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Forum Cinema em Cena

Mozts

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Posts posted by Mozts

  1. Tudo que você citou coexiste com o cenário do meu argumento. Importante dizer que não me refiro a fidelidade. Refiro-me à visão que o realizador tem do personagem quando respeita a obra. Entre dois realizadores de qualidade, a tendência inicial comigo seria pela escolha do conhecedor. Em muitos casos, o realizador que conhece e respeita a obra precisa até mesmo fazer o "sacrifício" de elementos considerados essenciais por quem a idolatra, em detrimento da aceitação do produto. Isso também é respeito, é querer ver o personagem sendo aceito e enxergar o potencial daquela história. Os filmes que você citou são provas de que sempre existirão várias formas de adaptar uma obra com respeito ao material de origem, não necessariamente algemadas à política do fan service, mas, acima de tudo pensando além, entregando itens que o fã nem sabia que queria. É um campo minado. Se o objetivo for chegar o mais próximo possível da aceitação que reúne civis e fãs, tem que conhecer o personagem para saber onde fica a linha, o limite.

     

    primo, nunca discordei que a equipe do filme deve ter conhecimento e gostar do assunto. Paixão e boa arte estão sempre ligados, mesmo nos grandes filmes "industrializados". No post acima eu disse "concordo que precisa de uma equipe que entenda o personagem", também deixei isso claro no post seguinte "não discuto que só há benefícios em uma equipe que goste do material adaptado". 

     

    Meu ponto é, nos objetivos de um filme, que incluem o sucesso financeiro, público, crítico e a expansão de um universo canônico, a aceitação dos fãs da audiencia, no entendimento que "pessoas que conhecem" e "fãs" são grupos diferentes, é algo secundário.

  2. Discordo de vários pontos da opinião do Angellus, mas esse ponto acima na sua me chamou atenção, Mozts. Não vi parte significativa da crítica tecendo elogios a "Homem de Ferro 3" - gosto do filme, é bom frisar - e não sei bem até que ponto podemos dizer que apreciar e conhecer o personagem previamente são requisitos assim tão dispensáveis. Agradar ao fã, mesmo aquele que não sabe bem o que quer ver, tem sido prerrogativa básica nas adaptações de maior sucesso. O diretor leigo, ao contrário, creio, tem uma tendência maior a ver 1.o personagem como um subproduto e, a partir disso, ver 2. aquele público como menos criterioso. O fã, por sua vez, quer "fazer o mundo acreditar", como ele, que o personagem tem valor e potencial.

     

     

    Iron Man 3 tem críticas positivas no geral, 78% de aprovação no Rotten Tomatoes.

     

    Veja que há uma distinção enorme entre um fã e um conhecedor do personagem primo... Também não discuto que só há benefícios em uma equipe que goste do material adaptado. Mas até onde audiências vão, os fãs são minoria e podem divergir fortemente entre sí e isso não impede de ser um bom filme, de grande sucesso público, crítico, financeiro e que expande o universo cinematográfico.

     

    Exemplo perfeito, Star Trek Into Darkness, votado pelos fãs na Star Trek Convention como o pior filme de toda franquia. Ainda sim, eu que sou apenas conhecedor da franquia, adorei o filme, acho melhor que o Star Trek(1979). O filme tem teve sucesso crítico (82% no rotten tomatoes), resultado financeiro satisfatório e tem uma sequencia engatilhada.

     

    Também é totalmente discutível o que é, ou como faz, para agradar um fã. O último X-Men, agradou alguns fãs e irritou outros que já se cansaram do Magneto e não gostam de Lawrence como Raven. Impermeável a isso, o filme tem críticas positivas torto e direito e grande sucesso financeiro.

     

    Reitero que isso não significa acabar com o personagem ou suas histórias, uma boa adaptação permanece verdadeira no cerne do conteúdo adaptado. Uma equipe que gosta e conhece certamente é necessário. Esclareço que meu ponto não é "dane-se os fãs", mas sim que os fãs divergem entre sí, tem pouca influencia na qualidade ou sucesso do conteúdo adaptado e que o filme não precisa ser um "fan service" para ser bom.

