Members DarkMarcos Posted March 14, 2007 Members Report Share Posted March 14, 2007 GENE COLAN Gene Colan nasceu em 01 de setembro de 1926, no bairro do Bronx, Cidade de Nova Iorque. Sua formação como desenhista se deu na Art Students League of New York. Suas maiores influências, segundo o próprio, vem de artistas como Syd Shores, Coulton Waugh e Milton Caniff. Durante dois anos, serviu a Força Aérea Americana, durante uma campanha nas Filipinas em plena Segunda Guerra Mundial. Durante esta forçada estadia, pôde mostrar seu talento em uma revista local, chamada Manila Times, que lhe deu certa notoriedade. Sua fama lhe rendeu a continuidade de sua carreira como desenhista da série de ficção científica Wings Comics, para a editora Fiction House, quando retornou aos Estados Unidos em 1944. Em 1946, colaborou pela primeira vez para a editora Timely, onde foi descoberto por um então jovem Stan Lee, que mais tarde seria responsável por tornar a mesma editora a se tornar a conhecida Marvel Comics. Coincidentemente, o diretor de arte da casa era ninguém menos que Syd Shores, um dos ídolos de Colan. Nessa época, desenhou as revistas Menace, Mystic e Journey Into Mystery. Esta última, uma revista de antologias de ficção, tornaria-se o berço de onde surgiria o herói Thor. Também trabalhou para a DC Comics, nessa época conhecida como National Comics, só que em séries de guerra como Men at War, Captain Storm e Our Army at War. Além desse gênero, colaborou para a revista Sea Devils e Hopalong Cassidy. Mas os quadrinhos de guerra começaram a se destacar em seu trabalho, mesmo porque havia tido experiência em campo de batalha, e também desenhou quadrinhos desse tipo para a Marvel, em revistas como Battle, Battle Action, Battle Ground, Battlefront, G.I. Tales, Marines in Battle, Navy Combat e Navy Tales. Apesar dessas passagens de uma editora para outra serem mais trabalhos freelance, Colan preferiu adotar um outro nome artístico quando começou a adentrar o mundo dos super heróis da Marvel, na década de 60. Assim, surgiu o desenhista Adam Austin, que era ninguém menos do que o próprio Colan. Seus traço característico, no entanto, pôde ser visto na reintrodução do personagem Namor, o Príncipe Submarino e quando substitui o desenhista Don Heck nas aventuras do Homem de Ferro. Pouco tempo depois, voltou a usar seu nome mais conhecido e a desenhar outros títulos e aventuras dos personagens Marvel. A se destacar, podemos citar Os Vingadores, Doutor Estranho, Surfista Prateado, Capitão América. Com este último fez a famosa história onde o personagem da Segunda Grande Guerra entrava em uma espécie de crise existencial/ideológica, questionando-se sobre a América dos anos 60 e se ela ainda respeitava os valores da bandeira ao qual o personagem servia. O traço sombrio de Colan serviu como uma luva para transmitir o clima deprê necessário a narrativa. Mas o personagem Marvel com o qual ficou mais famoso foi o Demolidor. Na verdade, foi o título em que mais tempo desenhou em sua carreira. Numa primeira etapa, trabalhou o personagem de 1966 à 1973; mais tarde voltaria em uma nova fase entre 1974 e 1979 e, finalmente, daria um tom de saudosismo ao voltar a desenha-lo em 1997. Uma característica de sua arte era bem vista quando seus desenhos eram apresentados em branco e preto. Na verdade, chamava a atenção o seu talento apenas com o lápis. Mas, mesmo artefinalizado, seu dinamismo deixava imortalizado um estilo bem diferenciado dos desenhistas da época. Exemplos de sua arte em preto e branco foram vistos em revistas publicadas com esse tipo de material, pela Marvel, como Drácula Lives!, The Savage Sword of Conan (aqui no Brasil, o que seria a revista Espada Selvagem de Conan) e Savage Tales (antologias de ficção, terror e aventura). Na década de 70, ainda na Marvel, fez fama com títulos pouco convencionais (em se tratando de um universo de super heróis) como a revista Howard the Duck (contando as desventuras de um pato alienígena (!) dentro do Universo Marvel) e a revista Tomb of Drácula. Esta última, se tornou uma espécie de marca de Colan, onde desenhou praticamente todos os números do título, enquanto existiu. Com histórias escritas por Marv Wolfman, foi nessa revista onde o escritor e Colan criaram o personagem Blade, o caçador de vampiros. Novamente, o desenhista dosou muito bem gêneros tão díspares quanto terror e super-heróis, trazendo para eles seu traço que casava muito bem cenas impactantes e sombrias com enquadramentos que explodiam em cenas de ação. Na década de 80, deixou a Marvel Comics (e a chegada do lendário/tirânico editor-chefe Jim Shooter pode ter sido uma das causas) e voltou a trabalhar para a principal concorrente, a editora DC Comics. Para ela, desenhou o personagem Batman, tanto em sua própria revista quanto em Detective Comics. Também desenhou algumas histórias da Mulher Maravilha, Night Force (uma espécie de volta as histórias que misturavam terror e super heróis, novamente em parceria com o escritor Marv Wolfman) e a série Nathaniel Dusk, onde usou uma técnica que destacaria ainda mais seu talento na arte apena no lápis. É que fez a colorização diretamente sobre o lápis, sem a arte final, algo que seria imitado por muitos desenhistas futuramente. Em 1987, emprestou o seu tom sombrio para outro personagem da DC Comics, que muito solicitava esse clima em suas histórias: o Espectro, revista que foi escrita por Doug Moench. Também desenhou para a editora Dark Horse uma minissérie com o personagem Predador (sim, aquele monstro da franquia cinematográfica) chamada Hell & Hot Water. E como não poderia deixar de resistir, voltou a desenhar vampiros na série em quadrinhos da personagem televisiva Buffy, a Caça Vampiros. Esta contribuição para editoras fora do grande circuito chegou até mesmo a trabalhos para a Archie, onde emprestou seu traço para os personagens da série juvenil, graças a uma sugestão de sua própria esposa. Independente da arte final (e não desmerecendo os finalistas que com ele trabalharam), Colan calcou sua carreira em um estilo que não se desgastou com o tempo. Muito pelo contrário, valorizou, moldou e evoluiu seus desenhos partindo do simples princípio no qual qualquer desenho se inicia: o lápis. Mas fez com este não fosse um simples lápis, mas um lápis de Gene Colan. Matéria publicada originalmente em: - O Diário de Tony Stark (formato blog): www.darkmarcos.blogger.com.br - O Diário de Tony Stark (formato fotolog): www.fotolog.terra.com.br/anthonystark Visite e dê sua opinião! Ela é sempre bem vinda Quote Link to comment
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