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Forum Cinema em Cena

SisterJack

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Everything posted by SisterJack

  1. Eu estava me referindo à estrutura, não a diálogos.SisterJack2007-01-07 16:59:50
  2. Ótimo. Kevin Smith (i.e., meio tapado). O melhor filme envolvendo homossexualismo é Mal dos Trópicos (2004), de Apichatpong "Joe" Weerasethakul. O segundo melhor é Safe (1995), de Todd Hanyes. O terceiro melhor é O Rio (1997), de Tsai Ming-Liang. Vá atrás desses.
  3. Sim, se observar madeira pode ser considerado um espetáculo.SisterJack2007-01-07 10:45:47
  4. 68. Bem divertido, e depois de anos de comédias neuróticas vagas e errantes, é impressionante ver o Woody criar uma trama de suspense bem estruturada e direta. É uma pena que o diálogo e as atuações saíram mais duros e achatados que aquele gato vagabundo que ousou atravessar a BR116.
  5. Por que? Eu concordo que seja uma piada' date=' mas é uma piada fantástica. A cena mais hilária de 2005. Perdendo talvez pra cena onde o Matt Damon participa da discussão codificada.
  6. Mude isso para "Pessoas que não são as pessoas que o SisterJack conhece". Confie em mim: eu conheço uns dois caras que pararam de acreditar em Deus ao ler o (excelente) The Blind Watchmaker' date=' um livro sobre evolução do Richard Dawkins. O resto dos meus amigos ateus também perderam qualquer possibilidade de crença em Deus ao conhecerem mais e mais sobre explicações científicas. Só o fato de alternativas baseadas em lógica/razão ficarem disponíveis há alguns séculos atrás já facilitou imensamente o crescimento de pessoas que evitam recorrer a religião para explicar o mundo. Pra clarificar: uma pessoa perder a fé não acontece facilmente. Se uma pessoa acredita em Deus com convicção, ela raramente vai parar de fazer isso. O oposto é mais comum. Quando eu falo que em O Grande Truque, a ciência está diminuindo o efeito da fé, eu digo no sentido de estar proporcionando alternativas racionais/concretas para a compreensão do mundo. É provável que a maioria dos ateus nunca realmente acreditou em Deus (especialmente depois da infância), mas apenas o aceitou como uma explicação -- até ver que essa explicação não era satisfatória. Desde que alternativas científicas começaram a surgir. Medo da morte; criação num ambiente familiar altamente religioso; uma forma de se sentir parte de um grupo de apoio; inconformação com a dureza da realidade: vários fatores que são e sempre foram influencia forte na crença (ou a vontade de crer) em Deus. Mas antes de explicações alternativas ficarem disponíveis, acessíveis e aceitáveis, mesmo pessoas que não tinham fé provavelmente se contentavam em aceitar que os outros estavam certos. Um exemplo extremo: um homem dos tempos pré-históricos vê um raio caindo. Ele pensa que é um deus dos trovões. Um homem hoje vê um raio e sabe que é uma descarga elétrica. Etc. Quando eu digo que os truques de mágica em O Grande Truque são uma "ilusão de Deus", eu não digo que a platéia se sente fascinada simplesmente pela falta de explicação (embora isso seja sim um fator), mas porque elas inconscientemente associam esse magia inexplicável com a idéia de que há uma "corrente sobrenatural" no mundo, que há algo além da banalidade da realidade, que há a possibilidade de vida após da morte, entre outros. PS: Para um filme excelente sobre um garoto que fica maluco ao tentar interromper a sua crescente compreensão de que Deus possivelmente não existe, assistam Donnie Darko.SisterJack2007-01-03 15:03:52
  7. Talvez a implosão de dogmas imbecis criados por líderes de igrejas somado à falência do modelo de instituições religiosas anteriormente utilizado? Certamente são algumas das causas, mas elas não parecem estar diretamente ligadas na idéia de pessoas perdendo a fé ou um senso de espiritualidade. A desilusão de uma crescente compreensão de que o sistema que você utiliza para estruturar sua fé é falso/problemático pode ser algo forte, mas eu não acho que seja tão forte quanto explicações alternativas baseadas em razão/lógica. Eu fui criado católico, e no meu caso (e das outras pessoas que eu conheço) foi a segunda alternativa. E (como eu já disse várias vezes) acreditar que a primeira alternativa é a razão principal não impede de ver o auto-sacrifício de Borden e Angiers como uma tentativa de criar a "ilusão de Deus/Magia/Mistério" pra uma platéia cada vez mais desiludida (independente do motivo). Como aquele financiador diz quando Angiers o mostra o truque do "Homem Transportado": "Faz um bom tempo que eu não via magia de verdade."