  3. Não é preconceito nem nada parecido, mas acho que talvez devia ser dirigido por um homem mesmo, uma mão masculina, sei lá, pode ter vantagens e desvantagens em ambos lados, acho que se fizerem mais pro lado femenino e mais sensivel pode ser que não desperte totalmente a atenção de todos os fãs, devia ser alguem que conhece o meio dos quadrinhos, sabemos que não dá certo nem com os maiorais do cinema dirigir um filme de super-herois, só ver o Tim Burton sobre superman, sei lá, o que acham?, é só um opinião pessoal, tanto no roteiro como na direção, tem que ser pessoas que entendem bem do personagem e do que os fãs querem, acredito que pode haver uma grande cagada ai optando apenas por uma boa diretora.

    Optar por um roteirista novato e que não tem nenhum tipo de experiencia de Super-herois é a mesma cagada tradicional que a Warner sem noção faz, será que ainda não entenderam que é preciso de pessoas que já leram, já estiveram envolvidas com esse meio de super-heróis e quadrinhos, desse meio fantástico, sinceramente ainda não sei do porque da escolha dos dois.

     

    Confesso que pouco entendi o que você quis dizer... Mas discordo em vários pontos.

     

    Primeiro, o "lado feminino e mais sensível"... Não vejo o que a diretora nem a ver com isso, olhando outros trabalhos dela eu me sinto bem satisfeito na aproximação dela, mulher eu não. 

     

    Segundo, nenhuma adaptação precisa "despertar totalmente atenção de todos fãs". Uma parcela já está bom não? Maioria dos que vão encher as salas dos cinemas conhecem a personagem, mas dificilmente são fãs. É preciso ficar perto do núcleo da Wonder Woman, mas aí é outra conversa, assim como qualquer outro personagem de adaptação. Os fãs ainda estão se coçando com Mandarin em Iron Man 3 e este continua sendo filme com grande sucesso crítico, publico e financeiro.

     

    Terceiro, concordo que é preciso equipe que entenda o personagem, mas quem falou que MacLaren não tem a pegada na Diana, além de ser uma boa diretora? Mesmo vale pro escritor novato (que também me preucupa).

     

    Quarto, também não vejo necessidade de experiencia com super-heróis. Experiencia sim, assim como qualquer outra profissão, mas pouco importa-me se o escritor tem super-herói no currículo. Estou muito mais preucupado com a qualidade dele em sí (Ice Age 4?). 

  4. introduzindo uma nova discussão no tópico (nada impede múltiplas discussões paralelas).

     

    Acho que é seguro assumir que algum herói irá aparecer em Suicide Sqaud, seja cameo ou papel importante. Batman também uma boa, mas e se WB resolver usar a gangue de vilões para introduzir um herói diferente no universo, um herói que não tem filme solo anunciado, sequer foi mencionado para aparecer no filme da Liga... E se Green Arrow fizer uma participação no Suicide Squad, introduzindo o herói para futuro filme da Liga? (lembrando que JL sai 2017 com SS em 2016).

     

    (Não estou falando de Stephen Amell da série de TV,  mas sim um novo Queen pros cinemas, universos separados...)

  5. A idade do Affleck não é um problema. O Robert Downey Jr por exemplo está com 49 hoje, ele tinha 43 quando saiu o primeiro Homem de Ferro. Ele fez os 3 filmes do Homem de Ferro, mais os Vingadores, enfim. A idade não é um problema. O problema é a diferença de idade entre os personagens para o futuro da cine-série. 

     

    A questão não é idade do Affleck, mas sim do Batman. O personagem, acredito eu, será na faixa dos 40 anos. RDJ começou em Iron Man com um personagem inexperiente, sem menção de idade e que ainda estava para criar sua armadura e virar herói.

     

    Pessoalmente eu não tenho problema com isso, pelo contrário, gosto bastante da idéia. Da pra começar um universo DC com Batman pré-existente na linha temporal. Batman que pode estrelar o filme solo com Arkham Asylum cheio de vilões e histórias pra contar. A relação entre Batman e outros heróis também beneficiaria se o Morcego for assumir um papel de mentor e consultor, parecido com o que Oliver Queen da série Arrow tem feito com Barry Allen e Roy Harper.

  6. e o trailer, será que vem antes do filme dos vingadores?

     

    Duvido muito. Pelo padrão da Marvel, os trailers do ant-man só sairão depois do The Avengers, os trailers desse por sua vez só sairam depois do Guardians, que por sua vez só sairam depois do Cap2, que por sua vez só sairam depois do Thor 2, que por sua vez só sairam depois do Iron Man 3....

