz parte da narrativa, não da história - na história temos uma cidade do interior, nem mesmo existe o conceito de cenário ali. Se você escreve "Dogville não tem cenários", já está dando uma característica da narrativa. E, se está havendo distorção do que tem sido falado, é de ambos os lados. Nunca dissemos - ou eu nunca disse, ao menos - "Vamos pegar a narrativa literária tradicional e jogar no lixo"; dissemos apenas que nem todo filme se encaixa (e tampouco precisa se encaixar) nisso... e que analisar um como Herói sob o ponto de vista da narrativa tradicional pode ser um problema, porque, como todos nós sabemos, filmes não precisam seguir fórmulas. Em Herói, a imagem é a forma de narrativa primordial; o filme foge do modelo literário, e isso fica bem claro depois de poucos minutos. Há um bom número de diálogos açucaradíssimos, sim, mas eles ficam em segundo plano em relação à belíssima estética. O próprio Yimou diz num dos extras do DVD que as cores são o vértice (palavra minha) do filme... aliás, o extra "Definição de Herói" é bem interessante para esse debate. Talvez eu o reveja mais tarde.
  20. Bem, primeiramente, obrigado a todos pelos elogios. Agora, sobre a questão história x imagem: concordo com tudo o que o Dook e o Silva disseram. Uma vez eu falei no tópico do Spielberg que boa parte da força de uma história vem do modo como ela é contada, e considerava o diretor um dos melhores nesse quesito. Acabaram citando Encurralado, que eu não tinha visto na época. Pois bem, tive a chance de assisti-lo recentemente, e isso só serviu para reforçar minha visão. É impressionante o número de pessoas, mesmo entre cinéfilos, que dá uma importância imensa à história do filme e desconsidera o modo como ela é contada. Queria ver essas pessoas vendo Encurralado; dizer que o filme tem um fiapo de história já é ser generoso... no entanto, é uma das coisas mais tensas que já vi na vida, e um dos melhores que já vi do Spielberg. Outro exemplo: Amnésia. História simples e banal de vingança. Mas por que o filme é tão elogiado? Pelo modo como essa história banal foi contada, pelo modo como foi editado. Mostrar tudo na ordem inversa a) nos coloca na mesma situação do personagem e consegue a façanha de transformar o que seria um mero detalhe do início em uma revelação final de tremendo impacto. Basicamente é isso. A indagação principal que o diretor faz a si mesmo não é "que história vou contar?" e sim "como vou contá-la?" - e é aí que entram imagem e som, as essências do cinema. Se Sergio Leone se preocupasse apenas com a história, e não com a forma, Era uma Vez no Oeste teria uma hora e meia de duração e provavelmente não seria tão aclamado. Se Kubrick fizesse o mesmo com 2001, teríamos um curta-metragem - isso se tivéssemos alguma coisa. E tudo isso se aplica a Herói. Yimou tinha em mãos uma história - também simples e clichê - de três assassinos que querem matar um rei, até que um deles percebe que o crime poderia não ser uma atitude muito inteligente. As coisas vão se desdobrando e todos terminam por morrer heroicamente. Como contar essa história? Que tal contá-la três vezes para mostrar uma espécie de evolução dos três personagens? Que tal contá-la de forma que possamos fazer um dos filmes com visuais mais belos de todos os tempos? Enfim, essa é a minha opinião. E acho que o exemplo envolvendo Picasso já disse tudo.
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