  8. Todos devem procurar esse imediatamente.Nacka2007-01-03 12:58:51
  9. Nacka, você parece não estar entendendo a situação. Você faz um afirmação maluca sem a menor argumentação, e quando questionado (repetidamente) sobre a validade de tal afirmação, você prefere fugir de fininho. Isso faz parecer que você nem sabe como explicar o que falou (o que não me surpreenderia). Nós só queremos entender. "A impossibilidade do consenso torna a discussão estéril" = A Fantástica Viagem na Maionese.
  10. Eu ainda não vi o que há de errado com os comentários do Kain, Nacka. Se você puder explicar (e finalmente contribuir com algo útil pra discussão), seria uma maravilha. Eu também já fiz alguns comentários sobre porque eu acho que a sua afirmação não fez o menor sentido; dê uma procurada.
  11. Nada aconteceu. É que o Fincher tá pouco se lixando com buzz e "corrida do Oscar". Ele prefere demorar o tempo que tiver que demorar pra conseguir a melhor versão possível do filme.
  12. Mas acreditar/apreciar em Deus é uma parte extremamente importante do comportamento humano, não? Muitas pessoas ainda são religiosas, e a religião tem uma influência enorme no mundo inteiro. Parte do nosso código moral (como lidamos com os outros) vem de ensinamentos religiosos (ou pelo menos é o que muita gente ainda acha). Sim' date=' acredito que exista. E com elas vale a pena discutir.[/quote'] Então qual é o problema de fazer um filme sobre isso? Mas ele trata de comportamento humano. Ele não trata de "Deus" (como eu já disse, seria meio inútil tentar fazer um filme sobre Deus por si só). A crença da platéia na ilusão e no senso de mistério do mundo (i.e. "Deus") faz parte do comportamento humano. Assim como o auto-sacrifício dos dois/três protagonistas também é comportamento humano. Assim como a vaidade do Angiers, e o desejo da glória, é comportamento humano. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Pra mim, o filme não é sobre mágica (como eu já expliquei). Ele usa a mágica pra simbolizar algo incompreensível que fascina as pessoas. Esse "algo" você pode chamar de Deus, de Magia, de Espiritualidade, de Mistério do mundo, de uma fuga da simplicidade da vida. Ateus podem se divertir com mágica (o que não é relevante a discussão). Ateus/agnóticos também podem desejar acreditar nessa "espiritualidade" e na idéia de que há coisas no mundo que são além da compreensão humana. Alguns desejam (tipo eu), outros não se importam (Ristow, por exemplo, embora eu suspeito que seja uma minoria). Mas nós não conseguímos fazer isso, pois enxergamos o mundo de um jeito lógico/material/científico. Nós fazemos parte do materialismo representado no filme, naquela discussão que eu citei onde o Cutter insiste ao Angiers que não há magia no truque do "Homem Transportado" de Borden; há uma explicação lógica pro que aconteceu (um dublê, ou como dito no filme, um irmão gêmeo). Não é que nós queremos acreditar em "algo mais". É que não conseguimos. É pra isso que eu vejo filmes. Por 2 horas, eu "acredito" em praticamente qualquer coisa, desde que seja bem apresentada. Ainda existem mistérios para a ciência, claro; mas se (pra continuar o meu exemplo anterior) você pegar uma pessoa que foi ensinada que a aurora boreal era o espírito de guerreiros mortos, e depois explicar pra ela o que realmente causa essas luzes no céu, eu não consigo imaginar tal pessoa sentindo sua fé ou crença reafirmada. O mesmo para o evolucionismo, os avanços da genética, e pesquisas sobre psicologia evolucionária, etc. A primeira vez que essa idéia dos avanços do homem estarem eliminando o mistério do mundo apareceu pra mim, foi há vários anos atrás, quando eu li em algum lugar sobre como praticamente todos os lugares do mundo já foram explorados pelo homem. A 100, 200 anos atrás, não era o caso. Ainda haviam terras desbravadas e desconhecidas. Isso representa bem essa idéia pra mim, se não levado muito literalmente. Agora veras cita mensagens onde eu estava supostamente "induzindo" a pessoas a acreditar em mim: Aqui eu estou falando da minha interpretação. Nada de errado. Aliás' date=' tudo que eu falo nos meus posts é subjetivo. Eu só não tenho saco pra ficar colocando "eu acho" e "na