Estréia hoje na Sony. Para quem gosta de Sex and the City... Imperdível!
O SEXO E O SUBÚRBIO
01/11/2004
Comparada a ‘Sex in the city’, ‘Desperate housewives’ vai estrear no Sony A câmera enquadra cinco amigas sentadas à mesa, conversando sobre seus anseios e sua relação com os homens. Entre uma fala e outra, ouve-se a voz de uma delas, Mary Alice, narradora e cronista dos acontecimentos e sentimentos em exposição. A cena é de “Desperate housewives”. Houve quem apostasse em “C.S.I. NY”, série derivada de “CSI”, ou em “Joey”, derivação de “Friends”, mas foi a série estrelada por Teri Hatcher (“Lois & Clark”) e Felicity Huffman que se tornou a sensação da nova temporada de séries americanas desde sua estréia, há um mês e meio. As comparações com a (muito) bem-sucedida “Sex and the city” são inevitáveis. Mas, desta vez, as mulheres são casadas (ou divorciadas), beiram os 40 anos e têm sua rotina em Wisteria Lane, “o subúrbio perfeito”, contada com muito sarcasmo por um defunto: Mary Alice, personagem de Brenda Strong, acaba de cometer suicídio. A série é o destaque do pacote de novidades do Sony, que, assim como outros canais pagos transmitidos no Brasil, tradicionalmente lança programas inéditos e novas temporadas em novembro. Estréia quinta-feira, às 21h, trazendo elementos de sobra para agradar aos brasileiros, já que se desenrola como uma novela. Só que com um tom bem mais realista e em apenas dez capítulos de uma hora. — O legal são as mulherices. “Desperate housewives” mostra aquilo que a gente nunca vê, como a hora em que a mulher se tranca no banheiro para chorar ou diz aos outros que ser mãe é a melhor coisa do mundo só porque sabe que é isso que eles querem ouvir — diz Stefânia Granito, gerente de marketing do Sony. — A mulher está muito pouco poética na série. A trama começa mostrando a morte de Mary Alice e traçando um rápido e demolidor perfil de suas amigas. Há Lynette (Felicity Huffman), executiva de sucesso que abandona a carreira para ser mãe (de quatro filhos) e dona de casa; Gabrielle (Eva Longoria), modelo que se casa com um homem rico para ter tudo o que quer (ela tem) mas vive atrás de jardineiro bonitão; Bree (Marcia Cross), cujo sorriso artificial só desaparece do rosto (momentaneamente) no dia em que o marido pede o divórcio; e Susan (Teri Hatcher), a divorciada insegura que, com o apoio incondicional da filha adolescente, decide tentar refazer a vida amorosa com um charmoso bombeiro que se mudou para a vizinhança. O bombeiro tem um segredo; a morta também tinha Frases desconcertantes como “estou cansado de viver essa vida de comercial de detergente”, dita pelo marido de Bree no primeiro capítulo, e os segredos de alcova revelados dão o toque “Sex and the city” às cenas. O jeitão de folhetim fica por conta dos ganchos deixados de um episódio para o outro. Já na estréia descobre-se que o bombeiro bonitão (será mesmo bombeiro?) esconde um segredo e que Susan recebeu uma carta anônima no dia em que se suicidou, na qual se lia: “Eu sei o que você fez e vou contar para todo mundo.” O que terá ela feito? Além de “Desperate housewives”, o Sony lança esta semana “CSI NY”, outro sucesso lá fora, e novas temporadas de séries como “Alias”, “Joan of Arcadia” e “That ’70s show”. O Warner, por sua vez, traz “Joey” (leia quadro) e “Jack & Bobby”, drama com claras alusões à biografia dos irmãos John e Bob Kennedy. Já o Fox exibirá o faroeste “Deadwood” e “Playmakers”, drama polêmico que só teve uma temporada e foi acusado de ser duro demais ao reproduzir o que acontece nos bastidores dos jogos de futebol americano. O Universal Channel aposta em “The 4.400”, minissérie sobre humanos abduzidos, e o AXN vai de “The amazing race IV”, quarta edição do misto de reality show e corrida de aventura.
Jornal: O GLOBOSick Boy38295.6047800926