  7. Sinopse confirmada pela IGN: http://www.ign.com/articles/2014/12/03/new-fantastic-four-plot-details-revealed

     

    THE FANTASTIC FOUR, a contemporary re-imagining of Marvel's original and longest-running superhero team, centers on four young outsiders who teleport to an alternate and dangerous universe, which alters their physical form in shocking ways. Their lives irrevocably upended, the team must learn to harness their daunting new abilities and work together to save Earth from a former friend turned enemy.

     

  8. Eu acho que Wonder Woman providencia a uma oportunidade única nos personagens da Liga. Ao invés de ir contra essa coisa especial, vamos ao longo dela, usando Wonder Woman pra introduzir sobrenatural no universo DC. Semelhante à Thor com os deuses nórdicos, Wonder Woman pode trazer os deuses gregos. Apesar de magia e ciência se misturarem em Asgard, Thor e Odin são basicamente um deuses e Mjolnir, tesseract, jóias do infinito são basicamente sobrenaturais.

     

    Tudo isso a seu tempo, lógico. Nada disso em BvS.

  9. Eu gostei do teaser, fiquei um pouco desapontado com ausência dos personagens conhecidos, mas "tom" da coisa está muito bom. Parece Star Wars antigo, mas com um novo sabor do JJ e valores de produção modernos, não parecem as cacas das prequels entendem? 

     

    O novo sabre, depois de passar pelo susto inicial, aquele momento "WTF", me intriga bastante, é bom que somos surpreendidos, se fosse tudo igual os anteriores eu estaria mais desapontado.

  10. Aliás...caberiam Deuses nessa história toda?

     

    Não me levem a mal, mas, embora exista uma nova forma da Warner encarar o seu Universo de heróis (que no caso dos filmes do Nolan, isso não era possível) utilizando de elementos fantásticos, a idéia de um alienígena (com as devidas precauções quanto a poderes, etc...) não é descartável e muito menos maluca.

     

    Hoje é consenso no meio científico a possibilidade de vida inteligente fora da Terra e ter uma invasão kryptoniana é, de certa forma, plausível. Ou no mínimo, possível...

     

    Mas, deuses?

    Como explicar isso?

     

    Há mim, não criariam problemas eles terem sido descendentes de alienígenas (não necessariamente kryptonianos)...seria mais fácil de digerir e explicar certos fatores, levando em consideração o contexto...

     

    Precisa explicar deuses?

     

    São deuses, eles existem aqui no DCU, Wonder Woman pode ou não ser filha de um deles. Essa a uma das vantagem da WW pra JL, ela introduz o sobrenatural diferentes dos outros que são "terrenos".

  11. Não duvido nada, ao final do filme, Loki, disfarçado de Odin, venha para Terra em busca da jóia da mente, querendo guarda-la nos cofres de Asgard. Um gancho aproveitável pro Ragnarok. afinal, Sif acreditava que era perigoso deixar duas jóias tão proximas em Asgard, mas Loki pode pensar diferente e causa alguma merda inesperada, revelando sua identidade real.

  12. Um rumor que, inicialmente, parece tosco, mas....

    Cara, dependendo de como o plot for conduzido, pode ser uma boa:

    Diana seria filha de Zeus (ok), e Orin, filho de Poseidon (ok). Nesta caso, eles seriam parentes. Segundo o rumor, Orin (Jason Momoa) aparece em Themyscira conversando com Diana (Gal Gadot) sobre a invasão do Zod, ameaçando pegar as rédeas da proteção do patriarcado em caso de novo fracasso das amazonas, como no caso da máquina de terraformação. Teriam as amazonas escolhido não intervir?

    http://www.superheromoviesnews.com/2...-superman.html

    Eu posso ver isso funcionando.

  13. Bem, cá estou, assisti ontem e postarei minhas opiniões. Evitarei ao máximo os spoilers.

     

    Essa é uma análise complicada para mim pois tenho dificuldades em me manter imparcial. Somam-se a subjetividade natural da arte, o gosto do livro, do longa anterior e de Jennifer Lawrence. A série Hunger Games, filmes ou livro, diferencia-se com maturidade e drama digno de romances não "jovem-adultos". Este não é o seu típico filme DivergenteMaze RunnerTwilight, etc. Ouso blasfemar ao comparar Hunger Games com 1984 de George Orwell, que ao invés de tentar criar medo de uma ditadura, tenta inspirar esperança diante de opressão.