minha opinião" o tempo todo. Adicione o "eu acho que" implícito no começo de cada frase e de repente tudo parece normal, não é? Eu não estou "induzindo" ninguém a aceitar minha leitura, eu só estou dizendo que há evidências claras no filme que apoiam ela. Posso ter colocado isso de uma forma meio agressiva, mas ela não nega nenhuma outra interpretação. Me perdoe se ficou confuso. A agressividade veio da minha irritação com você achando que a minha interpretação não fazia sentido (quando pra mim, e para outras pessoas, ela estava clara). E você ainda continuou zombando dela, e sem a menor tentativa de contra-argumentar, mesmo depois deu ter apresentado evidência e apoio de outras pessoas. Releia os seus posts lá e veja quem está agindo com uma mente fechada, veras. Sem ofensas; eu sei que (agora) você aceitou que a minha leitura também é válida, então vamos deixar essas confusões para trás. Isso não tem nada a ver com "induzir" interpretações. Eu simplesmente estava respondendo ao post do Dook onde ele parecia ter dito que não gostava de filmes que lidavam com idéias profundas. Obviamente' date=' ele clarificou depois que isso não é o caso, mas se fosse, eu ainda teria achado meio ridículo sim. Eu estava tentando provar que a minha interpretação era válida, não que era a única. Só. SisterJack2007-01-02 15:22:17
  13. Radiohead, Modest Mouse, The National, Arcade Fire.
  14. Discussões sobre "Deus" costumam ser discussões filosóficas humanas' date=' diretamente ou indiretamente. Como não se pode definir o que é "Ele", costumam explorar e analisar seus efeitos na humanidade. Então não vale a pena falar sobre o racismo na arte já que pessoas racistas tem suas posições definidas e não estão abertas à aceitação e à discussão? E você realmente acha que não existam pessoas religiosas dispostas a entrarem em discussões saudáveis sobre religião e seus efeitos no mundo? E mais: eu não consigo imaginar como esse filme seria uma afronta à religiosidade de ninguém, independente de suas crenças. O filme não afirma em momento algum que Deus não existe, ou fala sobre Sua natureza. Aliás, como o Deadman apontou, o filme é praticamente a favor do tal senso de "mistério" que a idéia de um Deus cria. Mais motivo ainda pra fazer arte sobre isso. Um assunto polêmico, interessante e extremamente relevante. Eu acho que "Ele" gostou de O Grande Truque. Ele provavelmente odeia O Juízo Final, infelizmente. Ninguém fala de "Deus", obviamente. Ficaria muito descarado, perderia a elegância. Mas voce diz que a motivação era querer vencer o outro, e já no final o Angiers diz uma fala que contradiz isso. "Você nunca entendeu, Borden... Era o olhar em suas faces." Essa era a motivação. "O olhar em suas faces" sendo o momento que o povo vê algo aparentemente inexplicável que os tiram da realidade simples e concreta. Eu não consigo ver "vingança" nessa fala. Essa é a primeira vez que eu vejo essa leitura dessa cena. E eu ainda não entendi direito como bater a mão na parede e dizer "pra fugir disso" pode significar "fazer algo que ele quer fazer" ou "pra ter mais polêmica." Parece (pra mim) que o gesto de bater na parede se refere especificamente à fugir da "realidade concreta", o que se encaixa com o que o Nolan falou sobre o filme. Mas cada um com sua leitura. Sim, serviu de impulso, mas tem um momento excelente no meio do filme, onde o Angiers está discutindo com a Scarlett Johansson sobre alguma coisa, ela menciona a esposa morta dele, e ele diz "Eu não me importo com a minha esposa, eu só me importo com o truque!". Logo depois de dizer ele meio que se recompõe, percebe o que acabou de dizer e fica envergonhado. Esse momento claramente dá o sinal de que a morte da mulher dele já deixou de ser uma grande preocupação (provavelmente no momento em que ele viu o truque do "Homem Transportado" do Borden, que foi o que fez ele entender o que o Borden estava falando na cena do chinês). Como eu já disse antes, há motivos pra acreditar que parte da motivação do Angiers (e talvez do Fallon) fosse receber o "Prestígio" da platéia. A glória de receber aplausos, meio que a "vaidade" que você se refere. Inclusive, há um momento no filme onde o Borden diz "Será que ele gosta de receber seus aplausos debaixo do palco", se referindo ao problema de usar um dublê. Mas isso não nega de forma alguma a outra motivação; pelo contrário, ambas dão a ênfase necessária para o constante auto-sacrifício dos dois (ou três) mágicos. Eu não disse que a ciência "eliminou" Deus. Isso é, como eu já falei pro Dook, uma distorção do que eu disse. O que eu falei é que a ciência está tornando mais difícil a crença em Deus baseada em eventos inexplicáveis (já que tais eventos estão sendo explicados). Em outras palavras, a ciência está tirando o "mistério" do mundo (lembram quando eu repeti isso umas 3 vezes no tópico? pois é). Isso pra mim está evidente. Basta olhar o número de ateus/agnósticos/indecisos 100 anos atrás, e olhar o número agora. Nunca fiz isso. Gostaria que você citasse o momento específico em que eu fiz isso. "Induzir" é um eufemismo de "manipular". Nenhuma das citações que você fez me mostra querendo "induzir" nada. Aliás, na própria citação eu digo que o filme não está induzindo nada (nem eu), mas sim argumentando a favor de tal idéia/tese. É bem diferente, né? PS: Como a veras já disse, nós já nos entedemos por MP e faremos o possível pra manter a discussão calma e interessante. SisterJack2007-01-02 10:50:55
  15. O Deadman já disse tudo, mas deixa eu me enfiar: Como já foi dito' date=' isso não faz sentido. A idéia de Deus representa uma força enorme na humanidade, entretanto é impossível chegar a um consenso sobre ele -- isso parece justamente o tipo de assunto que gera mais discussão do que qualquer outro. Aliás, não só parece. Basta olhar os trilhões de livros e filmes e canções sobre a idéia de Deus e sua influência na humanidade. Eu já nem entendo mais como isso se aplica à discussão de O Grande Truque. Deixe-me resumir o que eu vi ocorrer aqui: - Veras reclama que a Máquina de Tesla não se encaixa no filme. - Eu argumento que a Máquina se encaixa perfeitamente justamente pelo filme se tratar (intencionalmente, muito provavelmente) do senso de magia* desvanescendo do mundo, e o sacrifício de dois personagens para recriá-lo. - Dook discorda que o senso de magia está desaparecendo do mundo (??!!). Aparentemente, ele acredita que não houve nenhum crescimento na quantidade de ateus/agnósticos nos últimos 100 anos, nem mudanças no jeito que o ser humano enxerga a religião/fé, e nem avanços científicos significantes. - Eu argumento que 1) filmes não precisam concordar com suas idéias para serem admiráveis, desde que apresentem suas idéias (as do filme) de uma forma inteligente, interessante e etc (veja o post do Ristow para um exemplo disso: ele diz que discorda que o "senso de magia e mistério" é algo necessário/bom, mas ele ainda adorou o filme e admirou sua temática); 2) mesmo não achando que o mundo está mais lógico/científico do que 100 anos atrás (???!!!), a idéia de dois mágicos querendo criar uma "ilusão de Deus" para a platéia ainda funciona perfeitamente no filme. - Depois a discussão implodiu. *Note que eu usei a palavra "magia" ao invés de "Deus". O sentido é o mesmo. Quando eu me referi a Deus antes, eu não estava falando de um conceito exato (isso não faria sentido), mas sim a idéia do que ele representa, o Sobrenatural, etc. PS: Eu acho que o Deadman mencionou algo sobre não existirem "interpretações pobres". Eu discordo. Acredito que uma leitura deve ter um mínimo de evidências na tela para ser válida (pelo menos pra mim). Caso contrário, qualquer pessoa pode ler qualquer coisa em qualquer filme. Daqui a pouco A Paixão de Cristo é uma metáfora para o governo do Fernando Collor.SisterJack2007-01-02 15:28:37
  16. Ah, sim. Esqueci completamente. O meu musical favorito na verdade é Dançando no Escuro, do Lars Von Trier. Olá, Bjork.
  17. Sim. Você não deve estar procurando o suficiente. A não ser que com "Rock" você esteja falando estritamente de "Hard Setentista/Clássico" ou coisa do tipo. Caso contrário, temos provavelmente tantas bandas excelentes hoje em dia quanto já tivemos em qualquer outra década.SisterJack2006-12-29 20:50:00
  18. Então o PTA tem gosto ótimo em DVDs, mas possívelmente ruim em filmes de 2006.
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