     

    Pra resumir: Gostei muito e recomendo bastante. Falhas aqui e acolá, perde o cuidado detalhista de Catching Fire, mas ainda sim um ótimo filme. Há pouca ação, um tom sombrio e uma abordagem de temas maduros que poucos blocksbuster fazem. Temos uma história emocionante sobre o personagem, ao invés de ação pesada, grandes eventos, ficção científica ou efeitos especiais mirabolantes. Uma adaptação que conta a mesma história do livro com astúcia e boa cadência, mas que cansa por causa do tom repetido (sem o contraste de pobreza/riqueza dos anteriores) e corte de cenas ineficiente e/ou ineficaz. Um ótimo setup pra sequência, sem parecer "gancho" como o anterior.

     

    Não senti que filme esticou o livro e também não concordaria com a afirmação que seria melhor em uma parte. De início ao fim, o filme se apresenta com 2 objetivos: Propagandear o Tordo e resgatar seu amigo friendzone Peeta Melark. Estes dois aspectos são bases da continuação, centrais a esse filme e não poderiam ter sido feito secundários em prol do arco da guerra(que agora será foco do Parte 2). A história toma os passos necessários, não mais e não menos. Algumas cenas específicas contudo, se estendem segundos a mais ou são cortadas segundos antes do ideal. Um problema de edição e exposição, não de história. Por exemplo, as partes com Gale poderiam ter sido reduzidas, mas parte de Finnick merecia ser alongada, ao invés só do "voice-over" em outra cena.

     

    Katniss se desenvolve sem necessidade de amorzinho piegas. Dificilmente reconhecível como heroína, nosso mockingjay é relutante, traumatizada e confusa, não distante do visto em Catching Fire, mas dessa vez em níveis muito mais drásticos e influentes ao seu redor. Temos aqui uma protagonista imperfeita, confusa, humanizada e familiar. Enorme ponto positivo que tira proveito da qualidade de Jennifer Lawrence como atriz, mas que rouba luz dos outros personagens.

     

    Coadjuvantes são mal aproveitados. Finnick, que merecia ter brilhado em certo momento, perde o foco a uma ação mal realizada. Bogs (Mahershala Ali), Cressida (Natalie Dormer) e sua equipe de filmagem completamente unidimensionais. Haymitch, Effie, Prim(irmã) e Plutarch continuam interessantes e seus atores mostram por que foram escolhidos. Presidente Coin é o oposta ao seu adversário político. Coin se importa com as vidas do Distrito, governa pensando na igualdade e sem o carisma público de President Snow, mas com intenções democráticas e benéficas, em oposição ao ditatorial. Pra que serve a mãe de Katniss e qual o nome dela mesmo? Personagem inútil.

     

    Grande parte da trama gira em torno do símbolo do Tordo, personificado no Soldado Everdeen. Usando isso, o filme trabalha com a guerra pelo lado da propaganda populista e manipuladora, ao invés da estratégia militar ou força econômica. O desfecho do conflito depende da lealdade das massas, que Snow e Coin disputam num jogo de xadrez sombrio. Fora do Distrito 13, os atos de revolução influenciam o mundo ao redor de Katniss, mostrando o andamento da guerra de forma mais aberta que nos livros (benefício da narração em terceira pessoa).

     

    Trilha sonora top de James Newton Howard. Bem utilizada, remanescente dos anteriores da franquia, mas singular na medida certa. A ascensão do símbolo do Mockingjay é acompanhada da ascensão da música, que vai de sombria para esperançosa, ecoando os temas do filme perfeitamente. A canção por Jennifer Lawrence utilizada de forma magnifica como trilha ao filme e nos atos de rebelião. Uma parte realmente emocionante, ainda que fuja da ideia do livro.

     

    Tenho que mencionar um pequeno spoiler do início do filme. Uma certa cena, quando a nave decola nas costas do soldado Boggs, que caminha simultaneamente com a câmera dinâmica em direção oposta à nave decolando, na direção de "sair da tela". Um detalhe bobo, pra menção honrosa como cena muito bem filmada! Ficou na minha cabeça. Outras e poucas pérolas dessas ocorrem aqui e acolá.

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